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La Guajira e os Wayuus

Colômbia, La Guajira

As paisagens grandiosas da península La Guajira, na Colômbia, no extremo norte da América do Sul

As paisagens grandiosas da península La Guajira, na Colômbia, no extremo norte da América do Sul


La Guajira, departamento colombiano que faz fronteira com a Venezuela, nunca esteve nos nossos planos de viagem. Passaríamos por ela a caminho de Maracaibo sem nem saber direito o que deixaríamos para traz não fosse uma conversa com os nossos amigos expedicionários suíços Tina e Marcos. Seu primeiro destino na América do Sul seria justamente Punta Gallinas, a ponta mais ao norte da América do Sul, na península de La Guajira. Ficamos curiosos, mas como teríamos pouco tempo não criamos esperanças.

Mapa da península La Guajira, extremo noirte da América do Sul, em agência de viagem em Riochacha, maior cidade da região, na Colômbia

Mapa da península La Guajira, extremo noirte da América do Sul, em agência de viagem em Riochacha, maior cidade da região, na Colômbia


Dias mais tarde, ainda antes de chegarmos à Colômbia continental, encontramos um grupo de mergulhadores na ilha de Providência e dois deles me falaram novamente sobre La Guajira. “Vocês irão passar por lá, tem que fazer um tour para conhecer o povo indígena wayuu e os desertos coloridos de La Guajira!”, ficamos novamente tentados a conhecer, afinal eram mais duas pessoas falando do mesmo lugar. Já em San Andrés, na recepção de um hostal encontramos uma revista cuja a reportagem de capa eram os desertos da península mais ao norte da América do Sul. Era um sinal, impressionante como em uma mesma semana este lugar se tornara um assunto recorrente.

Cruzando o deserto da península de La Guajira, na Colômbia, extremo norte da América do Sul

Cruzando o deserto da península de La Guajira, na Colômbia, extremo norte da América do Sul


Assim que tiramos a Fiona do porto de Cartagena fizemos o nosso caminho em direção à Venezuela, paramos em Taganga e Tayrona com uma pressa maior do que a normal, era o nosso inconsciente trabalhando para incluirmos esse destino no roteiro. Retornamos das trilhas no Parque Nacional Tayrona e dirigimos até a cidade de Riohacha, capital de La Guajira.

Praia em Riochacha, cidade na entrada da península de La Guajira, no norte da Colômbia

Praia em Riochacha, cidade na entrada da península de La Guajira, no norte da Colômbia


Todas as informações que tínhamos nos diziam que a península era um lugar inóspito e fácil de se perder. Desertos, lagos de sal e centenas de caminhos que podem te deixar andando em círculos. Além disso esta mesma semana foi encontrado o carro de um casal de expedicionários espanhóis que teriam sido sequestrados na região e ainda não tinham notícias do seu paradeiro. Seria uma grande aventura ir até lá sem um guia, mas nós não tínhamos tempo para nos perder, atolarmos e nos encontrarmos. Decidimos contratar um guia local que além de nos ensinar os caminhos, nos ajudaria a mergulhar na cultura wayuu nestes 2 dias que teríamos por ali.

O belíssimo deserto na parte norte da península de La Guajira, na Colômbia

O belíssimo deserto na parte norte da península de La Guajira, na Colômbia


Os wayuus são 45% da população de todo o departamento e apenas 30% deles fala espanhol. Eles são de origem arawak, o mesmo povo que desceu para popular a Amazônia e que subiu em canoas para colonizar as ilhas do Mar do Caribe. Vivendo em um ambiente árido e hostil eles conseguiram se isolar e resistir à colonização europeia por muito mais tempo que as outras populações indígenas da Colômbia e da Venezuela. Não é à toa que são conhecidos como uma tribo guerreira e arredia aos arijunas, nós brancos, pessoas estranhas e que não conhecem e seguem a cultura wayuu. Seu território não tem limites políticos, ele é mais antigo do que qualquer definição colonial e até hoje os clãs transitam livres entre os países sul-americanos.

O pouco trânsito que encontrávamos nas estradas da península La Guajira, na Colômbia

O pouco trânsito que encontrávamos nas estradas da península La Guajira, na Colômbia


Os wayuus que vivem à beira do mar tem sua economia baseada na pesca, extração de sal e recentemente do turismo que está começando a descobrir a região. No interior o clima desértico e a falta de chuva tornam difíceis os cultivos, sendo a criação de gado e chivos (cabras), a principal atividade. Quando encontram solo apropriado e água, as culturas mais comuns são o milho, o feijão, a mandioca, o pepino, melão e melancia.

Ovelhas pastam no deserto da península de La Guajira, na Colômbia

Ovelhas pastam no deserto da península de La Guajira, na Colômbia


Um rancho no deserto da península La Guajira, na Colômbia

Um rancho no deserto da península La Guajira, na Colômbia


Contratamos nosso guia por uma agência local a Wayuu Tours. Claudia e Shirley são wayuus modernas que nasceram e viveram na cidade de Riohacha, mas mantém suas raízes, usando os vestidos tradicionais, passando a língua e os conhecimentos para seus filhos e tratam de ajudar a sua comunidade organizando tours pela península, levando trabalho e fazendo girar a economia na região. Assim além de Alex, ganhamos a companhia também de Edwin, sobrinho de Alex e filho de Shirley, que está aprendendo com o tio os caminhos de La Guajira. Há alguns meses ele guiava um grupo de turistas, perdeu a entrada da estrada para Punta Gallinas e foi parar lá em Nazareth, povoado no outro lado da península.

o Edwin e seu sobrinho Alex, nossos guias na península La Guajira, na Colômbia

o Edwin e seu sobrinho Alex, nossos guias na península La Guajira, na Colômbia


“É muito fácil se perder”, diz Alex, que vive há 43 anos na região e conhece a península como a palma de sua mão. “Estes espanhóis devem ter entrado aqui sozinhos e aqueles que vivem nas montanhas os sequestraram”, completa. Ele se referia às montanhas da Sierra Nevada, reduto das FARCs nesta região do país. As FARCs logo negaram a autoria do sequestro e dias mais tarde finalmente os espanhóis fizeram contato com a sua família esclarecendo a questão. Eles teriam sido sequestrados nas proximidades do Tayrona e seu carro abandonado lá no deserto para confundir a investigação.

Um dos muitos pequenos cemitérios espalhados pelo deserto da península La Guajira, na Colômbia

Um dos muitos pequenos cemitérios espalhados pelo deserto da península La Guajira, na Colômbia


Nós estávamos seguros e tranquilos, saímos de Riohacha com tudo organizado por eles, dormiríamos em chinchorros, redes grandes e de puro algodão feitas pelos wayuus, e provaríamos da culinária regional. Entramos na península pela cidade de Uribia, a capital indígena de La Guajira. Uribia irá receber o encontro de culturas indígenas de vários cantos da América do Sul no final do mês de junho, quando a cidade vira um grande acampamento de várias etnias, idiomas e culturas. Fomos até o centro da cidade apenas para cumprir um pedido da polícia local, que devido aos últimos acontecimentos quer saber quem entra e quem sai da península, com quem estão acompanhados e muito atenciosos deixam até os seus celulares em caso de qualquer emergência.

