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Tereza (05/06)
Nossa, que incrivel!!! Tô apaixonada pelo seu site! Estou planejando ir ...
Vanessa (05/06)
Rodrigo, mais uma vez obrigada pelo auxílio. Ficamos um pouco assustados...
Julia Sá (05/06)
Breno (04/06)
Com certeza não vou enjoar. Adoro ler e seus posts são muito interessan...
vanessa (03/06)
Precido de ajuda! Vamos para Porto Rivo em janeiro 2015. Ficaremos 10 dia...
Água de coco depois do cooper, na praia de Cabo Branco, em João Pessoa - PB
João Pessoa é a terceira mais antiga capital do Brasil, tendo "nascido" em finais do séc XVI. Mas o seu nome é bem mais recente, homenagem a um famoso político local, presidente (governador) do estado, assassinado em 1930. Embora essa morte tenha sido muito bem usada politicamente pelo grupo de Vargas para se iniciar a revolução de 30, afinal João Pessoa era o candidato à vice em sua chapa, o asassinato do político paraibano estava muito mais ligado à questões de honra do que propriamente políticas. Essa história está muito bem retratada no famoso filme de Tisuka Yamasaki, "Paraíba Mulher Macho", do início da década de 80. João Pessoa era retratado por Walmor Chagas, sempre com seus eternos cabelos brancos.
Praia de Manaíra, em João Pessoa - PB
João Pessoa havia mandado a polícia invadir escritórios de vários adversários políticos, teoricamente a procura de armas que seriam usadas num golpe de estado. No escritório de um advogado, ao invés de armas a polícia encontrou a correspondência íntima e amorosa do advogado e sua "namorada", uma poetisa famosa da época, que com suas idéias de "vanguarda" (até o voto feminino, ela defendia!), já escandalizava a conservadora sociedade paraibana. João Pessoa mandou publicar essas cartas na imprensa, o que deixou os amantes meio "expostos" em suas intimidades. Pouco depois, o advogado acertou suas contas com João Pessoa em uma confeitaria em Recife: dois tiros à queima roupa. A trágica história não acaba aí, claro. Ele foi preso e, poucos meses depois, assassinado junto com um parente seu, que nada tinha a ver com a história, na prisão. A polícia alegou que fora suicídio. Quem se suicidou de verdade, alguns dias depois, foi a poetisa, que havia se mudado para Recife para poder estar sempre visitando o seu amor. E toda essa trágica história acabou por ajudar bastante a levar Vargas para o poder. Mas o destino também acabaria por levar esse. Suicídio também. Shakespeare deveria ter nascido na Paraíba...
Belo visual da piscina de nosso hotel em João Pessoa - PB
Pois bem, no calor do assassinato, a cidade de Parahyba mudou seu nome para João Pessoa. Ela já tinha uma longa tradição de homenagear pessoas com seus nomes. Chamou-se Felipeia, em homenagem ao rei espanhol (pois é, pouca gente se lembra, mas o Brasil já foi espanhol, na época que Portugal e Espanha eram um só reino) e chamou-se Frederikstadt, em homenagem ao manda-chuva holandês, na época de domínio deste país. Hoje, há movimentos na capital para se mudar novamente o seu nome, por meio de plebiscito. Não faltam nomes candidatos...
O famoso hotel Tropical Tambaú, em João Pessoa - PB
Apesar se hoje a cidade estar voltada para o mar, isso é fato recente. Ela nasceu na beira do rio, subiu o morro e lá ficou, quase a 8 km das praias. Ainda na década de 70, terrenos nas praias de Cabo Branco e Tambaú eram uma pechincha. Morar na praia era "pobre". Para os visionários da época que resolveram fazer um pequeno investimento, o futuro (hoje) lhes sorriu. De qualquer maneira, toda a parte histórica da cidade encontra-se no centro, bem distante da orla.
A belíssima Igreja de São Francisco, em João Pessoa - PB
Foram "essas João Pessoas" que eu e a Ana conhecemos hoje. Primeiro, a da orla. Sol de rachar, caminhamos e corremos por Manaíra, Tambaú e Cabo Branco, três das principais praias da cidade, onde estão a maioria dos hotéis, inclusive o nosso, que fica bem em frente ao mais tradicional hotel da cidade, o Tropical Tambaú, que esse ano faz 40 anos de idade! Apesar disso, sua arquitetura continua impressionando, uma espécie de disco voador gigante, camuflado por grama, pousado bem na ponta de Tambaú. Ainda na orla, observamos atentos o local do show da noite, de Margareth Menezes.
Igreja São José, em João Pessoa - PB
De tarde fomos ao centro dar uma olhada na "lagoa" e nos prédios históricos. O mais belo deles é a Igreja de São Francisco, parte integrante do Convento de Santo Antônio. Um show de arquitetura barroca, patrimônio cultural brasileiro. A Igreja, hoje, é muito concorrida para casamentos mais chiques, enquanto boa parte do convento foi transformada em espaço cultural.
Um raro Cristo barroco com os pés separados, na Igreja São Francisco, em João Pessoa - PB
Por falar em cultura, de noite fomos ao movimentado show. Praia cheia e animada. O show faz parte de uma rica programação para o mês de Janeiro. Amanhã, por exemplo, lá estará Gabriel, o Pensador. Mas nós ficamos mesmo interessados é no show de fechamento, em fins de Janeiro: Mano Chao. Infelizmente, estaremos longe. Quem estava bem por perto era o secretário de cultura da cidade, que até deu uma canja no show de sua amiga. É o também cantor Chico Cezar. Foi jóia vê-los cantar, juntos, "Mama África".
Show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB
No show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB
Enfim, foi um dia cheio em Felipéia, Parahyba ou João Pessoa. Ou John People, como nós gostamos de falar (tem até um bar com esse nome!). Ou, melhor ainda, em "Jampa", que é o apelido usado por seus prórpios moradores. Se temos "Sampa" no sudeste, temos "Jampa" no nordeste.
Chapéu típico de festas maranhenses exposto em galeria do convento São Francisco, em João Pessoa - PB
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