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A van do grupo The Hall Effect, em parada durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
Hoje aconteceu de tudo, fomos considerados quase mortos por tabela, junto com toda a Banda The Hall Effect. Como assim mortos? Hoje aconteceu de tudo, mas eu juro que vou tentar resumir.
Saímos de Cali já eram quase 4 horas da manhã, seguindo Angelo que dirigia a van da banda, o melhor guia de estradas que poderíamos encontrar. Nicolas resolveu vir conosco no carro, a revelia de seus amigos que tentaram impedi-lo, tamanho o porrete que ele tinha tomado no bar em Cali. Até uma batida de carro vimos acontecer ao vivo quando ainda estávamos no posto de gasolina antes de pegar a estrada.
Fomos por caminhos alternativos, tentando evitar pedágios, até chegarmos à rota principal. Passamos um, passamos dois e eis que amanhece o dia e começamos a encontrar alguns “trancóns de mulas”, vulgo engarrafamento de caminhões, carretas. Essa rodovia liga o principal porto do país à Bogotá, são centenas de mulas que trafegam nela todos os dias. Um dos trancóns conseguimos passar, quilômetros e quilômetros que estavam interrompidos pela polícia apenas para caminhões. Continuamos em direção à cidade de Armênia e encontramos outro trancón. Escolados, passamos pelo acostamento até chegarmos ao engarrafamento de carros onde o policial nos avisou, a via está fechada por derrumbres, deslizamentos de terra. São mais de 40km de mulas e sem previsão de abertura.
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Paramos por um tempo em um restaurante na beira da estrada e a banda tomou seu café da manhã. Caldo de costela e Nicolas, se recuperando do porrete, comeu um digno prato de caminhoneiro, típico café da manhã aqui na região. Tentamos dar um olé nesse engarrafamento e tentamos uma via alternativa depois da cidade de Armênia... nada. A esta altura já estávamos preocupados com o horário de chegada da banda no show. Eles começaram a ligar para a organização e avisaram da situação. Tínhamos que chegar, não tinha jeito!
A banda The Hall effect durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
A única alternativa era tentar uma via mais longa (muuuuuuito mais longa), por Manizales, passando pela Zona Cafeteira. Esta via estava fechada desde sexta-feira, mas segundo a polícia de carreteras tinha sido aberta novamente e era a nossa única chance de atravessar hoje a cordilheira para Bogotá. Uma viagem que era para durar 6 a 7 horas ia se estender por pelo menos mais 5 horas.
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Esta região era exatamente a zona que iríamos deixar de conhecer ou até fazer um grande detour de Bogotá para conhecermos, tida como uma das mais bonitas da Colômbia, pelas imensas plantações de café e o Parque Nacional de los Nevados. No final acabamos passando por ela muito antes do que imaginávamos, cansados, virados e numa pressa desgraçada, mas passamos. O detour que estávamos planejando caiu por terra ali mesmo! Rsrs!
Paisagem colombiana durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
Em uma das paradas Nicolas que estava conosco no carro voltou para a van e recebemos um novo visitante, Douglas. Uma companhia sensacional, super interessado na nossa viagem e nós da dele! Troca de cultura, enquanto ele nos contava das suas experiências com a banda, quando viveu na França e na Inglaterra, eu ia mostrando para ele músicas brasileiras de todos os estilos. Casado e com uma filha de 3 anos, contava apaixonado sobre sua Clarita e Amelie.
Paisagem colombiana durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
A esta altura a viagem já havia virado uma epopéia. Parte da estrada que estávamos foi inundada, chegamos neste trecho justamente na hora em que o rio transbordou e formou uma cachoeira e um rio cruzando a pista! Uma televisão nacional estava filmando esta cena e pegou a imagem da van da The Hall Effect e de um carro desconhecido escrito “1000dias” passando pela enchente. Já era meio-dia e o festival estava começando. Douglas e os outros integrantes ligavam para o Júlio (manager), que enlouquecido tinha que dar alguma notícia para o público que os esperava. Pronto, o telefone sem fio estava feito! Van da banda The Hall Effect foi atingida pelo deslizamento na estrada a caminho do festival. As cenas da TV e notícias da rádio correram e até o irmão do Douglas chegou a ligar para ele, pois ouviu na rádio que não se sabia se a banda chegaria para o show. Estão mortos! Pensaram! Hahaha!
Horas de rally, encontros e desencontros com a van em trechos de terra esburacados, finalmente chegamos à Girardot. 12 horas depois, acabados pelo pouco sono, cansaço da estrada e stress da viagem, estávamos finalmente no tão sonhado e esperado festival. Nós íamos apenas aproveitar, dançar e nos divertir... e eles que tinham que tocar!?! Coitados... essa vida de roqueiro em turnê não é fácil!
Quando o pessoal da organização e alguns fãs os viram entrando, foi que nós nos demos conta de toda a história. Eles diziam: vocês estão vivos! Hahaha! E aos poucos fomos ligando as peças, as notícias e cenas fecharam o telefone sem fio que rolou. Rodrigo foi firme no volante, não quis trocar comigo nem um instante! Eu cheguei até a ficar apreensiva que ele desistisse e quisesse ficar lá pela zona cafeteira, mas ele não pestanejou e finalmente chegamos! Vivos, sãos e salvos.
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