0 Blog da Ana - 1000 dias

Blog da Ana - 1000 dias

A viagem
  • Traduzir em português
  • Translate into English (automatic)
  • Traducir al español (automático)
  • Tradurre in italiano (automatico)
  • Traduire en français (automatique)
  • Ubersetzen ins Deutsche (automatisch)
  • Hon'yaku ni nihongo (jido)

lugares

tags

arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha

paises

Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela

arquivo

SHUFFLE Há 1 ano: Há 2 anos:

Belém do Pará

Brasil, Pará, Belém, Soure (Ilha de Marajó)

Vista para o rio no Forte do Presépio, em Belém - PA

Vista para o rio no Forte do Presépio, em Belém - PA


4 da manhã já estávamos em pé, esta linha Marajó – Belém não é muito tourist friendly. O barco sai as 6am, mas o transporte do Edgar que nos pega na pousada, que atravessa a balsa e leva de Soure até o porto, iria nos buscar entre 4h e 4h30. Chegaram as 4h50 e a barca saia às 5h. Ufa... deu tempo. Madrugamos e mesmo assim chegamos ao barco e ele estava lotado. Nossa sorte foi que decidimos bancar uma passagem mais cara (23,00) para a sala vip, com ar condicionado e cadeiras mais confortáveis para podermos descansar. Mesmo esta sala lotou e dois pestinhas que estavam na fileira de trás da minha me acordaram a viagem inteira, me cutucando, pegando coisas, gritando, etc. Enfim, coisas da vida em sociedade que temos que saber conviver.

Canhões do Forte do Presépio, em Belém - PA

Canhões do Forte do Presépio, em Belém - PA


Chegamos à Belém, confirmamos na transportadora que a Fiona havia chego a Macapá em segurança e fomos deixar nossas coisas no hotel. Temos um dia inteiro para dedicar à Belém e suas atrações históricas e à noite voaremos para Macapá. Almoçamos no grill (humm) e seguimos caminhando pelo centro até o Forte do Presépio. Construído em 1616, o forte está localizado na Baía de Guajará, próximo ao mercado Ver o Peso, para defender a entrada dos franceses e holandeses pelo rio às terras brasileiras.

Passeando no Forte do Presépio, em Belém - PA

Passeando no Forte do Presépio, em Belém - PA


O forte foi o marco zero da cidade de Belém, que se desenvolveu no seu entorno fazendo parte da vida da vila. Mais tarde, com o crescimento da cidade, foi construído um muro de segurança para separá-lo. Este, porém, foi colocado abaixo, mantendo apenas o portal como símbolo histórico e reintegrando o espaço do forte à comunidade. Hoje ele abriga um pequeno museu sobre as comunidades indígenas do estado.

Museu de Artes em Belém - PA

Museu de Artes em Belém - PA


Tivemos uma infeliz coincidência na nossa data de visita à Belém: segunda-feira, o “dia internacional do não-turismo”, quando todos os museus e centros culturais estão fechados. Então pudemos passear e conhecer a maioria dos museus e atrações, apenas por fora, genial!

Igreja da Sé, em Belém - PA

Igreja da Sé, em Belém - PA


Adiante do Forte fica uma antiga mansão de um Barão do Açúcar, transformada em galeria e restaurante, a Casa das Onze Janelas. Dizem que o restaurante é um dos mais caros e finos da cidade. Linda por fora, fechada “por dentro”. A frente encontra-se a Catedral da Sé, ainda bem que igreja (quase) nunca fecha. Belíssima igreja neoclássica-barroca da época colonial construída em meados do século XVIII.

