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Marco ( Marquinho ) (08/06)
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Adi Barbosa (23/03)
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Ruínas da Missão em Jesus, próximo à Trinidad, no Paraguai
Jesús, a última reducción a ser construída nesta região, esteve em atividade durante 10 anos, de 1754 a 1764, quando foi perseguida e fechada pelos espanhóis. Mais recente, possuía uma planta um pouco diferente e novos traços da arquitetura moderna, com arcos em estilo arábico.
Porta em estílo árabe nas ruínas da Missão em Jesus, próximo à Trinidad, no Paraguai
Cada missão começava a ser construída tão logo o número de habitantes ultrapassasse os 5 mil. Assim, os próximos mil ou 2 mil indígenas chegados se mudavam para a nova vila. A construção de Jesús nunca foi realmente terminada. A igreja sequer chegou a ter teto e piso, e suas colunas nunca foram erguidas por completo. Os padres e caciques já moravam em casas de pedra, enquanto os índios comuns viviam ainda em ocas feitas de madeira e palha.
Visitando as ruínas da Missão em Jesus, próximo à Trinidad, no Paraguai
Gabriela, nossa guia “Cacica”, adentrou a porta central da igreja enquanto nos explicava que a hierarquia definia a porta em que cada um entrava. Padres e caciques pela porta central, crianças e mulheres pela lateral esquerda e homens pela direita.
Ruínas da Missão em Jesus, próximo à Trinidad, no Paraguai
Cada missão comportava até 5 mil indígenas, todos eles divididos e organizados em suas próprias tribos. Cada cacique comandava em torno de 400 a 500 homens e mulheres e eram os principais pontos de apoio dos padres jesuítas. Eles ficavam responsáveis também pela segurança da missão, utilizando a praça central como local de treinamento dos guerreiros que a defenderiam em caso de ataque. Nesta mesma praça eram aplicados os castigos aos índios comuns que não obedecessem ao seu cacique. Nos piores casos, o chefe os utilizava como alvo para treino de arco e flecha.
Ruínas da Missão em Jesus, próximo à Trinidad, no Paraguai
Além de ótimas explicações sobre as estruturas e a vida nas missões, Gabriela nos mostrou o pé de erva-mate e algumas ervas medicinais, muito utilizadas para o tereré, chimarrão gelado tomado pelos paraguaios.
Planta da erva mate, em Jesus, próximo à Trinidad, no Paraguai
Uma simpatia em pessoa, ela também foi escolhida para representar o povo paraguaio na nossa coluna Soy loco por ti América, contando em espanhol e guarani os motivos que a fazem gostar de viver ali.
Seguimos viagem pela Rota 8, estrada alternativa para a cidade de Villarrica. Sabíamos que a estrada era de terra, mas bota alternativa nisso! Pegamos uma chuva desgraçada que transformou a viagem em um belo rally! Nem na Transamazônica encontramos essas condições de tráfego. Ainda assim foi muito bacana, fomos conversando e contando mais detalhes das nossas aventuras para a minha mãe, que por sua vez nos trazia mais detalhes da história de nossa família. Com assunto bom a viagem passa rápido e logo chegávamos em Villarrica.
A Fiona enfrenta muita terra e barro em estradas no interior do Paraguai
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Cidade histórica fundada em 1570, Villarrica nos foi indicada por uma argentina que conhecemos na Chapada dos Veadeiros. Ela viveu aqui durante 5 anos e comentou que seria passagem obrigatória. Já era noite, mas finalmente tínhamos uma trégua com São Pedro. Depois de provar as empanadas e a Pilsen, cerveja paraguaia, fomos dar uma volta na cidade e conhecer a famosa Igreja de Pedra, outra herança dos jesuítas que viveram na região. Amanhã, continuamos na estrada em direção à Asunción!
A velha igreja de pedra jesuítica, no centro de Villarrica - Paraguai
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