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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Floresta submersa no arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Anavilhanas é o nome do maior arquipélago fluvial do mundo. Como não poderia deixar de ser, está na bacia amazônica, mais precisamente no Rio Negro, na região de Novo Airão. São cerca de 400 ilhas que se estendem por quase 200 km ao longo do rio, formando centenas de canais, lagos e praias. Quer dizer, praias mesmo, só na época da seca. Agora na época do inverno, ou das chuvas, ao invés de praias, temos mesmo é igapós. Muitos igapós...
Camaleão vem nos fazer companhia no café da manhã na Pousada Bela Vista, em Novo Airão - AM
Chegando ao arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Igapós são pequenos canais que se formam na floresta alagada. Na época da seca, ninguém diria que por ali, corre água. Não devem ser confundidos com igarapés ou paranás. Os primeiros são pequenos rios (na escala amazônica!) que nunca secam, pois tem nascente. Os segundos, os paranás, são os grandes canais que ligam os lagos com o rio.
Um dos "paranás" (grandes canais) do arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Floresta submersa no arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
As ilhas de Anavilhanas estão bem em frente à Novo Airão. Nos meses de seca, para se ir de lá até a outra margem do rio, contornando as grandes ilhas do arquipélago, são mais de quinze quilômetros. Nos meses de chuva, com a formação dos igapós e paranás, pode-se cortar caminho pelo meio das ilhas e aí, essa distância cai para menos de um terço da distância original! Em compensação, as dezenas de belas praias desaparecem sob um lâmina de água de mais de 5 metros. Não só as praias somem, mas um bom pedaço de vegetação também, incluído aí várias árvores, que "renascem" na seca seguinte. É o ciclo da natureza amazônica.
Atravessando o Rio Negro a caminho do arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Logo depois do café eu e a Ana seguimos de voadeira, junto com nosso guia Vermelho (seu apelido!), para dar uma espiada neste mundo diferente. Quase três horas vagando por um pequeno, mas representativo pedaço do arquipélago. Passamos pelas praias submersas, que só pudemos ver em nossa imaginação, por largos paranás, pela floresta alagada e por igapós que nos levaram aos lagos, um deles o maior de todos em Anavilhanas, o Apacú. Lá dentro, parace um mar, de tão grande. Nele fizemos uma parada para banho, sempre rodeados por barulhentos e curiosos botos Cor de Rosa.
Uma grande tarântula que habita a floresta inundada de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Um pequeno visitante em nosso barco durante passeio ao arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Falando em bichos, cruzamos também os botos cinzas, que preferem ficar nos rios mais largos. Nos igapós, vimos enormes tarântulas, pequenos morcegos e ouvimos muitos pássaros. Até um pequeno a assustado jacaré apareceu, por um atmo de segundo. Nadar por ali, nem pensar. Mais seguro nos lagos...
Nadando no Apacu, o maior lago do arquipélado de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
A vegetação submersa e parcialmente submersa forma um emaranhado, um labirindo nas águas. O nível da água chega a variar mais de dez metros e a vegetação e a floresta se adaptaram a isso. Vemos grandes árvores, com troncos largos, brotando da água. Copas de árvores ainda cheias de folhas abaixo d'água, ou quase. Logo estarão por inteiro. É essa interação entre água e folhas que pinta o rio de negro, uma substância que a água rouba da vegetação.
Grande árvore na floresta inundade de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Faltou para nós seguir por mais tempo rio acima, até umas grutas e cachoeira. Demoraria mais e custaria muito, apenas para duas pessoas. Ainda mais acima, chegaríamos às ruínas de Velho Airão. E um pouco mais adiante, ao Parque Nacional do Jaú. Para lá, a grande distância pede que se durma uma noite no parque. Ficamos muito interessados mas, de novo, faltava mais gente para se dividir os custos. Quem sabe quando passarmos por Manaus novamente, no segundo semestre do ano que vem?
A entrada pouco pretensiosa do restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM
Depois do passeio, voltamos para a pousada, despedimo-nos do alemão Klaus, dono da Bela Vista e fomos almoçar no Leão da Amazônia, restaurante flutuante sobre o Rio Negro. Que ótima pedida! Comemos um maravilhoso Pirarucu ao encontro das Águas. É o filé do peixe servido com dois molhos, um claro e um escuro, um mais salgado e outro mais doce. Iguaria preparada pelo chef francês radicado em Novo Airão, o Cristophe. Ontem, tínhamos almoçado no restaurante dele na cidade. Hoje, na beira do rio. Comida requintada e saborosa da melhor qualidade!
O refinado prato "Encontro das Águas", no restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM. Uma delícia!!!
Com o Cristoph, chef do restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM
De lá, ainda saboreando a comida, voltamos para Manaus. Já era noite quando cruzamos de balsa o Rio Negro e voltamos para o Hotel Brasil. Amanhã é dia de ópera no Teatro Amazonas. Na segunda, embarcamos a Fiona. E na terça, rumamos todos juntos para Santarém. Assim esperamos!
O famoso dinossauro da praça de Novo Airão - AM
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