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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Forte do Presépio, em Belém - PA
A madrugada de quem parte de Marajó é mais cedo que a madrugada de quem vem para Marajó. Isso porque temos de pegar o ônibus a tempo de pegar a balsa das cinco da manhã para Salvaterra, a única que dá tempo ao ônibus de chegar no ferry antes das 06:15. Enfim, eram pouco antes das 04:30 quando já estávamos na rua esperando nosso ônibus, que passa de hotel em hotel recolhendo quem está indo para Belém. Dez minutos de ônibus depois, vinte minutos de balsa depois, meia hora de ônibus depois, trinta minutos de espera depois, três horas e quinze minutos de ferry depois, chegávamos à Belém. Esse martírio pelo qual passam os turistas e moradores da ilha (que seria muito simplificado se o ferry saísse de Soure) foi alvo de muitas reclamações de moradores e pessoas envolvidas com turismo na ilha. Em tempo: para quem quer perder o dia ao invés da madrugada, tem também o ferry da tarde, que sai às 14:30.
As inconfundíveis torres do Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA
Dessa vez, já nos preparando para o longo dia que seguiria, pagamos sete reais à mais pela Sala VIP do ferry, que tem ar condicionado e poltronas tipo avião, no lugar de bancos. Foi o bastante para eu dormir 90% da viagem. Acordei já perto da chegada, com a Ana ao meu lado assistindo a Ana Maria Braga comentando sobre o Oscar da noite anterior. Assim, enquanto caminhávamos para o nosso hotel, ela foi me atualizando sobre os prêmios. No caminho também, passamos pela agência que enviou a Fiona e lá nos confirmaram que nossa companheira nos esperava sã e salva na capital do Amapá. Oba!
No hotel Unidos, staff super simpático e prestativo, deixamos nossas mochilas (junto com a mala que já estava lá), trabalhamos na internet e saímos para comprar dólares e euros para a nova fase internacional da viagem que se aproxima. Almoçamos num quilo muito bom que tínhamos conhecido antes e, finalmente, estávamos livres para nova sessão de turismo.
Corveta da marinha em Belém - PA
O único "pequeno" inconveniente foi que hoje é uma segunda-feira, dia internacional de atrações turísticas ficarem fechadas. Assim, visitamos belos prédios, mas quase todos eles só pelo lado de fora. Ao menos, ao caminhar, vamos vendo e sentindo um pouco a vida da cidade. Belém, como tantas outras cidades, nasceu junto com um forte, construído pelos portugueses para proteger esta entrada para o rio Amazonas. Aos poucos, a cidade foi assumindo sua óbvia vocação para um grande porto, estrategicamente colocada no encontro do maior rio do mundo com o mar, além da sua proximidade da Europa e hemisfério norte. Com o ciclo da borracha, que chegou a representar quase 40% das exportações brasileiras em finais do século XIX e início do XX, a cidade se enriqueceu e se embelezou, com portentosas construções em estilo europeu. Por aí fomos passear, do antigo forte à estas magníficas construções que agora fazem um século de idade, transformada em museus e galerias.
Canhões do Forte do Presépio, em Belém - PA
Passamos pelo Forte do Presépio, canhões apontados para o rio, berço de Belém, construído em 1616. Muitas fotos, mas só do lado de fora, pois estava fechado. Ao lado, a "Casa das Onze Janelas", antiga residência de um fidalgo, hoje galeria e restaurante com bela vista para o rio, também fechados. Na mesma praça, a Catedral da Sé, mistura de estilo barroco e neoclássico. Aberta!!! O seu interior foi um grande refresco na nossa longa caminhada!
Interior da Igreja da Sé, em Belém - PA
Mais à frente, o MABE, Museu de Arte da cidade, um enorme prédio da época da borracha que já serviu de prefeitura. Além da vasta coleção que inclui até o quadro "Seringal", de Portinari, perdemos também a chance de ver o magnífico assoalho de madeira, daqueles que só se pisa com o sapato protegido. Perdemos porque estava fechado também...
Museu de Artes em Belém - PA
Depois dessa, seguimos para algo que não se fecha numa segunda-feira: um shopping. Hehehe, sempre que vou à shoppings, lembro de uma amiga curitibana e de outro, paulistano, fãs de shopping centers... De tanto que eu os atazanava por isso, cá estou fazendo o que dizia que eles fariam. Bem, no nosso caso, vamos sempre à procura de cinemas. Principalmente inspirados pelo Oscar. Para nossa tristeza, nenhum filme do Oscar estava em cartaz e tivemos que escolher algum outro. É, não temos dado muita sorte com filmes não. O Nicolas Cage deve estar precisando bastante de dinheiro para fazer esse filme de bruxas que ele fez...
Depois do filme, passamos de volta no Teatro da Paz, na Praça da República. Logo ao lado tem um boteco super tradicional, quase centenário. Ele funciona numa pequena casa que era a bilheteria do teatro. Lá comemos um gostoso sanduíche de filet acompanhado de uma cerveja estupidamente gelada. Despedida de Belém!
Bar tradicional na Praça da República, em Belém - PA
Depois, para o hotel, onde conhecemos um casal do Suriname! Eles nos deram muitas informações e a gente até fez câmbio com eles, comprando um pouco de moeda do Suriname e também da Guiana. De pouco em pouco, vamos nos preparando!
Do hotel para o aeroporto. Há vinte um anos, voando de Manaus, chegamos aqui, eu, o Haroldo e o Marcelo em tempo de encontrar meu irmão Pedro, na sala de embarque, indo para Manaus, aonde iria dar um curso. Foi uma rápida conversa pelo vidro, quase mímica, mas que já serviu para aplacar as saudades, depois da longa viagem por Peru e Bolívia. Do aeroporto seguimos para o apartamento da Íris, esposa do pedro, que passava alguns meses em Belém trabalhando em um filme do Babenco, "Brincando nos Campos do Senhor". Nossa... como esses mais de vinte anos passaram rápido! E como Belém mudou!
Sorvete de Açaí no aeroporto de Belém - PA. Rumo à Macapá!
Voltando ao presente, embarcamos para Macapá um pouco antes da meia-noite. Nós dois meio silenciosos, pensativos. Depois, conversando, descobrimos que tínhamos os mesmos pensamentos. Os dois com uma certa dúvida, uma espécie de sentimento que estávamos "trapaceando" ao voar para Macapá, ao invés de irmos de barco. Fizemos isso para ganhar mais um dia em Belém, mas estranhamente, algo não parecia certo. Bom, pelo menos a Fiona nos representou e seguiu de barco, hehehe! Aqui em Macapá, muito bem instalados na Pousada Ekinox, mal posso esperar o sol raiar para ir buscá-la...
Pausa para leitura no Forte do Presépio, em Belém - PA
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