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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
A famosa Pedra do Capacete, no Lajedo do Pai Mateus, região de Cabaceiras - PB
Desde que estamos explorando o interior nordestino, com as honrosas exceções da Chapada Diamantina e do vale do São Francisco, um ponto comum liga todas as belas regiões visitadas: a raridade da água. Para quem estava acostumado com as abundantes cachoeiras de Minas, isso realmente chama a atenção. Principalmente em locais onde percebe-se facilmente que, em algum dia de um remoto passado, a água já foi abundante. As Serras da Capivara, das Confusões e do Catimbau e o Raso da Catarina são ótimos exemplos disso. Os canyons estão lá para mostrar que a água tinha força para alterar a geologia do local. Hoje, ela aparece apenas nos dias de chuva, ou nos poucos meses em que rios temporários renascem das cinzas.
Canyon do rio Soledade, região de Cabaceiras - PB
Eu e a Ana, após caminhadas sob um sol escaldante, sempre esperávamos encontrar água na próxima curva, mas isso não ocorria. Aqui na região do Lajedo do Pai Mateus já estávamos esperando a mesma coisa. Tanto que nosso plano inicial era de partirmos hoje. Para isso, teríamos de abdicar de algum passeio. O sacrificado seria o passeio do canyon. Não que não valesse à pena, mas se tínhamos de sacrificar algo, que fosse mais um canyon seco, depois de tantos que encontramos por aí. Ocorre que, com a maravilhosa aula de ontem nós perdemos o tempo de ir no Lajedo do Pai Mateus. Juntando a isso a vontade de permanecer no conforto do hotel mais um dia e o atraso na nossas obrigações cibernéticas, resolvemos viajar só amanhã. Esse dia a mais nos deu a chance e o tempo de visitar o canyon do rio Soledade.
Nadando no rio Soledade, em Cabaceiras - PB
Pois é, justo esse que nós iríamos pular, justo esse que está na caatinga mais seca que encontramos, foi justamente nesse que encontramos a bendita água que procurávamos. Banhar-se em plena caatinga é um prazer inesquecível e foi assim que começamos o dia! Que beleza!
Cabaceiras - PB
Revigorados, voltamos ao hotel, trabalhamos um pouco, almoçamos saldavelmente e seguimos para a pequena cidade histórica de Cabaceiras, a Roliude brasileira. É assim que se escreve mesmo! Mais de 20 filmes locados aqui nos últimos anos estão transformando a cidade em atração! Não é à tôa que os diretores escolhem filmar por aqui, claro! É como aquele vale próximo ao Grand canyon que aparece em todo faroeste que se preze. Os cenários daqui são cinematográficos! E a cidade, com sua charmosa igrejinha e o casario colorido pode representar muito bem uma típica cidade nordestina. Pronto, melhor receita para a roliude brasileira não pode haver!
Casario histórico em Cabaceiras - PB
Aí chegou o final de tarde e nós fomos à maior atração do nosso dia e de toda a região: o Lajedo do Pai Mateus. Agora já sabíamos o caminho e não precisávamos de guia. Quando lá chegamos, partia o único grupo de pessoas que tinha ido para lá. Resultado: eu e a Ana teríamos um entardecer à dois num dos lugares mais incríveis do sertão e do Brasil!
Fim de tarde no Lajedo do Pai Mateus, região de Cabaceiras - PB
O nome do lajedo vem de um curandeiro que teria vivido na região entre o final do séc XVIII e início do XIX. Provavelmente de origem indígena, ou com alguma miscigenação com negros. Sabia curar tudo e morava embaixo do maior dos matacões lá de cima. Mateus escolheu bem o lugar para morar!
Dentro da Pedra do Capacete, no Lajedo do Pai Mateus, região de Cabaceiras - PB
Para mim, o que torna o lugar ainda mais interessante e especial é saber que seres humanos tem frequentado o lajedo por 30 mil anos! É muito tempo! Bom, para os que não acreditam que já havia homens no continente nessa época, então, que seja... eles frequentam o lajedo há 10 mil anos! Continua muito tempo! Ai, se aquelas pedras falassem...
Belo fim de tarde no Lajedo do Pai Mateus, região de Cabaceiras - PB
Bom, se elas falassem, diriam que 10 ou 30 mil anos não é muito tempo não. Aliás, não é nada para elas! Afinal, essas rochas são do período pré-cambriano. Traduzindo, tem mais de 600 milhões de anos!!! Isso sim é velho!
A casa de Pai Mateus, no Lajedo do Pai Mateus, região de Cabaceiras - PB
Com uma história dessa, quem é que vai dizer que o lajedo não é um lugar especial? AInda mais com aquelas pedras magníficas espalhadas em uma enorme laje de pedra. Cenário de outro planeta!
Conjunto de matacões, a Pedra do Capacete bem à esquerda, no Lajedo do Pai Mateus, região de Cabaceiras - PB
Foi aí que eu e a Ana passamos nosso fim de tarde. Saboreando cada centímetro do visual, cada segundo daquela hora. Muitas fotos do mais famoso dos matacões, a Pedra do Capacete. E de outras, como a casa do Pai Mateus e a Pedra da Energização.
Observando o pôr-do-sol no Lajedo do Pai Mateus, região de Cabaceiras - PB
Se eu fosse um místico, sei exatamente em que lugar do Brasil eu iria morar...
Um gigante ao lado da Pedra do Capacete, no Lajedo do Pai Mateus, região de Cabaceiras - PB
sou de soledade e naõ conheço a regiaõ de cabaceiras mais vendos essas fotos maravilhosas assim que puder viajar pretendo conhecer td a regiaõ fiquei curiosa esta pedra e de uma belesa extraordinaria amei
Resposta:
Olá Anna
Pode ir que não vai se arrepender!!! A região do Pai Mateus é simplesmente incrível!!!
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