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Noitada no acampamento da Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname (com o Wilfred, Karen e Rocky)
A Floresta de Brownsberg tem uma áurea especial, algo diferente. Nem todos percebem, mas quem é mais sensitivo ou acredita neste tipo de coisa logo sente a diferença. Desde o princípio me senti muito bem recebida e segura ali. Quando voltamos da Irene Val, completamente ensopados, passamos pelo restaurante do parque e marcamos com o chef que iríamos jantar perto das 19h30. Sem saber como era o esquema, achando que poderia ser servido a partir das 19h30, fomos até lá as 20h30, que vergonha... Rocky, o chef de cozinha, nos chamou a atenção com uma seriedade e, ao mesmo tempo, uma serenidade impressionante! A minha empatia com ele já havia sido tanta no primeiro contato, que eu quase não levei a sério, mas ele deixou claro, não poderíamos ter nos atrasado. Ele trabalha 20 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias por mês, 365 dias por ano, por isso é super rígido com seus horários.
Ainda assim ele concordou em nos atender, morrendo de vergonha sentamos e recebemos nossos pratos. A melhor refeição que comemos nas últimas semanas de viagem! Legumes refogados no shoyu, salada, arroz e uma ave, uma espécie de faisão, em um molho especial maravilhoso! Eu esta louca para socializar com Rocky, saber o nome da ave e a receita do molho, mas ao mesmo tempo totalmente envergonhada pela nossa gafe. Eles, Wilfred e uma moça sentaram-se à mesa ao nosso lado. De repente ouvi um “Hola Señora” e foi assim que começou. Karin é uma belga fora do comum! Logo nos identificamos, totalmente descontraída e sociável puxou assunto comigo em espanhol, do pouco que aprendeu quando morou no Brasil atrás de uma grande paixão. Em dois minutos já estávamos sabendo tudo uma sobre a outra, nossas aventuras, amores, vontades, qualidades e defeitos. Quase que não precisávamos mais falar para entender o que a outra queria dizer, impressionante! Foi empatia à primeira vista! Começamos a falar e não paramos mais, até então o Rodrigo estava ao meu lado, quando viu que o papo engatou, ele desistiu e foi para o alojamento. Já era a segunda noite de Karin aqui, então estava muito mais enturmada com Rocky e Wilfred, ajudando-os na cozinha e etc. Eu me juntei a ela no estágio da casa, descascar cubinhos de caldo maggi para os molhos de amanhã.
Uma das gigantescas figueiras na Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname
Rocky é um personagem excepcional no meio desta floresta. Aquela pessoa que você não espera encontrar morando ali, super culto e com uma postura diferente perante a vida, mas minutos depois percebe que ele não poderia estar em outro lugar! Descendente de índios, indianos, holandeses e africanos, nascido e criado no Suriname já trabalhou em hospitais e restaurantes em Paramaribo e veio para Brownsberg há 12 anos para ser o chef de cozinha do restaurante do Parque Nacional. Wilfred trabalha com ele, surinamês de origem indígena e responsável por manter a infra-estrutura do parque, além de receber os turistas.
Chris não está na foto, foi dormir um pouco mais cedo, mas nem por isso deixará de ser lembrado. Formado em direito, trabalha hoje em um dos nichos turísticos que mais atrai americanos dispostos a investir em uma boa viagem, o birdwatching. Ele estava acompanhando um grupo de “white heads” entre 55 e 83 anos, todos amantes dos pássaros. A mais sênior e experiente de todas foi ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura. Eles estão rodando o Suriname, todos super equipados com bons binóculos e câmeras fotográficas para observar as mais de 300 espécies de aves das mais exóticas do mundo.