O trecho asfaltado da longa estrada que nos leva para a península La GUajira, no norte da Colômbia

O trecho asfaltado da longa estrada que nos leva para a península La GUajira, no norte da Colômbia


A estrada de terra que segue ao lado do caminho de trem para o norte da península La Guajira, na Colômbia

A estrada de terra que segue ao lado do caminho de trem para o norte da península La Guajira, na Colômbia


Início do labirinto de pequenas estradas que nos leva ao deserto no norte de La Guajira, na Colômbia

Início do labirinto de pequenas estradas que nos leva ao deserto no norte de La Guajira, na Colômbia


O asfalto chega até Uribia e daqui em diante seguimos pouco menos de 30km por estrada de terra paralela à linha férrea que faz o transporte de carvão mineral extraído nas minas de Cerrejón, 150 km ao sul, até o Puerto Bolívar na baía de Portete. Foi lá pelo km 24 que entramos no emaranhado de caminhos de areia, estradas rurais e o grande deserto de La Guajira. O cenário semiárido nos lembra muito o sertão nordestino, mas mais deserto e mais pobre. De tempos em tempos éramos parados por pedágios das famílias que vivem nestas terras. Uma cordinha e uma mulher ou uma criança sentados à beira da estrada. Às vezes duas mulheres e 8 crianças, as meninas sempre vestidas com o vestidinho wayuu e os meninos com a camiseta e um shorts.

Cabo de La Vela, litoral ocidental da península de La Guajira, na Colômbia

Cabo de La Vela, litoral ocidental da península de La Guajira, na Colômbia


Quase todos eles falavam apenas o wayuunaiki, dávamos 100 ou 200 pesos colombianos, Alex trocava cumprimentos e passávamos. A alegria deles com as poucas moedas era clara, estavam vendo que aquela tática funcionava. Alex chegou a dar uma dura em alguns marmanjos preguiçosos, que preferiam ficar ali com uma corda e suas mochilas na sombra ao invés de estudar ou trabalhar. Todos aqui se conhecem, são pouco mais de 26 clãs em toda a Guajira, todos são primos, irmãos ou tios de alguém. Demos a volta na baía de Portete, passando por um terreno enganoso que do alto parecia um deserto seco e firme, mas por baixo era puro sal e lama!

Trilhas de carro cortam o deserto de La Guajira, no extremo norte da Colômbia e da América do Sul

Trilhas de carro cortam o deserto de La Guajira, no extremo norte da Colômbia e da América do Sul


Já quase chegando na Baía Honda eis que vemos um carro que nos parecia familiar, uma Landcruiser marrom parada em um dos “pedágios”. Era Bode, o namorado suíço da Fiona! Marcos e Tina se aventuraram pela península sozinhos, estavam cobertos de lama de atoleiros salgados e rios que tentaram cruzar. Eles entraram na península pelo litoral, passaram por Cabo de La Vela e estavam buscando o caminho para Punta Gallinas.

O incrível reencontro com os suiços Marco e Tina, em pleno deserto da península de La Guajira, no norte da Colômbia

O incrível reencontro com os suiços Marco e Tina, em pleno deserto da península de La Guajira, no norte da Colômbia


Cruzando o deserto da península La Guajira, na Colômbia

Cruzando o deserto da península La Guajira, na Colômbia


No mesmo dia em que nos separamos na estrada para Taganga Tina teve um acidente, descendo da sua barraca no teto do carro ela caiu e ficou pendurada pelo dedo, preso em um anel no carro. Imaginem o estrago! Depois de uma noite com cuidados do “Dr. Marcos” decidiram procurar ajuda profissional e ela foi ao hospital para um curativo descente. Pobre Tina! Ainda assim, experimentando pela primeira vez os ventos sul americanos, estava estampado em suas caras a alegria de estarem livres por este mundão!

Nossos amigos, Marco e Tina, a bordo do Boudi, na península La Guajira, na Colômbia

Nossos amigos, Marco e Tina, a bordo do Boudi, na península La Guajira, na Colômbia


Daqui em diante Marcos e Tina nos acompanharam, ganharam tempo e perderam algumas aventuras nessa terra distante. Tudo bem, o plano deles será continuar por pelo menos mais uma semana perdidos por aqui, entre dunas e praias, wayuus e chivos. By the way, o espanhol deles já melhorou muito, pois aqui mal encontram quem fale espanhol, quem dirá inglês! Paramos para almoçar em um lugar que de fora não daríamos nada, mas dentro era uma simpática casa, com sombra e água fresca, um peixe delicioso, arroz e patacones.

A simpática índia gaiju que nos serviu o almoço na durante a jornada pela península La Guajira, na Colômbia

A simpática índia gaiju que nos serviu o almoço na durante a jornada pela península La Guajira, na Colômbia


Dirigimos por mais 3 horas passando por paisagens maravilhosas, cemitérios e mais cemitérios e inclusive caixões abertos à beira da estrada! Eu hein!? Vimos coelhos, flamingos, patos rosados e até zorros, as raposinhas do deserto. Passamos pelas dunas, belíssimas e finalmente chegamos à praia de Baía Hondita nos últimos minutos do dia, a tempo de ver o sol se pôr no mar.

As incríveis dunas na parte norte do deserto na península La Guajira, na Colômbia

As incríveis dunas na parte norte do deserto na península La Guajira, na Colômbia


Encontro do deserto com o mar, no extremo norte da América do Sul, península La Guajira, na Colômbia

Encontro do deserto com o mar, no extremo norte da América do Sul, península La Guajira, na Colômbia


Encontro de viajantes, brasileiros e suiços, no extremo norte da América do Sul, península La Guajira, na Colômbia

Encontro de viajantes, brasileiros e suiços, no extremo norte da América do Sul, península La Guajira, na Colômbia


O sol se põe na praia mais ao norte da América do Sul, na península La Guajira, na Colômbia

O sol se põe na praia mais ao norte da América do Sul, na península La Guajira, na Colômbia


Demos um mergulho merecido depois de tanto pó e buraqueira! Enquanto Tina e Marcos montavam seu acampamento e o azul da noite chegava, mais um espetáculo se desenhava à nossa frente, o alinhamento de Júpiter, Marte e Vênus! Aquelas três estrelas mais brilhantes no céu ainda iluminado pelo astro-rei à distância. Incrível!

