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Brasil, São Paulo, Petar

Entrada da caverna Água Suja, no PETAR

Entrada da caverna Água Suja, no PETAR


O PETAR continua maravilhoso. É minha terceira vez por aqui, muita coisa mudou, muitos lugares estão fechados à visitação, tudo está mais organizado e burocratizado mas, mesmo assim, a natureza continua a mesma, as cavernas, a mata atlântica, os rios, a fauna.

Formações dentro da caverna Água Suja, no PETAR

Formações dentro da caverna Água Suja, no PETAR


Há cerca de dois anos atrás o parque esteve fechado por 2 meses. Decidiu-se por fazer um plano de manejo de toda a região, incluindo suas cavernas. Após esse período inicial, algumas cavernas foram reabertas à visitação, mas a grande maioria permaneceu fechada até que o plano fosse terminado, o que deve ocorrer nos próximos 12 meses. Agora, todas as visitas devem ser guiadas por monitores cadastrados. O número de visitantes também é limitado, para que o impacto sobre a natureza seja controlado. Já não se pode acampar na área do Núcleo Santana, o principal do parque.

Formações dentro da caverna Água Suja, no PETAR

Formações dentro da caverna Água Suja, no PETAR


Após este período de indefinição, o turismo voltou com força para a região. E deve aumentar ainda mais com a abertura de outras cavernas, após o término do plano de manejo. Mesmo assim, a grande maioria das mais de 300 cavernas da região continuarão fechadas aos turistas, aberta apenas aos estudos de pesquisadores. Mas, que fique bem claro: a parte que já está aberta e, considerando-se o que vai ser aberto em breve, é mais do que o suficiente para encher os olhos de qualquer visitante.

Formação amarela dentro da caverna Água Suja, no PETAR

Formação amarela dentro da caverna Água Suja, no PETAR


Tivemos a sorte de chegar aqui durante a semana, o que garante um parque vazio para nós. Congestionamento em caverna, ninguém merece. Assim, decidimos visitar as cavernas mais acessíveis hoje, sexta, enquanto os turistas não chegam e deixamos para o sábado uma outra, no Núcleo Caboclos, região mais isolada do parque, mais protegida dos visitantes de fim de semana.

Quem organizou tudo para gente foi a agência Parque Aventuras, uma das principais da região. Ontem de noite eles já combinaram com o Edson, um monitor que mora em Apiaí, para vir nos acompanhar esses dois dias. Chamaram ele porque a Ana já tinha sido guiada pelo pai dele, há sete anos atrás. Um senhor também chamado Edson e que, na época, já estava fazendo 80 anos, esbanjando saúde e destreza nas trlhas.

Atravessando o rio, no caminho de volta da caverna Água Suja, no PETAR

Atravessando o rio, no caminho de volta da caverna Água Suja, no PETAR


Hoje, bem cedinho, o Edson já estava por aqui. Logo depois da oito da manhã nós estávamos na entrada do parque, no Núcleo Santana, R$5,00 a entrada. O primeiro objetivo do dia: a caverna de Água Suja. Esse nome não faz justiça pois a água do rio que corre pela caverna é muito limpa. Assim como nas outras cavernas que estão abertas a visitação, apenas parte dela é liberada. Na Água Suja, são 800 metros de galerias, sempre ao lado ou por dentro do rio de águas frias. A boca da caverna é muito bonita, o verde forte da mata chegando até onde chega a luz do sol. A quantidade de espelotemas é abundante, formas esdrúxulas descendo pelo teto, subindo ou se arrastando pelo chão e pelas paredes. Percebe-se claramente que a caverna é um organismo vivo, só que com uma escala temporal "ligeiramente" mais longa que a nossa. A cada passo caverna adentro, vamos nos deixando impressionar com a grandiosidade do local, viajando nas formas dos estalactites e nos milhares de anos que as gotas d'água demoraram para esculpir tudo aquilo.

