0 Blog do Rodrigo - 1000 dias

Blog do Rodrigo - 1000 dias

A viagem
  • Traduzir em português
  • Translate into English (automatic)
  • Traducir al español (automático)
  • Tradurre in italiano (automatico)
  • Traduire en français (automatique)
  • Ubersetzen ins Deutsche (automatisch)
  • Hon'yaku ni nihongo (jido)

lugares

tags

Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão

paises

Alaska Anguila Antártida Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Falkland Galápagos Geórgia Do Sul Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Islândia Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Uruguai Venezuela

arquivo

SHUFFLE Há 1 ano: Rio De Janeiro Há 2 anos: Rio De Janeiro

A Floresta Encantada

Brasil, Rio De Janeiro, Serra dos Órgãos

Riacho corta a mata úmida na parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis

Riacho corta a mata úmida na parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis


Durante nossa noite no Abrigo 4, aos pés da Pedra da Mina, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, o tempo virou. O barulho dos pingos d’água caindo na lona da nossa barraca nos alertou dos humores de São Pedro. Nossa ideia era levantar ainda de madrugada e subir até o cume da montanha para assistir ao nascer-do-sol. As novas condições do tempo nos deram algumas horas a mais de sono.

Em manhã nublada e chuvosa, no topo da Pedra do Sino, ponto culminante do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Em manhã nublada e chuvosa, no topo da Pedra do Sino, ponto culminante do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Quando finalmente saímos dos sacos de dormir e da barraca, pouco depois das 7 da manhã, o camping estava envolto em neblina e sob chuva fraca. Imediatamente nos arrependemos de não ter estado no alto da montanha na véspera. Mas havíamos chegado tarde ontem, estávamos com fome e cansados. Acabamos optando por ver o sol se por da trilha mesmo e foi muito bonito. Querendo evitar a escuridão total, aceleramos para o Refúgio 4, uns 10 minutos trilha abaixo, para podermos escolher um lugar para armar a barraca. O nascer-do-sol seria lé em cima. Mas não foi. Preferimos o conforto da barraca á chuva, frio e neblina do cume.

Em manhã nublada e chuvosa, no topo da Pedra do Sino, ponto culminante do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Em manhã nublada e chuvosa, no topo da Pedra do Sino, ponto culminante do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Com o tempo aberto, junto com primos no topo da Pedra do Sino, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro (foto antiga, do ano 2000)

Com o tempo aberto, junto com primos no topo da Pedra do Sino, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro (foto antiga, do ano 2000)


Perdemos o dia nascendo, mas não o topo da montanha. Sem peso nas costas, resolvemos enfrentar as condições adversas e ir até o ponto mais alto da Serra dos Órgãos, o cume da Pedra do Sino, com 2.275 metros de altitude. Apesar do forte vento, rapidinho já estávamos lá. Na parte final, não enxergando mais do que uns poucos metros à nossa frente, não tínhamos ideia do quão perto (ou longe) estávamos do pilar que marca o cume da montanha. Quando parecia que chegaríamos, conseguíamos ver algumas pedras ainda mais altas. Mas, enfim, apareceu a pequena coluna de concreto. Éramos os únicos lá no alto. Quer dizer, nós, as gotas de chuva, a neblina e o vento forte. Impossível adivinhar a paisagem maravilhosa que a neblina impenetrável escondia.

Após dois dias de travessia desde Petrópolis, fim de tarde glorioso no topo da Pedra do Sino, ponto mais alto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro (foto antiga, do ano 2000)

Após dois dias de travessia desde Petrópolis, fim de tarde glorioso no topo da Pedra do Sino, ponto mais alto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro (foto antiga, do ano 2000)


Paisagem montanhosa que se vê do topo da Pedra do Sino com o dia aberto, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro (foto antiga, do ano 2000)

Paisagem montanhosa que se vê do topo da Pedra do Sino com o dia aberto, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro (foto antiga, do ano 2000)


Quer dizer, mais ou menos. Nada muito diferente do que havíamos visto durante todo o dia de ontem. Então, bastava um pouco de concentração e imaginação. Esquecer que as nuvens estavam lá e ver, realmente ver, a paisagem grandiosa repleta de picos de montanhas, todos abaixo de nós. Bem distante, a Baía da Guanabara, para o sul. E para o oeste, lá onde o sol se põe, o Castelo do Açu, bem pequenino. haja imaginação. E haja concentração, principalmente com o vento jogando água fria no nosso rosto. De qualquer maneira, eu já havia estado aqui uma vez, 14 anos atrás. As fotos estão meio borradas e desgastadas pelo tempo, mas dão uma boa ideia do que se pode ver do alto do Sino num dia limpo.

Passando por uma das muitas cachoeiras na área da portaria de Teresópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Passando por uma das muitas cachoeiras na área da portaria de Teresópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Sem esperanças que o tempo abrisse, tiramos nossas fotos lá no alto para registrar nossa passagem por lá e voltamos ao acampamento. Aí, foi só empacotar tudo e iniciar a última parte da nossa travessia da Serra dos Órgãos, a descida de 10 quilômetros e cerca de 1.000 metros verticais do Abrigo 4 até a portaria do parque em Teresópolis. Trilha muito bem marcada e fazendo um infinito ziguezague para descer as encostas da parte alta do parque rumo a mata úmida que domina a parte baixa da serra dos Órgãos.