Interior da Igreja da Sé, em Belém - PA

Interior da Igreja da Sé, em Belém - PA


Já sem esperanças caminhamos para o Museu de Arte de Belém, onde os guardas muito simpáticos nos avisaram que ali e o Museu Zoobotânico também estariam fechados. Com o tempo anunciando chuva, nos restou caminhar até um dos monumentos modernos mais visitados da cidade, o Shopping Pátio Belém, antigo Iguatemi, reinaugurado no ano passado. Lá assistimos o filme “Caça as Bruxas”, com o Nicolas Cage. Nome bem sugestivo para o dia de hoje, mas ou era ele ou o “Bruna Surfistinha”. É, aí ficou difícil. Fechamos nossa tarde no tradicional Bar da Praça da República, prédio com 133 anos de idade que funcionava como bilheteria do Teatro da Paz e virou bar há uns 80 anos!

Bar tradicional na Praça da República, em Belém - PA

Bar tradicional na Praça da República, em Belém - PA


Voltamos à nossa base no centro, o Hotel Unidos, onde a equipe nos recebeu super bem, sempre animada e muito disposta a nos ajudar. Íamos trabalhar no site e internet ali na recepção mesmo, enquanto aguardávamos o horário para irmos ao aeroporto. Foi quando a maré de sorte começou a mudar, conhecemos um casal surinamês, Helen e Donavan. Ela super comunicativa e descolada foi logo nos dando dicas e contatos no Suriname, Guiana Francesa e Inglesa quando soube que estávamos indo para lá. As informações que temos são de pesquisas em guias de viagem e na internet, mas algumas coisas não conseguimos saber, como por exemplo, como é a segurança nestes países. Queríamos deixar o carro em Georgetown para a viagem ao Caribe e ela não hesitou em nos advertir que se fizéssemos isso a Fiona não estaria mais lá quando voltássemos. A Guiana Inglesa é realmente muito perigosa, segundo o casal, terra sem lei de pessoas muito corruptas, inclusive os policiais. Sempre achamos que é exagero, mas neste caso não encontramos ninguém que dissesse o contrário. Sendo assim já começamos a repensar parte do planejamento da viagem ao Caribe. Enfim, já temos contatos e visitas a fazer em Paramaribo, Cayenne e Saint Laurent Du Maroni nas próximas semanas!

Sorvete de Açaí no aeroporto de Belém - PA. Rumo à Macapá!

Sorvete de Açaí no aeroporto de Belém - PA. Rumo à Macapá!


23h15 e já estávamos embarcados no nosso vôo para Macapá, com uma estranha sensação: será que estamos “roubando” ao pegarmos este vôo? Quero dizer, a viagem é de carro, será que deveríamos, obrigatoriamente, ter ido de barco para Macapá? Priorizamos mais um dia em Marajó e Belém, pois perderíamos 24h no barco em horários conflitantes para os dois últimos dias. Por que um barco seria menos “roubo” do que um avião? Bem, pelo menos a Fiona foi nos representando na balsa. Afinal, estaríamos “roubando” de quem? Essa é a vantagem de sermos donos do próprio nariz, sem compromissos com mais ninguém além o de sermos verdadeiros com a nossa viagem e os nossos leitores.

Brasil, Pará, Belém, Soure (Ilha de Marajó),

Veja mais posts sobre

Veja todas as fotos do dia!

Não se acanhe, comente!

Fronteira Tijuana

México, Tijuana, Estados Unidos, Califórnia, San Diego

O muro que separa Tijuana, no México, de San Diego, nos Estados Unidos

O muro que separa Tijuana, no México, de San Diego, nos Estados Unidos


A fronteira mais cruzada do mundo, com milhares, milhões, de pessoas atravessando de Tijuana a San Diego por dia, não poderia nos deixar passar em branco. A epopeia dos 1000dias no cruze da fronteira entre os Estados Unidos e o México durou mais de 9 horas! Não, não foi por aporrinhação dos oficiais americanos, nem por que caímos nas mãos de algum “Coiote Embromator Tabajara”. Foi por pura falta de informação. Ok, eu vou tentar resumir.

