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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Recepção de amigos na entrada de Curitiba
Cerca de 100 quilômetros nos separavam de Curitiba e do final dos 1000dias. Frio na barriga quando ligamos a Fiona e começamos a dirigir de volta para casa. O litoral logo fica para trás e chegamos à Serra do Mar. Num dia de céu azul como hoje, a vista dessa estrada é linda, a planície litorânea já embaixo, o contorno da costa e da baía de Paranaguá claramente visíveis, a Mata Atlântica nos cercando a cada curva, o ar ficando mais ralo e frio, os ouvidos estalando com a rápida mudança de altitude.
Início da subida da Serra do Mar em direção a Curitiba e ao fim dos 1000dias
Curva após curva, Curitiba vai ficando mais próxima. Já tinha feito esse mesmo percurso dezenas de vezes, mas nenhuma tão especial como hoje. Afinal, não é todo dia que chegamos em casa depois de uma viagem de 1.400 dias, quatro anos ou 175 mil quilômetros. A paisagem começa a mudar diante dos meus olhos. De repente, estou vendo geleiras, montanhas altíssimas, desertos, a floresta amazõnica. Passamos por uma represa, mas eu vejo o lago Titicaca. Ou serão os grandes lagos americanos? Aquilo que vejo voando no céu é uma pomba, gaivota, condor, águia ou albatroz? E o animal caminhando ao lado da estrada é um cão, uma onça, um urso ou uma rena?
Subindo a Serra do Mar, no Paraná, última viagem da Fiona nesses 1000dias
Pois é, lembranças de 1.400 dias intensos se embaralham na minha mente, real e irreal, presente e passado, tudo misturado diante dos meus olhos. Passamos pelo pedágio. A cobradora está falando português, inglês ou espanhol? Pelo visto, não é apenas os meus olhos que estão confusos, mas os ouvidos também. A Ana liga o rádio e parece que estou ouvindo as notícias da Islândia entremeadas com propagandas da Costa Rica…
O Virgilio, nosso leitor assíduo, nos surpreende e nos encontra de moto ainda na estrada em direção a Curitiba
Uma moto faz sinais insistentes para que paremos. Fará parte do sonho, da alucinação ou da realidade? Na dúvida, paro no acostamento. O motociclista para também e vem fazer festa. Nunca o havíamos visto antes. Pelo menos, em carne e osso. É o Virgilio, um fiel seguidor nosso nas mídias sociais. Será que estou dentro do facebook no mundo virtual?
Celebrando em restaurante a chegada a Curitiba e o fim ddos 1000dias
Que nada, é realidade mesmo. Um abraço forte e um tapa nas costas ainda não existem na internet. Pelo menos, até agora. O Virgilio quis nos fazer uma homenagem e nós já fomos ficando logo emocionados. Quer dizer, emocionado já estávamos, num crescente desde que batemos a mão lá em Ushuaia e começamos a voltar para casa. Aumentou quando entramos no Brasil e voltamos a falar português. Aumentou mais ainda quando entramos no Paraná há poucos dias, a última fronteira ficando para trás. Finalmente, hoje cedo, já a bordo da Fiona para os últimos 100 quilômetros, não havia mais como fazer o tempo parar. Tempo só anda para frente, infelizmente. Não é como nosso caminho pelas Américas, quando podíamos ir, voltar, ziguezaguear…
Reencontro com amigos na chegada final a Curitiba
Enfim, o abraço do Virgilio nos fez ver, ter certeza mesmo, que o fim estava logo ali, a poucos quilômetros de distância. Por falar em poucos quilômetros, logo encontramos uma turma grande de amigos que veio nos recepcionar na entrada da cidade. Pausa para fotos com direito até à bandeira do Brasil. Os olhos viam, os ouvidos escutavam, a mente acreditava, mas a alma não entendia: “como assim, acabou?”.
Reencontro com o pai na chegada a Curitiba
Divididos entre a emoção e a incredulidade, seguimos em caravana até um restaurante, Aí sim, com calma, sentamos, bebemos, conversamos, contamos histórias, respondemos perguntas. Revimos amigos e família. Revivemos os últimos quatro anos, Eles pareciam ter passado num instante. Não foi ontem que deixamos Curitiba? Será que chegamos mesmo ao Alaska? O odômetro da Fiona e as dezenas de milhares de fotos parecem indicar que sim. Mas… que mágica é essa que, depois de tanta coisa vivida, tantas experiências acumuladas, tantas situações passadas, estamos no mesmo lugar, com as mesmas pessoas? É, a ideia de que tenha sido tudo um sonho e nada mais do que um sonho também faz sentido…
Os longos cabelos brancos denunciam que o tempo passou nesses 1000dias...
Bem, um sonho tão bom e intenso como esse não pode simplesmente acabar. Quem sabe, um segundo capítulo, um filhote, um P.S? Apesar de termos visto tantas coisas do continente, outras tantas não vimos também. Elas parecem nos chamar, querem fazer parte desse nosso sonho. Pois é, o mais importante é manter essa chama do sonho acesa. Aproveitar cada oportunidade que a vida nos oferece. Essas chances estão lá, muitas vezes sem mesmo que a gente perceba. Mas agora, depois desses quatro anos, nossos ouvidos estão treinados para esse chamado.
Reencontro com amigos na chegada final a Curitiba
Um deles parece gritar já dentro de nossas mentes e já combinamos de ir atrás dele. Amigos espanhóis estão com viagem marcada para o Brasil. Nós vamos encontrá-los e cobrir uma grande lacuna que ficou da nossa passagem por terras cariocas e fluminenses. São Pedro não permitiu que nos aventurássemos em um dos parques com as paisagens mais belas do país. Falo da Serra dos Órgãos e da mítica trilha que atravessa o parque, ligando Petrópolis a Teresópolis. Na época, achei que ele estava de birra conosco. Que inocência! O bom velhinho foi sempre nosso amigo durante esses quatro anos e era eu que não o estava entendendo. Tudo o que ele estava fazendo era nos dar uma ótima, uma perfeita desculpa para cairmos na estrada mais uma vez. Afinal, um giro pelas Américas não será completo sem essa travessia. São Pedro, nosso mais sincero obrigado! O 1000dias terá o seu P.S, e logo estaremos na estrada novamente, rumo à Cidade Maravilhosa e à Serra dos Órgãos! O sonho não acabou!
Reencontro com amigos na chegada final a Curitiba
PoXa quantas saudades deste casal e suas aventuras, sempre revejo os blogs. Refaço alguma rota. aqui nos posts. Abraços aqui do Ceará!!!
Que legal foi acompanhar esta aventura virtualmente. Se para nós leitores foi emocinante cada post do finalzinho da viagem, imagino para voces que viveram tudo isso... Que venham novas aventuras. Estarei por aqui para acompanhar. Abs
Eu, refaço essa viagem toda semana, lendo, relendo, vendo os detalhes nas fotos dos maravilhosos locais, que as vezes passam despercebidas, por isso lhes peço. NÃO TIREM NOSSO BLOG NET, E sempre o atualize com suas novas viagens, que por certo virão. O 1.000 dias é nosso companheiro,nas noites, nos finais de semana em casa e em nossos momentos de solidão.
Parabéns, meu amigo!
Tenho certeza que não se acaba aqui, principalmente porque no blog tem uma história enorme. Tenho muito orgulho de ter participado (pouco presencialmente e muito virtualmente :)) dessa maravilhosa jornada de vocês, que eu não canso de admirar. Vida longa ao 1000dias!
Grande abraço,
Helder
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