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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
As nuvens cobrem o Cerro Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, em El Chaltén, na patagônia argentina
Não há dúvida de que a montanha mais famosa do Parque Nacional Los Glaciares é o Fitz Roy, não só pela beleza e imponência de seus 3.405 metros de altitude, mas também pela dificuldade técnica de se chegar lá encima. Coisa de profissionais! Mas há uma segunda montanha ali do lado que também tem sua dose de fama, não tão alta e bela como sua vizinha (tem 3.102 metros de altura), mas que consegue ser um desafio ainda maior aos alpinistas. Desde que foi conquistada pela primeira vez no início da década de 70, é possível contar nos dedos o números de homens que já chegaram ao seu cume. Estou falando do Cerro Torre, uma espécie de agulha de granito que se estica em direção ao céu e que nos apavora só de remotamente pensar na possibilidade de desafiar suas paredes e penhascos.
As principais trilhas feitas a partir de El Chaltén, ao lado do Parque Nacional Los Glaciares, na Argentina
Característica das principais caminhadas feitas a partir de El Chaltén, ao lado do Parque Nacional Los Glaciares, na Argentina
Foi em direção a esta incrível montanha que seguimos hoje. É claro que subi-la jamais passou por nossas cabeças. Só queríamos chegar mais perto, ter a exata noção de seu tamanho e tentar imaginar a loucura que se passa na cabeça dos montanhistas que resolvem desafiá-la. Na verdade, nosso objetivo era chegar até uma lagoa que se forma em sua base, a Laguna Torre, alimentada por um glaciar que nasce nas encostas da montanha, conhecido como Glaciar Grande. São 11 quilômetros de caminhada até lá, quase sempre ao lado do rio Fitz Roy, o mesmo que passa em El Chaltén. Ao longo do caminho, subimos e descemos várias vezes para vencer as imperfeições do terreno, mas ao final ganhamos muito pouco em altitude.
Início da caminhada para a Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
No caminho para a Laguna Torre, as montanhas estão encobertas pelas nuvens no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Infelizmente, hoje o tempo não estava aberto como ontem a as montanhas mais altas estavam encobertas, como o Fitz Roy e o Cerro Torre. Mas não importa, as imagens que tivemos ontem ainda estavam frescas em nossas mentes e era quase como se pudéssemos ver através das nuvens. Enquanto caminhávamos em direção às montanhas, pensava e repensava todas as histórias que havia lido sobre essa mítica montanha. Ela é notória pelas controvérsias que causa entre alpinistas, inclusive uma que pudemos presenciar ontem, quando fomos a uma farmácia da cidade.
Descansando na trilha da Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Descansando na trilha da Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Já chego nessa última controvérsia, mas comecemos pelo começo. O problema em subir o Cerro Torre é que não há rota mais fácil. Quando muito, há rotas “menos impossíveis”. Por qualquer lado que se ataque a montanha, o alpinista vai se deparar com um paredão de granito de pelo menos 800 metros de altura. Soma-se a isso as condições de clima extremo que prevalecem boa parte do ano e podemos entender por que essa montanha foi considerada, durante muito tempo, a mais difícil de ser escalada do mundo. Tanto que foi apenas em 1959 que alguém alegou ter chegado lá encima pela primeira vez. Foi o italiano Cesare Maestri, mas o problema é que seu companheiro de escalada foi derrubado por uma avalanche e morreu. E era justamente esse companheiro que estava com a máquina fotográfica cujas fotos provariam o feito da dupla. Poucas pessoas acreditaram na história e as dúvidas se confirmaram quando, muitos anos mais tarde, alguém finalmente conseguiu subir por essa mesma rota e verificou que ela não combinava em nada com as descrições feitas por Maestri.
