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Meninas no interior da catedral de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
O Haiti é o país das oportunidades. Um país que está começando a ser reconstruído e que precisa de tudo o que você imaginar. A sensação é que qualquer coisa que fizermos irá ajudar, qualquer negócio pode ser bem sucedido. Ninguém melhor do que os próprios haitianos que saíram para o mundo, para voltarem à sua pátria, conhecendo a sua cultura, sua língua e sua dinâmica para ajudarem a nova revolução cultural e econômica do país. Sentimos um clima de mudança no ar, uma energia renovadora e positiva.
Encontro com criança no caminho até a Citadelle, no norte do Haiti
Nas nossas andanças nesta semana que passamos pelo Haiti conhecemos algumas histórias que nos deram base para afirmar o que estou dizendo acima. Pessoas empreendedoras, pró-ativas e que acima de tudo, acreditam em um Haiti melhor.
Detalhes de haitianos no mercado de Cabaret, antiga Duvalierville, ao norte de Port-au-Prince, no Haiti
O primeiro deles foi Erick, sócio do Le Perroquet B&B, onde ficamos hospedados em Port-au-Prince. Erick é filho de um americano e uma haitiana e viveu boa parte da sua vida nos Estados Unidos e depois na Indonésia. Em Bangcoc ele conheceu Lana, uma russa que trabalhava com turismo. Os dois se casaram e há um ano foram convocados a voltar ao Haiti, por seu tio, dono do hotel que ocupava o mesmo edifício. Ele foi até Bali convidá-los a participar da mudança que está ocorrendo no Haiti: “O país precisa de vocês.”
Família observa os visitantes que caminham de Sans-Souci à Citadelle, no norte do Haiti
Erick e Lana deixaram sua vida, já bem estabilizada e confortável em Bali e agora estão no Haiti gerenciando o hotel em Pétion-Ville. Rapidamente o lugar se tornou um hub de artistas locais que se reúnem nas noites de sexta-feira para jazz e jam sections, além de viajantes alternativos e voluntários que visitam e trabalham no país. Erick sabe que o turismo é uma das principais vocações do Haiti e tem planos para ajudar a desenvolvê-lo. O Haiti é caro para o turista mais aventureiro, mochileiros e viajantes alternativos que têm pique e estão dispostos a se aventurar para conhecer a cultura de um país exótico e tão belo. Seu plano é torná-lo acessível para este público. Analisando o mercado e conhecendo a realidade do país, Erick está desenvolvendo um projeto para montar uma rede de hostels para backpackers, com parceiros que organizem e operem tours pelos principais pontos turísticos. Estamos torcendo e esperamos voltar logo para conferir os resultados!
Com a Lana e o Eric, donos do hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti
Nesta mesma onda, Philipe, um haitiano que viveu anos na França retornou com sua esposa suíça ao Haiti. O Lakai é um restaurante super bacana no boulevard du Cap-Haitien, com ambiente perfeito e pratos deliciosos! Ele já retornou há quase 15 anos e nos contou que tudo parecia ir bem, até que a natureza lhes pregou uma peça com o terremoto de 2010, voltando a frear as mudanças no país. Ainda assim ele mantém viva a esperança de que o Haiti irá se reerguer e está fazendo a sua parte. Assim como Maya, filha da nossa amiga Elsie, que vive nos Estados Unidos. Maya tem cidadania americana e haitiana e perante tantas dificuldades poderia escolher viver nos EUA, mas preferiu voltar ao Haiti e abrir a sua própria escola de yoga em Pétion-Ville. Um exemplo para os jovens que acreditam no seu potencial de mudança.
O grande terremoto não será esquecido! (Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti)
Com o Felipe, dono do nosso bar preferido em Cap-Haitien, o La Kay (Haiti)
Eu acho maravilhoso encontrarmos haitianos com amor por sua terra e sua cultura realizando projetos em meio a tantas adversidades, trabalhando e acreditando em um futuro melhor. Mas não são apenas os haitianos que estão apostando nesta mudança. Conversando com Lana e Erick soubemos também dos planos do seu amigo Chris. Chris, que já opera voos de paraglider e é também mergulhador, está desenvolvendo um projeto de turismo de olho neste mesmo público que acabo de citar. Paragliding e scuba-diving aliados à planos de educação ambiental, criando nas comunidades locais uma nova consciência ecológica que ajudaria a restaurar a fauna e flora marinha da região da baía de Port-au-Prince. Seu projeto está no começo e o principal é que ele consiga ter nas comunidades o apoio e a mão de obra para seus novos empreendimentos, dando uma nova renda aos pescadores e barqueiros que já não tem mais o que tirar das águas pobres da baía. Um projeto sensacional e que une o útil ao agradável!
