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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Pequena cidade na orla do lago Petén, em frente à ilha de Flores, na Guatemala
Pouco mais de 14 meses atrás, mais precisamente no dia 10 de Janeiro de 2012, deixávamos a Guatemala rumo ao México, depois de 13 dias no país. Naquelas quase duas semanas, exploramos o lado oeste do país, a capital, a histórica Antigua, a maravilhosa Semuc Champey, o místico lago de Atitlán e até subimos a mais alta montanha, não só da Guatemala, mas de toda a América Central. Ficou faltando a porção leste do país, incluído aí uma das principais atrações turísticas da Guatemala: as ruínas mayas de Tikal. Deixamos esse lado para a volta, depois de passarmos por Belize. Pois é, a “volta” chegou!
Entrando novamente na Guatemala, agora vindos de Belize
Deixamos San Ignacio, em Belize, pela manhã, depois de uma deliciosa visita ao mercado e pegamos estrada para voltar ao lado latino da América central, a começar pela Guatemala. O destino era a charmosa cidade de Flores, construída em uma pequena ilha no lago de Petén. Além dos próprios encantos, a cidade é a principal base para quem quer conhecer Tikal, as mais famosas ruínas da civilização maya e que atraem turistas de todos os continentes.
Nosso circuito pelo leste da Guatemala, vindos de Belize (A), passando por Flores (B), as ruínas de Tikal (C), Rio Dulce (D) e daí, para Honduras (E). De Rio Dulce (D), ainda vamos para Livingston, no litoral. O único acesso é de barco, descendo o rio
Nessa nova passagem pelo país, além de Flores e Tikal, nosso roteiro vai incluir Rio Dulce, onde está a mais longa ponte da América Central, e uma visita à Livingston, cidade de origem garifuna no litoral do Caribe que, longe das estradas, que só pode ser acessada de barco. Depois, rumo à Honduras.
Caminhando na orla do lago Petén, em Flores, na Guatemala
Uma das ladeiras que dá acesso à praça central de Flores, na Guatemala
Flores foi o principal centro do último reino maya a ser subjugado pelos espanhóis, o que ocorreu apenas em 1697, 180 anos depois de Cortez chegar ao continente. Andando pelas pacatas ruas da cidade, hoje, é difícil imaginar as batalhas sangrentas que lá ocorreram, os espanhóis atacando de canoas os nativos entrincheirados na pequena ilha. Os poucos sobreviventes fugiram para as densas florestas de Petén para, mais uma vez, se afastar da “civilização” trazida pelos conquistadores.
A igreja matriz de Flores, na Guatemala
Nosso hotel em frente ao lago Petén, em Flores, na Guatemala
Hoje, a pequena ilha com um perímetro de 1,3 quilômetros e com uma colina em sua parte central está totalmente urbanizada. As ruas centrais de paralelepípedo têm aspecto colonial e a avenida que faz a circunavegação tem vários pequenos hotéis de frente ao lago Petén. Basta uma hora para percorrer suas ruas, conhecer a praça central no alto da colina e saber onde ficam restaurantes, lojas e o caixa eletrônico.
Fim de tarde no lago Petén, em Flores, na Guatemala
O sol aparece um pouco antes de se pôr, visto da ilha de Flores, na Guatemala
A principal atração, sobretudo nessa época de calor intenso, é um mergulho no lago, que tem águas próprias e convidativas para um banho. Barcos oferecem passeios, mas para quem sabe nadar, a força dos braços é mais do que suficiente. Alguns piers, estrategicamente colocados, nos ajudam (e nos convidam!) a entrar na água e é encima deles que vemos sempre os turistas e locais, fotografando, tomando sol ou mergulhando.
Uma bela conjunção da lua e Júpiter, em Flores, na Guatemala
Pronto para um mergulho no fim de tarde, em Flores, na Guatemala
Nós chegamos no dia 16 de tarde, achamos um hotel mais barato em frente ao lago e fomos caminhar pelas ruas centrais, Depois, suando de calor, veio o primeiro de muitos mergulhos. Passamos o dia 17 em visita à Tikal, mas o mergulho merecido veio de noite mesmo. Depois, tanto gostamos da nossa rotina por lá que resolvemos ficar mais um dia inteiro. Muito sol e muita natação, claro!
Mergulhando no lago Petén, em Flores, na Guatemala
Nadando no delicioso lago Petén, em Flores, na Guatemala
Aproveitamos também a tranquilidade da ilha e a beleza do cenário para fazermos sessões de corrida na avenida perimetral. O esforço sob o sol escaldante era recompensado com... outro mergulho! Enfim, todo o nosso tempo em Flores girou em torno no lago: restaurantes, cerveja gelada, passeios, corridas ou simplesmente, contemplação.
Correndo na orla do lago Petén, em Flores, na Guatemala
Mergulhando no lago Petén, em Flores, na Guatemala
Pois é, na hora do sol de pôr, impossível não contemplar. Mas não foi apenas o astro-rei que seu show. Tivemos também, nesses dias, um incrível alinhamento da lua com Júpiter. Suas luzes combinadas, refletidas nas águas calmas do lago Petén, foram um verdadeiro espetáculo! Outra desculpa para mais um mergulho noturno.
Refrescando-se no lago Petén, em Flores, na Guatemala
Nadando no lago Petén, ao redor da ilha de Flores, na Guatemala
No dia 19, pela manhã, partimos para o sul, rumo à Rio Dulce. É claro que só saímos depois de mais uma sessão de corrida e natação, a merecida “saideira”. Saímos de Flores (o nome é uma homenagem ao sobrenome de um general guatemalteco) com a nítida impressão que os últimos mayas livres souberam escolher bem o local de seu reino. Fico me perguntando se, ao menos nos períodos de paz, eles também se esbaldavam no lago como nós nos esbaldamos. Nadando de noite, sob o luar e os olhos de Júpiter, era neles que pensava (e não em tubarões, que seria o foco involuntário de meus pensamentos, se estivesse no mar) e minha conclusão foi de que, sim!, claro!, centenas de vezes, sob aquela mesma lua e sob aquele mesmo Júpiter, mayas devem ter nadado naquele lago, olhado para o céu e se perdido em suas próprias dúvidas e elucubrações. Nossa dúvidas podem ser diferentes, mas o prazer de estar ali, certamente é o mesmo.
A lua e Júpiter iluminam o lago Petén, em Flores, na Guatemala
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