O vale do rio Fitz Roy, no caminho para a Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
O vale do rio Fitz Roy, no caminho para a Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
O rio Fitz Roy, no caminho para a Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Onze anos se passaram sem que mais ninguém conseguisse chegar ao cume até que, em 1970, o próprio Maestri retornou, agora com uma equipe de 5 outros alpinistas italianos. O grupo seguiu por uma rota diferente daquela de 59 e trouxeram consigo uma potente sonda para fazer furos no granito. Foram colocados grampos em mais de 350 metros de rocha e desse modo a montanha foi finalmente vencida. Ou quase. As condições de frio e vento na patagônia favorecem o aparecimento e crescimento de formações de gelo em forma de cogumelo no topo de montanhas estreitas como o Cerro Torre. Maestri chegou ao topo da rocha, mas havia um cogumelo de gelo com mais de dez metros de altura acima dele. O italiano resolveu retornar desse ponto, alegando que o cume era no final da pedra e não do gelo. A equipe deixou o famigerado compressor amarrado em um dos grampos quase no topo da montanha e foi muito criticado por ter usado métodos desleais para chegar ao cume do Cerro Torre. E pior, nem chegaram ao verdadeiro cume. Desde então, essa rota de subida é conhecida como a “rota do compressor”.
Chegando à Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Brincando com pedaços de gelo na Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
A primeira ascensão até o alto do cogumelo ocorreu em 1974, por outro grupo de italianos (eles parecem gostar da patagônia!). A primeira ascensão no estilo alpino (quando os montanhistas levam todo o seu equipamento de uma só vez e não usam cordas fixas) foi conseguida em 77, agora por um grupo americano. E a primeira vez que alguém subiu pela rota do compressor, incluindo o tal cogumelo de gelo, foi em 79. A rota original de Maestri, aquela em que seu companheiro morreu, só foi conquistada em 2005.
A gelada Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
O Glaciar Grande e a Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Enfim, chegamos à controvérsia a que me referi no início, que eu e a Ana fomos testemunhas. Há um movimento cada vez mais forte no meio do alpinismo que se chama de “purista”. A filosofia é que o alpinismo deve ser feito de maneira “leal”, ou seja, com o mínimo de equipamento possível. Devem ser usados aqueles que dão segurança, mas não os que facilitam a subida de uma montanha. Se um alpinista não consegue subir uma montanha dessa maneira, ele simplesmente deve desistir e não subir. Assim, nada de cordas fixas. Escadas, então, nem pensar! Mesmo os grampos para fixação de equipamentos de segurança devem ser retirados da montanha quando o alpinista descer. A montanha deve ser deixada limpa, sem marcas. É claro que, como em todos os movimentos, há aqueles mais radicais e aqueles mais moderados.
Bloco de gelo azul flutua na Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Um bloco de gelo azul na Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Pois bem, em um lugar como El Chaltén, que atrai grandes alpinistas do mundo inteiro, essas controvérsias ficam ainda mais evidentes. Por exemplo, muitos alpinistas defendiam que todos os grampos já instalados no Cerro Torre deveriam ser retirados. Havia consenso em não colocar novos grampos, mas não houve acordo sobre o que fazer com os antigos. Em uma votação, foi decidido que os grampos colocados por Maestri na rota do compressor deveriam ficar ali. Mas um exímio alpinista americano não concordou com essa votação e, por conta própria, em 2012, subiu o Cerro torre por aquela rota e retirou quase todos os grampos que já estavam na parede há mais de 40 anos. A revolta do resto da comunidade foi grande. Quando eu e a Ana estivemos na farmácia ontem de noite, estava sendo colocado um cartaz ali mostrando a foto do alpinista americano com os dizeres “Persona Non Grata em El Chaltén”.
A linha de frente do Glaciar Grande, na Laguna Torre, Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
O Glaciar Grande carrega toneladas de detritos das montanhas para a Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Bem, como se vê, é uma controvérsia bem fresquinha! Mas, enfim, eles que são alpinistas que se entendam. O Cerro Torre, com ou sem grampos, é apenas para meus olhos e jamais para minhas mãos!. Tudo o que queríamos hoje era chegar até a lagoa em sua base a desfrutar da vista. E mesmo com o tempo fechado nas partes mais altas, só posso dizer que a paisagem é absolutamente fantástica. Longe de qualquer controvérsia, valeu muito a pena os onze quilômetros caminhados ao longo do rio e através de florestas de lengas separadas por trechos de vegetação rasteira.
