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Blog da Ana - 1000 dias

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Palmas!

Brasil, Tocantins, Palmas

Celebração do aniversário do Marco Aurélio, em Palmas - TO (foto de Marco Aurélio Jacob)

Celebração do aniversário do Marco Aurélio, em Palmas - TO (foto de Marco Aurélio Jacob)


Estávamos ansiosos pela nossa chegada a Palmas. Não apenas para conhecer a mais nova capital do Brasil, mas porque hoje, depois de quase 6 meses, iríamos reencontrar velhos amigos! Não era qualquer amigo e também não era um dia qualquer, hoje foi o aniversário do Marco Aurélio! Amigo dos tempos de faculdade, Marco é um grande curioso pelo mundo viajante, fotógrafo, apaixonado por cinema e o principal, um empreendedor. A última vez que tínhamos nos visto, inclusive, havia sido no restaurante que ele tinha em Curitiba, onde fizemos a nossa despedida dos 1000dias.

Lendo o livro 'No Coração do Brasil', na casa do Marco Aurélio, em Palmas - TO (foto de Marco Aurélio Jacob)

Lendo o livro "No Coração do Brasil", na casa do Marco Aurélio, em Palmas - TO (foto de Marco Aurélio Jacob)


Marco, junto de sua mulher Carol, e filhos Léo e Arthur, resolveu sair do frio de Curitiba e vir empreender no Tocantins. Estão em uma casa deliciosa, aproveitando cada minuto desse finzinho de inverno, quando os dias quentes terminam com agradáveis noites frescas e enluaradas.
Carol já se adaptou, não quer voltar a viver no frio. Arthur nunca mais teve as “ites” respiratórias que quase todas as crianças de Curitiba sofrem, pelo frio e umidade. Léo já está adaptado na escola, os amigos têm umas gírias diferentes, em vez de falar “piá” falam “moço”, para todos, até para os velhos! Rsrsrs! Chamam pernilongo de muriçoca, a cidade é dividida por quadras e as ruas são números.

Esse meu amigo, além de tudo, é um ótimo chefe de cozinha e para comemorar os seus 30 anos preparou um jantar ma-ra-vi-lho-so! Entrada: brusqueta caprese com manjericão do pé, além do Bourbon, sem gelo para os rapazes, eu tive que apelar ao gelinho de coco. (hummm, que chique!). Prato principal: Risoto de Funghi Secchi, acompanhando um vinho tinto, não antes de um champagne para o brinde! O aniversário é dele e nós que ganhamos presente! Eu não via a hora de uma comidinha diferente de arroz com feijão e frango caipira, que delícia!

Comemoração do aniversário do Marco Aurélio em sua casa, em Palmas - TO

Comemoração do aniversário do Marco Aurélio em sua casa, em Palmas - TO


Para fechar com chave de ouro a Carol fez um bolo de cenoura com cobertura de brigadeiro de comer ajoelhado! Meu Deus, noite perfeita! As saudades eram tantas, que ficamos até quase 3 horas da manhã colocando o papo em dia, nos atualizando das viagens e amigos que ficaram em Curitiba. Nem vou despedir muito, pois amanhã tem mais!

Brasil, Tocantins, Palmas, Amigos, Marco Aurélio Jacob

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Viagem ao Coração da Amazônia

Brasil, Amazonas, Tefé, Mamirauá

Sobrevoando o gigantesco rio Solimões na região de Tefé, no Amazonas

Sobrevoando o gigantesco rio Solimões na região de Tefé, no Amazonas


Quem nos segue sempre já me viu usando essa expressão: degradê cultural. Sempre à apliquei mais à cultura, pois nas nossas aulas de geografia aprendemos sobre as florestas, matas de transição e novos biomas que se seguem, mas culturalmente esquecemos que o mesmo acontece. A mescla, miscigenação e influência das diferentes origens, climas e meio ambiente vai mudando gradativamente a cultura dos habitantes dessas terras. Na nossa viagem vemos e vivemos intensamente este degradê e precisamos apurar o nosso olhar para percebê-lo e dar-lhe o devido valor. Para mim esse olhar é que torna a experiência de viajar de carro muito mais rica.

Porto de Tefé, no Amazonas

Porto de Tefé, no Amazonas


Volta e meia, porém, temos a oportunidade de sentir uma coisa diferente, algo que eu sempre fui apaixonada nas minhas viagens e que viajando de carro nós perdemos: o impacto da mudança. Pegar um avião aqui e ir para a Índia, Japão, Estados Unidos, Europa ou até mesmo algum outro canto do Brasil, nos faz sentir o impacto cultural. O tipo de comida, o clima, os sotaques e expressões regionais, a natureza, a cidade, enfim, tudo muda radicalmente!

Uma gigantesca Samaúma, na região de Tefé, no Amazonas

Uma gigantesca Samaúma, na região de Tefé, no Amazonas


Mesmo já conhecendo o norte brasileiro, voltar à Amazônia depois de uma viagem à São Paulo, foi impactante. Um impacto delicioso, diga-se de passagem. Sair da chuva de lá, para a chuva daqui, com cheiro de mato, aquele calor úmido típico do nosso inferno verde e inclusive os ventos de inverno que deixam o clima bem ameno nessa época do ano. Depois de 2 dias dirigindo de Boa Vista até Manaus era hora de desbravarmos a Floresta Amazônica de um jeito diferente, mais íntimo e muito especial.

Transporte por voadeiras, muito comum em Tefé, no Amazonas

Transporte por voadeiras, muito comum em Tefé, no Amazonas


Há mais de 10 anos eu sonho em conhecer a Reserva do Mamirauá. A primeira vez que ouvi falar sobre ela foi através de um amigo que se mudou de Curitiba para viver na floresta amazônica trabalhando nesta reserva. Ele me convidou naquela ocasião e eu, por vários motivos, acabei não conseguindo conciliar a visita, mas a vontade e a promessa de que um dia iria até lá, estava finalmente sendo cumprida.

Em Tefé, pronto para seguir para a Reserva de Mamirauá, no Amazonas

Em Tefé, pronto para seguir para a Reserva de Mamirauá, no Amazonas


Tefé, a “Princesinha do Solimões”, está no coração da Amazônia e é a Sede do Instituto Mamirauá. Há 575 km de Manaus, Tefé possui uma população de aproximados 62 mil habitantes e é a cidade mais próxima à Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Mamirauá.

Casas ribeirinhas na região de Tefé, no Amazonas

Casas ribeirinhas na região de Tefé, no Amazonas


Pegamos o vôo de Manaus a Tefé, vôo lindo sobre a floresta verde entrecortada por rios caudalosos. Adoro voar na Amazônia! Chegando ao aeroporto de Tefé fomos recebidos pela Flávia no aeroporto. O transfer nos levou ao porto de Tefé onde pegamos o barco para mais duas horas de viagem pelo Rio Japurá até a Pousada Uacari.

A caminho da Reserva de Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

A caminho da Reserva de Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


Fomos recebidos pela equipe da pousada para uma apresentação geral do hotel, do programa e do grupo que estaria passando os próximos 5 dias conosco na pousada flutuante. Cada casal ou família tem o seu chalé com uma varanda, redes, camas com mosquiteiras, banheiro com água aquecida por placas solares e uma vista incrível para a Floresta Amazônica. Os chalés são interligados por passarelas flutuantes até o prédio principal que, além do bar e restaurante, possui também uma sala onde são dadas palestras e são projetados filmes e documentários sobre a Amazônia.

