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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Visitando as fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia
Acordamos meio preguiçosos na pequena BreiðdalsvÃk, na costa leste da Islândia, entre montanhas e um fiorde de cor azul profunda. O ar, como sempre, é gelado, mas a luz do sol ajuda a esquentar, assim como o café da manhã. O dia está mais ensolarado do que nunca e não podemos nos dar ao luxo de ceder à nossa preguiça. Ainda temos meio paÃs pela frente e poucos dias até nosso voo de volta aos Estados Unidos. Então, de volta ao carro e à estrada!
Nosso hotel em BreidalsvÃk, no leste da Islândia
Optamos pela estrada da costa, ao invés da ring road que segue pelo interior, cortando caminho. QuerÃamos estar, pelo menos durante mais alguns tempo, perto dos fiordes que caracterizam todo esse lado do paÃs. Principalmente num dia lindo como hoje.
Percorrendo os fiordes no leste da Islândia
Percorrendo os fiordes no leste da Islândia
Assim, pela próxima hora, fomos dirigindo ao lado do mar, passando por cidades pitorescas e tirando nossas fotos. Passamos até por um monumento homenageando um dos primeiros missionários no paÃs, em um local bem fotogênico. O paÃs tem uma história muito interessante, mas vou deixar para contar sobre os primeiros séculos de ocupação humana da Islândia quando voltarmos a Reykjavik, em cujo entorno estão os principais pontos históricos da ilha, como o primeiro parlamento do mundo.
BreidalsvÃk, no leste da Islândia
Dia ensolarado nos fiordes do leste da Islândia
Bom, deixo a história antiga para depois, mas adianto a história moderna, fazendo uma inversão cronológica. Dirigir por esses enormes espaços e paisagens sempre nos faz pensar e refletir, e temos lido muito sobre esse paÃs nos últimos dias. A Islândia foi ocupada pelos vikings e nasceu independente. Foi só no seu terceiro século de existência que ela se associou à Noruega, já no séc. XIII. Duzentos anos mais tarde, foi a vez da Noruega se associar à Dinamarca e a Islândia foi de brinde. Essa união de Noruega e Dinamarca durou até 1814, quando o fim das guerras napoleônicas redesenhou as fronteiras da Europa pelos próximos 100 anos. A Noruega ganhou sua independência, mas a Islândia permaneceu ligada à Dinamarca, pelo menos até o fim da 1ª Guerra Mundial, em 1918.
Dia ensolarado nos fiordes do leste da Islândia
Deve estar agradecendo a incrÃvel beleza dos fiordes no leste da Islândia
Foi quando foi assinado um acordo entre os dois povos. A partir desse ano, e pelos próximos 25 anos, seriam dois paÃses independentes, mas com o rei da Dinamarca reinando sobre ambos e cuidando da polÃtica externa dos dois paÃses. Ou seja, a Islândia cuidaria dos assuntos na própria ilha, mas não teria embaixadas espalhadas pelo mundo. Pelo menos até 1944, quando o acordo deveria ser renovado.
InÃcio das highlands islandesas, no nordeste do paÃs
Pois é, mas antes disso, já na 2ª Guerra, em 1940, Hitler invadiu e conquistou a Dinamarca em apenas um dia, em 9 de Abril de 1940. A Islândia, mais do que rapidamente, não só declarou que era ligada apenas ao Rei Dinamarquês e a ninguém mais do que ele, como se disse neutra naquela guerra. Mas a neutralidade não durou muito. Um mês mais tarde, temendo que os alemães chegassem à ilha, os ingleses se anteciparam e invadiram a Islândia, conquistando-a sem maiores problemas. Afinal, a última vez que o paÃs tinha tido um exército foi quinhentos anos antes! Os ingleses permaneceram por lá apenas até Junho de 41, quando repassaram a ilha à tutela dos Estados Unidos. Isso antes desse paÃs ser atacado pelos japoneses e entrar na guerra. Eram os americanos que estavam no comando quando chegou o ano de 1944, data para rever aquele antigo tratado que ainda ligava a ilha à Dinamarca. Como esse paÃs ainda estava sob ocupação nazista, dá até para imaginar o resultado da consulta popular que foi feita, não é? Mais de 90% da população votou pela instalação da república e pela independência total da Dinamarca.
