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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
O incrível cenário da Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
A Isla del Sol, ou Ilha do Sol, ao norte da cidade boliviana de Copacabana, na Bolívia, é a maior ilha do lago Titicaca e, provavelmente, a mais famosa. Com quase 15 quilômetros quadrados e mais de 9 quilômetros de comprimento, a ilha tem atraído as pessoas há mais de 3 mil anos, como demonstram as recentes pesquisas arqueológicas. Aliás, pesquisas acima e abaixo d’água, pois com a variação do nível do Titicaca ao longo do tempo, muitas edificações e artefatos que ficavam em alguma antiga linha da orla hoje estão muitos metros abaixo da superfície. O primeiro grande explorador do fundo do lago nas imediações da ilha foi ninguém mais do que o famoso oceanógrafo francês Jacques Cousteau.
Porto de Copacabana, prontos para ir à Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
A caminho para a Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Mas foi mesmo no período incaico que a ilha ganhou grande relevância. Os incas acreditavam que ali havia nascido sua mais importante divindade, Inti, o deus associado ao sol. Por isso, aí construíram templos e altares, principalmente ao redor de uma rocha considerada sagrada, no norte da ilha. Para aí afluíam milhares de peregrinos na época do império, o lugar mais santo da América do Sul daquela época, uma espécie de Jerusalém ou Meca dos incas.
No barco, a caminho da Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
A caminho para a Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Desde aquela época, a localidade de Copacabana já era o principal acesso à ilha. Assim, pelo mesmo caminho que usavam os incas, viemos nós! Saímos cedinho do porto da cidade em um dos muitos barcos que fazem o passeio diariamente. São três as possibilidades possíveis: ficar na costa sul da ilha, onde há um grupo importante de ruínas, para retornar no barco da tarde; seguir para as ruínas da costa norte, fazer um passeio por lá e voltar com o barco para a costa sul, conhecer as ruínas dessa região e, no final da tarde, voltar com o barco para Copacabana; finalmente, pode-se também seguir para as ruínas da costa norte e depois, ao invés de navegar, fazer uma trilha de oito quilômetros atravessando quase toda a ilha, para encontrar o barco novamente na costa sul e retornar com ele para Copacabana.
Chegando à Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Mapa de trilhas e atrações da Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Para quem tem um pouco mais de tempo, pode-se também dormir na ilha e conhecer com mais calma as ruínas do sul e do norte, além de percorrer a belíssima trilha que une as duas partes da ilha. Nós, na nossa pressa constante, mas cheios de energia, resolvemos fazer a programação completa, mas tudo no mesmo dia. Seguimos para a costa norte e aí desembarcamos com a maioria do grupo. Junto com um guia, percorremos as ruínas principais desse lado da Isla del Sol e depois, pé na trilha para o sul, aí já de forma independente, no nosso próprio ritmo.
A incrível cor do lago Titicaca, na Isla del Sol, na Bolívia
O magnífico cenário do início da nossa caminhada através da Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Lá no norte, ainda antes de chegarmos às ruínas, passamos por um pequeno museu com várias das peças resgatadas, da terra e de baixo d’água. Depois, uma curta caminhada para as trilhas, passando por praias que mais pareciam o Caribe do que um lago a 4 mil metros de altitude no meio dos Andes. Água azul-esverdeada e cristalina, areias brancas no fundo. A única coisa que não deixava enganar era a temperatura da água, perto dos 15 graus. É, no Caribe não é assim, hehehe. Mesmo assim, vimos alguns turistas mais corajosos, desses que dormiram na ilha e tinham mais tempo para isso, se arriscar a um banho. A vontade nossa foi grande também, mas tínhamos um dia longo pela frente. Mesmo sem ter feito, não há como negar: nadar nesse pedacinho do Caribe, com vista para as montanhas nevadas da Bolívia, deve ser muito especial!
O lago Titicaca e os Andes ao fundo, vistos da Isla del Sol, na Bolívia
Uma linda praia do lago Titicaca, na Isla del Sol, na Bolívia
Nós seguimos até as ruínas, estrategicamente colocadas no alto do morro, em um promontório. A vista aqui de cima ainda é mais espetacular! Os Incas tinham muito bom gosto e sabiam onde construir seus templos!
O incrível cenário da Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Ruínas incas na Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Fonte de água que nunca seca em antigas ruínas incas na Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Um conjunto de construções chamado de “labirinto”, pela grande quantidade de corredores e cômodos, esconde um grande segredo: uma fonte de água doce e potável que nunca seca. É, não foi só pela vista que fizeram o templo por ali...
Antigo altar inca na Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Território sagrado dos incas na Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Logo ali do lado está o tal rochedo sagrado. Parado em frente à ele, fiquei imaginando quantas gerações de pessoas não passaram por ali, fazendo seus pedidos, preces e agradecimentos, fé total naquele local sagrado. Com um pouco de boa vontade e dando asas à imaginação, ainda é possível sentir a energia no ar.
A Ana faz suas preces no Wiracocha, a pedra sagrada dos incas na Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Depois das preces, a Ana volta mais leve do Wiracocha, a pedra sagrada dos incas na Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Hoje, turistas e locais ainda prestam sua reverência, alguns mais do que os outros. Deixam suas pedras sobre os muros e totens e olham com devoção para a grande pedra. Ela deve sentir um pouco de saudades dos seus tempos de glória, mas não pode reclamar da atenção que ainda recebe.
