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Descendo do vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala
Nas proximidades de Antigua estão quatro vulcões: el Volcán de Água, Fuego, Acatenango e o Pacaya. O Vulcão de Água (3.766m) está inativo e é o mais próximo da cidade, porém de mais difícil acesso. Curiosamente este vulcão, mesmo inativo, é um dos que mais provoca desastres na região. De tempos em tempos sua cratera colapsa derramando toda a água que se acumula dentro dela, destruindo vilas inteiras com a gigantesca massa de água! Dá para entender de onde surgiu o seu nome.
A grandiosa paisagem com duas encostas vulcânicas observadas do vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala
O Volcán de Fuego (3.763m) é um dos vulcões mais ativos da América Central. "Chi'gag", seu nome em cakchiquel, significa "onde está o fogo", nos vilarejos próximos pode-se ver o vermelho da lava em noites sem nebulosidade. Os registros de suas violentas erupções datam desde 1524, quando o conquistador espanhol Pedro de Alvarado, pode vê-lo em atividade. Sua última erupção foi em 2010, um dia depois de uma terrível tormenta tropical Ágatha, que fez o Volcán de Água lavar os povoados das suas encostas. Neste episódio 152 pessoas morreram e 100 ficaram desaparecidas com a passagem do Agatha em toda a Guatemala.
Restos da última erupção do vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala
Unido ao Volcán de Fuego está o Acatenango (3.976m), um estratovulcão com dois picos, a união dos dois é conhecida como La Horqueta. Embora ligado ao de Fuego, este é um vulcão inativo, se tornando o melhor mirante da cratera sempre ativa do seu irmão Fuego. Este é o trekking preferido dos aventureiros que vão até Antigua, normalmente feito em dois dias, pois nas noites estreladas é quando melhor se vê a lava e pequenas erupções.
Caminhando em meio à fantasmagórica paisagem vulcânica no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala
Nosso primeiro plano era fazer este trekking, mas infelizmente o tempo não estava ajudando e não adiantaria de nada subir e ficar a ver nuvens. Então decidimos ir ao maior competidor do Fuego, no quesito “vulcão mais ativo da América Central”. Pacaya está a 47km de Antigua e entrou em atividade há milhares de anos. Depois de quase um século adormecido, voltou a atividade em 1965 e desde então não parou mais. É o vulcão mais indicado para aqueles que querem ver atividade vulcânica, lava, fumaça, calor. A sua última erupção foi em maio de 2010 e matou um jornalista e um jovem, além de 3 crianças desaparecidas.
Passando por fendas criadas por um rio de lava no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala
O tempo estava péssimo, subimos com muita nebulosidade, chuva e vento. Biron (leia-se Bairon), um jovem super astuto que trabalha no estacionamento que usamos em Antigua, nos acompanhou até lá e foi contando todas as histórias dos desastres acontecidos na região. Chegando lá, tivemos que contratar um guia local (150 quetzales = uns 25 dólares), obrigatoriedades do parque. Esperneamos, mas essa obrigatoriedade começou desde o último incidente. Biron 2 (sim, o guia local também chama “Bairon”), nos contou como foi o dia da erupção.
Com o Byron, que nos acompanhou até o vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala
A caminhada começa por um morro vizinho, conhecido como Cerro Chino. Biron estava lá, com familiares, olhando o vulcão, tirando fotos com a lava que escorria tranquilamente por sua canaleta. Eis que ouviram a primeira explosão e, experientes, não pensaram duas vezes, desceram correndo as ladeiras, usando todos os atalhos possíveis. Ao lado deles estava a equipe de televisão que fazia uma reportagem sobre o vulcão. Eles avisaram a equipe para descer imediatamente, porém eles decidiram descer até onde estava o carro, no terreno da antena da emissora. Chegando lá, o carro havia pegado fogo e ali mesmo o repórter foi atingido por uma pedra incandescente e morreu na hora. O cinegrafista conseguiu escapar. Nós ainda vimos a cruz colocada no local onde o repórter foi encontrado... Literalmente, uma fatalidade.
Início da caminhada no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala
Desde então o Pacaya se acalmou e para a infelicidade dos dois viajantes aqui, toda a lava já secou e restaram apenas dois resquícios da sua atividade, um buraquinho quente, onde o povo gosta de derreter um marshmellow ou assar uma salsicha e uma linda caverna. A gruta, além de nos proteger um pouco da ventania e da chuva, ainda recebe um pouco de calor do rio de lava que corre ali por perto.
Esquentando-se numa das fontes de calor no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala. Sinal de que a lava ainda está ali perto!
O trekking valeu a pena, nos exercitamos e conhecemos mais um pouco da cultura e da história da Guatemala. Fato curioso foi que descobri que meu tio esteve aqui em 1986, um ano antes de uma grande erupção com coluna de cinzas que chegou a 8km de altura. Anos depois quem passou por aqui foi a minha irmã, quando participou do Jamboree Panamericano de 1997 e 98 foi outro ano de grande atividade, quando o vulcão lançou cinzas sobre a capital, fechando o aeroporto por 3 dias. Será que teremos uma nova erupção do Pacaya no ano que vem, para manter a tradição? Ficaremos atentos.
Caldeira de lava com pouco mais de um ano de idade, no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala
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