Um dos muitos vendedores ambulantes na fronteira entre o México e os Esrados Unidos, em Tijuana

Um dos muitos vendedores ambulantes na fronteira entre o México e os Esrados Unidos, em Tijuana


Quando entramos no México fazemos a importação temporária do nosso veículo, vulgo Fiona, deixando um depósito de 400 dólares na fronteira de entrada a ser retirado ou cancelado (caso seja cartão de crédito), na saída. Assim temos que dar baixa na documentação mexicana da Fiona antes de cruzar a fronteira, trâmite que em qualquer lugar se faz na aduana localizada na própria linha fronteiriça.

O muro que separa Tijuana, no México, de San Diego, nos Estados Unidos

O muro que separa Tijuana, no México, de San Diego, nos Estados Unidos


Aqui em Tijuana são duas fronteiras, a de San Ysidro e a de Otay, decidimos sair pela segunda pois a fila de carros estava muito menor. Ficamos 2 horas na fila até descobrirmos que ali não havia aduana e Banjército para estes trâmites. A esta altura estávamos com a Fiona presa entre os milhares de carros e não existia retorno possível, só entrando nos Estados Unidos.

Fila na fronteira entre o México e os Estados Unidos, em Tijuana

Fila na fronteira entre o México e os Estados Unidos, em Tijuana


Ok, uma hora e meia depois entramos nos EUA, passando por todos os trâmites de segurança, inspeção primária e secundária, a nossa imigração e a da Fiona, que passou por um baita aparelho de Raio-X. Uma vez dentro, não queríamos sair como carro novamente nem a pau, pois aí teríamos que pegar a mesma fila de 2 ou 3 horas novamente.

O GPS aponta: estamos quase lá! (fronteira de México e EUA, em Tijuana)

O GPS aponta: estamos quase lá! (fronteira de México e EUA, em Tijuana)


Assim decidimos voltar para o México a pé para pegar informações e tentar resolver os trâmites sem a Fiona mesmo. Péssima ideia. Por quê?

1° - Descobrimos que a aduana para tramites do carro não existe nem em Otay e nem em San Ysidro. Ela está em Tijuana, perto da fronteira, mas longe do passo fronteiriço.
2º - Não havia como resolver a documentação sem a Fiona, eles precisavam do carro presente.
3º - Descobrimos na prática que segunda-feira, às 18h30, é a pior hora possível para cruzar a fronteira a pé. Uma fila quilométrica de pessoas se formou do lado mexicano e ali ficamos por mais duas horas até conseguir cruzar e buscar o carro no estacionamento em San Ysidro.

Foto em estacionamento nos EUA para mostrar na aduana mexicana que a Fiona estava lá. Não adiantou!

Foto em estacionamento nos EUA para mostrar na aduana mexicana que a Fiona estava lá. Não adiantou!


Dos EUA voltamos ao México, agora com a Fiona, quase sem nem perceber a fronteira. Fomos ao Banjército, resolvemos a papelada e o depósito de 400 dólares, quase matei o oficial que fez dois rombos no insulfilme do nosso para-brisas, comemos um Mc Donald´s frio e borrachento e voltamos à fila da fronteira, agora em San Ysidro.

Fila na fronteira entre o México e os Estados Unidos, em Tijuana

Fila na fronteira entre o México e os Estados Unidos, em Tijuana


Pegamos nossa última fila de 2h para cruzar novamente com o carro para San Diego. Eu só relaxei no carro por que estava escrevendo posts para atualizar o blog, viajando nas minhas lembranças em momentos muito mais bacanas da nossa viagem. Que sufoco! A odisseia começou às 14h e nós chegamos ao Vagabond Hotel às 23h! É claro que na terceira chegada à Tijuana eu já não queria mais saber da trilha sonora, com tequila, coiote e o caramba, Tijuana a esta altura já não parecia mais tão welcoming para nosotros! Estresses à parte, essa foi, pelo bem ou pelo mal, uma daquelas experiências inesquecíveis.