Palestra de recepção na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Palestra de recepção na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


Após o almoço saímos para o nosso primeiro passeio de barco. Nosso guia Adriano, começou o trabalho de educação sobre a flora e a fauna local, apresentando as árvores, pássaros e os nossos amiguinhos mais comuns por ali, os macacos de cheiro. A luz de fim de tarde nesse lugar é incrível. A floresta espelhada no rio uma das cenas inesquecíveis da várzea amazônica.

A floresta alagada na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

A floresta alagada na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


Nós tivemos a sorte de estar lá no mesmo período que os pesquisadores do Projeto Uiareté, projeto que pesquisa as onças pintadas que vivem na várzea amazônica. À noite tivemos uma palestra com o Emiliano Ramalho, biólogo especializado em felinos e que está mapeando a área onde vivem, os hábitos alimentares e peculiaridades desta população de onças pintadas que se adaptou para viver em uma área alagada da floresta.

Encontro com macacos na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Encontro com macacos na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


A palestra foi incrível, difícil só é avistar essa bichinha. Elas são exímias nadadoras, se embrenham na mata caçando na água e nas árvores e descansam nos apuís de onça, figueiras com galhos robustos e praticamente horizontais. Depois disso nós não tiramos os olhos dos apuís, mas mesmo Emiliano, que passa boa parte do seu tempo procurando as onças, só consegue encontrá-las com a ajuda de suas antenas de rádio que sintonizam as coleiras com rastreador já colocadas em algumas delas.

Enttrando na belíssima Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Enttrando na belíssima Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


É, essa temporada aqui no Mamirauá promete! A nossa viagem ao coração da Amazônia está só começando.

Onde ficar e Como chegar

Chegando à Pousada Uacari, nossa casa pelos próximos 5 dias na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Chegando à Pousada Uacari, nossa casa pelos próximos 5 dias na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


A melhor forma de visitar a Reserva do Mamirauá é através dos pacotes oferecidos pela Pousada Uacari. São pacotes de 2, 5 ou 7 dias com hospedagem, alimentação e serviço de transporte, guias e barcos para explorar o local. O Uacari Lodge é um hotel flutuante que faz parte do projeto de sustentabilidade da reserva e abre as portas de um universo verde com todo o conforto, estrutura e informação possível dentro da região de várzea amazônica.

A 'frota' de barcos da Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

A "frota" de barcos da Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


O acesso à Reserva Sustentável do Mamirauá se dá através de Tefé, cidade às margens do Rio Solimões. A Trip tem vôos diários para Tefé e de lá o pessoal da Pousada Uacari providenciará o seu transporte de barco para a pousada.

Descubra quanto de Mata Atlântica existe em você!

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Day off

Bolívia, Salar de Uyuni

Um dos muitos cães que perambulam por  San Pedro de Atacama, no Chile

Um dos muitos cães que perambulam por San Pedro de Atacama, no Chile


Quem vê aí escrito “Day off” até pensa que nós estamos de férias. É engraçado como as coisas vão mudando e amadurecendo. Quanto mais tempo ficamos na estrada, mais fica claro o nosso compromisso em conhecer, explorar, aproveitar cada minuto que temos nestes 1000dias. Agora, quem viaja ou já viajou com esta intensidade sabe o quanto é cansativo... acordar cedo, camelar o dia todo, perguntar, receber trilhares de informações novas em lugares desconhecidos e ... quando pensa que vai chegar e descansar na pousada, começamos a trabalhar. Sim, manter o site é um trabalho e tanto. Não foi a toa que ficamos atrasados todos estes dias, muitas horas de estrada, muitos dias cansativos e quando vimos nossos posts estavam quase uma semana para trás. Para quem acompanha sempre os nossos blogs sabe que eu volta e meia estou atrasada, 2 ou 3 dias, mas o Ro geralmente está em dia. Pois é... o cansaço desta vez chegou a tal ponto que nem ele conseguiu manter o ritmo.

Rua em San Pedro de Atacama, no Chile

Rua em San Pedro de Atacama, no Chile


Então hoje em dia quando digo “Day off”, é por que tiramos o dia para dormir um pouco mais e quando acordamos começamos a escrever e trabalhar na seleção e organização das fotos e vídeos. É um dia sem um roteiro, sem atrativos turísticos, um dia que paramos para respirar e colocar as coisas em dia. O nosso plano inicial era pegar a estrada hoje para o Salar do Uyuni, atravessando a fronteira entre Chile e Bolívia pela Lagoa Colorada, cruzando um parque nacional sensacional. Porém duas coisas nos frearam: um convite e o tempo.

Paisagem do deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile

Paisagem do deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile


Estamos em um dos desertos mais secos do planeta, vizinho da Cordilheira dos Andes. Ontem no final da tarde o tempo virou, nuvens escuras fecharam o horizonte e da cidade não podíamos sequer enxergar os eu principal cartão postal, o vulcão extinto Licancabur. Será que vai chover no deserto? Fortes rajadas de vento indicavam que lá em cima (nos Andes), algo estava diferente.

Paisagem do deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile

Paisagem do deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile


Ontem a noite nos informamos e havia notícia de neve no lado boliviano, justo no nosso caminho ao Salar. Corre de lá, se informa de cá e eis que encontramos novamente a equipe de reportagem brasileira, que havia feito contato conosco. Aí veio o convite para gravarmos uma entrevista hoje! Imagina que delícia, nós que estamos longe de casa podermos nos fazer presentes na telinha?

Gravação no deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile

Gravação no deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile


É claro que topamos e unimos o útil ao agradável. Afinal, não pegaríamos estrada sem ter certeza da segurança. A equipe está em uma viagem longa para gravação deste documentário sobre o Atacama, uma correria absurda. A concorrência é desleal, tantos lugares e imagens maravilhosas, mas estamos torcendo para que a nossa entrevista seja eleita na edição do programa! Pensamento positivo!

Gravação no deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile

Gravação no deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile


A boa notícia do dia foi que o tempo abriu e os tours bolivianos que saíram hoje não tiveram problemas com a estrada e a neve! Depois de um dia de trabalho e para comemorar fizemos um happy hour no Adobe, um dos restaurantes mais badalados de São Pedro do Atacama. Amanhã partimos para o Salar de Uyuni!

Bolívia, Salar de Uyuni,

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Vídeo - 1000dias por toda América

A valente Fiona enfrenta a neve do North Cascades National Park, no estado de Washington, noroeste dos  Estados Unidos

A valente Fiona enfrenta a neve do North Cascades National Park, no estado de Washington, noroeste dos Estados Unidos


1400 dias de estrada e muita história para contar! Por mais que tentemos resumir, o vídeo é só um teaser das incríveis experiencias e histórias que vivemos e queremos compartilhar!



Edição: Gustavo Filus - HoHey!