Aos poucos a caverna vai se fechando e nós temos de entrar mais e mais fundo no rio. O corpo, com algum sofrimento, acaba se acostumando com a temperatura da água. O gran finale é uma cachoeira subterrânea, quatro metros de queda d'água fazendo um barulho quase ensurdecedor dentro de uma pequena galeria sob milhares de toneladas de rochas. Pois é, é muito estranho pensar: sobre nossas cabeças está uma montanha. E sobre ela, uma floresta densa. É até difícil imaginar...

Banho de cachoeira na caverna Água Suja, no PETAR

Banho de cachoeira na caverna Água Suja, no PETAR


Ficamos ali, tomando aquele banho mágico por algum tempo. Depois, é hora de voltar pelo mesmo caminho, em direção a boca da caverna onde, de longe, já se enxerga o verde e a luz. É uma visão emocionante, ver cores vivas, claras, depois de tanto tempo sob a luz de lanternas, onde tudo é escuro, quase sem cor. Entrar numa caverna é sempre maravilhoso, portal para um novo e estranho mundo. Sair de uma caverna é abençoado, voltar para o nosso belo, velho e colorido mundo.

Isso foi só o começo do dia...

Brasil, São Paulo, Petar, Parque, Caverna

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Santana e Lambari

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PETAR, CNTP na prática.

Comentários (3)

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  • 13/06/2014 | 18:09 por Tatiana Wolff

    kkkkkkkkkk
    Cavernas! Isso que dá pesquisar e ler mil coisas e lugares ao mesmo tempo! rsrs

    Resposta:
    hehehe

    Eu tinha percebido! E viva as cavernas do Vale do Ribeira!

    bjs

  • 13/06/2014 | 16:58 por Tatiana Wolff

    Sobre as cachoeiras, é isso aí, confundi os nomes! hehe
    Obrigada pelas informações! Vou ligar pra lá pra ver se ainda tem vaga!
    bjs!

    Resposta:
    Oi Tatiana

    Cachoeiras ou cavernas, hehehe! Falando em cachoeiras, tem três delas dentro da caverna Ouro Grosso. Um dos lugares mais impressionantes que já conheci!

    Vc vai adorar o Vale do Ribeira

    Bjs

  • 12/06/2014 | 21:46 por Tatiana Wolff

    Oi, Rodrigo! Eu de novo! rs Posso tirar umas dúvidas?
    Na Santana a água vai até o pescoço, e nas outras? Não passa da cintura? Como vcs faziam com as coisas (mochila), não levavam? E a câmera, só a aquática, em todas as cavernas?
    O capacete eles emprestam ou alugam? E fizeram exigências quanto à roupa e o sapato?
    Ia perguntar do frio tb, q inclusive já perguntei pra Ana, mas pelo seu comentário tenho a impressão de que vou congelar... rs
    Obrigada!

    Resposta:
    Oi Tatiana

    Pode perguntar sim! Será um prazer se pudermos ajudar!

    Então, na Santana a gente nem se molha! Tem água na caverna, mas há caminhos e pontes por todo o circuito. Vc vai entrar e sair seca da caverna! Onde tem água é na Lambari e na Água Suja. Dependendo da caverna e do lugar, a água pode chegar no tornozelo, nos joelhos ou na altura da cabeça mesmo!

    Levamos a mochila com cuidado. Tem lugar que não vai passar sem se molhar. Mas o guia pode levar uma mochila estanque, para levarmo máquinas. Tem lugar da caverna que não é bom levar máquina cara. Risco de molhar e pela alta umidade também. mas os guias de lá vão te informar isso antes. Mas a maioria dos lugares, não há problema para câmera não.

    Os capacetes eles emprestam. Já está no preço do passeio. Roupa, tem de ser uma que vc possa se arrastar com ela (em algumas cavernas) ou molhar. Calçados, não pode ser aberto.

    Onde nos molhamos, até há um pouco de frio, mas a gente nm pensa nisso, de tão bonito que é.

    O Vale do Ribeira e suas cavernas é simplesmente MARAVILHOSO!!! Vc vai adorar, tenho certeza.

    Depois, manda notícias e. qualquer dúvida, pode perguntar, sempre!

    bjs

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