Um raro alinhamento de Jupiter, Venus e Mercurio nos sauda no extremo norte da América do Sul, a península La Guajira, na Colômbia

Um raro alinhamento de Jupiter, Venus e Mercurio nos sauda no extremo norte da América do Sul, a península La Guajira, na Colômbia


Nosso acampamento na Baía Hondita não poderia ser mais confortável. O Rancho de Chander tem uma infraestrutura simples, mas quase luxuosa para os padrões locais. Enquanto o jantar era preparado conhecemos o simpaticíssimo casal italiano Elisiana e Marcos. Eles chegaram aqui de barco, vindos de Riohacha até Cabo de la Vela de carro e daí seguiram por mar, caminho que chegamos a pensar em fazer. As duas horas de lancha com vento contra foram impiedosas e finalmente eles podiam sentar tranquilos e tomar uma polar para relaxar. Polar, sim! Aqui os produtos venezuelanos são mais baratos e fáceis que os colombianos, assim já vamos entrando no clima.

Com o Marco e a Elisiana no rancho em que dormimos, no norte da península de La Guajira, na Colômbia

Com o Marco e a Elisiana no rancho em que dormimos, no norte da península de La Guajira, na Colômbia


Com o Marco e a Elisiana no rancho em que dormimos, no norte da península de La Guajira, na Colômbia

Com o Marco e a Elisiana no rancho em que dormimos, no norte da península de La Guajira, na Colômbia


O casal que vive em Luxemburgo e trabalha no mercado financeiro aproveitou a oportunidade de viagem para o casamento de um amigo, para conhecer um pouco mais do litoral caribenho da Colômbia. O sangue latino e a alegria contagiante nos fez melhores amigos em poucas horas de conversa. Encontrando nossas afinidades culturais, aproveitamos as férias para lavar a alma das quadradices germânicas ou implicâncias francônicas, dos apaixonados pelo jeitinho latino de ser! Uma lua cheia e muchas polarcitas después, Elisiana e Marcos foram para seu confortável quarto, enquanto eu e o Ro experimentamos os deliciosos e espaçosos chinchorros, nunca dormi tão bem em uma rede na minha vida! Melhor assim, pois a manhã seguinte nos reserva muitas outras aventuras!

A Ana ainda dorme no nosso quarto na península de La Guajira, na Colômbia

A Ana ainda dorme no nosso quarto na península de La Guajira, na Colômbia

Colômbia, La Guajira, Baía Hondita, Estrada, off road, Punta Gallinas, Riohacha, Uribia, Wayuus

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Matando as saudades

Brasil, Bahia, Salvador

Estive em Salvador pela primeira vez em 1999, para conhecer o famoso carnaval da Bahia. Eu tinha apenas 17 anos quando comecei a encher o saco dos meus pais que queria ir para Salvador com um grupo de 3 amigos meus, Pacheco, Johny e Chicão. Eu tinha acabado de terminar um namoro, primeiro amor adolescente e estes meus amigos estavam me ajudando a passar por esta barra. Era novembro, eu já havia passado no vestibular e minha mãe resolveu me dar de presente esta viagem para ver se eu esquecia, desbaratinava, mas com uma condição: eu não poderia ficar com os meus amigos no hotel, eu ficaria na casa de Mônica, uma amiga dela em Salvador. Obviamente eu relutei, queria ficar com os meus amigos, mas foi a única opção que ela me deu, é claro que aceitei. Mal sabia eu que estava fazendo a melhor escolha da minha vida!

Com a Mônica e a Livia em Salvador - BA

Com a Mônica e a Livia em Salvador - BA


Cheguei ao aeroporto de Salvador e logo fui recepcionada por Paulo, marido de Mônica e Yasmin (11), filha mais nova. No caminho para casa Yasmin já foi logo me ensinando palavras baianas e explicando quem mais eu iria conhecer em casa. Lívia, irmã do meio com 13 anos e Micael o irmão mais velho com 15 anos, todos animadíssimos, pois o carnaval estava chegando! Mônica é médica homeopata, carioca que já vivia em Salvador há 12 anos. Uma mulher forte e independente, muito parecida com a minha mãe na sua trajetória de vida. Não demorou muito para que eu começasse a chamá-la de minha mainha baiana.

Com a Yasmim e o Paulo em Salvador - BA

Com a Yasmim e o Paulo em Salvador - BA


Foram 15 dias convivendo com esta família deliciosa e conhecendo Salvador. Fui para todos os cantos, me levaram comer o melhor acarajé, assistir as lavagens, conhecer o melhor da cidade. No final de semana fomos para Arembepe passar o dia, vimos o Projeto Tamar e comemos a melhor moqueca de siri-mole que eu já vi na vida. Na segunda semana começaram as festas de carnaval, 3 dias no Circuito Dodô e Osmar, 3 dias no Barra-Ondina e ainda um dia de marchinhas lá no Pelourinho... um sonho! Eu tentei encontrar os meus amigos durante o carnaval, mas só nos vimos mesmo um dia, os responsáveis por eu estar aqui acabaram nem participando tanto da história. O Pacheco, muito amigo, acabou reconhecendo que foi melhor mesmo não ter ficado junto com eles, o flat que alugaram era uma bagunça, vários problemas... enfim, me dei muito bem! Rsrsrs!

Durante um ano ainda conseguimos manter contato, trocar cartas, telefonemas. Aí começou a faculdade, trabalho, correria e o contato foi se perdendo. Ainda consegui fazer uma outra visita rápida dois anos depois, quando passei duas noites com eles, sendo uma delas o Reveillón de 2000 para 2001. No dia primeiro de janeiro as 7 da manhã já peguei um ônibus para Lençóis, na Chapada Diamantina.

Com a Mônica, Wilson e Livia em Salvador - BA

Com a Mônica, Wilson e Livia em Salvador - BA


Anos se passaram, eu me formei, viajei e casei. Micael está morando na Espanha e casou há pouco tempo. Lívia já está formada em jornalismo, trabalhando com cultura como sempre quis e Yasmin cursando a faculdade de psicologia. O tempo passa e infelizmente a distância foi dificultando o nosso contato, mas as memórias que tenho deste carnaval estão tão vivas como se tivessem acontecido ontem! O carinho que guardo por Mônica ainda é exatamente o mesmo que surgiu onze anos atrás, podemos ficar muito distantes, perder o contato, mas afinal mãe é mãe!

Brasil, Bahia, Salvador,

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Sempre Vivas

Brasil, Minas Gerais, Inhaí (P.N. Sempre-Vivas)

As flores Sempre-Vivas, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG

As flores Sempre-Vivas, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG


Ahhh! Agora que comecei a escrever o post foi que me dei conta. É claro que numa sexta-feira, 13 de agosto, íamos ter que passar por algum perrengue! Hoje fomos caminhar pela área do Parque Nacional Sempre Vivas. Como comentei o parque ainda não está formado, estruturado, portanto andamos o tempo todo dentre fazendas e trilhas pouco utilizadas.

