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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Nadando em volta da Corveta em Fernando de Noronha - PE
A corveta é um tipo de navio militar. No final da década de 80, uma corveta da marinha brasileira bateu no "Cabeço da Sapata", bem na ponta de Fernando de Noronha. O Cabeço fica a alguns metros da superfÃcie e fez um belo de um rasgo no casco da corveta, condenando o navio. Houve tempo suficiente para que a tripulação saÃsse do barco com seus principais pertences. Depois, mergulhadores da marinha retiraram do naufrágio aquilo que achavam que devesse ser retirado. Finalmente, para alegria dos mergulhadores civis, o barco foi "liberado" para visitas.
Preparando-se para mergulhar na Corveta, em Fernando de Noronha - PE
Ele está afundado de pé, sobre uma planÃcie de areia a quase 60 metros de profundidade. Com a visibilidade excepcional das águas de Noronha, basta que afundemos um pouco para que começemos a vislumbrar uma sombra escura no fundo do mar. Um pouco mais fundo e a figura de um navio começa a se delinear. Mais fundo ainda e conseguimos ver o barco por inteiro, um ambiente ao mesmo tempo fantasmagórico e maravilhoso, silencioso e movimentado, já que o barco passou a atrair diversas tipos de peixes e crustáceos.
Descida para a Corveta em Fernando de Noronha - PE
Com o passar dos tempos, a atividade de mergulho, relativamente nova na história do homem, aprendendo com seus próprios erros, passou a ser mais rigorosa. Para mergulhar na corveta de Noronha cada vez são exigidos mais certificações e cursos preparatórios, tudo em prol da segurança de seus praticantes. Essa maior exigência ao longo dos anos foi o motivo primeiro de eu ter feito mais mais cursos de mergulho. De certa forma, foi a Corveta que guiou meus passos nesta área.
Deixando os stages do lado de fora da Corveta em Fernando de Noronha - PE
Na minha primeira vez em Noronha, como mergulhador básico, não me deixaram ir na Corveta. Tornei-me Avançado para poder descer lá, mas quando cheguei de volta à Noronha, as exigências já tinham aumentado. Pois bem, lá mesmo fiz o curso de Nitrox e desci pela primeira vez. Um espetáculo! Mas foi um mergulho muito rápido, porque descemos respirando ar normal o que traz a narcose nessa profundidade. Na descompressão, o nitrox e uma arraia manta gigantesca e inesquecÃvel que acompanhou eu e meu guia Fernando por mais de 20 minutos. Na segunda descida, anos mais tarde, já tinha o curso de trimix. Agora acompanhado da Ana e do nosso eterno guia Fernando, pudemos ficar mais tempo lá embaixo, mas apenas do lado de fora. Para entrar, era preciso o curso técnico.
Sanitário no interior da Corveta em Fernando de Noronha - PE
Hoje, quatorze anos depois de ter ouvido falar da corveta pela primeira vez e dela começar a frequentar os meus sonhos, estava pronto para conhecê-la por dentro. Eu, a Ana e o Fernando fomos descendo aquele cabo que nos leva através do azul infinito até que a sombra da corveta apareceu. O Haroldo ficou mais acima, observando tudo do cabo. Como mergulhador básico com performance muito elogiada, ele pode fazer o que é chamado de "Aventura Profunda" e descer até os 40 metros para, pelo menos, poder vislumbrar o naufrágio por inteiro.
Roupas penduradas em cabides no interior da Corveta em Fernando de Noronha - PE
Enquanto isso, eu e a Ana deixávamos nossos cilindros de stage (que nos ajudariam na descompressão, durante a subida) do lado de fora do barco e entramos nele atrás do Fernando que foi nos mostrando os diversos compartimentos. O ambiente é muito mais fantasmagórico do que do lado de fora. Na verdade, muito mais do que todos os outros naufrágios que já conheci. É possÃvel ver roupas penduradas em seus cabides; telefones e interfones ainda em seus suportes; banheiros com portas semi abertas e as privadas com suas tampas; mesas com louça desarrumada vagando pelo cômodo. Tudo isso num local escuro mas muito bem iluminado pelas nossas lanternas e com peixes e camarões como frequentadores. Nem é preciso dar asas à imaginação para ver marujos e oficiais passando por ali. Mas agora, aquele ambiente é dos peixes. Estranhos no ninho somos nós, mergulhadores.
Nadando em volta da Corveta em Fernando de Noronha - PE
Com todo o cuidado e curiosidade fomos transitando pelos quartos, cabines, banheiros e copas. Depois, de volta para o azul infinito do lado de fora. Um passeio pelo deck e pelos canhões antes da lenta subida com muitas paradas para descompressão, aceleradas pelo uso de misturas enriquecidas com oxigênio. Lá encima nos aguardava o Haroldo, que tinha conseguido ver a luz de nossas lanternas explorando o naufrágio.
Um grande badejo nada na Corveta em Fernando de Noronha - PE
Achei que tivesse, nessa visita, finalmente matado o vÃrus da curiosidade pela corveta. Engano meu! Ele apenas mudou de lugar. Saiu de mim e migrou para meu primo.
O haroldo nos aguarda na subida da Corveta em Fernando de Noronha - PE
Enquanto o vÃrus se instalava na sua nova casa, voltávamos pensativos para o porto. Mas não estávamos sós! Como que para comemorar o grande dia, fomos escoltados pelas personagens principais dos mares de Noronha: golfinhos rotadores. Foi uma grande e memorável manhã!
Golfinhos acompanham nosso barco em Fernando de Noronha - PE
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