, 1000dias, institucional, Overlanding, viagem, vídeo

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Pirenópolis e Cavalhadas

Brasil, Goiás, Pirenópolis

Preparação para a Folia do Divino, em Pirenópolis - GO

Preparação para a Folia do Divino, em Pirenópolis - GO


Fundado em 1727 o arraial de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte, nasceu em torno da exploração de pedras preciosas e cristais de quartzo. Hoje, Pirenópolis, cidade dos Pireneus, é um dos principais acervos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, preservado pelo IPHAN, no estado de Goiás.

Igreja matriz em Pirenópolis - GO

Igreja matriz em Pirenópolis - GO


O charmoso centro histórico possui um conjunto arquitetônico colonial, orientada ao turismo a maioria das casas coloniais hoje se transformou em pousadas, restaurantes e lojas de artesanato e jóias em prata, ouro e pedras brasileiras. A infra-estrutura até parece superdimensionada em um final de semana normal, mas nós tivemos a sorte de chegar em um mês em que as folias começaram.

A concorrida Rua do Lazer, em Pirenópolis - GO

A concorrida Rua do Lazer, em Pirenópolis - GO


No mês de junho a cidade está se preparando para a Festa do Divino Espírito Santo e praticamente todos os dias recebe as Folias, dezenas, as vezes centenas, de cavalheiros que peregrinam com suas bandeiras e são recebidos na igreja matriz para uma missa especial. Eles passam por festas oferecidas em fazendas próximas, chamadas Pousos, e quando chegam à cidade são aplaudidos pela população, que os acolhe com muita festa, fogos de artifício e muitos comes e bebes.

Festa do Divino em Pirenópolis - GO

Festa do Divino em Pirenópolis - GO


Todas estas folias chegam ao seu ápice na Festa do Divino, trazida ao Brasil pelos jesuítas brasileiros para atrair negros ao catolicismo. Hoje já assimilou diversos costumes brasileiros e é mesclada de festejos profanos e religiosos tais como as novenas, folias, missas, procissões, cavalhadas e pastorinhas.

Cavalgadas em época de folia em Pirenópolis - GO

Cavalgadas em época de folia em Pirenópolis - GO


As Cavalhadas são jogos medievais de origem portuguesa trazidos à região em 1826. Os jogos duram 3 dias e encenam a luta entre o cristão Carlos Magno e os mouros muçulmanos, que invadiram a Península Ibérica. Nestas festividades os cavalheiros usam vestes medievais e máscaras coloridas lindíssimas. Essa rica cultura ainda está vivíssima entre os mais tradicionais e envolve anciões, jovens e crianças, que participam das folias, cavalgadas e das cerimônias religiosas.

Ana, muito bem acompanhada, em épca de folia em Pirenópolis - GO

Ana, muito bem acompanhada, em épca de folia em Pirenópolis - GO


Nós chegamos um pouco adiantados para os Mascarados e as Cavalhadas, mas tivemos a sorte de acompanhar uma das maiores Folias de Cavalheiros, com direito há centenas de cavalos desfilando pela cidade, shows de fogos de artifício e missa especial na igreja. À frente da tropa estava o Governador do Estado, Marcondes Perilo. A Igreja Matriz badalou seus sinos com toques festivos e um tanto quanto ecléticos.

Governador lidera folia em Pirenópolis - GO

Governador lidera folia em Pirenópolis - GO


Além de todas as festividades, aproveitamos para conhecer uma das propriedades com cachoeira, a 35 km da cidade. A região é cercada por cachoeiras, todas em propriedades particulares e bem estruturadas. Cobram entradas que variam de 10 a 25 reais e oferecem almoço rancheiro, feito no fogão a lenha.

Comida no fogão à lenha, na Cachoeira do Rosário, próxima à Pirenópolis - GO

Comida no fogão à lenha, na Cachoeira do Rosário, próxima à Pirenópolis - GO


A Cachoeira do Rosário possui uma bela estrutura e é uma das menos lotadas. Achamos que seria por possuir um acesso mais difícil, mas só descobrimos lá que a seleção é feita pelo preço mesmo, 25 reais de entrada e mais 25 para o almoço, que dispensamos. Salgado.

Reverência à bela Cachoeira do Rosário, próxima à Pirenópolis - GO

Reverência à bela Cachoeira do Rosário, próxima à Pirenópolis - GO


Durante a tarde caminhamos pela cidade, passamos pela ponte que passa sobre o Rio das Almas, construída em 1903, Theatro de Pyrelópolis, Museu das Cavalhadas e Cine Pireneus. Todos com uma linda fachada e infelizmente fechados para visitação. Dia de domingo, tarde de folia e noite de festa. As tropas foram recebidas com muita festa e um belo bailão sertanejo que se estendeu até a madrugada.

Cavalgadas em época de folia em Pirenópolis - GO

Cavalgadas em época de folia em Pirenópolis - GO

Brasil, Goiás, Pirenópolis, cachoeira, cavalhadas, festa do divino espírito santo, Montanha, rosário

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Mamanguá, o fiorde brasileiro

Brasil, Rio De Janeiro, Parati

Percorrendo o Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ

Percorrendo o Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ


Há muitos anos eu tenho vontade de conhecer os fiordes, uma formação geológica muito comum na Noruega e em parte do Chile. São entradas de mar imensas, de 3, 4 km ou mais, por entre montanhas e paredes rochosas. Até alguns anos atrás eu não sabia que o Brasil possuía um, foi conversando com a minha cunhada que descobrimos e nos apaixonamos. Lembro quando eu e Rodrigo viajamos de avião sobre o litoral em direção à Recife e ficamos brincando de localizar as praias do litoral sudeste. Quando sobrevoamos o Saco do Mamanguá foi fácil reconhecê-lo e lá de cima falamos “nos aguarde”, pois logo chegaremos aí. Chegou a hora, depois de um dia e meio de espera, agora temos as condições favoráveis de vento e o barco disponível.

Dia nublado no Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ

Dia nublado no Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ


Saímos de Paraty-Mirim em direção ao Mamanguá. Reinaldo foi o nosso barqueiro, caiçara de 40 anos nascido em Praia Grande. Sua família vive na região há gerações e ele foi ao Mamanguá pela primeira vez quando tinha apenas 12 anos. Nesta época o fiorde possuía somente alguns moradores caiçaras. Hoje praticamente todo o Mamanguá está tomado por construções. São comunidades caiçaras em contraste com mansões imensas em praias particulares pertencentes a milionários paulistas e cariocas. Eu confesso que fiquei surpresa, pois achava que seria um lugar mais desabitado, uma vez que o acesso se dá somente por barco ou trilhas longas e íngremes.

Percorrendo a região de mangue do Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ

Percorrendo a região de mangue do Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ


Indo mais longe, quando o mar encontra as montanhas ao fundo, chegamos ao Saco do Mamanguá propriamente dito, uma área de reserva ambiental. Nesta área a fiscalização é mais intensa e as únicas construções que encontramos são as casas da aldeia Guarani. A aldeia e uma pequena cachoeira ficam quase no início de um canal formado no manguezal e mais 15 minutos de caminhada mata adentro.