Personagens aparentemente tão diferentes, que de repente foram se encontrar aqui, no meio do Suriname. De repente estávamos todos conversando, falamos sobre as diferenças culturais no país, as curiosidades que tinham sobre a nossa viagem, as histórias sensacionais vividas por Karin em suas viagens pelo Brasil e a influência da China no mundo. Quando nos demos por conta já estávamos falando sobre um tema dificilmente abordado em rodas de “desconhecidos”, sobretudo de um assunto tão controverso, o espiritualismo. Uma das funcionárias do parque está passando por uma situação completamente inusitada, uma gravidez de 7 meses e meio que não é detectada pelos médicos. Já foi feito exame de sangue e ecografia e ninguém enxerga o bebê. Já imaginaram? O primeiro pensamento é que deve ser uma gravidez psicológica, porém Rocky já trabalhou em hospitais, conhece de perto o diagnóstico. Ele pegou seu estetoscópio e ouviu o coração da mãe e em seguida o coração do bebezinho, sentiu o bebê chutar e tem acompanhado o crescimento da barriga. O curioso é que as vezes a barriga fica imensa, do tamanho de uma gravidez de 7 meses e as vezes quase nem aparece. Receoso, pois sabe que o bebê está por vir, levou a mãe para dentro da floresta para consultar a sua segunda personalidade, que eu diria ser o seu espírito guia, ou para os católicos, o anjo da guarda. Este espírito se manifestou ali, através da mãe. Disse que o bebê está se escondendo daqueles que não confia, mas que não deveriam se preocupar, pois ele irá nascer saudável. Após isso ela não se lembra de nada.
Uma das gigantescas figueiras na Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname
Wilfred também já passou por esta experiência, pois possui a mesma sensibilidade. Quando adentra a mata junto de Rocky ele pode falar a antiga língua indígena que fora uma vez de sua tribo que, no entanto, nunca aprendeu. Esta floresta é mágica, nos conta Rocky, duas tribos moram aqui, uma ao lado da figueira no caminho para Irene Val, e outra no caminho para Witti Creek. A primeira trabalha os maus do corpo e da mente, a segunda é uma tribo mais guerreira, faz a proteção do parque e das pessoas a quem estão ligados. Rocky tem contato com ambas e descobriu ali em Brownsberg este seu dom e sua missão de ajudar as pessoas que passam por ali. Já foram várias as histórias, mas estas vocês terão que ir até lá para conferir.
Nem preciso dizer que este encontro não foi por acaso, foi um encontro espiritual. Pessoas com almas de alguma forma interligadas, com uma mesma vibração e energia, espíritos da floresta de Brownsberg.
Olá Ana! Sempre tive muita curiosidade de saber como é o litoral das Guianas, se é lindo como do Caribe ou feioso como o do Amapá, já que fica entre um e o outro. Nao fucei muito o blog, mas nao encontrei nada mostrando a costa. Se puder postar, fico agradecido
Abraço
Resposta:
Olá Beto! Eu tinha a mesma curiosidade e te digo, eu não estive no litoral do Amapá, só no Pará e imagino que seja parecido. As 3 Guianas tem muitos rios e de Caribe não sobrou nada ali não, são muitos manguezais e as praias tem água marrom, mais barrenta, ainda mais quando passamos por lá, época de chuvas. Dá uma olhadinha neste post de uma praia que fomos na Guina Francesa http://www.1000dias.com/ana/awala-yalimopo/
Beijos!
agora quero saber o final dessa história, do bebê que está se escondendo...
Que tal Puerto Spain? Guto e Sonia não tinham skype, agora vi que a Sonia aderiu. Para falar com voces. beijos
Resposta:
Oi Lalau! Eu também fiquei curiosa com a história do bebê, estou torcendo para que fiquem bem! Eu vou escrever uma carta à moda antiga para o Rocky (é o único endereço que ele tem) e vamos ver se consegurei notícias. Port of Spain é uma cidade grande mas muito bacana! Saudades! Beijos
Ana, estou impressionada com o Suriname. Quanta coisa bonita num país tão pequeno. Parece tudo meio mágico. Essa mistura de cultura, gente, história é realmente fascinante.Bjs
Resposta:
Esse mundo é mesmo sensacional, quando e onde menos esperamos temos um encontro como este! Bjos!
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