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Cinco da manhã e já estávamos no carro cruzando as ruas vazias de Mari...
O primeiro lugar que fomos passear aqui em Ushuaia foi no Parque Nacional...
Thales (01/01)
Parabéns pelo blog... Guianas... um mistério! Pouca informação. Muito...
Sonia Mel (29/12)
Tenho vontade de conhecer a Guiana... porém um certo receio em relação...
Ana Julia (21/12)
Vinicius (18/12)
Muito rica essa história da Islândia!eu nunca imaginei sobre esse fato ...
Tania Hegler (18/12)
Vida bem vivida! Histórias que devem ser fantásticas! Amor pra durar, a...
Região do Darien Gap, na fronteira entre Panamá e Colômbia. Em vermelho, nossa pretendida rota de veleiro, entre Cartagena e Portobelo, passando pelo arquipélago de San Blás
Quando falamos por aí que estamos indo de carro até o Alaska, além do espanto natural, somos quase sempre recebidos com a pergunta: "Mas é possível ir até lá de carro? Tem estrada?". O maior obstáculo, pensam, seria o Canal do Panamá, que liga o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico. Na verdade, cruzar o canal nem é difícil. Ele é bem estreito e já passamos por rios centenas de vezes mais largos.
Existe uma rodovia que liga os dois extremos das Américas. É a chamada "Rodovia Panamericana", que tem sido nossa companheira nesses últimos meses de viagem. Do norte do Chile até o norte da Colômbia, foi por ela que seguimos em diversos trechos, as vezes com nomes diferentes, mas sempre rumo ao norte. Essa rodovia, imagino, é a mais longa do mundo. Mas, infelizmente, ele nunca foi terminada. Faltou vencer um obstáculo, no Panamá também, mas não é o famoso canal. É algo muito maior, mais largo e mais selvagem: o Darien Gap. Uma região de florestas praticamente impenetráveis no estreito istmo que liga a América do Sul à América Central. Uma enorme barreira natural que por séculos tem dificultado o trânsito de pessoas entre os dois continentes.
Primeira expedição a cruzar o Darien Gap, entre Panamá e Colômbia, em 1960. Foram precisos mais de 140 dias!
Pouco mais de cem quilômetros de mata, montanhas e pântanos separam as duas pontas da estrada. O governo do Panamá considera a região uma boa defesa contra os guerrilheiros do país vizinho enquanto o governo Colombiano fica feliz que as doenças tropicais da América central fiquem do lado de lá. E assim, o projeto de estrada que já tem 50 anos continua sendo postergado indefinidamente.
Alguns aventureiros já o fizeram! Mas são mega-expedições, com dezenas de pessoas que seguem abrindo caminho na selva para que carros possam, vagarosamente, segui-los. A primeira vez foi em 1960, como parte da campanha para que se fizesse uma estrada. Pelo visto, a campanha não adiantou. Normalmente, essas expedições duram mais de 100 (cem!) dias na selva. Literalmente, programa de índio.
Expedição britânica que cruzou o Darien Gap em mais de 100 dias, em 1972 (entre Panamá e Colômbia)
Bom, não é o nosso caso. Gostamos de aventura, mas nem tanto. Assim, o nosso caminho é outro. O que as cerca de cinco expedições mensais (na sua maioria argentinos. Brasileiros, é coisa rara!) entre Colômbia e Panamá fazem é seguir de navio entre Cartagena e Colón, para de lá seguirem de carro. Para isso, precisamos todos enfrentar um outro pantano, dessa vez burocrático.
São duas opções: enviar o carro dentro de um container, muito mais caro e burocrático, porém bem mais seguro, ou enviá-lo como carga solta (sistema "ro-ro"), mais barato e simples, mas considerado inseguro. Isso porque temos de deixar a chave do carro no porto, para que o carro seja guiado para dentro do navio e depois, tirado de lá. Não é incomum desaparecem objetos pessoas neste percurso.
Desfile de "carnaval" nas festas de independência de Cartagena, na Colômbia
A gente estava com a intenção de mandar a Fiona de container, procedimento em que precisamos de um despachante para nos guiar através da selva de documentos. mas um encontro fortuito com um casal argentino que está fazendo a mesma coisa nos fez mudar de idéia. Vamos de ro-ro mesmo, sem despachante. Nos dois primeiros dias aqui em Cartagena, passei um bom tempo entre a agência da Naves (a dona do cargueiro), a Aduana colombiana e um dos portos da cidade. Creio que já percorri 1/5 do "caminho". O que nos dificultou é que a cidade está em festa e tudo fechou entre os dias 10 e 14 do mês. Então, a próxima terça-feira, dia 15, será um dia-chave nessa nossa empreitada. Até seguro de vida vou ter de tirar, para poder entrar no porto onde a Fiona deverá ser embarcada.
Enfim, por enquanto esses são os planos: a Fiona será embarcada no dia 18, depois de vistorias da Aduana e da polícia anti-narcóticos. Dois dias depois chega em Colón, porto caribenho do Panamá.perto da entrada do canal. A gente está tentando seguir para lá de veleiro, passando por San Blás, um arquipélago paradisíaco na costa do Panamá. Uma viagem de cerca de 5 dias. Mas, para isso, ainda temos de achar algum veleiro que saia na data correta. O problema é que não podemos partir antes da Fiona. E também não podemos demorar muito para chegar do lado de lá. Desse modo, os 1000dias estão passando e a gente por aqui...
Fogos de artifício na PLaza del reloj, na entrada da cidade murada de Cartagena, na Colômbia
Bom, na terça dou mais notícias dos trâmites burocráticos. Enquanto isso, a festa corre solta nessa linda cidade...
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