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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
A maior ponte da América Central, sobre o Rio Dulce, na Guatemala
Para o sul! Esse é nosso rumo atual! A Terra do Fogo é logo ali, na esquina, mas temos que fazer “umas escalas” antes de chegar até lá, uns pequenos desvios. E a primeira escala foi na cidade de Rio Dulce, enquanto o primeiro desvio será para Livingston, no litoral caribenho da Guatemala, acessível apenas por barco.
O lago Izabal, Rio Dulce e a região de Livingston
A maior ponte do país e da América Central, sobre o Rio Dulce, na Guatemala
Por muito tempo, a cidade de Rio Dulce era o ponto mais longe até onde chegavam as estradas. Daqui para frente, apenas o rio que leva ao litoral e ao exterior, via marítima, para Honduras ou Belize. Por isso, mesmo estando ainda em pleno território guatemalteco, era chamado de “Puerto Fronteras”. A antiga placa com essa denominação ainda está lá, abaixo da ponte.
A estrada que atravessa Rio Dulce, na Guatemala
Caminhando pelas movimentadas e barulhentas ruas de Rio Dulce, na Guatemala
Pois é, agora há uma ponte e Rio Dulce deixou de ser o final da estrada. A longa ponte, a maior da América Central, cruza esse mesmo rio Dulce que dá nome à cidade e faz a ligação entre o norte e o sul, entre a região do Petén, de onde viemos, e a estrada para Honduras, para onde vamos.
Posto de combustível para barcos, em Rio Dulce, na Guatemala
Um veleiro nas águas do Rio Dulce, na Guatemala
O rio Dulce, o rio com maior volume de água no país, liga o lago Izabal ao Golfo do México, através de outros lagos menores, de um lindo canyon e de belíssimas paisagens. Esse será nosso caminho para Livingston, a cidade que fica na foz do rio e que foi fundada pelo povo garifuna há mais de 200 anos. O rio tem um trânsito movimentado, especialmente na época dos furacões. Isso porque até mesmo a marinha norte-americana reconheceu que este é o lugar mais seguro para barcos e veleiros para se esconderem desses perigosos fenômenos naturais. O rio é amplo e profundo o suficiente para os barcos e o canyon protege o lago da entrada dos ventos e ondas criadas pelos furacões. Desse modo, basta haver o primeiro sinal de furacão, ainda lá perto da costa africana, que centenas de barcos espalhados pela costa caribenha da América Central correm para cá, para a segurança do rio Dulce. É só olhar a foto do satélite para entender o porquê...
A maior ponte da América Central, sobre o Rio Dulce, na Guatemala
São centenas de barcos e veleiros em Rio Dulce, na Guatemala
Por essa característica, na encruzilhada de rotas e estradas e como porto seguro para barcos, Rio Dulce se tornou um lugar muito especial e movimentado. Na suas margens, dezenas de marinas e acomodações para tripulações de barcos; nas suas ruas, caóticos e barulhentos mercados, com produtos vindos dos quatro cantos do país e do exterior. O constante fluxo de caminhões que usam a estrada e a ponte aumenta ainda mais o movimento ao passarem justamente no centro da cidade. Some a esta balbúrdia o calor escaldante dessa época do ano e terá a imagem de uma típica cidade latina, desordem generalizada, todos os espaços disputados por veículos, pedestres, feirantes e animais andando à solta.
Quase na água, o mais popular backpacker de Rio Dulce, na Guatemala
Lago Izabal, em Rio Dulce, o maior da Guatemala
Pode até ser interessante de ser observado, mas não por muito tempo. A gente chegou em pleno horário de rush (o “rush”, aqui, vai das 10 da manhã às 5 da tarde, ininterruptamente!) e percebeu o quão desacostumados estamos com esse ambiente barulhento e caótico. Prontamente, desistimos de ficar em qualquer hotel por ali e passamos a buscar uma opção. Uma delas era o popular backpacker (acomodação para mochileiros) na orla do rio, mas do outro lado da ponte. A descrição não nos animou muito e resolvemos tentar uma outra alternativa: os pequenos hotéis perto do lago Izabal, alguns quilômetros fora da cidade, na direção oeste.
Brincadeiras e lavação de roupa no lago Izabal, em Rio Dulce, na Guatemala
Novas amigas na beira do lago Izabal, em Rio Dulce, na Guatemala. A cerveja na mão parece, mas não é uma Btahma. É uma Brahva!
Dito e feito. A tranquilidade e o silêncio do nosso pequeno hotel, quando comparados á balbúrdia do centro da cidade, fazia-nos lembrar do paraíso! Uma vez instalados e depois de uma gelada e refrescante vitamina de frutas, fomos caminhar até a orla do lago, a menos de um quilômetro dali. Fomos até o Castillo de San Felipe, uma antiga fortaleza espanhola construída bem na entrada do lago para proteger a região de ataques de piratas e corsários, mas ela já estava fechada. Eram 5 da tarde.
Fim de tarde no maior lago da Guatemala, o Izabal, em Rio Dulce
Esperando o horário do barco que nos levaria de Rio Dulce à Livingston, na Guatemala
Não faz mal. Descemos até o píer sobre o lago para de lá assistirmos o entardecer. O Izabal é o maior lago da Guatemala, um verdadeiro mar de água doce, e apenas a sua visão já nos dava um frescor psicológico. É claro que a brisa vinda do lago ajudava, hahaha. A gente não ficou tentado a nadar em suas águas, que ali nem pareciam tão convidativas assim, pelo mato e pelo barro, mas ali do lado, dezenas de crianças se divertiam nas águas enquanto suas mães aproveitavam uma das maiores máquinas de lavar roupa do mundo. Era o cenário bucólico do nosso entardecer. Duas das crianças, na verdade uma menina tomando conta de sua priminha, até se aproximaram de nós, por curiosidade e, claro!, ficaram amigas da Ana. Minha esposa passou a dividir sua atenção entre a gelada Brahva (a versão local da Brahma!) que tomava e a doce companhia das crianças.
Pronta para partir para Livingston, em Rio Dulce, na Guatemala
O Castillo de San Felipe, uma antiga fortaleza espanhola no lago Izabal, em Rio Dulce, na Guatemala
Na manhã seguinte, deixamos a Fiona estacionada no nosso hotel mesmo e a dona nos levou de carro de volta ao caótico centro da cidade, onde pegaríamos a lancha que faz a linha entre Rio Dulce e Livingston. Antes de seguir rio abaixo, a lancha ainda sobe o rio alguns quilômetros, até o lago Izabal e o Castillo de San Felipe, para que viajantes possam vê-lo e fotografá-lo da água. É uma espécie de bônus para quem paga pela passagem (cerca de 25 dólares). Depois da sessão de fotos, toda velocidade corrente abaixo, passando outra vez sob a maior ponte do país, deixando o maior lago para trás e seguindo pela magnífica “estrada” que é o rio mais caudaloso da Guatemala. Livingston, aí vamos nós!
El Castillo de San Felipe, um forte espanhol no lago Izabal, em Rio Dulce, na Guatemala
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