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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Caminhada no Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
O Atacama é um paraÃso para os amantes da natureza e aventura. Oferece todo tipo de programas, de caminhadas no deserto à visitas a lagoas e geisers, de escaladas em montanhas e vulcões à explorações de vales e cavernas, de pedaladas em 4 mil metros de altitude à sandboarding em dunas gigantescas.
Caminhada acima dos 5 mil metros no Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
Hoje eu e a Ana resolvemos investir nas montanhas. São várias as possibilidades de trekking em montanhas na região de San Pedro, a mais famosa a subida do imponente Licancabur. Esse é aquele clássico vulcão de filmes ou desenhos animados, com a forma cônica e o cume branco de neve. Sua altura beira os 6 mil metros e a trilha mais acessÃvel é a partir do lado Boliviano, já que o vulcão fica na fronteira dos dois paÃses.
Caminhando com o Cristobal na magnÃfica região do Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
O que nos ajudou a decidir qual montanha tentar subir foi a duração do trekking. QuerÃamos um que pudéssemos subir e descer no mesmo dia. Com isso, o Licancabur ficou de fora, assim como outras montanhas e acabamos escolhendo o Cerro Toco, outro vulcão extinto que chega aos 5.600 metros de altitude. Contratamos o simpático e falante Cristóbal como guia, um chileno que também já trabalhou muito tempo na região de Torres del Paine, no extremo sul do Chile.
Caminhando com o Cristobal na magnÃfica região do Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
Em condições normais de temperatura e pressão o carro (a Fiona!) nos leva até 5.300 metros de altura. De lá, em cerca de duas horas, vamos ziguezagueando montanha acima, caminhando lentamente até o cume. Estávamos super ansiosos para ver como a nossa Fiona se comportaria acima dos 5 mil metros, seu novo recorde.
Aos 5.300 metros, ao lado das antigas minas de Enxofre no Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
Então, carregando água, frutas e chocolates, encontramos com o Cristóbal logo cedo e partimos para a longa "ladeira" de quase 30 km que nos leva da altitude de 2.400 metros de San Pedro para os 4.500 metros lá de cima, no caminho para o Paso de Jama. Lá chegando, na hora de deixar o asfalto para trás e pegar a trilha para a montanha, percebemos a enorme quantidade de neve espalhada pela base do Cerro Toco. Com jeito, fomos driblando a neve e o gelo, às vezes passando pelo lado, às vezes passando por cima deles. A Fiona e o motorista já estão ficando profissionais em lidar com água na forma sólida! Mesmo assim, chegou um ponto em que a Fiona não passaria, muito gelo à frente, nós ainda bem longe de onde começaria a trilha para se seguir à pé.
Um dos três cumes do Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
Orientados pelo Cristóbal, resolvemos tentar caminhos alternativos, por outros lados da montanha. Voltamos para o asfalto e fomos circundando o Cerro Toco, analisando as possibilidades. Enfim, decidimos por uma rota e lá foi a Fiona novamente enfrentando um terreno descampado, por entre pedras e gelo. Com muita paciência, conseguimos chegar numa pequena estrada de acesso à s antigas minas de enxofre e por ela seguimos, de novo encima de neve e gelo. Tanto insistimos que o carro acabou atolado sobre neve. AÃ, foi a vez de usar a pá que sempre carregamos no porta-malas. Deu trabalho, mas a Fiona consegiu avançar mais um pouco e conseguimos chegar aos 4.800 metros, recorde dela mas ainda longe dos simbólicos 5 mil metros.
Descendo o Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
Daà começou nossa caminhada, sem esperanças de chegar ao distante pico, mas dispostos a aproveitar a beleza da região e esticar um pouco as pernas. Para cima e avante, como diria o superhomem! Fomos subindo e fotografando, enfrentando um vento que ficava cada vez mais forte e frio conforme subÃamos. O esforço era recompensado pela beleza do local, que também aumentava com a altura.
Descendo o Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
Nós dois, já acostumados com a altitude, caminhávamos bem. Até a metade do caminho o Cristóbal seguia na frente, buscando o melhor rumo num terreno em que não havia trilhas enquanto eu seguia com a Ana, fotografando e filmando. Na segunda metade a Ana ficou com o Cristóbal enquanto eu tomei a frente, já determinando um ponto no alto de uma crista, que nos brindaria com uma bela vista para o "outro lado", como nosso objetivo final.
Muita neve no Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
Lá pelas tantas percebi que os dois tinham ficado para trás. O vento cada vez mais gelado não fazia esperar uma boa idéia e, já estando tão perto da tal crista, continuava subindo devagar. Cem metros atrás, a Ana foi se enraivecendo de eu não esperá-la no meio do caminho, mesmo tendo o Cristóbal ao seu lado. Eu cheguei lá encima, nos 5.300 metros de altitude e fui recompensado com a visão maravilhosa das antigas minas da montanha, um terreno ainda hoje amarelo-alaranjado, cenário de outro mundo. Cinco minutos mais tarde chegaram os dois. Antes de mais nada, a Ana me passou uma bela descompostura em altos brados, superando até a força do vento. Fiquei impressionado com a energia que ela ainda tinha, mesmo depois da caminhada de duas horas e ascensão de 500 metros, o que naquela altitude não é para qualquer um!
Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
Passado e descontada a raiva, também ela passou a admirar a paisagem magnÃfica. Ali do nosso lado, estava um dos três picos do Cerro Toco, justamente o mais baixo deles, quase 250 metros mais alto do que nós. Mas a gente já estava satisfeito de até onde tÃnhamos ido. Além disso, o vento e o frio nos castigavam e era hora de voltar. A descida foi bem mais fácil e demorou metade do tempo para chegarmos à Fiona, mesmo com as muitas paradas para fotos. Chegamos os dois inteiraços, enquanto o Cristóbal tinha dor de cabeça pela altitude.
Chegando de volta à Fiona, após caminhada no Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
A Fiona enfrentou mais uma vez o gelo e a neve, dessa vez seguindo pelos trilhos que ela já tinha cavado na subida e logo chegamos ao asfalto. De lá, foi um pulo até a ladeira de 30 km com a incrÃvel visão da planÃcie desértica dois quilômetros abaixo de nós.
Dirigindo entre o gelo e o abismo, no Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
Foi uma ótima experiência de montanhas e de altitude para nós. A visão daquela paisagem lá de cima, do Licancabur ao nosso lado e das centenas de quilômetros de visibilidade que se tem nessa altura são inesquecÃveis. Para mim, foi o primeiro retorno aos 5 mil metros desde que subi o Aconcágua há mais de dez anos. Foi extremamente reconfortante me sentir bem lá encima novamente! Além disso, a performance da minha amada esposa me surpreendeu e agora tenho certeza que, num bom dia, subimos os dois o Aconcágua ou, melhor ainda, o Ojos del Salado, a segunda maior montanha do continente, que eu ainda não conheço. Ela que nos espere, no final do ano que vem! Até lá, eu e a Ana vamos aprender a deixar tudo combinadinho antes das nossas subidas para que não haja mais desencontros como o de hoje.
Aos 5.300 metros, ao lado das antigas minas de Enxofre no Cerro Toco, na região de San Pedro de Atacama, no Chile
Oi, Rodrigo! Gostaria de saber se você lembra onde contratou o guia Cristobal... Já me falaram muito bem dele, mas ainda não recebi resposta por e-mail.
Obrigada!
Resposta:
Oi Liana
Infelizmente, não tenho o contato dele. Mas se ele ainda continua por lá, todas as agências de turismo em San Pedro devem conhecê-lo e colocarão vc em contato com ele.
Realmente, nós gostamos muito de seu trabalho e também o indicamos!
Abraços e espero que consiga encontrá-lo!
Queridos Rodrigo e Ana
Tem sido um prazer acompanhar os seus Blogs com os relatos da viagem de voçês.
As fotos são lindas os textos fluentes e claros, alem do conteúdo didático com aulas de geografia,história e tambem de sociologia com os depoimentos além da valorização do nosso continente para o turismo principalmente o ecológico,pois penso não haver nada igual no mundo sendo que a grande vantagem para nós é poder interagir com as pessoas locais o que faz a diferença.
No inicio de Novembro vou pegar um navio em Valparaiso circundar o Cabo Horn e passando pelas Malvinas,Buenos Aires e Motevideu,voltar ao Rio. Estou muito animado em principalmente em conhecer com a parte Sul do Chile como a Região dos Lagos e a Patagonia
No mais um forte abraço para vocês e uma exelente continuação de viagem
Caio e Heike
Resposta:
Olá, tios queridos!
Quanta honra tê-los como leitores! E que bom que gostam dos nossos textos e fotos e do nosso estilo literário, hehehe. Só espero que não liguem para os inevitáveis erros de português!
Muito jóia essa viagem de vcs! Nós também faremos algo parecido, perto do final dos 1000dias. Queremos pegar um navio em Punta Arenas para botar os pés na Antártida. Depois, Georgia do Sul e Malvinas. Tomara que dê certo!
Abraços e muitas saudades do Rodrigo e da Ana
Legal Rodrigo!!
Mande esta dica do cerro Toco para o meu e-mail. Em outubro a neve será menor. Dá pra ir de carro baixo e não traçado?
Abraço.
Resposta:
Oi LuÃs
Sem neve, dá para ir sim de carro baixo, com todo o cuidado. Pelo menos até o ponto onde conseguimos ir de carro. Para frente, já não sei.
É muito mais barato contratar um guia diretamente do que ir com uma agência. O nosso guia, eu recomendo.
É possÃvel também ir sozinho, quando não houver mais neve. A estrada chega até lá perto. Mas vai precisar conversar bastante com alguém (guia) que lhe passe os detalhes das entradas. O carro consegue chegar até 5.300. Depois, são mais 300 metrso de subida. Só tome cuidado com frio, para que o carro possa "pegar" na volta. Carro a álcool, nem pensar, hehehe.
Abs
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