Brasil, São Paulo, Ubatuba, São Sebastião
Em dia de jogo decisivo para o Brasil pela manhã, nosso último em Ubatuba, a solução foi acordar cedo para ainda aproveitar a praia. Mais um dia maravilhoso, céu azul e claro, silhoueta da Serra do Mar bem visÃvel no horizonte, o Corcovado com seus mais de mil metros reinando sobre a região.
Fomos caminhar na Praia Dura novamente, mas desta vez o Jairo nos levou para que pudéssemos voltar nadando. Como sempre ocorre no nosso último dia de temporada na praia, é o dia mais bonito. Só que desta vez não estamos voltando para a poluição da cidade grande. SaÃmos de Ubatuba para São Sebastião. Então, nada daquela raiva de São Pedro.
Após a saudável caminhada, uma ainda mais saudável travessia aquática. Eu e a Ana vencemos os quase 1,5 km da distância aproveitando cada momento. Temperatura da água perfeita, visual mais perfeito ainda. Abençoado seja esse lugar. O trecho mais interessante é quando cruzamos umas rochas no meio do mar. O mar se agita um pouco, as emoções também. Depois driblamos um jetskie e chegamos na Vermelha.
Subimos acelerados para a caipirinha da Edna, a ducha secreta e o esperado jogo com a Holanda. Um belo primeiro tempo que poderia ter terminado 2 x 0 se não fosse a bela defesa do goleiro holandes no chute do Kaká.
O dia parecia perfeito. Mas veio o segundo tempo e a patética saÃda do Júlio César dando o gol de graça para os laranjas. Depois, no escanteio, porque não havia pelo menos uns dez jogadores amarelos na área? Será que não achavam aquele lance importante? Manés!
Bom, perdemos e mais uma vez noto que aquela minha tristeza em 82 nunca mais será atingida. Será que é pela idade que tinha ou pelo futebol bonito que jogávamos? Me cai a ficha que ninguém com menos de 35 anos de idade no Brasil viu a nossa seleção jogar bonito. Mais da metade da população brasileira só conhece esse futebolzinho mais ou menos... Que triste!
Superado o trauma da derrota, seguimos para Maresias. Muito pior que o trauma do jogo é o trauma de saber que vou ficar tanto tempo sem voltar para a Casa do Sérgio em Ubatuba. Isso sim dói no coração. Quanto ao futebol, ainda me dói muito mais o Careca ter machucado na preparação de 82 que o Ronaldinho Gaúcho ou Adriano terem ficado em casa este ano.
Em Maresias, principal centro de badalação da paulistada bonita e sarada encontramos o Haroldo, o mesmo de Mauá e São Paulo. Vamos a um barzinho jóia, o Chopp com Escamas, em Juquehy, outra das praias da região. É a praia com os restaurantes chiques de S. Sebastião, comida boa para todos os gostos. Avançamos madrugada à dentro, a Ana e o Haroldo disputando quem toma mais caipirinhas, ele de pinga e ela de vodka. No final da madrugada, uma aposta: ele torce pelos germânicos e eu pelos hermanos. Veremos amanhã.
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