Caminhando com o Tinho, nosso guia no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG

Caminhando com o Tinho, nosso guia no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG


Ontem andando pela cidade, assuntamos sobre as cachoeiras e todos falaram que lá encontraríamos muitos desses pequenos aracnídeos indesejados, mas eu ouvia “carrapato” e pensava em “carrapicho” aquela bolinha de espinhos, e o Ro pensava certo mas achando que seriam poucos, totalmente contornável. NÃO! Cruzamos o primeiro pasto e logo tivemos a bela surpresa, uma infestação de carrapatos. Foram uns 200 subindo pelas nossas calças! Tiramos o máximo que pudemos com galhos e folhas, matamos na unha uma quantidade absurda. Cada cachoeira eram uns 10 novos que encontrávamos nas roupas ou subindo pelos braços, pernas e barriga. Malditos blood-suckers! Estão todos mortinhos da silva. A maioria deles fica nesse primeiro pasto mesmo, depois a coisa melhora bastante, mas até você conseguir se livrar deles, já está passando pelo mesmo pasto para ir embora.

Cachoeira do Brocotó, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG

Cachoeira do Brocotó, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG


Bem, o que não tem remédio... então resolvemos relaxar e fomos conhecer as belezas do parque. Conhecemos a cachoeira do Borocotó, Gavião e depois a cachoeira do Vitorino, a mais distante e sem dúvida a mais linda delas.

Cachoeira do Vitorino, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG

Cachoeira do Vitorino, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG


O parque possui uma área baixa, onde encontramos as cachoeiras e a parte alta, onde ficam as nascentes e os Campos de São Domingos, onde estão as responsáveis pelo nome do parque, as sempre vivas. As flores possuem este nome, pois depois que florescem, em maio, se são colhidas na época certa elas secam e ficam exatamente com a mesma carinha de quando floresceram, parecendo que estão sempre vivas.

As flores Sempre-Vivas, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG

As flores Sempre-Vivas, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG


Para chegar aos campos são pelo menos 4 horas de caminhada, não viemos programados para acampar lá, mas já ficamos com mais um programa na agenda Pós-1000dias: a travessia do Parque Sempre Vivas de Inhaí até Curumataí, 56km entre morros, rios, campos, sempre vivas e carrapatos.

Brasil, Minas Gerais, Inhaí (P.N. Sempre-Vivas), Carrapatos, parque nacional, Perrengue, Sempre Vivas, trilha

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Welcome to Arizona!

Estados Unidos, Arizona, Flagstaff, Sedona

A bela paisagem da região do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

A bela paisagem da região do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


A região de Flagstsaff oferece muitas atividades de aventura e natureza para o pouco tempo que temos. No inverno o Snowbowl é a principal atração, com uma estação de esqui que é o principal playground de toda a região. No verão a estação fecha, mas uma infinidade de trilhas e passeios se abrem para descobrirmos um Arizona mais parecido com os que temos na nossa memória.

Quando há neve, a região do Humphrey Peak atrai muitos esquiadores à Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

Quando há neve, a região do Humphrey Peak atrai muitos esquiadores à Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


Começamos o dia lá mesmo, na entrada do Snowbowl. Já com pouca neve, a estação de esqui fechou há uma semana. Ainda assim o tempo nos dois últimos dias esfriou e na última noite tivemos neve no alto das montanhas, nos contou um dos funcionários. Eles nos advertiram que a trilha para o Humphreys Peak não estaria muito fácil de ser visualizada e mais difícil de ser acessada depois dos 11 mil pés, mas que conseguiríamos ter uma boa vista.

Início da trilha para subir o Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

Início da trilha para subir o Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


Nosso plano não era chegar até o topo, já que este seria um trekking de 8 horas. A trilha completa tem em torno de 4,5 milhas, pouco mais de 7 km. Caminhamos entre pinheiros e árvores imensas, cruzando o tempo todo com pegadas de esquilos, coelhos e raposas. A neve estava fofa em vários trechos da trilha, mas havia também pegadas frescas de pelo menos mais duas pessoas que entraram na trilha mais cedo rumo ao pico.

Depois da neve da madrugada, os pinheiros estavam brancos na subida do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

Depois da neve da madrugada, os pinheiros estavam brancos na subida do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


Subimos lentamente por aproximadamente 2 milhas, quando as pegadas começaram a ficar desencontradas, a trilha mais difícil de encontrar e a neve muito fofa. Conseguimos ainda ter uma vista bacana da região, lagos e uma floresta verde de coníferas.

A bela paisagem da região do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

A bela paisagem da região do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


Após nos afundarmos na neve até os joelhos, hora de dar meia volta e regressar em direção ao próximo destino, em direção à cidade de Sedona.

Muita neve na trilha que sobe o Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

Muita neve na trilha que sobe o Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


Existem duas estradas de Flagstaff para Sedona e aqui você definitivamente deve pegar a estrada do Oak Creek Canyon, que talvez seja até mais curta, mas suas curvas a tornam muito mais prazerosa e demorada.

O belo canyon de Oak Creek, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

O belo canyon de Oak Creek, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos


Afundamos rapidamente no cânion e aos poucos conseguimos enxergar as formações rochosas e avermelhadas dos arredores. Pousadas charmosas na beira do rio e várias opções de campings já mostram que o lugar é famoso entre os americanos para feriados e férias.

O belo rio no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

O belo rio no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos


Nesta mesma estrada encontramos a entrada do Slide Rock State Park, o trecho mais cênico do Oak Creek Canyon, onde o riacho esculpiu gentilmente as pedras e formou um balneário natural lindo.

O belo rio no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

O belo rio no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos


Uma antiga plantação de maçãs, hoje o parque estadual conta com uma pequena infra-estrutura de bar, banheiros e área de piquenique. A trilha passa pelas macieiras e segue rio acima.

Bosque de macieiras no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

Bosque de macieiras no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos


Os corajosos entram na água que deve estar perto dos 16°C de temperatura, homens, mulheres e crianças, se esbaldando nas piscininhas e corredeiras do rio enquanto o sol ajudava a esquentar. O parque fecha as 17h, hora de continuarmos em direção à Sedona.

As belas paisagens do Oak Creek Canyon, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

As belas paisagens do Oak Creek Canyon, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos


Se você vai visitar a região e seu foco não for o Snowbowl de Flagstaff (montanhas e estação de esqui), ou mesmo que seja, mas não tenha preguiça de dirigir, sem dúvida alguma Sedona é deve ser a sua base. Uma cidade charmosa para os padrões americanos, com um boulevard agradável de caminhar com várias opções de cafés, restaurantes e curiosidades do mundo místico.

A cidade de Sedona, no Arizona, Estados Unidos, está no meio de uma incrível paisagem

A cidade de Sedona, no Arizona, Estados Unidos, está no meio de uma incrível paisagem


Massagens, terapias alternativas e palestras sobre a kundaline são facilmente encontradas em cartazes da cidade. Algumas pessoas implicam com esse “povo alternativo”, como eu sou filha de uma médica homeopata e um psicólogo transpessoal, eu adoraria passar um tempo por aqui explorando e conhecendo por mais tempo. Normalmente esse “povo alternativo” escolhe uns lugares bem especiais para montar sua base, lugares com uma energia especial. Você não precisa ser muito sensitivo para perceber isso, é só olhar ao redor.

