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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Explorando a Garganta del Diablo, em Tilcara - Argentina
Nosso segundo dia em Tilcara começou com a dÃficil saÃda do delicioso hotel. O "Con Los Angeles" é desses que dá vontade de ficar uma semana, lendo um bom livro de tarde no banco do jardim interno, com vista para as montanhas, e tomando um delicioso vinho ao lado da lareira, para enfrentar as noites frias.
Vista do quintal do nosso hotel, em Tilcara - Argentina
Mas nosso destino é seguir em frente! Empacotamos tudo na nossa fiel Fiona e seguimos para as ruÃnas de Pucara, ao lado de Tilcara. São ruÃnas de uma antiga cidade indÃgena pré-incaica que chegou a ter 1.500 habitantes. Ela foi construÃda em cima de um morro estratégico, de onde se podia controlar todo o fluxo de pessoas que passavam pela Quebrada de Humahuaca. A cidade continuou a florescer mesmo depois da conquista pelos Incas, no século XIV. Mas não resistiu à bárbara ocupação espanhola dois séculos mais tarde. Mortos, escravizados ou "realocados", os habitantes da cidade se perderam no tempo e para trás só ficaram as ruÃnas de uma cidade que, durante quinhentos anos, havia brilhado em Huamhuaca.
Vista da Quebrada Humahuaca, do alto do El Pucará, em Tilcara - Argentina
Caminhando pelo El Pucará, em Tilcara, na Quebrada Humahuaca - Argentina
Caminhar por entre antigas ruas estreitas é uma viagem no tempo e na imaginação. O local vem sendo escavado por arqueólogos há um século e algumas casas e armazéns foram reconstruÃdos para que tenhamos uma idéia de como era a cidade. Mas a grande maioria do terreno está como o tempo o deixou, apenas a base das paredes em pé. A visão do vale abaixo é absolutamente magnÃfica, a mesma visão que tinham seus antigos moradores. No ponto mais alto foi construÃda uma pequena pirâmide que nada tem a ver com a antiga cidade, uma homenagem aos primeiros arqueólogos que exploraram o local. De lá temos a noção exata de Pucara, sua arquitetura, suas antigas ruas, os currais onde guardavam suas lhamas, as montanhas que os cercavam, a natureza de que viviam. Um passeio que vale muito à pena!
Explorando El Pucará, em Tilcara, na Quebrada Humahuaca - Argentina
Visitando El Pucará, em Tilcara, na Quebrada Humahuaca - Argentina
De Pucara seguimos para outra atração, oito quilômetros montanha acima por uma apertada estrada de terra, a Garganta del Diablo. É um estreito cayon, uma verdadeira garganta, como bem diz o nome, profunda e sombria, por onde corre um riacho que abastece a cidade abaixo. Uma trilha foi criada para se visitar esse canyon e é, ela mesmo, uma atração. Não só pelas vistas que proporciona mas também pela aventura de se percorrê-la. Afinal, quase todo o tempo estamos beirando precipÃcios de um lado e uma Ãngreme encosta do outro. Essa encosta é recoberta por um terreno sem nenhuma firmeza e também por uma vegetação totalmente espinhenta. Até a grama é cheia de espinhos! Como diria um querido irmão, território completamente hostil à presença humana.
No alto do canyon Garganta del Diablo, em Tilcara - Argentina
Bom... hostil mas muito belo! Eu e a Ana seguimos por ele, fotografando e admirando a incrÃvel paisagem. Buscando os melhores pontos para fotos eu seguia aqui e ali algumas trilhas "alternativas", sempre com o devido cuidado. Pois não é que, numa delas, ao resvalar meu pé na grama que normalmente é mole, levei um belo de um tropeção. Se fosse em outro lugar qualquer, simplesmente daria outro passo para frente, em tempo para não cair. Mas, nesse caso, uma passo para frente significaria 30 metros para baixo. Nesse meio segundo que durou algumas horas na minha mente, as opções eram bem claras: um salto no vazio ou me estatelar nos espinhos logo abaixo, os mesmos que me derrubaram. Não foi uma escolha difÃcil, né? E assim, enchi minhas mãos de espinhos...
Um minuto depois dessa foto na Garganta del Diablo, em Tilcara - Argentina, quase rolei desfiladeiro abaixo
Alguns, consegui tirar ali mesmo. Outros, uma esbaforida, assustada e irritada Ana, que assistiu o tombo de camarote, me ajudou a tirar. Mas a maioria ficou ali mesmo, bem alojados na minha pele, meus novos companheiros de viagem, lembranças de uma inesquecÃvel trilha na Garganta del Diablo. O tempo e minha pele se encarregarão de expulsá-los, com ou sem a ajuda de uma boa pinça e agulha...
Voltando da Garganta del Diablo, em Tilcara - Argentina
De volta ao carro, viagem para Salta. Primeiro, o belo trecho até Jujuy, que na vinda tÃnhamos feito de noite e com neve. Depois, caminho alternativo para Salta, por uma curvilÃnea estrada que mais parecia um caminho de bicicletas. Mas a paisagem era linda, cortando parques, matas e uma região totalmente bucólica e campestre. Um bom trecho nos lembrou bastante a Estrada das Paineiras, no Rio. Sem o mar ao longe, claro!
Chegando pela Corniza em Salta - Argentina
Já era de noite quando chegamos à Salta, nossa primeira metrópole no paÃs dos hermanos. Com a ajuda do nosso GPS e de um trânsito bem organizado, chegamos logo à Plaza 9 de Julio, no centro. Ali nos instalamos no Victoria Plaza, nossa casa nos próximos dias. Programas não faltam por aqui e nas redondezas. Programas e obrigações! A Fiona está fazendo 50 mil km e vai fazer aqui sua primeira revisão no estrangeiro!
Chegando em Salta - Argentina
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