'Mulatas', pequenos carangueijos no Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ

"Mulatas", pequenos carangueijos no Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ


Fomos até lá conhecer a aldeia, mas o Roque, chefe da tribo não estava presente, demos uma olhada distante e conversamos com um deles rapidamente. Até onde chegamos vivem três famílias em casas de pau-a-pique, algumas de tijolo e telha e todos os aparatos da vida moderna. Ali próximo vivem 50 guaranis que continuam utilizando a língua guarani entre eles, embora quase todos falem português. A FUNAI presta assistência para educação, saúde e inclusive financeira para a população indígena, recebem uma espécie de bolsa família que varia conforme a quantidade de filhos. Retornamos pela trilha e chegamos a um delicioso poço com uma pequena cachoeira e uma árvore fazendo um cenário ainda mais bonito.

Cachoeira e poço no Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ

Cachoeira e poço no Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ


Este lugar é realmente maravilhoso, faltou dizer apenas que vimos tudo isso sem um raio de sol, o que apenas abrandou a sua beleza. Só imaginem com sol como seria... Sem dúvida um pedaço de paraíso na terra.

'Arvorismo' na cachoeira do Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ

"Arvorismo" na cachoeira do Saco do Mamanguá, região de Parati - RJ


Voltamos à Paraty-Mirim e conhecemos Jorge, viajante que vive em sua van adaptada e está na estrada há pelo menos 7 anos. Um caiçara-argentino, como ele mesmo se identifica, viajou toda a América do Sul e se apaixonou por Trindade, praia próxima à Paraty. Acabou ficando por ali e hoje está vivendo em Paraty-Mirim, decidindo qual será sua próxima empreitada, Alaska ou uma nova volta à América do Sul? “O problema é que sou apaixonado pelo nosso país. Digo nosso, pois o Brasil é o meu país por opção.” Eu não preciso ir mais longe para dizer que o entendo muito bem.

Com o Jorge e sua 'casa', que viajaram por toda a América do Sul, em Parati Mirim - RJ

Com o Jorge e sua "casa", que viajaram por toda a América do Sul, em Parati Mirim - RJ


À tarde tivemos que tomar a triste decisão de cortar do nosso roteiro o Pouso da Cajaíba. Tentamos por 2 dias encontrar um barco que pudesse nos levar até lá por um preço razoável, mas só encontramos valores acima de 150,00 apenas para ida! Esta é uma das poucas desvantagens que temos numa viagem como esta. Provavelmente em um final de semana encontraríamos pessoas para dividir o barco conosco. Seguimos então para Angra dos Reis, já nos preparando para pegar o tempo ruim que está chegando ao litoral sul carioca, em Ilha Grande.

A nossa usina nuclear, em Angra do Reis - RJ

A nossa usina nuclear, em Angra do Reis - RJ

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Pé na estrada!

Brasil, Ceará, Jericoacoara, Ubajara (P.N de Ubajara)

Fiona na Lagoa Azul, em Jericoacoara - CE

Fiona na Lagoa Azul, em Jericoacoara - CE


Partimos de Jeri por um caminho diferente, circundamos os serrotes e pegamos a via praiana para a cidadezinha de Preá. No caminho paramos para conhecer a Lagoa Azul, meio esverdeada na realidade, mas não menos bonita por isso. Vários bugues estacionados já nos avisam que deve estar lotada, logo os jangadeiros nos sinalizam, “do outro lado é mais bonito para fotografar.”

Sol e chuva na Lagoa Azul, em Jericoacoara - CE

Sol e chuva na Lagoa Azul, em Jericoacoara - CE


Lá vamos nós, um na jangada e o outro nadando, economizamos e aproveitamos para colocar o corpo em movimento, na volta invertemos e isso só por que a máquina fotográfica não aprendeu a nadar.

Mergulhando na Lagoa Azul, em Jericoacoara - CE

Mergulhando na Lagoa Azul, em Jericoacoara - CE


Foi cronometrado, entramos na Fiona e no mesmo minuto começou uma chuva torrencial. A estrada de terra virou uma lama só, chegamos ao asfalto também encharcado. Só quando passamos próximos à entrada de Tatajuba a chuva deu uma trégua. Nosso caminho hoje nos leva à cidade de Ubajara, que abriga o Parque Nacional de mesmo nome. A estrada, que passa pela Serra do Ibiapaba, primeiro nos levou à pequena cidade de Viçosa do Ceará. Cidade colonial de arquitetura preservada, foi fundada em 1700 depois de algumas incursões jesuíticas desde 1607 para a catequização dos índios da região. Três tribos participaram da formação da então Vila de Ibiapaba, os Camocins, Anacés e Ararius, de raça Tupuia, além dos Tabajaras do grupo Guarani.

Igreja matriz em Viçosa do Ceará - CE

Igreja matriz em Viçosa do Ceará - CE


O Ceará continua nos surpreendendo com suas paisagens serranas de vegetação rica e verdejante, além de vistas maravilhosas. Chegamos em Ubajara já no final da tarde, direto para o Parque Nacional, que infelizmente já estava com atividades encerradas, mas foi lá que tivemos a sorte de encontrar os primeiros expedicionários nesses nossos 1000dias. Andrea e Pablo são chilenos e estão viajando por um ano na América do Sul. Eu já havia visto o blog do Projeto “America Sin Fronteras” (amsinfronteras.blogspot.com) e não foi difícil identificá-los como expedicionários, com uma irmã gêmea da Fiona adesivada e com placa do Chile. Aventureiros se encontram – Parte 5!

Com a Andrea e o Pablo, casal chileno em viagem pela América do Sul (em Ubajara - CE)

Com a Andrea e o Pablo, casal chileno em viagem pela América do Sul (em Ubajara - CE)


Nós estávamos indo até o centro de visitantes e acabamos ficando por ali mesmo, no estacionamento conversando com eles, trocando experiências, dicas, roteiros e histórias de viagem. Ele é geógrafo e ela assistente social, já estão há 7 meses na estrada, passaram pelo Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e agora estão descendo o Brasil. É muito bom encontrar pessoas fazendo o mesmo tipo de viagem, passando por um momento de vida tão parecido com o nosso. Rola uma identificação nas coisas mais doidas, tipo, perguntamos se já sabiam aonde iam morar quando voltassem, com o que iriam trabalhar “ainda não sabemos”, foi a resposta com um sorriso no rosto. Sensacional! Nós também não sabemos! Rsrsrs!

Lagoa Azul, em Jericoacoara - CE

Lagoa Azul, em Jericoacoara - CE


Amanhã vamos ao Parque Nacional de Ubajara e vamos fazer as trilhas junto com eles. O Rodrigo não acredita, mas eu tive um sonho há uns meses atrás e neste sonho eu conhecia este casal! Tive aqueles dejavus bem longos hoje. Acredite quem quiser, mas sem dúvida este encontro não foi por acaso.

Com a Andrea e o Pablo, casal chileno em viagem pela América do Sul (em Ubajara - CE)

Com a Andrea e o Pablo, casal chileno em viagem pela América do Sul (em Ubajara - CE)

Brasil, Ceará, Jericoacoara, Ubajara (P.N de Ubajara), Estrada, Lagoa Azul, Serra do Ibiapaba, Sítio do Alemão, Viçosa do Ceará

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Da Fumaça ao Pati

Brasil, Bahia, Lençóis (P.N. Chapada Diamantina), Vale do Pati (P.N. Chapada Diamantina)

Local onde o rio cai para formar os 380 metros da Cachoeira da Fumaça, próximo à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA

Local onde o rio cai para formar os 380 metros da Cachoeira da Fumaça, próximo à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA


Nem sempre onde há Fumaça há fogo. Passamos uma noite deliciosa protegidos na toca a beira do cânion, tomamos um vinho e comemos o nosso delicioso sanduíche de pão com queijo. Durante a madrugada, a noite estrelada que vimos quando chegamos, deu espaço à névoa branca que subia do cânion há 400m abaixo de nós.