A deliciosa e pacata praia de Obama, perto de Cabaret, antiga Duvalierville, no litoral central do Haiti
Também na costa norte da baía de Port-au-Prince, conhecemos Sara, uma jovem do mundo, atualmente está trabalhando em um start-up de uma engarrafadora de água aqui no país. Um projeto privado que dará acesso a água potável aos haitianos por um custo muito menor do que o atual. A empresa irá perfurar poços artesianos e envasar a água em diversas localidades, diminuindo o custo de transporte e aumentando o acesso a água potável à população. O projeto ajudará a resolver o sério problema de fornecimento de água no país e não deixará de ser rentável para a companhia. Simples e perfeito!
Com um dos simpáticos funcionários do Hotel Obama, perto de Cabaret, antiga Duvalierville, no litoral central do Haiti
Esses são alguns dos casos de pessoas que conhecemos no nosso curto tempo no país. Sem contar as dezenas de voluntários que estão no Haiti há 3, 6, 10 anos, trabalhando nas mais diferentes ONGs. São organizações sociais e ambientais que combatem a pobreza, trazem atendimento médico, projetos educacionais e uma nova consciência ambiental para o povo haitiano. É uma luta diária e sem dúvida nada fácil, mas que traz uma grande força e renovação para o país.
Orla de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
O investimento do governo em educação já surte efeito, com centenas de crianças uniformizadas pelas ruas de Port-au-Prince, Cap-Haitien, Cabaret e Milot. A quantidade que nos espanta, e quando perguntamos todos reconhecem a educação como o principal foco do governo. A organização e planejamento urbano também está em desenvolvimento. Vemos as obras e confirmamos a sensação em uma conversa com um urbanista europeu especializado em países subdesenvolvidos, que foi contratado pelo governo para desenvolver planos urbanos das cidades haitianas. Tudo isso além da estrutura turística, que começa a ser montada no norte e se espalhará por todos os pontos com potencial turístico. Na Citadelle a nova estrutura será inaugurada em três meses.
Encontro com o encarregado do Ministério do Turismo, nas ruínas de Sans-Souci, no norte do Haiti
Futuro centro de apoio aos turistas, no caminho para a Citadelle, no norte do Haiti
Ok, há muito para ser feito, mas vocês hão de convir comigo que tudo isso reunido nos dá uma boa imagem do movimento que está acontecendo no país. Eu mesma, convivendo e vendo o grau de necessidade, embebida de tanta criatividade e empreendedorismo, já estou com planos para Haiti. Há pessoas que vêm até aqui e só enxergam a pobreza e a miséria. Mas há aqueles que vêm e encontram soluções, transformam todos estes problemas em oportunidades. Oportunidade de fazer a diferença, de sentir que está construindo algo maior, não apenas para si, mas para toda uma comunidade. É com este espírito que nos despedimos do Haiti, com uma vontade imensa de voltar e fazer parte desse momento, de vermos um país tão lindo ressurgir das cinzas e dividir com o mundo não mais suas tristezas, mas toda a arte, alegria e o que eles tem de melhor: a força e vontade de viver!
Família observa os visitantes que caminham de Sans-Souci à Citadelle, no norte do Haiti
Sim, ficamos em Petioville. A experiência foi incrível! Obrigada :)
Abraços
Olá!! Fomos a Porto Príncipe há algumas semanas e a viagem foi como esperávamos. Deu tudo certo e até relatamos lá no nosso blog (Projeto 101 Países). 1000dias nos ajudou a tomar essa decisão! Abraços
Resposta:
Obrigada Gabriela! Gostaram? Ficaram em Petion-Ville? Vou ler tudo lá no blog =) Abraços!
Cheguei ao meu maior dilema de viagem: ir ou não ao Haiti. Em alguns meses estarei próxima ao Haiti e ainda estou decidindo se devo ir, pois todos os comentários são contrários à minha ideia. Por isso tenho pesquisando bastante na internet relatos de quem foi. Estou mais inclina a ir do que o contrário e fico feliz de ter encontrado alguém que tenha trazido o lado feliz do país. Poderia tirar mais dúvidas?
Abraços
Resposta:
Olá Gabriela! Nem todos tem a capacidade de viajar com a mente e o coração abertos para o que os lugares mais pobres e problemáticos tem de melhor, mas se você tem vontade, vá, sem dúvida vai adorar. Se precisar tirar dúvidas estamos à disposição!
Boa viagem! Bjs
Era exatamente isso, que precisava ler sobre o HAITI, maravilhosa postagem e um cometário ímpar, sob a ótica
de uma experiente, inteligente e corajosa BRASILEIRA, que alheia as informações relacionadas ao país, não o excluíram em sua épica jornada pelas Américas. Parabéns!!
Resposta:
Obrigada Samuel!!! O Haiti é lindo, nem preciso te dizer que já quero voltar! A beleza vem de sua força, mais que de suas praias, de seu povo, mais que de suas tragédias... é um lugar para ser sentido mesmo, só lá para saber!
Beijos!
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