A superfície irregular formada por seracs do Glaciar Grande, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Uma selfie com a Laguna Torre e o Glaciar Grande ao fundo, aos pés do Cerro Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, no sul da Argentina
Não podíamos ver o Cerro Torre, mas tínhamos inteira visão do glaciar Grande, esse enorme rio de gelo que desce vagarosamente desde as partes mais altas da montanha. Os blocos de gelo na linha de frente da geleira acabam por se desprender e ficam flutuando na Laguna Torre como se fossem icebergs de água doce. Alguns deles são bem azuis, prova de que já tem uma certa idade que se conta por séculos e não por anos. Alguns desses pedaços de gelo são pequenos o suficiente para que eu possa carregá-los e posar para uma foto. Outros, são maiores e mais pesados do que caminhões de verdade. Mas é só dar tempo ao tempo que eles também vão ficar pequenos e, quem sabe, serem pegos no colo de algum turista por ali.
Um bloco de gelo pouco antes de se partir, na Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Um bloco de gelo se parte na Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Esses blocos de gelo, enquanto derretem, vão tomando formas estranhas, como nuvens no ar. Alguns chegam a formar túneis e arcos, estruturas que obviamente não são muito estáveis. Muitas vezes, na frente de nossos ávidos e curiosos olhos, esses grandes blocos de gelo viram na água, buscando uma posição mais estável, se partem ou simplesmente desmoronam. Eu mostrei um para a Ana que aprecia que não iria durar muito, uma estreita ponte de gelo unindo dois blocos já quase separados. Só não achei que seria tão rápido... Foi só o tempo da Ana tirar uma foto e a estrutura toda ruiu, para nosso deleite. A foto seguinte mostra bem o estrago!
Admirando a imponência do Glaciar Grande, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Admirando a imponência do Glaciar Grande, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Depois de um tempo ali na praia da Laguna Torre, resolvemos subir em direção ao Mirador Maestri, homenagem ao controverso pioneiro italiano. A trilha vai subindo pela crista da morena, que é basicamente uma enorme pilha de rochas deixada para trás por um glaciar que retrocede. Uma geleira está continuamente escavando as montanhas que a cercam pela fricção do gelo com a rocha. Esse entulho é trazido lentamente nas costas da geleira até o ponto onde pedaços de gelo se desprendem e caem na água. Aí as rochas ficam e, com o tempo, se acumulam. Se a geleira avança com o tempo, esse monte de rochas também é empurrado para frente. Se ela retrocede, o monte de pedras fica por ali, testemunho de um antigo limite do rio de gelo. Assim se formam as morenas frontais. As morenas laterais se formam com as rochas que caem lateralmente das geleias. Isso ocorre quando o rio de gelo atravessa um trecho mais estreito entre grandes paredes e desemboca em um terreno mais amplo, como um vale alargado ou mesmo uma planície. A altura dessas morenas laterais indicam o quão alto o rio de gelo já foi naquele ponto.
Observando o Glaciar Grande, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Glaciar Grande e Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Pois bem, a morena lateral que subíamos mostra que o tal glaciar Grande já foi grande mesmo! Da mesma maneira que, no nosso caminho de vinda, cruzamos (subimos e descemos!) várias antigas morenas frontais, pontos onde o glaciar Grande já se deteve por tempo necessário para “construir” uma morena. Hoje, o crescimento da vegetação tenta esconder essas pistas de que, ao longo do tempo, as geleiras mudam muito de tamanho e de extensão.
