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RosaMolina (27/10)
Boa noite, Eu gostaria de saber contatos para fazer os passeios em Terra...
Luís (30/09)
BOAAA! FINALMENTE UM RELATO DE ALGUÉM QUE ENCAROU A DONA ZILDA SEM GUIA!...
Ricardo (26/09)
Parabéns pela interessante viagem e por compartihar a experiência. Est...
César (19/08)
Olá. Muito bom! sabe me dizer se dá pra fazer este trekking auto-guiado...
adalberto campos (07/08)
estive nesse trecho agora em julho de 2017 mas vou de 2 em 2 anos ao oiap...
POR VALÉRIA ALBACH.
Pirâmides do Sol e da Lua vistas da Ciudadela, nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Eu me chamo Valéria e adoro as viagens, até por isso que resolvi estudá-las como profissão, sou uma turismóloga, professoro e faço projetos tentando contribuir para o desenvolvimento do Turismo no Brasil. Também sou Amiga (com A bem maiúsculo) da Ana desde quando ela nasceu, madrinha desse casamento e fã dos Mil dias Por Toda América.
Val e as pirâmides do Sol e da Lua. Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Quase mil dias depois da saída da Fiona de Curitiba eu consigo embarcar por essa América, e com muita sorte em um país incrível: o México.
Roubei a Ana do Rodrigo por uns dias, já que ele foi subir a montanha mais alta do país e eu não tinha condições de acompanhar. Pude me aventurar um pouco na altitude e foi super legal, mas a Cidade do México estava a nossa espera.
Pirâmide do Sol e seus vendedores incansáveis. Ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Sem carro, achamos melhor entrar em um grupo para irmos a Teotihuacán. O lugar é tão especial, que a Ana topou revê-lo comigo, um dos poucos reprises desses mil dias. E eu achei interessante avaliar o serviço de receptivo da Cidade do México. Nosso grupo era formado apenas por pessoas que estavam hospedadas em hostels, o que na minha opinião, torna tudo mais divertido. O “alberguista” não busca apenas pagar pouco na hospedagem, ele busca integração, diversão e aprendizado. Em duas vans com australianos, franceses, suecos, obviamente encontramos brasileiros. Sim, estamos por toda a parte!
Grupo do tour no alto das ruínas da Ciudadela. Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Nosso guia Ivan é recém formado em História e há quatro meses conduz grupos por diferentes roteiros. Aliás, fiquei positivamente surpreendida com a qualidade dos guias no país. Até mesmo os que não possuem curso superior, passam por cursos especializados e chancelados por universidades, com áreas específicas, como os guias de zonas arqueológicas. E a cada quatro anos, suas carteirinhas são revalidadas por meio de novos cursos. Essas zonas são muitas e há ligação entre elas, o que torna esse estudo interessante bem como o trabalho desse pessoal.
Tecido feito com fibra de maguey. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Mas voltando ao nosso roteiro, a primeira parada deste dia foi em uma zona arqueológica ao norte da enorme Cidade do México, Tlatelolco, exprimido em meio a urbanização este pequeno sítio de entrada gratuita é uma opção para os que viajam com pouca grana e desejam conhecer a história dos astecas no México. Há tantos atrativos na cidade e arredores, que é possível conhecer muita coisa sem gastar quase nada. Essa área funcionou na maior parte do tempo como mercado e recebeu até 40.000 pessoas. Ao fundo do sítio há a Igreja de Santiago que foi erguida com pedras de Tlateloco. Também em anexo há a Praça das Três Culturas que foi palco em 1968 de um massacre de aproximadamente 300 estudantes que dias antes dos Jogos Olímpicos quiseram chamar a atenção do mundo para os problemas políticos do país. Interessante encontrar história de tantas épocas distintas em um pequeno espaço.
Tlatelolco, com a Igreja de Santiago ao fundo. Cidade do México
Los Amantes de Tlatelolco, vítimas de sacrifício após uma guerra. Tlatelolco, Cidade do México
Monumento ao nascimento de um novo povo. Tlatelolco, na Cidade do México
Monumento aos estudantes que lutaram contra a ditadura e foram assassinados na praça de Tlatelolco, na Cidade do México
Depois seguimos para o Santuário da Virgem de Guadalupe, a “Virgencita” é a padroeira do país e da América Latina e ali ocorrem as maiores peregrinações do mundo. Considerando templos católicos, depois do Vaticano é o santuário que mais recebe visitantes, uma média de 20 milhões por ano. A Basílica é lindíssima e se situa aos pés do Monte Tepeyac e a construção sofre danos devido ao afundamento do terreno (já que a cidade do México está acima de um lago aterrado). Por essa razão e para abrigar mais fiéis há uma Nova Basílica onde se encontra se a imagem da Virgem de Guadalupe. Ao contrário da maioria das imagens que são esculturas, esta é uma pintura que se acredita foi concebida milagrosamente e encontrada por um índio da tribo nahua, Juan Diego Cuauhtlatoatzin, que hoje é considerado santo. O sincretismo é evidente na cultura religiosa mexicana desde sempre.
Novo Santuário da Virgencita de Guadalupe, na Cidade do México
Imagem da Virgem de Guadalupe, na Cidade do México
Ana, Valéria e a antiga Basílica do Santuário de Guadalupe, na Cidade do México
A estrutura e organização do santuário impressiona, as lojinhas com o comércio de souvenirs estão na parte subterrânea, há um local externo para bênçãos e missas programadas o dia todo, e para observar a imagem da padroeira há passarelas rolantes que garantem um bom trânsito para os fiéis.
Esteiras rolantes para descongestionar o corredor onde está exposta a imagem da Virgem de Guadalupe, na Cidade do México
Fiéis chegam ajoelhados ao Santuário da Virgem de Guadalupe, na Cidade do México
Após essa passagem pelo Santuário já na área de Teotihuacán fomos conhecer a área de uma cooperativa de moradores que há muitos anos atendem os turistas oferecendo explicações de seus ícones culturais como o mezcal, bebida mais tradicional que a tequila feita também do agave, seus tecidos coloridos naturalmente, seu artesanato, principalmente de obisidiana, e sua comida típica. Mesmo sendo um local totalmente destinado ao turista, a organização dessa comunidade e o interesse em se envolver com os visitantes tornaram a experiência única. E pudemos almoçar com várias pessoas do grupo rindo das comidas picantes e conversando sobre tudo.
Maguey, planta com uma infinidade de utilidades. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Maguey, o papiro dos antigos mexicas e teotihuacanos, próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Colorindo as fibras naturais do maguey com pétalas de flores. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Ferramenta de corte feita com obsidiana, a pedra vulcânica. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Tequila e Pulque, bebidas feita de diferentes tipos de maguey. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Enfim, chegamos a zona arqueológica de Teotihuacán que a Ana tão bem definiu: A Cidade dos Deuses. Realmente, lá é possível um encontro com os Deuses, pura energia, puro maíz como se diz pelo México. A possibilidade de subir nas pirâmides torna a experiência impressionante e para mim, começar a compreender os povos pré-colombianos foi um banho contra a minha ignorância.
Calzada de los Muertos, nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Vendedores e seus chapéus, nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Val energizando na Pirâmide do Sol. Ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
Caminhando pela Calzada de los Muertos com a Pirâmide de la Luna ao fundo. Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
O roteiro foi bem pensado, mas Teotihuacán merece um dia bem inteiro, já que fecha às 17h. A melhor parte foi poder dividir tudo o que vi com a minha grande amiga!
Amigas e a paisagem das ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México
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