InÃcio das highlands islandesas, no nordeste do paÃs
InÃcio das highlands islandesas, no nordeste do paÃs
E assim continua até hoje. Os americanos se foram logo depois da 2ª Guerra, mas voltaram alguns anos mais tarde, já no contexto da Guerra Fria. Dessa vez, apenas para ocupar algumas bases militares, já que a Islândia era (e é!) membro da OTAN. Ficaram até 2006 e hoje o paÃs vive muito bem sem forças estrangeiras ou exército próprio em seu território. Um exemplo de paz a ser seguido.
E a paz realmente reina por aqui, principalmente desse lado do paÃs onde quase não vive ninguém. Depois de reencontrarmos a Ring Road e seguirmos para o interior, passamos por pequenas estradas que dão acesso à s highlands, como é chamado o vasto interior do paÃs, região quase que completamente desabitada. Infelizmente, para nós, é território proibido. Isso porque as companhias de carro não permitem que exploremos essa área, pelo estado das estradas e dificuldade de se conseguir ajuda. Para lá, só com carros tracionados e no verão. Uma pena, pois parece que a paisagem é ainda mais fantástica lá encima. A gente chegou a se aventurar alguns quilômetros em uma estrada de terra, mas só até um mirante. Ali, uma outra placa nos advertia que não deverÃamos continuar. Então, de volta ao asfalto...
Fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia
Fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia
Já bem perto do nosso destino final no dia de hoje, a região de Myvatn, fizemos uma última parada. Dessa vez, em uma região de fontes termais, diversas pequenas lagoas de água tão quente que chegava a borbulhar. Ou então, montes de areia de onde jorravam nuvens espessas de vapor. Uma paisagem realmente pitoresca, no meio do nada, indicativo forte da intensa atividade geológica que ocorre embaixo dessa ilha. Esse é outro assunto que vou tratar quando voltarmos a Reykjavik, mas não podemos nos esquecer que a Islândia se localiza justamente sobre o ponto de encontro entre as placas tectônicas da América e da Europa, que estão se separando. Por isso, tantos vulcões, geisers e lagos de água fervente.
Esquentando a mão no vapor quente que sai de fonte termal em Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia
Muito vapor e água borbulhante nas fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia
Falando nisso, encontramos um enorme lago de águas azuis e esfumaçantes um pouco mais adiante. O dia estava bem frio e a tentação de um mergulho era grande. Mas uma placa não deixava dúvidas: a não ser que quiséssemos ser cozinhados, nada de banho naquele lugar. Acho que nunca tinha visto um lago tão grande como esse só de água quente. É.... estamos mesmo na Islândia!
Encoberta pelo vapor gerado nas fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia
Encoberta pelo vapor gerado nas fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia
De tão quente, está proibido nadar nesse lago em Myvatn, no nordeste da Islândia
Por fim, chegamos a Myvatn. Achamos logo um hotelzinho e fomos procurar um lugar para comer. Acabamos encontrando uma fazenda que tinha seu próprio e delicioso restaurante. AÃ, nos esbaldamos em carneiro defumado cru, saladas e tortas deliciosas de sobremesa. Tudo isso com vista para o lago que dá nome à região. Espetacular! E quem diz isso não sou apenas eu, mas o meu estômago, hehehe!
Fazenda e restaurante em Myvatn, no nordeste da Islândia
O lago termal de Myvatn, no nordeste da Islândia
Adorei as fotos e a história da Islândia, não a conheço, só fui na Noruega e Dinamarca. Estou acompanhando a viagem de vcs, e curtindo cada postagem!
Resposta:
Oi Ingrid
Nós ainda não conhecemos os paÃses nórdicos (quem sabe quando fizermos os 1000dias por toda a Europa!), mas podemos dizer que a Islândia é maravilhosa e vale bem umas duas semanas de viagem!
Que bom que vc nos acompanha e está gostando!
Um abraço
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