Caminhando por trilha suspensa em meio à vegetação densa da parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, próximo a portaria de Teresópolis

Caminhando por trilha suspensa em meio à vegetação densa da parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, próximo a portaria de Teresópolis


Caminhando por trilha suspensa em meio à vegetação densa da parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, próximo a portaria de Teresópolis

Caminhando por trilha suspensa em meio à vegetação densa da parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, próximo a portaria de Teresópolis


Uma chuva fina nos acompanhou por quase todo o percurso. Conforme diminuía a altitude, a neblina foi rareando e passamos a poder ver mais longe. Sendo sábado de manhã, cruzamos com grupos e mais grupos de pessoas fazendo o caminho inverso. É muito comum que se faça apenas essa perna da travessia nos finais de semana: a subida da pedra do Sino, ida e volta por Teresópolis. Depois dos nossos dois dias de tempo maravilhoso no parque, ficamos com pena desses que já subiam enfrentando a chuva e sem muita chance de ter qualquer visibilidade lá no alto. Enfim, o que vale é a aventura. O sol é o bônus.

Placa informativa ao longo da trilha suspensa que atravessa trecho de mata úmida na parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis

Placa informativa ao longo da trilha suspensa que atravessa trecho de mata úmida na parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis


Trilha em meio à vegetação densa na parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis

Trilha em meio à vegetação densa na parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis


No caminho, passamos pelas ruínas do antigo Abrigo 3 e nem percebemos as ruínas do Abrigo 2, já quase completamente cobertas pela vegetação. falando nela, foi a grande estrela dessa última parte da caminhada. Quanto mais descemos, mais a mata vai se adensando. De repente, já estamos numa verdadeira floresta. E num dia como hoje, com chuva fina, a mata parece ainda mais úmida do que já é. Vários riachos e muitas cachoeiras dão vida ao caminho e a cor verde nos cerca por todos os lados. Há as árvores mais altas, com as opas bem frondosas. Abaixo, o chamado sub-bosque, formado por palmeiras. É como se fosse uma floresta com vários andares. No “térreo”, um piso coberto por musgo, liquens e fungos. Disputam o espaço em cada raiz das árvores mais altas.

Muitas palemiras formam o chamado sub-bosque, sob a copa de árvores maiores, na parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis

Muitas palemiras formam o chamado sub-bosque, sob a copa de árvores maiores, na parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis


Muitas palemiras formam o chamado sub-bosque, sob a copa de árvores maiores, na parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis

Muitas palemiras formam o chamado sub-bosque, sob a copa de árvores maiores, na parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis


Também os galhos das árvores são recobertos de vegetação. São as bromélias! Centenas, milhares delas! Nunca havia visto tantas dessas plantas juntas. O visual era lindo e fiquei com vontade de ser botânico. A parte baixa do parque desse lado de Teresópolis é o mais desenvolvido em termos de infra estrutura e há várias pequenas trilhas para se explorar a região. Uma delas é uma trilha suspensa no meio das árvores e da vegetação, em passarelas de madeira. Ao longo dela, vários painéis informativos para nos ilustrar sobre a riqueza de vida ao nosso redor.

Chegando à portaria de Teresópolis, trecho final da travessia de 30 km e 3 dias através do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Chegando à portaria de Teresópolis, trecho final da travessia de 30 km e 3 dias através do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


A mata úmida e desnsa da parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis

A mata úmida e desnsa da parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis


A neblina e a chuva fina se misturavam com a copa das árvores dando um tom mágico, quase sobrenatural, ao ambiente. Que iria subir a Pedra da Mina hoje já tinha passado por nós, então éramos os únicos a caminhar por ali naquela hora, já bem perto do almoço. Foi uma experiência fantástica, quase que como se estivéssemos em um outro mundo, numa outra realidade. mas, enfim, fomos chegando ao final da trilha, que acabou virando uma estrada asfaltada. mais alguns minutos e reencontramos nossa querida, valente e fiel Fiona. Estávamos em casa!

Milhares de bromélias penduradas nos galhos das árvores na mata úmida que ocupa a parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis

Milhares de bromélias penduradas nos galhos das árvores na mata úmida que ocupa a parte baixa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis


Chegando ao final da travessia do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis

Chegando ao final da travessia do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis


Molhados e com fome, mais do que nunca agrademos a escolha de ter deixado a Fiona por aqui e não ter de pegar o ônibus agora para a sede de Petrópolis. Ao invés disso, seguimos diretamente para o centro de Teresópolis, em busca de um bom lugar para comer. Queríamos comida farta e de boa qualidade, algo que estávamos merecendo depois de tanto esforço. Acabamos nos esbaldando numa excelente churrascaria da cidade. Como todos sabemos, a fome é o melhor tempero que existe e, talvez influenciado por isso, foi o melhor churrasco que tivemos por muito tempo! Final perfeito para nossa travessia quase perfeita. Um ótimo final, também, para o P.S. dos 1000dias. Agora, a Serra dos Órgãos e sua famosa “trilha mais bonita do Brasil” também já fazem parte do nosso roteiro pelo continente!

Após 30 km e três dias na montanha, o feliz reencontro com a nossa Fiona, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis

Após 30 km e três dias na montanha, o feliz reencontro com a nossa Fiona, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, portaria de Teresópolis

Brasil, Rio De Janeiro, Serra dos Órgãos, trilha, Parque, Teresópolis, Pedra do Sino

Veja todas as fotos do dia!

Não nos deixe falando sozinhos, comente!

No início da caminhada no 2o dia da travessia, admirando as montanhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro
Sob a enorme rocha do Castelo do Açu, admirando a beleza do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro
Admirando a vista espetacular do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro
Ainda na estação de embarque do bondinho,  vista do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro
1000dias no alto da Pedra da Gavea, no Rio de Janeiro
O bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro
1000dias no Maracaná, no Rio de Janeiro
Recepção de amigos na entrada de Curitiba
O belo nascer-do-sol em Matinhos, litoral do Paraná
Página 1 de 161
Blog da Ana Blog da Rodrigo Vídeos Esportes Soy Loco A Viagem Parceiros Contato

2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet