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Blog da Ana - 1000 dias

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Itaipu – Uma maravilha moderna

Brasil, Paraná, Foz do Iguaçu

Os gigantescos dutos de água das turbinas da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai. Por cada um deles passam, em média, o volume correspondente à metade das cataratas do Iguaçu!

Os gigantescos dutos de água das turbinas da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai. Por cada um deles passam, em média, o volume correspondente à metade das cataratas do Iguaçu!


Construída entre 1973 e 1982, Itaipu Binacional é a maior hidrelétrica em geração de energia no mundo! Foi ultrapassada recentemente pela Três Gargantas, na China, em potencia instalada. Esta só não nos ultrapassou em geração de energia, pois não possui um rio tão forte e cauladoso como o Rio Paraná.

Entrando nas instalações da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Entrando nas instalações da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


A Itaipu é considerada uma das 7 maravilhas modernas, devido à grandiosidade da sua obra. Idealizada pelo engenheiro Gomurka Sakaria, indiano e projetada por um consórcio de empresas estrangeiras, uma americana e outra italiana, que dispunham de todo conhecimento técnico e tecnologia para uma obra desta magnitude.

Observando fotos da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Observando fotos da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


Para sua construção chegaram a ser empregados mais de 40 mil trabalhadores diretos. Durante o primeiro ano foram construídas as estradas de acesso e toda a infra-estrutura do acampamento pioneiro para os trabalhadores e engenheiros que a partir deste ano praticamente se mudariam para a região até o término da obra. Este acampamento transformou Foz do Iguaçu, que até então possuía 20 mil habitantes para uma cidade de 101.447 habitantes.

Corredor com mais de um quilômetro dentro das instalações da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Corredor com mais de um quilômetro dentro das instalações da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


Ela foi construída em um trecho do rio onde o cânion era mais profundo, indicando a força que a água exercia nas suas margens. Ali havia uma ilha conhecida por “Itaipu” que em tupi quer dizer “Pedra que canta”. Para que fosse erguida a barragem, um canal de 2 km teve que ser escavado para desviar o leito do rio. Em 1978 a construção do desvio foi finalizada e se iniciava então a construção da barragem principal.

Grande explosão para a construção da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Grande explosão para a construção da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


O ritmo de construção foi absurdo! Era construído o equivalente a um prédio de 10 andares por hora! Toneladas de concreto eram despejadas na barragem, misturadas à toneladas de gelo, técnica utilizada para retardar a secagem e diminuir a incidência de bolhas de ar no concreto. Mais bacana ainda foi ver toda esta obra e saber que o meu sogro esteve neste canteiro de obras acompanhando cada passo da construção. Engenheiro, ele trabalhava na empresa responsável pela colocação dos guindastes que levavam as caçambas de concreto para os pontos de concretagem ao longo da barragem. Ele nos contou que chegou a subir dentro de uma caçamba e cruzou a barragem pelos ares! Que coragem!

O centro de comando da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

O centro de comando da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


A primeira turbina levou 4 meses para ser deslocada de São Paulo até o canteiro de obras e ao final deste ano, em 5 de dezembro de 1982, foi inaugurada a Itaipu Binacional. Construída em um consórcio entre os governos brasileiro e paraguaios, que fizeram o aporte inicial de 10 bilhões de dólares para a formação da companhia. A partir daí conseguiram um empréstimo internacional, que propiciou o início dos trabalhos. Toda a companhia é 50% brasileira e 50% paraguaia, no quadro de funcionários, na energia gerada e na divisão das dívidas, que ainda estão sendo pagas pelos próximos 10 anos. Todo a receita da Itaipu é utilizada para pagamento de despesas, quadro funcional, royalties para as cidades atingidas pela inundação e do empréstimo feito, sendo, portanto uma empresa sem lucro financeiro algum. Hoje a Itaipu é responsável pela geração de 16% da energia utilizada pelo Brasil, já incluindo o percentual importado pelo Brasil do excedente paraguaio.

O rotor, com algumas dezenas de toneladas, é uma das menores peças que formam o coração da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

O rotor, com algumas dezenas de toneladas, é uma das menores peças que formam o coração da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


É impossível olhar toda esta maravilha da engenharia e não pensar no impacto ambiental causado. A maior e mais notável perda foi a imersão das Sete Quedas, na região de Guaíra, Paraná. Uma maravilha natural perdida para sempre. Ficamos pensando que hoje, considerando os aspectos ambientais, a construção de uma usina como esta seria praticamente impossível. O lago de Itaipu é um imenso espelho d´água e ainda não pode ser mensurado exatamente qual é o impacto que este espelho exerce na alteração do clima, que tende a ficar mais quente, ampliando o aquecimento global.

A represa vista do alto da barragem da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

A represa vista do alto da barragem da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


Ainda assim ficamos felizes em saber que, mesmo naquela época, houve uma preocupação com a fauna local. O fechamento das comportas do canal de desvio, para a formação do reservatório da usina, deu início à operação Mymba Kuera (que em tupi-guarani quer dizer “pega-bicho”). A operação salvou a vida de 36.450 animais que viviam na área a ser inundada pelo lago.

O centro de comando da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

O centro de comando da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


Encontrar o equilíbrio entre o desenvolvimento, o progresso e a preservação ambiental não é fácil. Ao mesmo tempo que o mundo precisa se desenvolver para suprir a super-população humana com uma infra-estrutura básica, a interferência do homem na natureza precisa ser reduzida com urgência. Esta fórmula ainda não foi encontrada e sem dúvida não será enquanto a população mundial continuar a crescer a taxas absurdas. A necessidade de energia e alimento continuará devastando, inundando e destruindo a natureza. Somos parte desta problemática e não adianta ficarmos sentados esperando uma solução, então deixo aqui uma pergunta para reflexão, como nós podemos mudar isso?

Brasil, Paraná, Foz do Iguaçu, binacional, Itaipu, usina hidrelétrica

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Um Roteiro pelo Norte da Cidade do México à Teotihuacán

México, Cidade do México, Teotihuacán

POR VALÉRIA ALBACH.

Pirâmides do Sol e da Lua vistas da Ciudadela, nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Pirâmides do Sol e da Lua vistas da Ciudadela, nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Eu me chamo Valéria e adoro as viagens, até por isso que resolvi estudá-las como profissão, sou uma turismóloga, professoro e faço projetos tentando contribuir para o desenvolvimento do Turismo no Brasil. Também sou Amiga (com A bem maiúsculo) da Ana desde quando ela nasceu, madrinha desse casamento e fã dos Mil dias Por Toda América.

Val e as pirâmides do Sol e da Lua. Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Val e as pirâmides do Sol e da Lua. Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Quase mil dias depois da saída da Fiona de Curitiba eu consigo embarcar por essa América, e com muita sorte em um país incrível: o México.
Roubei a Ana do Rodrigo por uns dias, já que ele foi subir a montanha mais alta do país e eu não tinha condições de acompanhar. Pude me aventurar um pouco na altitude e foi super legal, mas a Cidade do México estava a nossa espera.

Pirâmide do Sol e seus vendedores incansáveis. Ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Pirâmide do Sol e seus vendedores incansáveis. Ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Sem carro, achamos melhor entrar em um grupo para irmos a Teotihuacán. O lugar é tão especial, que a Ana topou revê-lo comigo, um dos poucos reprises desses mil dias. E eu achei interessante avaliar o serviço de receptivo da Cidade do México. Nosso grupo era formado apenas por pessoas que estavam hospedadas em hostels, o que na minha opinião, torna tudo mais divertido. O “alberguista” não busca apenas pagar pouco na hospedagem, ele busca integração, diversão e aprendizado. Em duas vans com australianos, franceses, suecos, obviamente encontramos brasileiros. Sim, estamos por toda a parte!

Grupo do tour no alto das ruínas da Ciudadela. Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Grupo do tour no alto das ruínas da Ciudadela. Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Nosso guia Ivan é recém formado em História e há quatro meses conduz grupos por diferentes roteiros. Aliás, fiquei positivamente surpreendida com a qualidade dos guias no país. Até mesmo os que não possuem curso superior, passam por cursos especializados e chancelados por universidades, com áreas específicas, como os guias de zonas arqueológicas. E a cada quatro anos, suas carteirinhas são revalidadas por meio de novos cursos. Essas zonas são muitas e há ligação entre elas, o que torna esse estudo interessante bem como o trabalho desse pessoal.

Tecido feito com fibra de maguey. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Tecido feito com fibra de maguey. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Mas voltando ao nosso roteiro, a primeira parada deste dia foi em uma zona arqueológica ao norte da enorme Cidade do México, Tlatelolco, exprimido em meio a urbanização este pequeno sítio de entrada gratuita é uma opção para os que viajam com pouca grana e desejam conhecer a história dos astecas no México. Há tantos atrativos na cidade e arredores, que é possível conhecer muita coisa sem gastar quase nada. Essa área funcionou na maior parte do tempo como mercado e recebeu até 40.000 pessoas. Ao fundo do sítio há a Igreja de Santiago que foi erguida com pedras de Tlateloco. Também em anexo há a Praça das Três Culturas que foi palco em 1968 de um massacre de aproximadamente 300 estudantes que dias antes dos Jogos Olímpicos quiseram chamar a atenção do mundo para os problemas políticos do país. Interessante encontrar história de tantas épocas distintas em um pequeno espaço.

Tlatelolco, com a Igreja de Santiago ao fundo. Cidade do México

Tlatelolco, com a Igreja de Santiago ao fundo. Cidade do México


Los Amantes de Tlatelolco, vítimas de sacrifício após uma guerra. Tlatelolco, Cidade do México

Los Amantes de Tlatelolco, vítimas de sacrifício após uma guerra. Tlatelolco, Cidade do México


Monumento ao nascimento de um novo povo. Tlatelolco, na Cidade do México

Monumento ao nascimento de um novo povo. Tlatelolco, na Cidade do México


Monumento aos estudantes que lutaram contra a ditadura e foram assassinados na praça de Tlatelolco, na Cidade do México

Monumento aos estudantes que lutaram contra a ditadura e foram assassinados na praça de Tlatelolco, na Cidade do México


Depois seguimos para o Santuário da Virgem de Guadalupe, a “Virgencita” é a padroeira do país e da América Latina e ali ocorrem as maiores peregrinações do mundo. Considerando templos católicos, depois do Vaticano é o santuário que mais recebe visitantes, uma média de 20 milhões por ano. A Basílica é lindíssima e se situa aos pés do Monte Tepeyac e a construção sofre danos devido ao afundamento do terreno (já que a cidade do México está acima de um lago aterrado). Por essa razão e para abrigar mais fiéis há uma Nova Basílica onde se encontra se a imagem da Virgem de Guadalupe. Ao contrário da maioria das imagens que são esculturas, esta é uma pintura que se acredita foi concebida milagrosamente e encontrada por um índio da tribo nahua, Juan Diego Cuauhtlatoatzin, que hoje é considerado santo. O sincretismo é evidente na cultura religiosa mexicana desde sempre.

Novo Santuário da Virgencita de Guadalupe, na Cidade do México

Novo Santuário da Virgencita de Guadalupe, na Cidade do México


Imagem da Virgem de Guadalupe, na Cidade do México

Imagem da Virgem de Guadalupe, na Cidade do México


Ana, Valéria e a antiga Basílica do Santuário de Guadalupe, na Cidade do México

Ana, Valéria e a antiga Basílica do Santuário de Guadalupe, na Cidade do México


A estrutura e organização do santuário impressiona, as lojinhas com o comércio de souvenirs estão na parte subterrânea, há um local externo para bênçãos e missas programadas o dia todo, e para observar a imagem da padroeira há passarelas rolantes que garantem um bom trânsito para os fiéis.

Esteiras rolantes para descongestionar o corredor onde está exposta a imagem da Virgem de Guadalupe, na Cidade do México

Esteiras rolantes para descongestionar o corredor onde está exposta a imagem da Virgem de Guadalupe, na Cidade do México


Fiéis chegam ajoelhados ao Santuário da Virgem de Guadalupe, na Cidade do México

Fiéis chegam ajoelhados ao Santuário da Virgem de Guadalupe, na Cidade do México


Após essa passagem pelo Santuário já na área de Teotihuacán fomos conhecer a área de uma cooperativa de moradores que há muitos anos atendem os turistas oferecendo explicações de seus ícones culturais como o mezcal, bebida mais tradicional que a tequila feita também do agave, seus tecidos coloridos naturalmente, seu artesanato, principalmente de obisidiana, e sua comida típica. Mesmo sendo um local totalmente destinado ao turista, a organização dessa comunidade e o interesse em se envolver com os visitantes tornaram a experiência única. E pudemos almoçar com várias pessoas do grupo rindo das comidas picantes e conversando sobre tudo.

Maguey, planta com uma infinidade de utilidades. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Maguey, planta com uma infinidade de utilidades. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Maguey, o papiro dos antigos mexicas e teotihuacanos, próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Maguey, o papiro dos antigos mexicas e teotihuacanos, próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Colorindo as fibras naturais do maguey com pétalas de flores. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Colorindo as fibras naturais do maguey com pétalas de flores. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Ferramenta de corte feita com obsidiana, a pedra vulcânica. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Ferramenta de corte feita com obsidiana, a pedra vulcânica. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Tequila e Pulque, bebidas feita de diferentes tipos de maguey. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Tequila e Pulque, bebidas feita de diferentes tipos de maguey. Próximo às ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Enfim, chegamos a zona arqueológica de Teotihuacán que a Ana tão bem definiu: A Cidade dos Deuses. Realmente, lá é possível um encontro com os Deuses, pura energia, puro maíz como se diz pelo México. A possibilidade de subir nas pirâmides torna a experiência impressionante e para mim, começar a compreender os povos pré-colombianos foi um banho contra a minha ignorância.

Calzada de los Muertos, nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Calzada de los Muertos, nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Vendedores e seus chapéus, nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Vendedores e seus chapéus, nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Val energizando na Pirâmide do Sol. Ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Val energizando na Pirâmide do Sol. Ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Caminhando pela Calzada de los Muertos com a Pirâmide de la Luna ao fundo.  Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Caminhando pela Calzada de los Muertos com a Pirâmide de la Luna ao fundo. Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


O roteiro foi bem pensado, mas Teotihuacán merece um dia bem inteiro, já que fecha às 17h. A melhor parte foi poder dividir tudo o que vi com a minha grande amiga!

Amigas e a paisagem das ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Amigas e a paisagem das ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

México, Cidade do México, Teotihuacán, arqueologia, Santuário da Virgem de Guadalupe, Tlatelolco

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Nós & Elis, a gente era feliz - e sabia.

Brasil, Piauí, Teresina

Dedicatória de Joca Oeiras no livro que organizou

Dedicatória de Joca Oeiras no livro que organizou


Nós & Elis, mais que um bar foi um espaço cultural que fez parte da história de uma geração de jovens estudantes, artistas, políticos e formadores de opinião piauienses. O espaço foi inaugurado em 1984, ano da votação da emenda Dante de Oliveira, que estabelecia eleições diretas para presidente. Embalado pelo Diretas Já, por um sonho de democracia e liberdade de expressão, o Nós & Elis foi palco para muitas discussões políticas e culturais. O seu criador, Elias Ximenes Prado Júnior era um idealista fervoroso. economista formado na UNB, deixava claro mesmo para sua esposa que a política vinha em primeiro lugar na sua vida, “pois tinha uma missão de ajudar o seu povo a ter uma vida melhor”. Além disso, era um apaixonado pela arte e cultura e enxergava o potencial dos jovens artistas piauienses, que não possuíam um espaço onde fossem reconhecidos.

Elias Ximenes Prado Junior, proprietário do 'Nós e Elis' (foto presente no livro)

Elias Ximenes Prado Junior, proprietário do "Nós e Elis" (foto presente no livro)


Aí nasceu o Nós & Elis um bar onde muitos se conheceram, apaixonaram, casaram, indignaram, choraram, beberam e comemoraram a vida. Onde os artistas tinham liberdade de desenvolver a sua arte, onde as composições próprias eram bem vindas, desde que passassem pelo crivo de Elias. Era a sua casa, sempre de portas abertas a todos que quisessem entrar, mas se alguém desrespeitasse algum artista ou seus ideais políticos, sem nenhuma cerimônia era expulso pelo dono do bar e convidado a nunca mais retornar. Ali Elias construiu um espaço para expor as suas ideias, discuti-las com jovens engajados e que muitas vezes compartilhavam do mesmo sonho, pavimentando o seu caminho para um futuro político, unindo o útil ao agradável.

Vários artistas e personagens ficaram marcados na história do Nós & Elis, dentre eles Geraldo Brito, Roraima, Paulo Aquino, Netinho da Flauta, músicos, Kenard Kruel, jornalista e boêmio, Vera Mascarenhas, esposa de Elias e tantas outras pessoas que hoje nos contam a história deste lugar, que nunca conheci e nunca poderei conhecer, mas sinto como se fosse freqüentadora assídua e parte desta história. Todos eles estão presentes no livro organizado por Joca Oeiras, um jornalista paulista radicado em Oeiras, interior do Piauí. O coletivo de autores reúne dezenas de histórias que gravitam em torno da memória e das saudades deixadas pelo Nós & Elis.

Capa do livro 'Nós e Elis', de Joca Oeiras

Capa do livro "Nós e Elis", de Joca Oeiras


O testemunho de Natércia Rangel sobre Netinho foi para mim um dos pontos altos do livro, que de repente abre um parênteses do Nós & Elis e nos conta notícias deste amigo tão querido, vindas de um mundo que não vemos, porém no qual acredito muito, o mundo espiritual. Natércia descreve a “Viagem de Netinho” desde o início, sua vida, sua passagem e como está “do lado de lá”. Uma homenagem sensacional a um personagem tão presente na vida deste grupo de amigos.

Quando chegamos a Teresina eu logo me senti em casa, vi a placa da UFPI e pensei, o Nós & Elis é para lá! Logo passamos pela Av. Frei Serafim e visualizei o fusca de Kenard Kruel voando pelas ruas, calçadas e canteiros com Paulo Moura ao volante (que não sabia dirigir) e William Melo Soares, poeta, pedindo para descer e salvar a sua vida. Os logradouros já me eram familiares, a Primeiro de Maio e a Av. Miguel Rosa, o Teatro 4 de Setembro, etc. A cidade já possuía outra atmosfera, eu sabia que ali existia um grupo de artistas, intelectuais e pessoas que faziam, e ainda fazem de Teresina um lugar especial. A minha agonia era de não saber onde encontrá-los, imaginar que poderiam estar reunidos em uma mesa de bar ou na casa de um deles ali ao lado. Ou ainda, nesta nova fase, cuidando de suas vidas, cada um na sua casa, com sua família, filhos, esposas, seus livros e violões.

Joca Oeiras em suas pesquisas para a edição do livro 'Nós e Elis' (foto retirada do livro)

Joca Oeiras em suas pesquisas para a edição do livro "Nós e Elis" (foto retirada do livro)


Existem alguns lugares no mundo que tenho saudades sem ter conhecido e que sei que nunca mais poderei conhecê-los. As 7 Quedas, as Estátuas de Buda explodidas pelos Talibãs no deserto de Bamyian, o Rio de Janeiro boêmio de Tom e Vinícius e o Nós & Elis, de Elias Prado, GB e tantos outros. Fica aqui o registro e o meu agradecimento a Joca Oeiras e a todos que compartilharam comigo suas memórias, ou melhor, as nossas memórias de um tempo em que a gente era feliz - e sabia.

Eu e meu livro, presenteado por Joca e Bill, em Oeiras - PI

Eu e meu livro, presenteado por Joca e Bill, em Oeiras - PI

Brasil, Piauí, Teresina, Joca Oeiras, Nós & Elis

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Ilha do Pisassal

Brasil, Rio Grande Do Norte, Galinhos

Salina próxima à Galinhos - RN

Salina próxima à Galinhos - RN


Após uma manhã carregando e reorganizando a nossa casa e amiga Fiona, estávamos finalmente prontos para seguir viagem em direção ao norte. Nosso destino é Galinhos, praia na região das salinas potiguares e dos famosos moinhos para produção de energia eólica.

Fim de tarde em Galinhos - RN

Fim de tarde em Galinhos - RN


Esta sempre foi, para mim, a cara do Rio Grande do Norte. Acho que formei esta imagem ainda criança, quando nas aulas de geografia ou ciências sociais aprendíamos que uma das principais atividades econômicas do estado era a extração de sal, além da energia renovável nos imensos cata-ventos.

Belo céu, em Galinhos - RN

Belo céu, em Galinhos - RN


Duas horas de viagem até Pratagil, base de onde atravessamos o rio para a península onde ficam as cidades de Galos e, na extremidade, Galinhos. Uma comunidade simples, com pouca atividade turística, passeios de barco, bugue para as dunas e uma meia-dúzia de pousadas. Logo nos instalamos na pousada Ilha do Pisassal, onde Aninha nos recebeu já com um belo suco de manga e um peixinho que havia feito para o seu almoço. A vista para os fundos da nossa varanda já é do rio indo de encontro ao mar.

Barco para Galinhos - RN (nos lembrou muito a Ilha do Mel!)

Barco para Galinhos - RN (nos lembrou muito a Ilha do Mel!)


Fomos fazer uma caminhada de uns 4 ou 5km até o farol. No caminho começamos a cruzar com um grupo de pessoas, homens, mulheres e crianças, fazendo exercícios, corrida, caminhada e tiros subindo e descendo dunas.

O farol na ponta da praia, em Galinhos - RN

O farol na ponta da praia, em Galinhos - RN


Adorei, população preocupada com a saúde! Envolvida pelo clima aproveitei para fazer a minha sessão diária de ginástica vendo o pôr-do-sol do alto da duna.

Crianças brincam na duna no fim de tarde, em Galinhos - RN

Crianças brincam na duna no fim de tarde, em Galinhos - RN


Praia vazia, encontramos apenas alguns turistas no restaurante durante o jantar, todos estrangeiros, italianos, franceses, australianos... Todos descobrindo e desfrutando das nossas belezas naturais antes da maioria de nós brasileiros. Fazer o que se o povo gosta de se apinhar em Genipabu?

Pôr-do-sol em Galinhos - RN

Pôr-do-sol em Galinhos - RN

Brasil, Rio Grande Do Norte, Galinhos, farol, Pisassal, Praia, Rio

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Lagos de Montebello

México, Comitan

A linda laguna Cinco Lagos, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

A linda laguna Cinco Lagos, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala


À uma hora de Comitán está o Parque Nacional dos Lagos de Montebello. Um conjunto de mais de 50 lagunas das mais diferentes cores e tons de azul turquesa à verde esmeralda e musgo. Com mais de 6 mil hectares de área, o parque foi criado em 1959 para proteção dos bosques, águas, flora e fauna da região.

Mapa do parque Lagunas de Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

Mapa do parque Lagunas de Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala


A estrada que cruza o parque margeia um longo trecho da fronteira com a Guatemala, sendo teoricamente uma área crítica, portanto, pelo plantio e tráfico de drogas. No caminho cruzamos um caminhão do exército com alguns militares bem armados, mas fora isso, nada que nos faça crer ser uma região perigosa.

As águas azuis-esverdeadas da laguna Cinco Lagos, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

As águas azuis-esverdeadas da laguna Cinco Lagos, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala


Os bosques de pinos nos fazem lembrar que estamos na América do Norte, mas são tudo menos o que eu imaginava encontrar no México, sempre seco e quente no meu imaginário. Os lagos estão a uma altitude de 1500msnm, portanto um clima temperado domina a região.

A belíssima laguna Ensueño, no parque Lagunas de Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

A belíssima laguna Ensueño, no parque Lagunas de Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala


Os lagos estão conectados entre si por rios subterrâneos e são alimentados por lençóis freáticos de água mineral. As cores variam conforme a incidência da luz e os minerais das rochas que formam cada laguna.

A laguna Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

A laguna Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala


Uma paisagem fantástica de clima temperado, pinos, lagos e montanhas em pleno México, sensacional! Passamos primeiro pelas lagunas Água Tinta, Esmeralda, Encantada e Ensueño, todas facilmente acessíveis de carro e por trilhas de 100, 300 e 500m. Todas tão próximas e com cores tão diferentes. A última, Ensueño, é a única em que o banho é proibido, já que a água é usada para consumo de uma vila próxima.

A belíssima laguna Ensueño, no parque Lagunas de Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

A belíssima laguna Ensueño, no parque Lagunas de Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala


Deixamos os lagos mais bonitos para o final, Montebello, que possui uma praia de areia, melhor área para banho, mesmo com água mais fria, perfeito fazer provas de travessias de natação. Em frente estão várias barraquinhas oferecendo bocadillos (aperitivos) locais. Queijos, chocolates e linguiças artesanais e a maravilhosa quesadilla mexicana.

Chorizo para preparação de quesadillas, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

Chorizo para preparação de quesadillas, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala


A Flor nos preparou uma quesadilla de farinha com recheio de queijo e lingüiça deliciosa, ainda mais feita no fogão à lenha! Humm, abriu o apetite!

Preparando quesadillas na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

Preparando quesadillas na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala


Seguimos para o nosso último lago, o mais bonito, mais quente para um mergulho, justamente quando o tempo fechou e uma garoa começou a esfriar os ânimos. Cinco Lagos é a paisagem mais conhecida do parque, um mirante no alto nos permite ver a sua geografia. Água claríssima, mesmo sem sol, super convidativa.

A linda laguna Cinco Lagos, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

A linda laguna Cinco Lagos, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala


Abaixo balseiros oferecem passeios aos mais corajosos e animados. Com sol sem dúvida teríamos embarcado para um tchibum no meio do lago, que chega a ter mais de 200m de profundidade! Um lugar perfeito para treinar apnéia.

Visitando a laguna Cinco Lagos, no parque Launas de Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

Visitando a laguna Cinco Lagos, no parque Launas de Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala


Daqui seguimos, com um roteiro diferente do pensado inicialmente. Ao invés de irmos direto para San Cristóbal e de lá viajar à Palenque, Toniná, etc, cortamos caminhos e dirigimos direto para a cidadezinha de Ocosingo, ótima base para explorar os sítios arqueológicos da região. Amanhã começamos a nossa jornada pela Civilização Maya nas ruínas de Palenque!

A laguna Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

A laguna Montebello, na região de Comitan, em Chiapas, no sul do México, fronteira com Guatemala

México, Comitan, Lago, Lago de Montebello, parque nacional

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Playa del Carmen

México, Playa del Carmen

O litoral caribenho de Playa del Carmen, no sul do México

O litoral caribenho de Playa del Carmen, no sul do México


Em 1985 Playa del Carmen não passava de uma pequena vila de pescadores com menos de 1000 habitantes. Hoje, 20 anos mais tarde, os 100 mil habitantes vivem do turismo e a cidade continua crescendo em torno deste mercado. Um dos portos mais próximos à Ilha de Cozumel, desde os tempos dos mayas esta foi sua principal função. Não é muito diferente hoje, na Playa moderna, que veio ao mapa turístico como porto e se tornou uma alternativa mais tranquila à já tumultuada Cancún.

A 5a Avenida pela manhã, ainda tranquila, em Playa del Carmen, no sul do México

A 5a Avenida pela manhã, ainda tranquila, em Playa del Carmen, no sul do México


Durante o dia uma das pedidas preferidas é pegar um barco e conhecer a ilha de Cozumel (veja o post aqui). A melhor praia da cidade é a Mamacitas, mas se você quer uma praia bonita e tranquila, o ideal é dirigir rumo à Tulum até Akumal ou ainda alguns quilômetros mais e se esparramar em X-Cacel ou X-Cacelito, praias desertas paradisíacas e, repito, sem estrutura alguma.

Playa del Carmen, no sul do México

Playa del Carmen, no sul do México


Akumal está na metade do caminho entre Playa del Carmen e Tulum e também é conhecida como Baia de las Tortugas. Lá as tartarugas nadam tranquilas nas águas rasas da baía, um ótimo lugar para snorkel.

Coqueiros penteados e escovados para não atrapalhar a vista dos turistas na praia de Akumal, entre Tulum e Playa del Carmen, no Yucatán, no sul do México

Coqueiros penteados e escovados para não atrapalhar a vista dos turistas na praia de Akumal, entre Tulum e Playa del Carmen, no Yucatán, no sul do México


Nós passamos um belo final de tarde em Akumal, ainda com a Valéria, no dia em que saímos de Tulum e fomos até Playa del Carmen. O restaurante La Buena Vida na beira da praia de Akumal Norte foi o nosso point para um almoço tardio, acompanhado de um lindo entardecer.

Subindo para nossa mesa em restaurante de Akumal, entre Tulum e Playa del Carmen, no Yucatán, no sul do México

Subindo para nossa mesa em restaurante de Akumal, entre Tulum e Playa del Carmen, no Yucatán, no sul do México


Recolhendo o baldinho de cerveja que chegou de elevador à nossa mesa-mirante, em restaurante em Akumal, entre Tulum e Playa del Carmen, no Yucatán, no sul do México

Recolhendo o baldinho de cerveja que chegou de elevador à nossa mesa-mirante, em restaurante em Akumal, entre Tulum e Playa del Carmen, no Yucatán, no sul do México


Com a Val, almoçando em Akumal, entre Tulum e Playa del Carmen, no Yucatán, no sul do México

Com a Val, almoçando em Akumal, entre Tulum e Playa del Carmen, no Yucatán, no sul do México


Se você encara um programa tipo “um dia no resort”, nos indicaram muito o X-Plor, que tem parque aquático com cenotes e cavernas à beira mar, uma baita infraestrutura e buffet de almoço, sobremesas e jantar liberados o dia inteiro. Custa em torno de 100 dólares por pessoa. Tanto o X-Plor, quanto o X-Caret são empreendimentos de uma das famílias mais ricas e influentes de Quintana Roo. Os resorts parecem ser ótimos, mas segundo alguns locais mais antenados, as práticas ambientais não são das mais corretas.

Campanha publicitária em Cancún, no sul do México

Campanha publicitária em Cancún, no sul do México


Como toda boa cidade turística o centrinho de Playa possui uma longa avenida peatonal, lotada de lojas, bares e restaurantes e uma intensa vida noturna. A atração mais famosa é o Coco Bongo, uma casa show que reúne artistas circenses, personagens de quadrinhos e covers de grandes cantores como Madona e afins. Excursões vêm de todos os hotéis e resorts da região, o que só liquida com as chances de que eu pague 70 dólares para entrar nesta espécie de Las Vegas mexicana.

Igreja iluminada em praça na 5a Avenida em Playa del Carmen, na península do Yucatán, no México

Igreja iluminada em praça na 5a Avenida em Playa del Carmen, na península do Yucatán, no México


Esse mexicano se deu bem! (Playa del Carmen, na península do Yucatán, no México)

Esse mexicano se deu bem! (Playa del Carmen, na península do Yucatán, no México)


Então a melhor pedida é caminhar pelas Av. 5 (a peatonal) e você logo descobrirá onde está o maior agito. A Calle 12 tem um aglomerado de bares e boates para todos os gostos e para os que gostam de algo mais requintado, na Calle 26 está o Sushi, um restaurante lounge super bacana e badalado. Para casais e um clima mais romântico à beira mar, o nosso point preferido foi o Fusion, bem no comecinho da Calle 6. Eles têm um cardápio bacana, mesinhas com pé na areia e sempre uma atração diferente como música ao vivo, apresentações de dança e malabares com fogo, bem bacana.

Curtindo a noite em Playa del Carmen, na península do Yucatán, no México

Curtindo a noite em Playa del Carmen, na península do Yucatán, no México


Enfim, se você é uma pessoa que gosta de agito, compras e um clima urbano nas suas férias, Playa del Carmen é uma boa base. Se o seu clima de férias é um lugar mais praiano e tranquilo a recomendação é ir para Tulum, que também possui infraestrutura, vários resorts e hotéis a beira mar, mas com um clima muito mais relax. Aguardem detalhes nos próximos capítulos.

México, Playa del Carmen, Akumal, Coco Bongo, Playa del Carmen

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Ver o peso

Brasil, Pará, Belém

Venda de peixe no Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA

Venda de peixe no Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA


Belém foi fundada em 1616, porta de entrada para os Portugueses na Amazônia. Cresceu com base no trabalho escravo, exportando matérias primas para a Europa, como o cacau, peles de animais e outras riquezas amazônicas. Passou por altos e baixos econômicos, quando passou a ser uma das maiores exportadoras de látex, na época áurea do Ciclo da Borracha. Foi nesta época que foram estruturados os portos da capital paraense, que permanecem até hoje escoando produtos como estanho, soja, peixe, camarão, castanhas, entre outros.

Região do Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA

Região do Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA


Hoje fomos conferir um dos lugares mais antigos de Belém, o mercado municipal, também conhecido como Ver o Peso. Este nome surgiu pois era ali que os portugueses conferiam o peso dos produtos vendidos para calcular os impostos cobrados pela Coroa.

Região do Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA

Região do Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA


Ontem a noite retornamos ao hotel e continuamos trabalhando até tarde, aproveitando bem a internet rápida para zerar as pendências. Fui dormir às 3 da manhã e hoje as 6h30 já estávamos em pé para “Ver o peso” no melhor horário do dia. Logo cedo, quando os feirantes estão com as suas barracas recém montadas com produtos fresquinhos e o movimento está começando a esquentar.

Venda de camarão no Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA

Venda de camarão no Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA


O mercado é todo organizado, dividido por tipo de produtos. Em um prédio fica o mercado de peixes, de todos os tamanhos e espécies imagináveis. Filhote, raia, tainha, dourado, pargo e até uns pequenos tubarões. Logo ao lado encontramos as verduras, legumes e temperos.

Banca de temperos no Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA

Banca de temperos no Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA


Mais adiante grãos como a farinha de mandioca e milho, feijão, arroz, e as frutas. Ali também há uma sessão inteira de Castanha do Pará, onde os descascadores demonstram sua prática em retirar aquela casca dura, deixando só a semente. Um copinho de 200ml da castanha custa 5 reais.

A famosa Castanha-do-Pará, no Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA

A famosa Castanha-do-Pará, no Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA


O mercado tinha um furdúncio ainda maior acontecendo hoje, pois uma equipe da Record estava lá filmando cenas para os primeiros capítulos da próxima novela que irá estrear na emissora. Todos queriam aparecer, tirar fotos com a atriz (não me pergunte quem era) e xeretar o trabalho dos técnicos.

Patos e galinhas dividem a mesma gaiola no Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA

Patos e galinhas dividem a mesma gaiola no Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA


É impressionante a mistura de sabores, cores, texturas e também o lado ruim que sempre acompanha este universo, o lixo, sujeira e os maus odores das gaiolas animais. Eu me perderia por horas ali, mas ainda tínhamos coisas a serem resolvidas, prazo para entregar a Fiona no porto e o tempo era escasso.

A Praça da República e o Teatro da Paz, em Belém - PA

A Praça da República e o Teatro da Paz, em Belém - PA


Enquanto o Rodrigo ficou no hotel desembaraçando a situação da Fiona, eu passei a manhã toda batendo perna no centro atrás do que precisávamos. Lavamos roupas na lavanderia a quilo perto do cemitério, imprimimos as fotos e coloquei no correio para os nossos amigos da Ilha de Lençóis, etc, etc. Almoçamos em um grill delicioso, daqueles com bastante salada e carne grelhada e fomos explorar um pouquinho a principal praça da cidade, a Praça da República.

Estação das Docas, em Belém - PA

Estação das Docas, em Belém - PA


A praça é rodeada de edifícios antigos e monumentos pomposos que lhe dão um ar um tanto quanto europeu. Lá fica também o Teatro da Paz, famoso teatro municipal de Belém, que parecia fechado para visitação.

Teatro da Paz, em Belém - PA

Teatro da Paz, em Belém - PA


Durante a tarde o Rodrigo foi ao porto e ao barbeiro enquanto eu arrisquei um corte de cabelo em um salão do centro. Não levei muita sorte, o rapaz era empenhado, mas pouco experiente. Foi um exercício de desprendimento e paciência, mas acho que passei no teste. Depois dessa correria resolvemos ir conhecer um restaurante bem indicado em nosso guia, o Xícara da Silva. Ambiente bem aconchegante na na Av. da Doca e cardápio atrativo da cozinha “italiana contemporânea paraense”. Vale a visita, mesmo que estiver dormindo sentada.

Brasil, Pará, Belém, mercado municipal, Praça da República, Tags: América, Ver o Peso

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Carnaval a Cayenne

Guiana Francesa, Cayenne

Fantasia de carnaval em Cayenne, na Guiana Francesa

Fantasia de carnaval em Cayenne, na Guiana Francesa


Cayenne foi o primeiro vilarejo construído pelos franceses no século XVII. Estas terras foram disputadas pelos ingleses, holandeses e chegaram a ser ocupadas pelos portugueses durante 8 anos. Apenas no meio do século XIX os franceses retomaram o controle do território e decidiram utilizá-la como Colônia Penal Francesa. Vários presos foram trazidos da Europa, mas a maioria deles acabou vítima da malária e febre amarela, o que dificultou ainda mais o desenvolvimento de uma comunidade em torno destas colônias, formadas por funcionários e policiais. Apenas em meados do século XX a Guiana passou a receber maior imigração e começou a ter sua costa ocupada, sendo 90% do território país coberto por florestas intocadas até os dias atuais.

Desfile de carnaval em Cayenne, na Guiana Francesa

Desfile de carnaval em Cayenne, na Guiana Francesa


Chegamos à Cayenne em um período de feriado, onde os serviços e comércio estão funcionando apenas no período da manhã e ainda assim com pouco movimento. O tempo incerto e chuvoso acaba espantando as pessoas das ruas e diminuindo as nossas possibilidades de exploração, por isso estamos aproveitando bem a infra-estrutura do nosso hotel para descansar, trabalhar e encontrar soluções para as nossas questões burocráticas. Conseguimos contato com um funcionário do Consulado Brasileiro que nos confirmou que segunda-feira o consulado não irá funcionar. Para piorar um pouquinho descobri que tenho uma situação pendente no tribunal eleitoral de 2006, ocasião em que estava de férias mochilando pela Europa. Pior foi que quando eu voltei dessa viagem em liguei no TRE e me disseram que não havia o que justificar se eu havia votado no primeiro turno, desgraça! Enfim, nos resta apenas o visto para o Suriname, cujo consulado estará funcionando amanhã pela manhã.

A noite cai em desfile de carnaval em Cayenne, na Guiana Francesa

A noite cai em desfile de carnaval em Cayenne, na Guiana Francesa


Hoje a nossa grande expectativa estava voltada para o maior acontecimento da cidade, a Grande Parada de Carnaval de Cayenne. Um grande desfile de criatividade de todas as etnias e nacionalidades que compõe a Guiana Francesa. Os grupos seguem um circuito montado pelas principais avenidas da cidade, a Praça Léopold Héder fica coberta de barraquinhas que vendem doces, bebidas e comidas, foi montado também um pequeno parque de diversões e arquibancadas e um palco que ajuda a apresentar os diferentes blocos carnavalescos. Os blocos são claramente uma iniciativa popular, aqueles que conseguem algum patrocinador ou apoiador conseguem fantasias mais elaboradas, mas isso não inibe que outros mais simples também se apresentem. Divididos por interesses, grupos escolares, etnias, nacionalidades, temas, todos tem espaço para mostrar a sua criatividade e esbanjar alegria mesmo abaixo de chuva.

Desfile de carnaval em Cayenne, na Guiana Francesa

Desfile de carnaval em Cayenne, na Guiana Francesa


Nas calçadas a população acompanha sob guarda-chuvas, capas plásticas e marquises. Crianças de colo até senhoras de 70 anos se divertiam ao ver seus amigos e familiares passarem. Nós esperávamos ver um grupo de capoeiristas, onde Elza, nossa amiga francesa de Algodoal, estaria tocando. Infelizmente acabamos nos desencontrando e não conseguimos torcer por ela na avenida. O grupo brasileiro e o dominicano foram os mais animados, pelo que ouvimos falar, mas eu fiquei mesmo curiosa foi de ver um grupo chinês! Rsrsrs! Até onde vimos eles não compareceram à avenida. As festividades de carnaval continuam por aqui, outros desfiles menores e festas paralelas continuarão. Amanhã, depois do Consulado do Suriname, veremos se poderemos comemorar junto deles!