Caminhando na Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
A trilha que atravessa toda a Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Bom, depois de também nós deixarmos por lá nossas homenagens e pensamentos, começamos a longa trilha para o sul. Dos que se dispuseram a fazer isso, éramos os últimos a sair, querendo aproveitar cada momento naquele lugar lindo. A trilha percorre a ilha pela crista de suas montanhas, então, temos sempre uma vista , magnífica da paisagem, o lago azul lá embaixo, o enorme céu que nos envolve e as montanhas ao fundo.
Construindo nosso totem de pedra no alto da Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
No topo da Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Em um pequeno desvio, subimos até o alto de uma das maiores montanhas da Isla del Sol, pouco acima dos 4 mil metros. Não há trilha para lá, temos de andar sobre o terreno. Lá chegando, um pequeno altar e a mais bela vista do dia. Alguns totens mostram que não somos os únicos a chagar lá, mas certamente são poucos. Pouco e felizardos! Os barcos parecem flutuar sobre as águas transparentes da baía abaixo de nós. A neve das montanhas ao fundo parecem acesas e a atmosfera, nessa altitude, é completamente limpa. Admiramos também os infindáveis terraços agrícolas, principal fonte econômica das comunidades da ilha.
Terraços agrícolas na Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Os Andes, a Isla del Sol e o lago Titicaca, na Bolívia
Além da agricultura (e da pesca), a outra fonte é o turismo. Seja na venda de artesanato, na entrada do museu ou nos pedágios cobrados ao longo da trilha. Isso mesmo, pedágios! A cada nova comunidade que passamos, ali está alguma velhinha ou velhinho a cobrar alguns bolivianos. “Costo de mantenimiento”, dizem. Bem, não tem remédio, temos de pagar mesmo.
caminhando na belíssima Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Passando por "pedágio" na trilha que atravessa a Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Mas a incrível beleza que nos envolve faz valer a pena, com certeza! Por fim, chegamos à última comunidade na parte alta da ilha, de onde teríamos de descer para o porto. Mas ainda temos um tempinho. Serão dois barcos a voltar e escolhemos pegar aquele que segue mais tarde. Com isso, ganhamos minutos preciosos para achar um restaurante com uma vista magnífica para o lago. Hora de celebrar a caminhada e a ilha com uma deliciosa Paceña gelada.
Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Ao final da trilha, uma deliciosa cerveja gelada no belíssimo cenário da Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Um pouco mais adiante, outro restaurante com vista de perder o fôlego. A Ana o reconhece! É o lugar onde almoçou com o amigo, quando fizeram essa mesma caminhada há sete anos. Naquele tempo, havia menos coisas aqui em cima, ela me diz. Hoje, além de restaurantes, são muitas pousadas. Certamente, seria o lugar que eu escolheria ficar em uma próxima vez por aqui. Sinceramente, após o dia de explorações, conclui que uma noite por aqui vale muito a pena. Infelizmente, não programamos isso.
O restaurante que a Ana havia almoçado há sete anos, na isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
A mesa parece nos chamar para uma refeição, na Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
Com nosso tempo se esgotando, restou-nos correr lá para baixo, em busca do último barco. No caminho, encontramos vários viajantes que chegavam agora, para passar a noite. Ponto para eles! Nós, bem, voltamos para a simpática Copacabana, onde já tínhamos hotel pago para a noite. Chegamos em tempo para uma rápida visita à gigantesca basílica da cidade e um jantar quentinho e apetitoso. Amanhã cedo, seguimos para Tiahuanaco e La Paz. Mais ainda tem um postzinho de Copacabana pela frente...
Um cartão postal na Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia
No topo da Isla del Sol, no lago Titicaca, observando a cordilheira dos Andes, na Bolívia
Oi, Rodrigo. Tudo bem? :)
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie - Boia
Resposta:
Oi Natalie!
Legal! Sempre que vc indica, recebemos muitas visitas do Viajenaviagem!
Um grande abraço
Olha, tenho que admitir que é simplesmente fantástico... É de viajar junto na história, não tem como não pensar em tudo que se passou e no quão é magnífico este lugar... Parabéns Rodrigo e Ana... Estou cada vez mais apaixonada pela viagem de vcs...
Resposta:
Oi Joice
Que bom que vc esteja gostando! É um estímulo para continuarmos a escrever sobre todos esses lugares invríveis! Alias, a Isla del Sol foi realmente especial!
Um grande abraço
São tantos os lugares lindos que eu "tenho ido" junto ao longo de todo esse tempo com vocês, mas agora tenho que dizer alguma coisa: dois adoráveis aventureiros que sempre se superam mesmo não tendo essa preocupação. A "isla" é impactante!! O Lago a contém soberano, sereno e com um azul anil incansável. Valeu! As fotos estão como sempre, irretocáveis. Parabéns!
Resposta:
Olá Washington
Que bom que vc viaja conosco!
O lago Titicaca, com seu azul uncansável, é mesmo sereno e soberano! Eu simplesmente o adoro!
Um grande abraço
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