Enormes paredões coloridos ao lado da cidade de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

Enormes paredões coloridos ao lado da cidade de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

Estados Unidos, Arizona, Flagstaff, Sedona, Natureza, Oak Creek Canyon, Slide Rock State Park, Trekking

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Monte Pascoal dos Pataxó

Brasil, Bahia, Itamaraju (P.N Monte Pascoal)

Artesanato indígena no P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA

Artesanato indígena no P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA


O Parque Nacional do Monte Pascoal foi tomado no ano de 1999 pelos índios Pataxós, que vinham da aldeia da Boca da Mata, área próxima à parte baixa do parque. Os índios reivindicaram o parque e uma área de fazenda para formar uma nova aldeia. Hoje o parque é gerenciado pelo Ibama, Funai e pela tribo Pataxó responsável pela recepção e por guiar os turistas nas suas trilhas.

Entrada do P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA

Entrada do P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA


Quem nos guiou foi Timiniá, uma pataxó de 31 anos, casada e com 4 filhos que vivem ali na aldeia. Está localizada onde era uma antiga fazenda, onde produzem legumes, verduras e raízes para subsistência e para venda nas feiras próximas. Com este dinheiro eles podem comprar roupas e alimentos para a família.

Nossa guia índia, a Timiniá, no P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA

Nossa guia índia, a Timiniá, no P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA


No início da trilha logo passamos pela praça da resistência e por um monumento em homenagem a todas as tribos e etnias indígenas existentes no país. Ali, na comemoração dos 500 anos do Brasil, foi realizado um encontro que reuniu índios de todos os estados brasileiros. Seguimos pirambeira acima e Timiniá mostrou ao Rodrigo quem realmente entende de subir montanhas! Ela subiu tranqüila com a sua hawaiana amarela e o Rodrigo no seu encalço. Eu, pra variar, fiquei um pouco para trás. A trilha normalmente leva 1h30, conseguimos fazer a subida em 1h e mesmo assim Timiniá dizia estar acostumada a ir mais devagar quando tem jokanas, mulheres, e kitokis,crianças, nos grupos que guia.

A Praça da Resistência, no P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA

A Praça da Resistência, no P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA


1700m de trilha em uma pirambeira bem inclinada que nos leva dos 100m até os 535m de altura do Monte Pascoal. Ele fica um tanto quanto afastado do mar, eu sempre imaginei que era mais próximo à praia, pois segundo relatos foi o primeiro ponto a ser avistado pelas caravelas portuguesas. Este parque, junto ao PN do Descobrimento, guarda o pouco que restou da Mata Atlântica na costa brasileira.

Orquídeas no P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA

Orquídeas no P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA


Lá do alto podemos avistar de alguns mirantes a área do parque e a quantidade imensa de terras devastadas, hoje fazendas, que ficam no seu entorno. Conseguimos ver também o mar, belíssimo! Voltado para o continente enxergamos o Morro do Pescoço, com uma formação rochosa bem característica que lhe rendeu este nome.

Morro do Pescoço, visto do P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA

Morro do Pescoço, visto do P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA


Durante a trilha conversamos com Timiniá que foi nos ensinando um pouco da história do parque, da tribo, significados das palavras em pataxó e dos nomes de deus filhos. Coração, raiz, pedra brilhante... O único nome que não conseguimos saber o significado foi o dela própria, que por tradição guarda segredo do significado que pode ser revelado apenas a indígenas. Eu tentei convencê-la que também tenho índio na família e que sou casada com um, “praticamente” índio, moreno e olhos mais puxados pelo menos ele tem! Rsrsrs! Na volta, Timiniá percebe que desta vez é o cakuçú (homem), que está mais devagar e falou, “Afinal, jokana, para baixo todo o santo ajuda, né?”. Assim ela nos lembrou novamente como tudo começou, missões jesuítas já pregavam desde cedo por estas terras, hoje os índios são católicos e em algumas aldeias a religião evangélica é a que domina.

Monte Pascoal e portaria do P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA

Monte Pascoal e portaria do P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA


É, mais uma vez esse Brasilzão nos ensinando na prática um pouco da nossa história.

Com a Timiniá, no P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA

Com a Timiniá, no P.N do Monte Pascoal, próximo à Itamaraju - BA

Brasil, Bahia, Itamaraju (P.N Monte Pascoal), índios, Montanha, Monte Pascoal, parque nacional, pataxó, Trekking, trilha

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Encontro Inusitado

Colômbia, Cali

Ontem saímos apenas para um almoço rápido na Avenida 6, local onde se encontram umas 20 salserias mais populares de Cali. Depois de um dia inteiro fechada no quarto do Hostal Iguana trabalhando, finalmente saí para o mundo! Mal sabia eu, a surpresa que o mundo nos reservava.

Estávamos tomando o nosso café da manhã tranquilamente na área comum do hostal e encontramos uma figura tomando uma cerveja que começou a puxar papo. Nicolas é um bogotano bem viajado, morou em Londres e conhece bastante o seu próprio país. Começamos a contar da viagem para ele, que ficou deslumbrado com a ideia e começou a nos dar várias dicas sobre o país. Logo aparece Viviana, também colombiana, jornalista super viajada que conhecia cada cidadezinha da Colômbia. Os dois sentaram e começaram a nos dar uma aula de geografia, turismo e estradas do país. Íamos de Cali para Medellín, cidade de Bottero, artes e muita história. Em 20 minutos todo o nosso roteiro já era outro! “Medellín é uma cidade grande como qualquer outra, se vocês tem que escolher, sigam pela rota de Bucaramanga, conheçam a Villa de Leyva e outras cidades históricas, são maravilhosas!”, diziam Nicolas e Viviana. Mompós também é obrigatório! Lá vocês vão encontrar os Sangacintos, gaiteiros de música folclórica colombiana, eles abrem a sua casa para você e armam a festa para mostrar a sua música.” Meia-hora depois chegou Andres, namorado de Viviana.

A esta altura já sabíamos que eles todos são de Bogotá e estão de passagem por Cali, em uma turnê da banda rock The Hall Effect. Andres é o baterista, Nicolas engenheiro de som, Douglas, que apareceu mais tarde, é o baixista, Cha Ry o guitarrisca e Oscar o vocal. Mari é uma amiga de longa data de todos eles e está de férias acompanhando a turnê. Angelo e Joana são fãs e patrocinadores da banda, pois entraram com o transporte para toda a turnê pelo país.

A The Hall Effect é a única banda de rock que canta em inglês no país, considerada a melhor banda de rock de toda a Colômbia! Eles já fizeram turnês européias, passando por Londres e França e seu produtor é o mesmo cara que produziu discos do Paralamas do Sucesso e do Pinky Floid! Chegaram a tocar junto com o pessoal do Sepultura! Sensacional!

