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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
O prédio da Ópera em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
Quando os Estados Unidos tiveram a sua guerra de independência, ainda no final do século XVIII, o país era formado apenas pelos atuais estados da costa leste, com exceção da Flórida. Eram as famosas “13 colônias”. O primeiro crescimento geográfico veio já ao final da guerra com a Inglaterra, com a incorporação da área imediatamente a oeste desses 13 estados originais, cedidos pela antiga metrópole.
Venda de tapetes típicos em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
O próximo passo foi a compra da Flórida da Espanha e da Louisiana da França, região onde hoje estão todos os estados ao longo do rio Mississipi. Infelizmente, o resto da expansão territorial rumo ao oeste não foi tão pacífico assim.
Rua de Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
Os estados do norte, desde os grandes lagos até a costa do Pacífico, foram sendo tomados dos índios, através de tratados fajutos e das chamadas “indian wars”. No primeiro caso, quem “vendia” não sabia o que estava vendendo ou assinando ou nem tinha direito para tanto. De qualquer maneira, seguidamente eram os americanos que rompiam os tratados e expulsavam os índios um pouco mais para oeste, confinando as tribos em áreas de reserva. Esse processo muitas vezes foi violento e é nesse período que viveram personagens famosas dos antigos filmes de faroeste, como o General Custer e Buffalo Bill.
Museu em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
Já nos estados do sul, a briga maior não foi com os índios, mas com o país vizinho. O México tinha, até a segunda metade do século XIX, uma área quase duas vezes maior do que a que tem hoje. Os atuais estados da California, Nevada, Arizona, Colorado, Utah, Novo México e Texas faziam parte do território mexicano. Mas a ocupação dessa área era esparsa e os “donos” na prática eram os indígenas.
Dia de casamento na igreja matriz de Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
Como forma de ocupar a região, o governo mexicano começou a estimular a imigração de colonos americanos para o Texas. Quando essa ocupação começou a dar frutos (dinheiro!), o governo resolveu acabar com os estímulos e taxar pesadamente esses colonos. Esses, aproveitando uma das inúmeras guerras civis que assolavam continuamente o país, resolveram declarar sua independência, criando a República do Texas. Em seguida, pediram sua anexação aos EUA.
Pimenta usada como decoração em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
Não foi um processo rápido, muitos em Washington duvidando que seria uma boa ideia. Mas, resumindo a história, quando o governo mexicano resolveu fazer valer sua autoridade por ali, os Estados Unidos entraram em guerra contra o vizinho, defendendo a independência do Texas. Os americanos rapidamente fizeram valer seu maior poderio e, não só expulsaram os mexicanos do Texas como seguiram território adentro em direção ao sul até conquistar a capital do país, a Cidade do México. Dali, só saíram quando os mexicanos aceitaram assinar um tratado em que não só cediam o Texas, mas todos os outros territórios citados acima, até a Califórnia. Numa só canetada, lá se foi quase a metade do país. Quase desocupada, sempre é bom lembrar...
Venda de artesanato indígena em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
Entre os diversos territórios cedidos, a área que forma o Novo México, estado onde está Santa Fé, a deliciosa cidade que conhecemos hoje. Uma das cidades mais antigas dos Estados Unidos, Santa fé foi fundada no período espanhol, antes até da criação das 13 colônias originais. Seu centro histórico em nada lembra as grandes metrópoles do leste, as construções charmosas feitas de adobe. A influência hispano-mexicana vem daquela época, mesclada com uma forte presença indígena. Isso se percebe rapidamente, caminhando pelas ruas, lojas e mercados onde o artesanato ameríndio está sempre exposto, assim como a comida e costumes mexicanos.
Cada um com seus óculos (em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos)
Logo no início da nossa caminhada, depois de passarmos pelos belíssimos prédios do museu e da ópera, um encontro nada usual: um cachorro que usava óculos no seu passeio pela praça! A dona nos explicou que era para proteger dos raios ultravioleta, e que o nome dos óculos eram “doogles” (mistura de “dog” e “googles”). Ficou muito impressionada com a nossa viagem e nos deu várias dicas sobre a cidade. Mas as dicas mais valiosas vieram mesmo do simpático vendedor de uma loja da Nikon, onde fomos buscar capas e tampas perdidas pelo caminho.
A famosa e milagrosa escada da Loreto Church, em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos (antes da construção do corremão)
Além dos pontos turísticos, nos indicou dois excelentes restaurantes, um para o almoço e outro para o jantar. Assim, fomos logo para a Loreto Church, famosa por uma escada em caracol sem nenhum suporte interno, desafiando impunemente a lei da gravidade, e corremos pra comer no famoso Pascual, recomendado até pelo New York Times.
Vinho e reflexões no delicioso restaurante Pascual, em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
Uma delícia mesmo! Ambiente, comida e atendimento. Como gosta de definir a Ana, cozinha “fusion”, sem exagerar no preço. Até nos demos o direito de uma taça de vinho. Mais uma vez, a história da nossa viagem fez sucesso entre o staff, dos garçons aos gerentes.
Arquitetura de adobe em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
Voltamos caminhando para o hotel e o final de tarde foi de trabalho na internet. Para mim, porque a Ana enfrentou o frio e a neve para levar a Fiona para tomar banho! O primeiro desde o sul do México, mas do que merecido. Ela foi numa dessas casas semi-automáticas, onde operamos nós mesmos as mangueiras de água e sabão. Enquanto a Fiona era ensaboada, a neve começou a cair lá fora, a primeira vez que a Ana viu a neve cair durante o dia (na Argentina, vimos nevar de noite). Enfim, uma momento especial para ela, uma banho na Fiona que não será mais esquecido!
A Ana dá merecido banho na Fiona em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
De noite, enfrentamos os dois a noite gelada para nova caminhada até o centro, onde já tínhamos reservado lugar no restaurante indicado pelo amigo da loja. Depois do sucesso da indicação do almoço, não queríamos perder a do jantar! E valeu a pena novamente, o Casa de Santa Fé é muito charmoso e aí, ao invés de uma taça, foi uma garrafa de vinho mesmo!
As catrinas também são populares em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
Depois de tanto mimo, estamos prontos para a longa viagem de amanhã. A ideia é seguir até onde der, seguindo sempre pela I-40/Rota 66, passando pelo norte do Texas, cruzando o Oklahoma e chegando, quem sabe, no Arkansas.
Os dias finais de Billy The Kid no Novo México - Estados Unidos
Olá Ana e Rodrigo,continuo acompanhando esta viagem e sempre com surpresas,gostaria de saber de vcs sobre o mistério que intriga milhares de fiéis católicos sobre esta escada,esta igreja;ouviram algum relato marcante deste fato?foram visita-la por acaso?um abração Lurdes
Resposta:
Oi Lurdes
Passamos lá sim! Pena que eles colocaram um corrimão na escada, e ela já não parece tão milagrosa assim... Olha só as fotos desse dia que eu mostro a escada antes e depois...
O milagre é o fato da escada ser construída sem suporte. Sem o corrimão, é ainda mais impressionante!
A wikipedia tem um bom artigo sobre o caso:
http://en.wikipedia.org/wiki/Loretto_Chapel
Abraços
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