No nosso local de acampamento, ao lado da queda da Fumaça, próxima à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA

No nosso local de acampamento, ao lado da queda da Fumaça, próxima à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA


A Cachoeira da Fumaça foi assim batizada, pois no período de seca os donos de rebanhos usavam os gerais próximos ao Capão como pasto para o gado e lá de longe avistavam uma fumaça. Nós conseguimos vê-la ainda com um pouco d´água, mas a noite a impressão que tive foi que toda a água dela se transformou na névoa que cobriu toda a paisagem.

No mirante da parte alta da Cachoeira da Fumaça, próximo à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA

No mirante da parte alta da Cachoeira da Fumaça, próximo à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA


Um belo café da manhã do nosso vasto cardápio, pão com queijo, e para esquentar, um gole do vinho que sobrou de ontem. Um brinde à Fumaça!

Nosso café da manhã (sanduiche de queijo e vinho) com vista, na parte alta da Cachoeira da Fumaça, próxima à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA

Nosso café da manhã (sanduiche de queijo e vinho) com vista, na parte alta da Cachoeira da Fumaça, próxima à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA


Sessão de fotos à beira do abismo, rezando para não termos uma tromba d´água. Moral da história: nem sempre onde há fumaça há fogo, neste caso há água!

Pendurada no mirante de observação da Cachoeira da Fumaça, próximo à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA

Pendurada no mirante de observação da Cachoeira da Fumaça, próximo à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA


A Cachoeira da Fumaça, próxima à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA

A Cachoeira da Fumaça, próxima à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA


Nos despedimos de Marcos que logo cedo continuou sua caminhada e em seguida fomos nós a pegar a trilha para o Capão. Uma hora e pouco depois chegamos à Associação de Guias do Capão, onde Lúcio nos esperava com a Fiona. Maravilhados, mas também cansados e doloridos, tínhamos apenas alguns quilômetros de estrada para nos recuperar, mais 3 horas de trilha nos esperavam no Vale do Pati!

Atravessando os Gerias do Rio Preto a caminho do Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

Atravessando os Gerias do Rio Preto a caminho do Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


Chegamos à Guiné e fomos direto ao Morro do Beco, uma das principais trilhas de acesso ao vale. Uma subida seguida de uma longa caminhada pelos Gerais do Rio Preto. SENSACIONAL! Que vista maravilhosa, banho de rio delicioso, caminhada gostosa e sonhada chegada à nossa confortável base no Pati, a Igrejinha.

A Igrejinha, nossa base no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

A Igrejinha, nossa base no Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


Lá ficamos alojados na hospedaria do João. Colchão no chão, banho morno e um belo jantar preparado pelo Lúcio, nosso guia e chef de cozinha. Já disse a ele que quero que ele nos acompanhe nos 1000dias! Nunca fui tão bem tratada, saladinhas, suco, um strogonoff de frango e carne com cogumelos e frutas de sobremesa!

A paisagem exuberante do Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

A paisagem exuberante do Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA


Um chazinho digestivo para esquentar ao pé da fogueira feita pelos nossos vizinhos vindos de uma jornada pelos encontros de comunidades alternativas. Muito descanso, pois amanhã tem mais Vale do Pati!

O Lúcio nos explica a geografia do Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

O Lúcio nos explica a geografia do Vale do Pati, na Chapada Diamantina - BA

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Bocas del Toro

Panamá, Bocas del Toro

Bocas del Toro – 14 a 16/04/13

Uma das centenas de estrelas do mar em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá

Uma das centenas de estrelas do mar em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá


Bocas del Toro é um dos distritos panamenhos mais procurados pelos viajantes e ao lado de San Blás, arquipélago Kuna Yala, e das mais requintadas Islas Las Perlas no Pacífico, é um dos principais cartões postais do país. Um conjunto formado por 4 ilhas principais e com mais de 300 cayos, Bocas está no Mar do Caribe, quase na fronteira com a Costa Rica. Uma grande cadeia de montanhas central a separa de David, a segunda maior cidade do país, na carretera pan-americana do outro lado do istmo.

Represa em meio à Cordilheira Central, no Panamá, entre David e Bocas del Toro

Represa em meio à Cordilheira Central, no Panamá, entre David e Bocas del Toro


A nossa passagem pelo Panamá na subida das Américas foi rápida e o roteiro incluiu as ilhas San Blás, a capital e a obra faraônica do Canal do Panamá e a cidade com clima mais ameno nas montanhas do norte, Boquete. Hoje, um ano e meio depois, voltamos ao Panamá e após um rápido pernoite em David, cruzamos novamente a mesma cadeia de montanhas rumo às florestas tropicais e águas mornas do arquipélago de Bocas del Toro.

A bela praia de Boca del Drago,  a mais bela da Isla Colón, em Bocas del Toro, no litoral norte do Panamá, lado do Atlântico

A bela praia de Boca del Drago, a mais bela da Isla Colón, em Bocas del Toro, no litoral norte do Panamá, lado do Atlântico


Taxi náutico entre Almirante, na costa norte do Panamá, e o arquipélago de Bocas del Toro

Taxi náutico entre Almirante, na costa norte do Panamá, e o arquipélago de Bocas del Toro


O porto de acesso às ilhas é a cidade de Almirante, de onde saem lanchas regularmente por diferentes empresas e um ferry maior para carros e motos todos os dias, menos segunda-feira. Bem, hoje é segunda, então tivemos que estacionar o carro em um lugar seguro e em clima de Ilha do Mel embarcamos com as nossas mochilas rumo à Isla Colón, centro turístico e administrativo do distrito também conhecida simplesmente como Bocas.

As 'ruas' de Almirante, na costa norte do Panamá, à caminho do arquipélago de Bocas del Toro

As "ruas" de Almirante, na costa norte do Panamá, à caminho do arquipélago de Bocas del Toro


Atividades e atrações não faltam nos arredores de Isla Colón. Isla Bastimentos está a 10 minutos em lancha de Bocas del Toro e possui uma das mais belas praias da região. Old Bank é uma antiga cidade que teve origem na fortíssima indústria da banana. A propósito, Bocas del Toro é o lugar onde nasceu a famosa Chiquita Banana, uma das principais indústrias da fruta na América Central. Do lado leste da Isla Bastimentos está o Parque Nacional Marinho Isla Bastimentos e as belíssimas Wizard Beach e Red Frog Beach. Ainda na mesma ilha Quebrada Sal é uma comunidade Ngobe Buglé, indígenas que dominam o norte do pais com suas roupas coloridas em adornos geométricos maravilhosos! Planejamos quase 3 dias nas ilhas e acabamos tendo que optar dentre as diversas atrações, Bastimentos ficou para a próxima. Aí vai o nosso roteiro de 2 dias (e meio) pelo arquipélago.

