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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Admirando a beleza do Diamond Lake, na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Ontem pela manhã, acabamos nos estendendo em Portland e saímos de lá bem mais tarde do que imaginávamos (sempre é assim, já estamos até acostumados...). Nosso próximo destino no estado do Oregon era um parque conhecido como Crater Lake. Como o próprio nome diz, é um lago que se formou em uma enorme cratera, fruto de uma gigantesca explosão vulcânica sete mil anos atrás que deixaria no chinelo a erupção do Santa Helena em 1980.
Mt. Thielsen, um antigo vulcão erodido pelo tempo, na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Mas, saindo tarde como saímos e tendo de atravessar quase todo o estado no sentido norte-sul, não havia como chegar lá ainda de dia. Aliás, que saudades dos dias longos! Ficamos realmente impressionados como a duração do dia diminuiu rapidamente aqui nessas altas latitudes. Não faz muito tempo e tínhamos luz do sol até quase 11 da noite, lá no Alaska. Agora, antes das seis e já está escuro. Para piorar, acabou o horário de verão e os relógios foram atrasados em uma hora. Estamos seis horas atrás do Brasil, agora. E a nossa programação diurna tem de terminar às cinco da tarde. Por falar em latitudes, antes que eu me esqueça, no trajeto entre Seattle e Portland, cruzamos uma placa bem legal, na estrada. Dizia: “Você está cruzando o paralelo 45º, metade do caminho entre o Polo Norte e o Equador!”. Pois é, o polo norte ficou para trás, logo ficará também a linha do equador e vamos que vamos para o polo sul!
O magnífico Diamond Lake, na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Já quase no inverno, apenas os patos ainda tem coragem de continuar nadando nas limpas e gélidas águas do Diamond Lake, na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Porém, antes disso, voltemos ao dia de ontem, hehehe. Esticamos o mais que pudemos na estrada, para já chegar bem perto do Crater Lake. Na parte final da viagem, entramos na Umpqua National Forest. Uma “Floresta Nacional” é como um Parque Nacional, mas com menos restrições. Atividades econômicas como exploração de madeira, caça e pesca comercial são autorizadas, mas sempre dentro de limites que não impactem a área. De qualquer maneira, são também áreas protegidas e de grande beleza e interesse natural. Nos EUA, hoje, cerca de 8% da área do país são Florestas Nacionais, enquanto os Parques Nacionais ocupam 3,6%.
Aproveitando o calor do sol da manhã, ao lado do Diamond Lake, na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Então, fomos cruzando a Umpqua National Forest e, a todo momento, placas indicavam cachoeiras e outras atrações nas imediações. Mas, a luz do dia acabando e a gente ainda sem lugar para dormir, fomos seguindo, sem nenhuma perspectiva de encontrar cidades até a entrada do Cratrer Lake National Park. Sem cidades, sem motéis! Até que, já bem no alto (a estrada subia sem parar), chegamos à região do Lake Diamond, com alguma infraestrutura ao seu redor. AInad estávamos dentro da área da floresta nacional e ver aquele lindo lado cercado por dois vulcões extintos nos fez entender logo porque aqui era uma região protegida. Época de baixa estação, não havia quase ninguém por ali, vários resorts fechados. Mas, sorte nossa, encontramos um lodge!
Whitehorse Falls, na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
O mata filtra os raios de sol na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Não só lodge, mas restaurante também. Tudo na beira do lago e com preços ótimos. É a vantagem de ter acabado o verão e o período de férias escolares. Tudo ficou mais tranquilo e barato! Pelo menos, compensa um pouco o fato dos dias serem menores e as dificuldades que os rigores do clima tem trazido á nossa viagem, como a chuva e as estradas fechadas.
Riacho com pequenas cascatas no Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Trilha na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Por exemplo, descobrimos com o pessoal do lodge que a estrada cênica que dá a volta no Crater Lake está fechada até o início do verão, no ano que vem. Mesmo que a neve não tenha caído de verdade ainda, regras são regras, prazos são prazos e a estrada está fechada, para a nossa decepção. Mas a estrada principal do parque está aberta e nós podemos subir até o alto da cratera, acima dos 2 mil metros, para observar o famoso lago. Mas esse programa não dura muito e, com isso, teríamos muito tempo de folga hoje. O mesmo gerente do lodge tratou de nos mostrar que não faltaria programação. E as atrações eram justamente aquelas cachoeiras que tínhamos passado correndo, ontem no final da tarde.
Primeira visão da bela Watson Falls, na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Hoje, acordamos com um dia absolutamente esplendoroso. Sol radiante, céu azul e aquele lago bem na nossa frente, com os vulcões extintos e com seus picos nevados refletindo na água. Cenário idílico! A vontade era passar ali o dia inteiro, sem fazer nada, apenas na frente do lago e, com muita coragem, arriscar um mergulho rápido junto com os patos. Mas outras atrações nos chamavam.
Chegando à majestosa Watson Falls, na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Voltei a falar com o gerente, para que el nos ajudasse a escolher entre tantas cachoeiras. Ele apontou três. Brinquei se não haveria alguma para nadarmos também, já sabendo da resposta. Quer dizer, achei que sabia, mas não sabia nada! “Nadar? É, nas cachoeiras, vai ser meio difícil. Mas você pode tentar as hotspings que são exatamente ao lado dessa cachoeira daqui!”, disse ele, apontando no mapa. Melhor ainda, as tais fontes de água quente são no meio da mata e não são exploradas. Não há prédios nem piscinas de ladrilho e nem McDonald’s! Puxa vida! Por essa, eu não esperava!
Caminho coberto por folhas na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Então, lá fomos nós. Primeiro, à Whitehorse Falls, uma cachoeira praticamente ao lado da estrada. Muito bonitinha e, melhor ainda, no meio de uma mata que filtrava a luz do sol por entre suas árvores e galhos, criando uma paisagem meio encantada. Muito legal!
Toketee Falls, a mais bela cachoeira na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Em seguida, a Watson Falls, com mais de 80 metros de altura, a quarta mais alta do Oregon. Essa requeria uma caminhada de vinte minutos por subindo entre a mata. O resultado muito mais do que compensava o esforço. Parecia que estávamos em uma das Chapadas, aí no Brasil. Como sempre, o que faz nos lembrar que não estamos é a temperatura da água. Beleza para ser vista e ouvida, mas não “sentida” na pele, hehehe.
A incrível beleza da floresta refletida em uma represa na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Seguimos então para a mais bela delas, a Toketee Falls. Tão ou mais bonita que a cachoeira é a trilha na mata para se chegar até lá. Nesse fim de Outono, as árvores estão cada vez mais amarelas e as folhas caem e fazem um verdadeiro tapete colorido no chão. Espetacular! Já a cachoeira, bem bonita mesmo e, diferentemente das outras, essa formava uma grande piscina embaixo da queda. Um convite para um mergulho! Mas aqui, nem é a temperatura da água que nos impede de nadar (e certamente impediria!), mas a própria trilha, que só chega até um mirante de observação, bem mais alto que a piscina lá embaixo, inacessível para nós.
A incrível beleza da floresta refletida em uma represa na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Enfim, chega de água fria, era chegada a hora da água quente! Mais um trecho de estrada em que passamos por outro lago maravilhoso que refletia as árvores verdes, amarelas e vermelhas da floresta e chegamos ao estacionamento das hotsprings, no fim de uma estrada de terra no meio da mata. Ali, uma placa avisava que quem se sentisse ofendido com o nudismo, que era melhor nem continuar, pois essa era uma prática comum por ali. Sendo hoje um domingo e com outros carros no estacionamento, já nos preparamos psicologicamente para o que veríamos, hehehe.
Aviso para quem pretende ir ás hot springs na Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Dez minutos e chegamos lá. Para nossa felicidade, as fontes eram realmente naturais. Pequenas piscinas numa encosta, ao lado de um rio de águas geladas, cenário bem pitoresco, principalmente para o padrão americano. Parecia que estávamos num país da América Central, tipo a Guatemala. Muito legal! Havia realmente muitos peladões por ali, mas conseguimos achar uma piscina só para nós. Foi super joia!
Banho em piscina natural de água quente em plena natureza da Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
Passamos quase uma hora relaxando, mas já era hora de voltarmos em direção ao Lake Diamond e daí, seguir viagem ao Crater Lake. Não ter conseguido chegar lá ontem, tudo bem, mas falhar o segundo dia seguido, aí já era demais! Bem, não falhamos e, ao contrário, tivemos um dos finais de tarde mais belos desses 1000dias. Assunto para o próximo post...
Banho em piscina natural de água quente em plena natureza da Umpqua National Forest, no sul do Oregon, estado da costa oeste dos Estados Unidos
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