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Maurício Furlan (13/08)
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Xalaco (03/07)
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Marco ( Marquinho ) (08/06)
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Henrique Faria (30/03)
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Adi Barbosa (23/03)
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Deixando o Paraguai e chegando à Bolívia!
A noite no Chaco é fria, como um deserto que é muito quente de dia e frio durante a noite. Ainda bem que tínhamos lençóis e o saco de dormir para usar como cobertor. Aos poucos vemos que todos os equipamentos que estamos carregando tem muita serventia! A noite tomamos um mate com Bartola e Cristoval, que tem uma erva deliciosa para o chimarrão, preparado sempre pela manhã e a noite, para esquentar.
Com o guarda-parque Cristóbal, no Parque Ten. Agripino Enciso, em La Patria - Paraguai
Após o pernoite no Parque Nacional Tenente Agripino Enciso, finalmente seguimos em direção à fronteira com a Bolívia. Este trecho da estrada está um pouco melhor, mesmo sendo ela praticamente toda asfaltada desde Asunción, alguns trechos estão em péssimas condições e o asfalto já se desfez em pedras e pó. Os últimos 100 km de ontem foram sofridos, depois da cidade de Mariscal José Félix Estigarribia, quando não conseguimos ultrapassar os 40 km/h. Bacana, pois pelo menos conseguimos fotografar as várias aves que vimos no caminho, aves de rapina como gaviões e até algum primo dos periquitos verdes.
Se vêem pássaros à todo momento no Chaco paraguaio
Os trâmites fronteiriços sempre nos deixam apreensivos, mas com todos os documentos certos e com todas as informações que tínhamos fomos tranquilos. Passamos pelo primeiro posto do exército, viram documentos e passaportes e foram muito simpáticos, todos torcendo muito pela final da Copa América que foi hoje as 15h, entre Paraguai e Uruguai. Alguns quilômetros a frente chegamos à aduana para fazer a imigração e eis que nos dizem que teríamos que voltar a Mariscal Estigarribia para buscar os carimbos. No estado da estrada levaríamos todo o dia para ir e todo o dia de amanhã para voltar até aqui.
Exibir mapa ampliado
No google maps a estrada que pegamos nem aparece, mas ela junta os dois pontos brancos quase em linha reta. A rota que ele tenta fazer acima é uma estrada de terra e areia que nos disseram para evitá-la, inclusive pelos contrabandistas que estão na região.
Atravessando as vastidões do Chaco paraguaio
Daqui para frente ainda tínhamos mais pelo menos 8 horas de viagem para dormir em alguma cidade menor, a caminho de Sucre. Não acreditamos, como nos informamos com todas as pessoas, inclusive um brasileiro que conhecemos ontem e ninguém nos disse nada? Como os trâmites de fronteira podem ser feitos 200km antes da fronteira? Pois é... caímos nessa... a esta altura já não sabíamos mais se era verdade ou não, nos parecia a mais pura lorota... até por que quando perguntamos se não havia mesmo como sairmos sem voltar tudo isso, eles logo nos perguntaram se teríamos “cédulas”. “Pero dólares no! Pueden ser guaranis o reales”. Bem, enquanto o Rodrigo resolvia a situação com el bigodón, eu conversava com o outro policial, que trabalhando há um ano naquele fim de mundo não titubeou em me passar as mais nojentas cantadas. Com jogo de cintura até que consegui me sair bem da situação e logo estávamos, agora sim, literalmente cruzando a fronteira do Paraguai com a Bolívia.
Se vêem pássaros à todo momento no Chaco paraguaio
Deixamos o Chaco Paraguaio para trás em busca das montanhas do altiplano boliviano. Foram mais de 10 horas de viagem, grande parte delas dentre os trâmites burocráticos nos postos de imigração e aduanas de ambos os países. Na Bolívia há pedágios e postos de controle do exército praticamente a cada 100 km. Passamos rapidamente por Villamontes, primeira grande cidade do lado boliviano. Ali já tivemos uma boa surpresa, ruas largas, canteiros floridos e até monumentos, confesso que eu esperava algo mais pobre.
Comprando combustível num pequeno pueblo na Bolívia com a Eloísa
No caminho íamos nos informando sobre o tempo de viagem até Sucre e o tempo variou de 6 horas até 12h! Houve um perdido que nos disse que levaríamos 24 horas! Quanto mais perto chegávamos, mais confiávamos na informação. Outro detalhe é que neste trecho e em todas os postos de combustível governamentais, o preço do diesel para estrangeiros é praticamente o dobro! Dizem que como o governo o subsidia, estrangeiros não tem o mesmo privilégio.
Últimas luzes do sol iluminam paisagem no caminho para Monteagudo - Bolívia
Hoje conseguimos chegar até Monteagudo, já na subida para o altiplano boliviano. A região de Chuquisaca está próxima ao estado de Santa Cruz, que lidera um movimento separatista no país. Coincidência ou não, estas são cidades organizadas, limpas e muito diferentes da região de La Paz, que conhecemos em outras viagens, anos atrás. A Bolívia se apresenta um novo país, melhor, mais organizado e com toda a diversidade cultural e os belos cenários já reconhecidos por turistas do mundo todo.
Luz do sol atravessa nuvens no fim de tarde à caminho de Monteagudo - Bolívia
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