Viagem entre Almirante, na costa norte do Panamá, e o arquipélago de Bocas del Toro

Viagem entre Almirante, na costa norte do Panamá, e o arquipélago de Bocas del Toro



1º Dia - Isla Colón e a cidade de Bocas del Toro

Bocas del Toro, no norte do Panamá

Bocas del Toro, no norte do Panamá


Bocas é uma cidade com um ar meio decadente, seus edifícios antigos e não muito conservados ao mesmo tempo lhe dão um charme de paraíso tropical perdido. A praça central tem árvores seculares repletas de epífitas, bromélias e cipós, nos lembrando que somos nós os intrusos ali em meio à floresta tropical. Chuva é um elemento comum neste ambiente, pois dela dependem os animais, as plantas e toda essa intensa biodiversidade formada nos arredores de Bocas. Extensos manguezais, fozes de rios, praias desertas, baías de golfinhos, tribos indígenas e tudo mais o que você imaginar formam este rico arquipélago conhecido como Bocas del Toro.

Praça central de Bocas del Toro, na costa norte do Panamá

Praça central de Bocas del Toro, na costa norte do Panamá


Chegamos à Bocas no meio da tarde e tiramos o primeiro dia para descansar, trabalhando nos blogs na varanda da nossa pousada, Casa Max, com vista para a baía e o movimento das ruas em frente a um dos bares mais badalados da cidade, o Mondo Taitú Bar. A cidade tem vários hotéis e hostels para todos os gostos e bolsos, em frente à praça estão os hostels mais backpackers, com dormitórios a 10 dólares por pessoa, adiante o Hostel International chega a 5 dólares por pessoa. O clima jovem e festivo toma conta das ruas nos finais de tarde, quando todos retornam dos seus diferentes tours e perambulam pela cidade em busca de festa e diversão.

Casas coloridas em Bocas del Toro, na costa norte do Panamá

Casas coloridas em Bocas del Toro, na costa norte do Panamá


A maioria dos tours sai entre 9 e 10 da manhã, então se você chegar no meio da tarde como nós e ainda tiver pique de sair e conhecer alguma coisa, a dica é pegar um barco para Red Frog Beach ou ainda alugar uma bicicleta e ir até a Playa Punch para pegar umas ondas e à Playa Bluff. É uma boa pedalada, se faltar tempo e disposição um ônibus ou um táxi podem te levar até lá.

Uma das bos cervejas do Panamá! (em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá)

Uma das bos cervejas do Panamá! (em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá)



2º Dia - Bike até Boca del Drago y Playa Estrella

Nadando entre estrelas do mar em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá

Nadando entre estrelas do mar em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá


Dia nublado, perfeito para fazer um exercício e explorar a ilha sobre duas rodas. Alugamos bicicletas (15 dólares por dia) para cruzar a ilha até Boca del Drago. Foi neste canal que os espanhóis chegaram e, achando a entrada parecida com a boca de um dragão, assim a chamaram.

Pronta para pedalar até Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá

Pronta para pedalar até Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá


São 15 quilômetros entre a cidade e a pequena vila de Boca del Drago, que possui uns 3 ou 4 restaurantes, dois pequenos hotéis e um mar raso e cheio de arrecifes, ótimo para quem curte um snorkel. Ali, porém, a grande atração é um pouco adiante, a famosa Playa Estrella.

Chegando à Boca del Drago, praia de Bocas del Toro, no litoral norte do Panamá, lado do Atlântico

Chegando à Boca del Drago, praia de Bocas del Toro, no litoral norte do Panamá, lado do Atlântico


Chegamos em Boca del Drago depois de muitas subidas e descidas, duas correntes soltas e uma boooa pedalada e fomos recebidos pelo falante Roberto. Uma mesinha, cervejinha gelada e um lugar para guardar as nossas bicicletas, não precisávamos de mais nada. Entre uma cerveja e outra Roberto nos contou histórias da região e mostrou todo o seu conhecimento de história e curiosidades do mundo.

Caminhando pela praia em Boca del Drago, na Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá

Caminhando pela praia em Boca del Drago, na Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá


Caminhamos para a Playa Estrella por uma praia linda e deserta, repleta de coqueiros à beira das águas verdes do encontro do Mar do Caribe com a entrada da Bahía de Almirante. Este encontro cria as condições perfeitas para estrelas do mar, que se reúnem às dezenas nas águas mais frias da adocicada baía e colorem as areias da Playa Estrella.

Caminhando pela praia em Boca del Drago, na Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá

Caminhando pela praia em Boca del Drago, na Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá


As estrelas estão nos cartões postais de Bocas del Toro e nas fotos de todos os viajantes que passaram por aqui. Lembrando apenas que é proibido tocar as estrelas e principalmente retirá-las de dentro d´água para fotos, senão daqui a pouco estas cenas só existirão na nossa memória.

Estrelas do mar em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá

Estrelas do mar em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá


Pouco antes de irmos embora tivemos uma surpresa inacreditável! Fomos reconhecidos por uma amiga que fizemos no Perú, durante as nossas caminhadas por Huaráz. Elise é estudante de medicina em Luxemburgo e quando a conhecemos estava fazendo um estágio voluntário em um hospital em Lima. Hoje, mais de um ano depois, Elise está fechando mais um período na América Latina, desta vez estudando por um ano na Universidade de San Juan, na Costa Rica.

Despedida da Elise, nossa amiga de Luxemburgo, na Cidade do Panamá, a capital do país

Despedida da Elise, nossa amiga de Luxemburgo, na Cidade do Panamá, a capital do país


O voo dela de volta para casa é na Cidade do Panamá e ela decidiu fazer um pit stop em Bocas del Toro para conhecer mais um dos nossos paraísos antes de voltar para o velho mundo. Uma coincidência incrível e que veio bem a calhar, pois daqui ela deve pegar uma carona conosco para a capital, perfeito!

Estrelas do mar, uma das atrações em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá

Estrelas do mar, uma das atrações em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá


Voltamos para a cidade em uma van, com as bicicletas no teto e uns tostones (banana verde prensada na chapa) que o Roberto havia preparado para nosotros. A noite estávamos acabados, jantamos algo gostoso na cidade e até procuramos uma baladinha, mas nada que animasse muito nesta terça-feira à noite. Amanhã é dia de mais explorações.

Vencido pela subida e pela bicicleta defeituosa, no caminho para Boca del Drago, praia de Bocas del Toro, no litoral norte do Panamá, lado do Atlântico

Vencido pela subida e pela bicicleta defeituosa, no caminho para Boca del Drago, praia de Bocas del Toro, no litoral norte do Panamá, lado do Atlântico



3º. Dia - Cayo Zapatillas

Chegando à paradisíaca Cayo Zapatilla, uma das pequenas ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá

Chegando à paradisíaca Cayo Zapatilla, uma das pequenas ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá


São centenas de cayos espalhados ao redor do arquipélago de Bocas del Toro, mas nós só tínhamos tempo de conhecer um. Assuntamos daqui, perguntamos de lá querendo saber qual é o mais bonito e imperdível de todos eles, e a resposta era uma só: Cayo Zapatillas!