O Glaciar Grande, aos pés do Cerro Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Visita ao Glaciar Grande, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Enfim, fomos subindo e subindo essa morena lateral, a laguna Torre ficando cada vez mais para baixo. A informação da trilha diz que seriam apenas 50 metros de desnível, mas isso está completamente equivocado. Calculo pelo menos o triplo disso, um ganho de altitude de uns 150 metros em pouco mais de uma hora de caminhada para se chegar ao tal mirante. Qualquer que seja esse desnível, com certeza vale a pena, pois o visual lá de cima é de tirar o fôlego. Agora sim percebemos com perfeição todo o contorno do glaciar Grande e a nossa pequenez perto dessa paisagem absolutamente grandiosa.
Um condor observa a Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Um majestoso condor descansa ao lado da Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Outra coisa bem legal foi, ainda durante a subida, passar ao lado de uma pedra onde descansava um majestoso condor. Ele não pareceu se importar muito com a nossa presença e pudemos tirar quantas fotos quisemos. Só faltou ele alçar voo para tirarmos a foto final, mas ele estava muito feliz e confortável ali mesmo. Realmente, é uma ave que combina com esse ambiente. Nós tínhamos visto um par deles voando na região da Cueva de Las Manos, no deserto patagônico, mas eles pareciam meio fora do lugar, ali. Aqui não, entre montanhas e geleiras, somos nós que estamos fora do lugar, hehehe.
Um majestoso condor descansa ao lado da Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Um majestoso condor descansa ao lado da Laguna Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Na volta, até entramos rapidamente na mata viçosa que cresce ao lado da morena lateral, atraídos por um forte barulho de água. Era uma linda cachoeira, água vinda diretamente do gelo e neve no alto da montanha. Imagina só a temperatura do riacho. Só nos atrevemos a lavar as mãos e rosto e tirar umas fotos, claro. No meio daquele verde todo, era difícil acreditar que ali do lado houvesse uma geleira tão grande. Mas foi só subirmos a pequena encosta de pedras para voltarmos à paisagem mais ampla, a lagoa, a geleira e as montanhas.
Uma bela cachoeira na morena ao lado do Glaciar Grande, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Vegetação cobre a morena ao lado do Glaciar Grande, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Hora de voltar de mais uma esplêndida caminhada no Parque Los Glaciares. Começamos a descer a morena e eu fui me empolgando, passando do passo lento ao rápido e daí, ao trote. Até que, no meio do caminho, tinha uma pedra. Claro, o que mais há por ali são pedras! O tropeção me fez voar e pensar: “Nossa, tô frito!”. Em um terreno tão irregular assim, nem adianta muito as mãos para tentar se defender na queda. Ainda no ar, quase por inércia, virei de costas. Ali, ao menos, havia uma mochila para me proteger. Segundos que duraram uma eternidade, a Ana congelada mais acima, esperando o resultado do tombo, e eu congelado no ar, esperando o resultado da queda. A mochila foi mesmo a primeira a tingir o solo, quase servindo como uma almofada. Mas em seguida, a cabeça bateu em uma pedra e “estilingou”. Senti o choque, mas não senti a dor. Apenas uma sensação de vazio, um silêncio, e a certeza de que não deveria desmaiar. No momento seguinte, a Ana já está ajoelhada ao meu lado, mexendo no cabelo e perguntando coisas. Havia um pouco de sangue, mas o corte não era profundo. Um pouco tonto, levantei. Melhor caminhar do que esperar o corpo esfriar. A mochila passou para a Ana e eu segui sem peso, menos velocidade e mais atenção ao solo. Felizmente, foi só o susto. Mais uma peça do Maestri!
Laguna Torre e Glaciar Grande, aos pés do Cerro Torre, no Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Observando as montanhas, glaciares e lagoas do Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
Sem mais percalços e com toda a calma do mundo, regressamos a cidade. Foi só chegando lá perto, com a fome aumentando, é que aceleramos novamente. Empanadas quentinhas e cervejas geladas foram um santo remédio e já estamos prontos para a caminhada de amanhã. Dessa vez, levamos a barraca nas costas, pois a ideia é dormir dentro do parque. Parece até que o tempo vai melhorar...
Voltano da Laguna Torre, uma neblina ocupa o Parque Nacional Los Glaciares, perto de El Chaltén, na Argentina
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