Começamos a combinar de encontrá-los em Bogotá, quando Viviana e Andrés surgiram com o convite para irmos com eles ao Festival Hot en Paraíso, primeiro festival de piscina da Colômbia. Os festivais aqui geralmente acontecem em praças públicas, são gratuitos e não é permitida a venda de comida e bebida alcoólica. Este é o primeiro com um conceito diferenciado, mais parecido com os festivais que temos no Brasil. Andrés ligou na mesma hora para o produtor do festival, que é o manager da banda e bingo, já tínhamos ingressos VIPs para o festival! Foi tudo tão rápido, que nem dava para acreditar! Teríamos que acordar as 2 da madrugada para pegar estrada até Girardot, onde vai acontecer o festival. Eu vi que o Rodrigo ainda estava meio atordoado, pensando... “Ai meu Deus! Onde eu fui me meter?”, mas ele viu que do jeito que tudo aconteceu, não tinha chance de não irmos.

Eles foram tocar à meia-noite em um bar de Cali enquanto nós tentávamos descansar para sairmos dirigindo as 2am. O festival começa as 12h, eles devem tocar as 15h, por isso o Ro queria sair mais tarde. Porém precisávamos entrar com eles no festival, pegar as pulseiras e ter certeza que chegaremos a tempo, enfim ficou combinado que depois do show eles passam na pousada e nós vamos juntos para Girardot!

Caraca, é impressionante como um encontro inusitado de almas como este pode mudar os nossos planos em tão pouco tempo! Um brinde ao festival e à música colombiana!

Colômbia, Cali, Hostal Iguana, Música, Rock, The Hall Effect

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Detalhes do Rei

Bahamas, Eleuthera - Harbour Island

Os lugares são feitos pelos detalhes, por coisas que parecem tão pequenas, mas que ajudam a formar o nosso conceito sobre eles e por onde passamos. Geralmente esses detalhes são difíceis de descrever, mas facilmente percebidos.

A arquitetura da cidade...

Pousada Bahama House Inn

Pousada Bahama House Inn



A música, a forma como as pessoas falam, o sol...

Músico tocando goombay

Músico tocando goombay



As conchas, o maluco da pousada, o vento...

Concha típica das Bahamas

Concha típica das Bahamas



A arte, as ruas, a comida, as cores, o clima, o mar...

Pintura típica bahamense

Pintura típica bahamense



As portugueses, a vibe...

Portuguese ou Caravela

Portuguese ou Caravela



Um conjunto de adjetivos, bons ou ruins, que fazem com que possamos formar a nossa opinião sobre estes lugares por onde passamos. Harbour Island é um lugar que vai ficar marcado por isso, pelos detalhes, tão pequenos, que como diz o REI, são coisas muito grandes pra esquecer... e que certamente vou lembrar... lembrar você...
Viiiixi, baixou o Rei agora! Hahaha! É pessoal, esse lugar faz dessas coisas... e olha que eu nem bebi! Estou mesmo é meio melancólica... Estamos indo embora daqui a poucas horas, para Long Island, o que tenho certeza também não será nada mal.

Deixo aqui um abraço para Katarina e David, casal bacana que conhecemos hoje no bar em que fomos ver o pôr-do-sol na baía, maravilhoso! Eles me abordaram perguntando se eu era fotógrafa, pois vão se casar amanhã aqui e precisam de alguém para registrar o casório. Vocês acreditam? Dois malucos de Michigan, chegam aqui e sem mais nem menos resolvem casar. Estavam decidindo hoje mesmo local, foto, etc... Até que me identifiquei com eles. Também casamos em uma ilha... ué, lá só não tinha essa cor de água!

Casal de Michigan, noivos em Elethera

Casal de Michigan, noivos em Elethera



Felicidades aos que ficam nessa Ilha maravilhosa e sucesso para todos nós que continuamos a nossa viagem nos nossos restantes 982 dias pela América!

Ana em Harbour Island

Ana em Harbour Island

Bahamas, Eleuthera - Harbour Island, Praia

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Lagoa Verde

Brasil, Maranhão, Atins

Chegando à linda Lagoa Verde, em meio às dunas dos Lençóis Maranhenses - MA

Chegando à linda Lagoa Verde, em meio às dunas dos Lençóis Maranhenses - MA


Banho de piscina para acordar e logo o carro com o guia estava nos esperando para o passeio à Lagoa Verde. O Rodrigo havia conseguido uma negociação justamente por ter encontrado mais dois casais para se unirem ao grupo e estes quando chegaram ao Rancho do Buna e quiseram conhecê-lo. Acabaram todos deixando a pousada em que estavam e se mudaram para lá.

Vento cria curiosas linhas nas dunas na região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Vento cria curiosas linhas nas dunas na região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Partimos para o passeio, nós, Mel e Eduardo ainda um pouco ressacados da noite anterior e os nossos novos vizinhos de rancho. Mônica e Jackson, cariocas que vivem em São Paulo e Jame e Mariana, ele inglês e ela brasileira, que vivem em Londres. Aos poucos o grupo foi se entrosando e trocando informações. Jame é britânico e foi criado na África do Sul, tem um gosto por viagem e aventura parecido com o nosso, então logo já queria saber tudo sobre os 1000dias, roteiros e etc. Mariana é outra menina com uma história sensacional! Foi para Londres com 20 anos, lutadora, apostou em um sonho de fazer sua vida no exterior, passando todas as dificuldades imagináveis e hoje, formada em finanças, tem uma filhinha com Jame e trabalha em uma grande companhia na capital inglesa.

Grupo caminha por entre dunas da região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Grupo caminha por entre dunas da região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


É maravilhoso socializar com pessoas tão diferentes em um só lugar, dentro de uma Toyota no meio dos Lençóis Maranhenses. No caminho paramos no restaurante da Luzia e já fizemos nossos pedidos, a contra-gosto dos nossos guias, que queriam nos levar no Antônio, restaurante vizinho do irmão de Luzia. Nada contra Antônio, mas tuuuudo a favor dos camarões maravilhosos de sua irmã!

Almoço de despedida no restaurante da Luzia, no Canto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Almoço de despedida no restaurante da Luzia, no Canto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Seguimos para o nosso destino, a Lagoa Verde fica entre as dunas e lagoas há uns 18km de Atins, parte do trecho de carro e o outra parte vencida depois de uma hora de caminhada. Vamos entremeando as dunas, conversando e admirando a magnífica paisagem, ainda seca já que o período de chuvas está um pouco atrasado. Uma duna antes de chegarmos à Lagoa Verde, presenciamos a cena de um cabritinho recém nascido perdido, berrando ensandecidamente para encontrar a sua mãe. Ficamos todos apreensivos, tentando levá-lo ao seu encontro, mas logo a mãe apareceu! O encontro dos dois foi emocionante!