Caminhando por Cayo Zapatilla, uma das pequenas ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá

Caminhando por Cayo Zapatilla, uma das pequenas ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá


Fechamos um tour em uma lancha que reuniu um casal, ela alemã e ele americano, 4 amigos de Boston, eu e o Rodrigo. Por sinal, todos estávamos em choque com a notícia que tivemos hoje pela manhã... o atentado a bomba em plena maratona de Boston, que deixou vários feridos e 3 pessoas mortas. Triste saber que existem loucos que se aproveitam de um momento super alto astral e saudável de reunião de famílias e atletas de todo o mundo para chamar a atenção do mundo de forma tão terrível. Enfim, muito louco também pensar que enquanto Boston está em estado de choque e terror, nós estávamos em meio a este paraíso. Pelo menos por aqui os loucos não estão muito interessados.

Na lancha que nos levou à Cayo Zapatilla, em Bocas del Toro, no norte do Panamá

Na lancha que nos levou à Cayo Zapatilla, em Bocas del Toro, no norte do Panamá


O barco saiu as 10h da manhã em direção a Cayo Zapatillas, passando pela baía dos golfinhos. Eles demoraram a aparecer, mas depois de muito procurando encontramos os imensos golfinhos nariz de botella que vivem na região.

Avistando golfinhos em Bocas del Toro, no norte do Panamá

Avistando golfinhos em Bocas del Toro, no norte do Panamá


Passando por manguezais nosso guia local também foi craque em encontrar duas preguiças de três dedos, que segundo ele nadam melhor do que nós humanos! Olhando essas preguiçosas imóveis é difícil acreditar.

Uma preguiça em área de mangue em Bocas del Toro, no norte do Panamá

Uma preguiça em área de mangue em Bocas del Toro, no norte do Panamá


20 minutos depois chegávamos ao Cayo Zapatillas, aquilo que eu sempre imaginei de Bocas del Toro. Uma ilha virgem de areias brancas como talco, repleta de coqueiros e águas azuis cristalinas. As lanchas lotadas de turistas aos poucos começam a chegar, todos com suas geladeiras cheias de cervejas e águas, pois não existe nenhuma infraestrutura na ilha.

Cayo Zapatilla, uma das pequenas ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá

Cayo Zapatilla, uma das pequenas ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá


Caminhamos ao redor dela e demos a volta em pouco mais de meia-hora, embasbacados a cada curva, a cada nova praia que se descortinava a nossa frente. Que lugar!

Caminhando por Cayo Zapatilla, uma das pequenas ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá

Caminhando por Cayo Zapatilla, uma das pequenas ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá


Escolhemos um ponto mais profundo para fazer snorkel e depois de atravessar uma barreira de corais bem rasos encontramos uma gretas e pequenos cânions para explorar. A paisagem submarina é bem amarela, muitos corais moles, destes que se parecem plantas, e peixinhos pequenos, bacana para se divertir e refrescar!

Um verdadeiro jardim submerso em Cayo Zapatilla, uma das ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá

Um verdadeiro jardim submerso em Cayo Zapatilla, uma das ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá


Mergulho livre nas águas claras de Cayo Zapatilla, uma das ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá

Mergulho livre nas águas claras de Cayo Zapatilla, uma das ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá


Adiante paramos ainda no Cayo Corales para mais snorkel, poucos peixes, mas muitos corais coloridos. A excursão pararia também em um restaurante para almoçarmos, mas ninguém do barco quis comer, então voltamos mais cedo para Bocas, com vento na cara e aquele clima de liberdade delicioso! Um dia especial e obrigatório no roteiro de Bocas del Toro.

Cores inacreditáveis em Cayo Zapatilla, uma das pequenas ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá

Cores inacreditáveis em Cayo Zapatilla, uma das pequenas ilhas de Bocas del Toro, no norte do Panamá


Chegamos à vila já em clima de despedida, tomamos um banho de mangueira, encontramos Elise e pegamos estrada rumo à Cidade do Panamá onde um mundo de burocracias nos espera.

Depois de tanto tempo, voltando ao Panamá, agora vindos da Costa Rica

Depois de tanto tempo, voltando ao Panamá, agora vindos da Costa Rica

Panamá, Bocas del Toro, Cayo Zapatilla, Playa Estrella, Praia, roteiro

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Península do Osa

Costa Rica, Osa

Um arisco lagarto no solo da floresta no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Um arisco lagarto no solo da floresta no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


A Península do Osa, localizada na costa pacífica da Costa Rica, é a casa para um mosaico de áreas de conservação, reservas indígenas e do Parque Nacional Corcovado. O parque foi estabelecido em 1975 e abrange uma área de 425km2 de florestas primárias, uma das únicas faixas de mata original que restaram nesta costa. Não por acaso o parque foi considerado pela National Geographic a área biologicamente mais intensa do planeta em termos de biodiversidade.

Dia amanhece em Bahía Drake, pouco antes de seguirmos para o  Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Dia amanhece em Bahía Drake, pouco antes de seguirmos para o Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Chegando à misteriosa Península de Osa, no sul da Costa Rica

Chegando à misteriosa Península de Osa, no sul da Costa Rica


A imensa anta e o puma são os animais mais difíceis de serem vistos no meio da natureza, mas aqui com bastante suor e um pouco de sorte é quase garantido que verá pelo menos um deles ao lado de 4 diferentes espécies de macacos, porcos selvagens, tamanduás, quatis e porcos-espinhos que se esgueiram às margens do Rio Sirena dos jacarés e tubarões-touro, completando o espetáculo da vida.

O lindo caminho para Bahía Drake, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

O lindo caminho para Bahía Drake, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Aranha espera uma próxima vítima em sua teia muito bem armada, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Aranha espera uma próxima vítima em sua teia muito bem armada, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Chegamos a Puerto Jiménez, principal cidade da Península do Osa, no final da tarde, depois de uma linda viagem pela crista das montanhas da floresta úmida e nublada. Lá, sob um fim de tarde cor-de-rosa choque, tivemos que decidir se iríamos encarar mais de 15km de trilhas para ir e voltar da Estación Sirena, no coração do parque nacional, ou se encontraríamos uma alternativa menos desgastante e mais rápida de chegar até lá.

As incríveis cores do céu de fim de tarde, em Puerto Jimenez, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

As incríveis cores do céu de fim de tarde, em Puerto Jimenez, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Fizemos um roteiro de três dias na região, o primeiro deles foi para a organização da nossa pequena expedição. Tiramos as autorizações de entrada no parque, reservamos uma área de camping, compramos suprimentos para almoço e jantar e dirigimos até a a tranquila vila de Bahía Drake. Lá, depois de conversar com quase todas as agências de ecoturismo locais, conseguimos encontrar um barco que nos levasse para Estación Sirena na manhã seguinte.

Chegando à Bahía Drake, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Chegando à Bahía Drake, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


E assim foi, as 5h30 da madrugada estávamos na praia de Bahía Drake aguardando a lancha, que aproveitou as águas calmas da manhã para nos guiar sobre as altas ondulações do Pacífico.

Em Bahía Drake, embarcando para o Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Em Bahía Drake, embarcando para o Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


De barco, a caminho do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

De barco, a caminho do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Chegamos no parque pouco antes das 8 horas e caminhando silenciosos, na trilha de caminho para o refúgio, encontramos a primeira anta da nossa vida! Um animal imenso, quase do tamanho de um cavalo, com um nariz longo, pouco menor que a tromba de um elefante e olhos fortes, que observavam cada movimento que fazíamos em sua direção. Era um macho bem sacudo, se refestelando em apetitosas folhagens na manhã fresca do Corcovado. Demorei a notar, mas ao redor desta D´Anta estava um grupo de catetos, porcos selvagens, que parecem gostar de acompanhar a anta que abre seu próprio caminho na floresta. Literalmente animal!

Encontro com uma anta logo na chegada ao Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Encontro com uma anta logo na chegada ao Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Chegando a Estación Sirena montamos nosso acampamento e planejamos um roteiro pelas trilhas ao redor da estação para começar o nosso dia de explorações. Nito, nosso amigo guia que deu várias dicas do parque, já havia passado por ali. Tínhamos a esperança que ele nos deixasse acompanhá-lo para aumentarmos as chances de vermos os animais, mas sem ele tivemos que ir, com os passos lentos e ouvidos atentos, em busca da tão falada vida selvagem da região.

Mapa de trilhas da área de Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Mapa de trilhas da área de Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Começamos pelo Sendero Espaveles com o plano de emendar a trilha Ollas e Corcovado, mas a mata reclamou seu espaço e deixou a trilha praticamente fechada. Continuamos seguindo o caminho destas imensas árvores cobertas de cipós, os espaveles são imponentes e uma referência na floresta para quem vive nela.

Enormes árvores na floresta primária do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Enormes árvores na floresta primária do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Aranha sobe em galho de árvore, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Aranha sobe em galho de árvore, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Na trilha aguçamos os nossos sentidos, o olfato, a visão e a audição são a única forma de nos conectarmos com a floresta, deixando nosso instinto animal mais aflorado e nos permitindo vivenciá-la de forma mais intensa. O cheiro de um bando de macacos é inconfundível, as folhas caindo das árvores são outra boa pista. Nem sempre eles são gritadores, podem ser aranhas, capuchinhos ou da cara branca, cada um com seu som e seu comportamento. Alguns parecem te enfrentar e fazem xixi lá do alto para te espantar, outros se assustam e fogem rapidamente, sem que você consiga acompanhar a sua corrida pelas avenidas suspensas nas copas das árvores.

Macacos transitam com desenvoltura pelas copas das árvores no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Macacos transitam com desenvoltura pelas copas das árvores no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Já que não subimos a trilha Corcovado, decidimos então tomar a trilha Los Pavos por alguns quilômetros e lá vimos os monos aranhas, capuchinhos que pequenininhos e de cara branca fazem um som de passarinho para nos confundir. Os perus selvagens estavam às margens do rio que dá nome a trilha, seco nesta época do ano.

Outra espécie de macaco caminha por galho no alto da floresta no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Outra espécie de macaco caminha por galho no alto da floresta no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Macaco nos observa no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Macaco nos observa no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Uma espécie de pavão selvagem caminha no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Uma espécie de pavão selvagem caminha no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Demos a volta e pegamos a trilha Sirena em direção ao rio para ver se teríamos sorte de ver algum jacaré dividindo seu rio com os tubarões touro que sobem o rio Sirena quando a maré está cheia. Nem jacaré, nem tubarão, mas encontramos uma praia selvagem, com pedras, madeiras e um cenário maravilhoso, a marca registrada da Península do Osa.

Chegando ao rio Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Chegando ao rio Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Seguimos pela via costeira procurando a anta que deveria estar se refrescando no mar e não a encontramos. As águas turbulentas da Playa Sirena são proibidas para banho pelo parque nacional, não para as antas, mas para nós meros humanos, que não aguentamos as fortes correntes e o perigo eminente dos tubarões-touro que vivem nas suas águas.

Caminhando na praia do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Caminhando na praia do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Rio Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica. O aviso é por causa dos tubarões e dos crocodilos!

Rio Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica. O aviso é por causa dos tubarões e dos crocodilos!


Nos refrescamos então no Rio Claro, depois de mais uma hora de trilha para uma das piscinas que estão mais para banheiras. As águas mornas ainda assim são mais refrescantes que o bafo quente do verão costa-riquenho.

Nadando no belo e seguro rio Claro, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Nadando no belo e seguro rio Claro, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Quando chegamos lá no Rio Claro descobrimos que havíamos acabado de perder um puma, que descansava sob a sombra de uma árvore, pomposo e maravilhoso, ao lado da pista de pouso da Estación Sirena. Quem estava na estação descansando pôde vê-lo, enquanto nós, caminhantes, o perdemos! Timing desgraçado!

Admirando o mágico pôr-do-sol e o céu colorido de 50 tons de laranja no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Admirando o mágico pôr-do-sol e o céu colorido de 50 tons de laranja no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


A noite preparei um frango xadrez “riquísimo” para o nosso jantar, no meio de vários turistas de todos os cantos do mundo. Depois do jantar e do banho, a distração da maioria era encontrar os carrapatos pelo corpo, coletados com tanto esforço nas trilhas do parque. O Rodrigo encanou que os macacos são os culpados, eles é que jogam os carrapatos em nós lá do alto! Kkk!

Cozinhando um delicioso jantar na cozinha do lodge Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Cozinhando um delicioso jantar na cozinha do lodge Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


A manhã seguinte foi de mais caminhadas, quatis, macacos, araras vermelhas, banho do Rio Claro e um encontro super especial com uma anta e seus amigos catetos, em pleno banho de lama. Ela se entalou ali na poça enlameada para aguentar o calor do meio dia.

Anta se refresca em poça de barro no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Anta se refresca em poça de barro no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Um catitu procura comida em folhagem do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Um catitu procura comida em folhagem do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Uma anta se delicia em poça de lama na floresta do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Uma anta se delicia em poça de lama na floresta do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Com o acampamento desmontado e mochilas prontas, era nossa vez de nos despedir da terra de fantasias e deixar nossos amigos animalitos descansar em paz. Foram duas horas de lancha, lutando contra as grandes ondas na partida e deslizando sobre as águas a caminho da Bahía Drake.

Uma linda borboleta verde no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Uma linda borboleta verde no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Chegamos perto das 16h e adivinhem quem encontramos andando nas ruas? Tanne! Ela que havia vindo da Nicarágua à Costa Rica conosco e a Fiona, voou para Puerto Jiménez, caminhou 18km até Sirena e conseguiu voltar de barco para Drake em um esquema perfeito para ver antas, um puma lindo, tamanduá, macacos e todos os animais que tinha direito! Sensacional!

Reencontro com a alemã Tanee, em Bahía Drake, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Reencontro com a alemã Tanee, em Bahía Drake, na Península de Osa, no sul da Costa Rica


Nos despedimos de Tanne e pegamos a estrada em direção ao Panamá, com mais um sonho realizado. Península de Osa e Corcovado, desejamos voltar daqui a muitos anos e encontrá-los assim, ricos, intocados e mantendo o título merecido de um dos melhores lugares no mundo para avistar vida selvagem!

Curtindo o entardecer no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

Curtindo o entardecer no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica

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