Desfile de carnaval nas ruas de Cayenne, na Guiana Francesa

Desfile de carnaval nas ruas de Cayenne, na Guiana Francesa

Guiana Francesa, Cayenne, Carnaval

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Transfer

Equador, Quito, Galápagos, Santa Cruz, Baltra

Embarque no aeroporto de Baltra, em Galápagos, de volta ao continente

Embarque no aeroporto de Baltra, em Galápagos, de volta ao continente


Depois de tantas emoções, é chegado o dia de irmos embora e voltarmos para a realidade! Rsrsrs! Acordamos cedo para os transfers todos de Puerto Ayora para o Canal de Itabaca, atravessamos com ferry boat lotado para a Ilha de Baltra onde fica o aeroporto.

Transporte público concorrido, entre as ilhas de Santa Cruz e Baltra, onde está o aeroporto (Galápagos)

Transporte público concorrido, entre as ilhas de Santa Cruz e Baltra, onde está o aeroporto (Galápagos)


O dia estava lindo, como não poderia deixar de ser. Era Galápagos dizendo, eu estarei aqui, esperando vocês voltarem. Pelicanos nadando ao redor do ferry, leões marinhos tirando a sua soneca gostosa nas bóias que marcam o canal. E a vida continua no arquipélago.

Pelicano nada no canal entre as ilhas de Santa Cruz e Baltra, em Galápagos

Pelicano nada no canal entre as ilhas de Santa Cruz e Baltra, em Galápagos


Só para dar uma emoção a mais, chegando no porto descobrimos que o nosso celular tinha ficado na pousada, a 30 minutos de carro dali. Depois de movimentar meio porto, conseguimos o numero da pousada que o localizou e enviou por táxi para nós. Ufa, essa foi por pouco!

O simpático pier de Puerto Ayora, a principal cidade da Ilha de Santa Cruz, em Galápagos

O simpático pier de Puerto Ayora, a principal cidade da Ilha de Santa Cruz, em Galápagos


O vôo de Quito, via Guayaquil foi ótimo, aeronaves modernas com entretenimento à bordo, todos aproveitamos para ver um filminho e sair com raiva no final, pois o vôo era mais curto e perdemos a melhor parte! Eu assisti Super 8, história de ETs com um ponto de vista diferente, muito bacana.

O simpático pier de Pueto Ayora, a principal cidade da Ilha de Santa Cruz, em Galápagos

O simpático pier de Pueto Ayora, a principal cidade da Ilha de Santa Cruz, em Galápagos


Em Quito, todos meio cansados e abalados pela mudança repentina (rsrs), decidimos ficar descansando e tivemos o nosso último jantar juntos no mesmo café onde nos encontramos pela primeira vez. Amanhã os nossos companheiros de viagem vão embora e nós voltamos à nossa rotina de estradas e blogs, ansiosos para o próximo desafio, a travessia para a Colômbia! Mas ainda temos alguns dias aqui para finalmente conhecer a capital deste país maravilhoso e diversificado que é o Equador.

Equador, Quito, Galápagos, Santa Cruz, Baltra, Ecuador, Equador

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Pit Stop em Curitiba

Brasil, Paraná, Curitiba

Última vista do Farol numa linda manhã

Última vista do Farol numa linda manhã



Hoje retornamos da Ilha do Mel, novamente com aquela mesma sensação de quando saímos de Superagui e Barra do Ararapira... sabendo que não voltaremos lá em pelo menos 1000dias! É um sentimento que certamente iremos nos acostumar: chegar a novos lugares maravilhosos, fazer novos amigos e nos despedirmos sempre. Nos despedimos do Zeco e da Uana na Grajagan, do André da Mar&Sol que pegou a mesma barca que nós e também da Lúcia do estacionamento que sempre paramos. Santa Lúcia que nos salvou, pois o Rodrigo esqueceu o computador dele lá e ela veio atrás de nós de carro para devolver. Ufa...

Em Curitiba já tínhamos diversos afazeres, detalhes que surgiram na última hora, conferência da mala para Miami, almoço de despedida com o Pai e ainda uma última reunião sobre o site, que ainda está atrasado... Infelizmente o site é o que mais nos preocupa, mesmo tendo começado o processo de criação e produção do site com bastante antecedência, não conseguimos ainda colocá-lo em pleno funcionamento. Enquanto isso, preparamos todo o conteúdo para atualizar o site assim que entrar no ar.

No final do dia, fizemos um lanche “brasileiro” rapidinho, preparado pela Dra Patrícia, minha mãe. Impressionante como ela sempre cuida de tudo nos mínimos detalhes. Requeijão Poços de Caldas para o genro querido, torta de frango que eu adoooro e ainda docinhos brasileiros, goiabada, queijadinha, suco de manga... delícia! Além do lanche a mãe também se prontificou a nos levar para o aeroporto e, se não fosse a sua pilotagem ávida e um tanto quanto agressiva, teríamos perdido o vôo, estresse total! Uma vez no vôo para SP, tudo estava sob controle, logo depois embarcamos para Miami. Um vôo de 7 horas pela frente, das quais não dormiremos praticamente nada, que beleza! Não vejo a hora de chegar logo, encontrar os amigos Marcelo e Su que irão nos hospedar e depois Juliane e David, my brand new brother in law.

Indo embora da Ilha do Mel

Indo embora da Ilha do Mel

Na barca, voltando da Ilha

Na barca, voltando da Ilha

Na barca, com o amigo André

Na barca, com o amigo André

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