Cabra recém nascida corre para a sua mãe, perto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Cabra recém nascida corre para a sua mãe, perto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Cruzamos mais esta duna e entendemos exatamente o sentido de um oásis no deserto. A Lagoa Verde estava lá, imensa e cheia, é uma lagoa perene, ou seja, ela pode até variar de profundidade, mas nunca irá secar. Nadamos cruzando a lagoa de lado a lado, é impressionante como esta paisagem engana nas distâncias. Quanto mais nadávamos, mais distante parecia o nosso objetivo.

Banho refrescante na Lagoa Verde, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Banho refrescante na Lagoa Verde, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Outra curiosidade é que esta lagoa possui uns pequenos peixinhos que ficam nos beliscando. Como eles vieram parar aqui? Ao que tudo indica eles submergem dos lençóis freáticos! Eu nunca tinha ouvido falar nisso, mas mesmo as lagoas que secam no verão têm peixes, segundo nosso guia.

Chegando à linda Lagoa Verde, em meio às dunas dos Lençóis Maranhenses - MA

Chegando à linda Lagoa Verde, em meio às dunas dos Lençóis Maranhenses - MA


A andança de volta tinha mais um incentivo, que era logo chegar ao oásis da Luzia para comer aquele camarão grelhado divino! Ela organizou um banquete para todos nós, salada, arroz, pirão, feijão e muuuuito camarão! Desta vez já havíamos pedido para o Zé, seu marido, deixar o coco bem geladinho à nossa espera. A rede para a siesta e a cocadinha deram um toque especial à nossa inesquecível experiência gastronômica no Atins.

Recolhendo lixo na trilha da Lagoa Verde, perto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Recolhendo lixo na trilha da Lagoa Verde, perto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Amanhã vamos embora, então já estávamos em clima de despedida desse lugar tão especial. Descemos antes da pousada para fazer uma caminhada pelo igarapé, acompanhados do Jame e da Mari, fomos até o rancho por uma trilha alternativa. Passamos o fim da tarde na piscina conversando e socializando até os dedos da mão ficarem enrugados. Alguns empolgados com a possibilidade de investir em terrenos aqui, outros trocando experiências de viagem, eu aproveitando para treinar um pouco meu inglês com Jame e o Rodrigo aproveitando para dormir. Depois de um dia de muitas atividades e socializações, uma noite tranquila no Rancho do Buna nos aguarda. Boa noite.

Caminhando por igarapé em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Caminhando por igarapé em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Brasil, Maranhão, Atins, Camarão da Luzia, igarapé, Lagoa Verde, lagoas, Lençóis Maranhenses, parque nacional

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Cape Cod National Seashore

Estados Unidos, Massachusetts, Cape Cod

A belíssima paisagem de Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

A belíssima paisagem de Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


Refúgio dos bostonianios nos finais de semana, feriados prolongados ou porque não, looongas e maravilhosas férias de verão, o Cape Cod fica há apenas 115km da cidade de Boston. 115 km que podem demorar mais de 3 horas de trânsito, diga-se de passagem, ir para Cape Cod nessa época do ano, é quase como viajar para o litoral norte de São Paulo em um feriadão, engarrafamento na certa!

Aula de surf em Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

Aula de surf em Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


Cape Cod é uma península com 100km de extensão no litoral atlântico dos Estados Unidos, na costa do estado de Massachusetts. Seu formato de um braço em posição de muque, cria a grande Cape Cod Bay e mais de 60km de praia na parte voltada para o Atlântico. Nesta área está localizado o Cape Cod National Seashore, área de preservação litorânea que abriga uma infinidade de ecossistemas marinhos, terrestres, de água doce e estuários.

Magnífica paisagem do Salt Pond, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

Magnífica paisagem do Salt Pond, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


Sua origem geológica também data do período glacial. O cabo foi formado pelo acúmulo de material trazido pelas geleiras. Com a retração dos glaciares blocos de gelo vieram enroscados em meio aos entulhos de rochas, terra e areia, formando hoje os lagos de água doce.

Estudando o mapa da península de Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

Estudando o mapa da península de Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


Uma paisagem em contínua alteração, o movimento das marés e dos bancos de areia formaram quilômetros de praias, planícies alagadas, dunas, mangues, lagos e pântanos que abrigam uma rara flora e fauna. A natureza em suas mais diferentes faces e formas em uma faixa de terra tão estreita, impressionante!

caminhando pela belíssima Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

caminhando pela belíssima Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


A escolha da sua base vai depender do seu roteiro e prioridades. As principais cidades são Falmouth, ao sul da península, Chatham no cotovelo, e Provincetown no extremo norte do cabo, mas em toda a região podem ser encontrados hotéis, pousadas e inns para todos os gostos.


Exibir mapa ampliado

Esta é uma das regiões mais disputadas no verão, então não é fácil encontrar opções baratas de hospedagens, mesmo os motéis mais sem personalidade custarão em torno de 100 dólares a diária. Nós escolhemos a cidade de Falmouth, já que o plano era passar um dia explorando o parque nacional e outro na ilha próxima de Martha Vineyard. Para explorar toda a península ter um carro é essencial, dadas as distâncias no parque (ver mapa).

Relaxando em Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

Relaxando em Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


O nosso dia começou com uma estradinha básica de Falmouth até o Centro de Visitantes do Cape Cod National Seashore. Lá conseguimos mapas e informações, além de uma bela vista para a Salt Pond Bay e ao longe a Nauset Island.

Um dos muitos faróis espalhados pela península de Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

Um dos muitos faróis espalhados pela península de Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


Nos últimos 10 dias, nadamos em lagos, fizemos trilhas em vales e montanhas, passeamos em cidades e até de barco atrás de baleias e puffins. Então a escolha de hoje não estava muito difícil com os mais de 30°C, céu azul e sol escaldante! A decisão unânime, por três votos à zero foi PRAIA!!!

A praia de Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

A praia de Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


Fomos direto para a Marconi Beach, uma das mais famosas praias, não apenas por sua beleza natural, mas principalmente por sua história. Guglielmo Marconi foi um engenheiro elétrico italiano que através de seus estudos e trabalho veio parar nos Estados Unidos. Sua obcessão era a transmissão de dados sem a necessidade de um cabo. Com 16 anos ele transmitiu seu primeiro sinal wireless em uma mensagem telegráfica no jardim da casa de seu pai. As distâncias foram aumentando, assim como o seu sonho: enviar um telegrama transoceânico. Este sonho se realizou aqui em 18 de janeiro de 1903, quando ele enviou uma mensagem instantânea do então presidente dos Estados Unidos, T. Roosevelt para o Rei Edward VII da Inglaterra. Sim, Marconi é o pai da comunicação sem fio!

Painel informativo sobre Marconi e a primeira comunicação wireless entre continentes, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

Painel informativo sobre Marconi e a primeira comunicação wireless entre continentes, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


Em sua homenagem passamos o dia na praia batizada com o seu nome, caminhando, nadando e brincando com a Bebel nas piscinas formadas na maré baixa. Obrigada Marconi!

