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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Chegando em Portobelo, no Panamá
A navegação dessa noite foi bem mais tranquila que das duas primeiras noites no percurso entre Cartagena e San Blás. A combinação de mar calmo, o que significa pouco balanço, e ausência de chuvas, o que quer dizer janela aberta e vento fresco, resultou numa noite bem dormida. Quando acordamos, lá estava a pequena cidade de Portobelo, onde colocarÃamos nossos pés pela primeira vez na América Central continental. Uma nova etapa da nossa jornada pelas américas se iniciaria hoje. Viva!
Veleiros na baÃa de Portobelo, no Panamá
Portobelo, hoje uma tranquila vila à beira mar, teve um passado glorioso e trágico. Por mais de cem anos, foi o principal porto espanhol na região do Caribe. Todos os tesouros obtidos no Peru eram enviados por mar (Oceano PacÃfico) até a Cidade do Panamá. De lá, por terra, cruzavam o istmo até a cidade de Portobelo, onde eram embarcados novamente rumo à Europa.
A Glória, a nossa grande cozinheira nesses 5 dias no barco de Cartagena à Portobelo, no Panamá
Tantas riquezas assim atraÃam a cobiça de piratas. Um dos mais famosos, o inglês Francis Drake, atacou essa caravana do ouro em 1573, junto com outro pirata francês. Esse acabou capturado e morto pelos espanhóis, mas Drake conseguiu escapar com uma boa parte do tesouro roubado (do qual, muito ficou enterrado em algum local desconhecido, na selva). Antes de partir, Drake ainda escalou as montanhas e, de cima de uma árvore, se tornou o primeiro inglês a avistar o Oceano PacÃfico. Anos depois, realizaria a terceira circunavegação do mundo. Mas, voltando à Portobelo, depois desse incidente, os espanhóis começaram a enviar seus tesouros por outras rotas também, diminuindo a importância da cidade. O golpe final veio em meados do séc XVIII, quando uma frota inglesa destruiu completamente a cidade, antes de seguir em direção à Cartagena, com o intuito de conquistá-la. O objetivo era "bagunçar" completamente as rotas de comércio espanholas. Como escrevi num post de Cartagena, os ingleses não conseguiram conquistar a cidade na Colômbia, mas de Portobelo não restou muita coisa. As ruÃnas das fortalezas espanholas foram utilizadas posteriormente na construção do Canal do Panamá e hoje a vila é um lugar tranquilo e com casas de panamenhos ricos ao redor da bela baÃa.
O catalão Marc, capitão que nos levou com segurança de Cartagena à Portobelo, no Panamá
Nós ainda tomamos um último café da manhã no barco e, logo depois das nove da manhã, quando abria o escritório, já estávamos fazendo a nossa imigração. A Ana deixou de ser brasileira e assumiu seu lado italiano. Mais fácil ser européia daqui para frente, para entrar nos EUA e Canadá. Eu, brasileiro convicto, já estou com todos os vistos necessários, hehehe.
Fim de travessia, chegando à Portobelo, no Panamá
Bom, devidamente legalizados no paÃs, o negócio agora é resgatar a Fiona. Despedimo-nos do Marc, do Johan e da Glória e seguimos com os australianos e o alemão para Colón. A viagem foi num daqueles ônibus tÃpicos de filmes de Hollywood retratando repúblicas cucarachas obscuras, todo colorido e com cara de caminhão. Uma hora e pouco de viagem e estávamos no coração de uma das mais perigosas cidades das américas, pelo menos na fama.
Manhã do 5o dia no barco, chegando à Portobelo, no Panamá
Os nossos companheiros nem saÃram da rodoviária e já seguiram para a capital, Cidade do Panamá. Já eu e a Ana, ainda no espÃrito aventureiro, seguimos à pé para nosso hotel, sete quadras distante dali, o Carlton. Conforme previsto, nenhum problema nas ruas e logo estávamos muito bem instalados.
Passageiros e tripulantes do Licka, o veleiro que nos levou de Cartagena à Portobelo, no Panamá
AÃ, depois de um muito merecido banho de água doce, começou a operação Fiona. Corrida contra o relógio, para não ter de esperar até terça, já que segunda é feriado nacional no Panamá. De táxi, fomos até o gigantesco porto de Manzanillo. Primeira parada, o escritório da Wallenius, a empresa do navio. Ai, que saudade da Naves, lá de Cartagena. Aqui os caras não sabem de nada. Paguei o que tinha de pagar, mas eles não souberam dizer o que eu deveria fazer depois, fora um vago "tem de ir na Aduana"...
Viagem de ônibus entre Portobelo e Colón, no Panamá
Lá fomos nós para descobrir que tÃnhamos de ir na administração, muitos quilômetros adiante. Um táxi lá é fundamental, pois andar por aquela vizinhança não é nada agradável. Na administração, novas surpresas: primeiro, que eu precisava de um seguro para poder retirar o carro. Segundo, que eles fechariam à s quatro para só abrir na terça, e já eram 15:30. Seguro, só na cidade. Diante da minha cara de decepção total, a simpática Maria me disse que viria amanhã, sábado, à s 10:00, só para me ajudar.
Paisagem na viagem entre Portobelo e Colón, no Panamá
Bom, corremos para a Plaza Millenium, na cidade, para conseguir o seguro. Com uma certa dificuldade, encontramos uma seguradora e, com 15 dólares, estamos segurados por um mês aqui no Panamá. Agora, de posse desse documento e de muitas cópias de passaporte, certificado de propriedade e da própria apólice, estou pronto para a corrida de amanhã. Preciso passar por todas as burocracias restantes (não sei quantas ainda...) até o meio-dia, prazo final para retirada do carro num sábado. Que Deus nos ajude!!!
A Ana espera no táxi enquanto eu percorro os meandros da burocracia panamenha para tentar retirar a Fiona do porto, em Colón
Enquanto amanhã não chega, refugiamo-nos no hotel, pois agora de tarde a nossa vizinhança realmente ficou com uma cara mais amedrontadora. Felizmente, temos internet, cama limpa e chuveiro quente. Dedos cruzados à partir de agora! O plano B é ir passar o fim de semana na capital, de ônibus mesmo, e regressar na terça. Mas temos fé mesmo é no plano A, sair daqui amanhã à bordo da nossa fiel companheira!
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