Bricadeiras e muita farra aproveitando o dia de sol na praia de Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

Bricadeiras e muita farra aproveitando o dia de sol na praia de Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


O final do dia foi de estrada de retorno a Falmouth, com um pequeno desvio para conhecer a charmosa cidade de Chatham. Demos um alow para um bando de leões marinhos que se retiravam para o alto mar e tivemos um delicioso jantar em uma das tavernas mais badaladas da cidade. Dia perfeito para recarregar as energias e relaxar ao melhor estilo primavera-verão.

Bricadeiras e muita farra aproveitando o dia de sol na praia de Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

Bricadeiras e muita farra aproveitando o dia de sol na praia de Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


Quem vem com mais tempo, a dica é pegar uma bicicleta e se aventurar pela Cape Cod Rail Trail, explorar a região de Wellfleet e suas lindas vistas da baía e ainda passar uns dois dias no norte da península, descobrindo as trilhas e respirando um pouco da cultura e do ar mais alternativo de Provincetown. Amanhã embarcamos para o destino dos ricos e famosos para conhecer um pouco mais da história de Cape Cod.

Com a Bebel, no alto de praia em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

Com a Bebel, no alto de praia em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos


1000dias na praia de Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

1000dias na praia de Marconi Beach, em Cape Cod, litoral sul de Massachusetts, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Massachusetts, Cape Cod, Cape Cod National Shore , Falmouth, parque nacional, Praia

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Semana renovável

Brasil, Paraná, Curitiba

Chuva, chuva, chuva e muuuuuuuuuito frio. O dia mais frio e úmido do ano foi nesta semana, segundo meteorologistas se caíssem mais 2 graus, teríamos neve em Curitiba. Foi o clima perfeito para colocarmos o site em dia, revermos a família e amigos, bajularmos a Luiza e resolvermos algumas pendências importantes.

Luiza com papai, mamãe e titias, em Curitiba - PR

Luiza com papai, mamãe e titias, em Curitiba - PR


Foi impressionante como tudo se encaixou! Assim que chegamos a Curitiba, ainda retirando as malas do porta-malas da Fiona, quebrou a fechadura da porta da capota. A mesma que já ia para uma manutenção descobrir por que tínhamos tanto pó entrando nas suas frestas. Segunda-feira logo cedo o Ro foi lá na Casa das Capotas e rapidamente conseguiu resolver! Enquanto isso eu agendava médicos, solicitava um par extra de lentes de contato, procurava um bom veterinário para operar a Diana e também marcava um salãozinho básico, afinal também sou filha de Deus (rsrsrs). Aos poucos conseguimos resolver tudo, até o conserto da nossa lente da Nikon que havia travado na volta do Agulhas Negras. Já havíamos conseguido uma super carona para ela de Maresias para a assistência técnica em SP, com o Rafa e a Laura. Por módicos 400 reais eles arrumaram e nos enviaram para Ribeirão Preto, próxima parada.

Levando a Tamara e Paulinho para passear de Fiona

Levando a Tamara e Paulinho para passear de Fiona


A cirurgia da Diana que foi meio chata, tadinha. Retirou três cistos, dois da mama e um da bochecha, porém ainda não sabemos se são cancerígenos ou não, o resultado do exame histopatológico sairá apenas semana que vem. Ela ficou toda zureta depois da anestesia e ainda colocamos uma camiseta e o colar vitoriano, vulgo balde, para proteger os pontos. Ficou engraçadíssima, mas ela nos olhava com uma carinha como quem diz “o que vocês fizeram comigo?”. Tivemos que fazer... ela tinha apenas um cisto e em pouco tempo apareceram mais dois e eu, a mãe, tinha que tomar alguma atitude! Por isso aconteceu esta semana, aproveitando não só a nossa passagem por Curitiba, mas também que a Ju, madrinha, está lá para terminar de cuidar no pós-operatório.

Diana pós-operatória

Diana pós-operatória


Outras coisas também se encaixaram na mesma semana. Uma audiência que eu e o Rodrigo tínhamos que participar estava agendada para o dia 15/07, quinta-feira. Quarta-feira rolou um encontro com os amigos Aymoré, Jus, Vanessa, Ricardo e Karina no Bar Baronesa, e os mais guerreiros estenderam para uma baladinha no Wonka. Comemoramos antecipadamente o aniversário do meu pai na quinta-feira na casa da Dani e do Dudu, onde preparei a minha especialidade, mignon ao forno e macarrão ao molho gorgonzola!

Celebrando o aniversário do Mário na casa da Dani e Dudu

Celebrando o aniversário do Mário na casa da Dani e Dudu


Na sexta-feira fomos ao aniversário de 60 anos da minha Tia Clarisse e fizemos um churrasquinho com Ricardo e Karina, com Pasini e Fernanda.

Jantar na casa da Karina e do Ricardo com Pasini e Fernanda

Jantar na casa da Karina e do Ricardo com Pasini e Fernanda


No sábado fomos ao chá de panela da Paula, amiga linda que casará em setembro com o Gusta, grande amigo meu dos tempos de Expoente.

Amigos celebrando chá de cozinha da Paula e do Gusta

Amigos celebrando chá de cozinha da Paula e do Gusta


Ufa... semaninha agitada. Ah! E tudo isso com muitas visitas à estrela principal da semana, do mês, do ano e do mundo, a pequena Luiza.

Luiza com mamãe e titias, em Curitiba - PR

Luiza com mamãe e titias, em Curitiba - PR


Aproveitando ainda mais que o universo estava conspirando para resolvermos todas as pendengas, ainda consegui fazer uma bela limpa em todos os materiais escolares, agendas e diários antigos que eu tinha guardados na casa da minha mãe.

Cassoulet na casa da Patrícia

Cassoulet na casa da Patrícia


Joguei fora dois sacos de lixo daqueles imensos de 100 litros e restaram quatro caixinhas de arquivo com fotos, cartas, postais e algumas das memórias mais gostosas. Até a minha pasta com a coleção de papel de cartas eu encontrei. Estava prestes a doá-la quando fui convencida pela Ju a guardar para a minha filha... tempo demais né? Acho que quem vai acabar se dando bem será a Lulu!

Luiza enfrentando o frio em Curitiba - PR

Luiza enfrentando o frio em Curitiba - PR


Este tempo em Curitiba foi quase como uma catarse, revendo memórias antigas, guardando as boas e jogando fora aquelas que não faziam mais parte de quem me tornei. Liberando espaço no meu HD Energético, dando espaço para boas memórias, sonhos e também para uma nova energia, limpa e renovada! Ou seria renovável?

Resposta: acho que está mais para a segunda opção, ainda mais que o Rodrigo começa a querer excluir da contagem dos 1000 os dias que passamos em Curitiba. Isso é que é semana renovável!

Brasil, Paraná, Curitiba,

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