Chegando de noite em San Diego, no sul da Califórnia - Estados Unidos

Chegando de noite em San Diego, no sul da Califórnia - Estados Unidos

México, Tijuana, Estados Unidos, Califórnia, San Diego, Baja California, Estrada, fronteira, Transporte

Veja todas as fotos do dia!

A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

Providencia, Paraíso Colombiano

Colômbia, Providencia

Cayo Cangrejo e o incrível mar que a cerca, em Providencia, ilha colombiana no Caribe

Cayo Cangrejo e o incrível mar que a cerca, em Providencia, ilha colombiana no Caribe


Providência, também conhecida como Old Providence, é a irmã menor e mais tranquila do arquipélago. Enquanto San Andrés possui grandes resorts, hotéis e uma muita infraestrutura, Providência é tudo aquilo que você pode imaginar de um paraíso perdido no meio do Caribe. Praias de areias branquinhas repletas de coqueiros, rodeadas por um mar de cores que variam do verde esmeralda ao azul turquesa e alguns dos melhores pontos de mergulho do arquipélago.

Vita do alto do Morro do Pico, montanha mais alta de Providencia, ilha colombiana no Caribe

Vita do alto do Morro do Pico, montanha mais alta de Providencia, ilha colombiana no Caribe


Território em disputa entre a Colômbia e a Nicarágua, não apenas por questões geográficas, mas pela exploração de riquezas naturais recém descobertas nas águas de Providência: o petróleo. Vemos pela ilha placas e murais pintados nos muros de casas que dizem “Old Providence, not Oil Providence.”

Campanha contra a exploração de petroleo em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe

Campanha contra a exploração de petroleo em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe


Betito me diz que uma parcela da população da ilha acredita que seria positiva a exploração do mineral, pela geração de emprego e desenvolvimento econômico. Outra parte, na qual ele se inclui, prefere que a ilha continue como é, tranquila e intocada, preservando a natureza como seu bem maior e inalienável. “Já imaginou que pesadelo? Se explorarmos o petróleo a ilha será entregue aos americanos, seus grandes resorts e perderíamos a nossa cultura e a nossa tradição.”

Passeio em três em uma moto nas estradas de Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe

Passeio em três em uma moto nas estradas de Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe


Jogo de damas depois do almoço, em Providencia, ilha colombiana no Caribe

Jogo de damas depois do almoço, em Providencia, ilha colombiana no Caribe


A ilha está localizada a 230 km da costa da Nicarágua e por isso recentemente passou por um processo de disputa, que gerou um novo acordo um tanto quanto esdrúxulo, mantendo as ilhas como território colombiano, mas determinando que as faixas de mar ao redor delas são nicaraguenses. Hoje pescadores que vivem apenas do mar podem ter problemas legais de pescar em águas nicaraguenses, já imaginaram?

Ponte que liga as ilhas de Providencia e Santa Catalina, na Colômbia

Ponte que liga as ilhas de Providencia e Santa Catalina, na Colômbia


A ilha possui duas principais cidades, Santa Isabel e Água Dulce, também conhecida pelos nativos como Fresh Water Bay. Santa Isabel é a sede administrativa e possui algumas pousadas e um dos melhores hotéis da ilha há apenas 3km de distância, na área de Cayo Cangrejo.

Igreja em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe

Igreja em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe


Porém é em Água Dulce, uma vila ainda mais tranquila e isolada, que está a maior concentração de infraestrutura turística com diversos hotéis à beira da praia, alguns restaurantes e centros de mergulho.

Restaurante praiano em meio a coqueiros em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe

Restaurante praiano em meio a coqueiros em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe


Praia em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe

Praia em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe


Nós chegamos à Providência de Catamarã em torno das 10h da manhã e, ainda mareada, fomos em busca de um café da manhã e informações para decidirmos onde iríamos nos alojar. Eu trazia comigo as várias informações valiosas enviadas pela nossa amiga Fabiola Sad que conhece a ilha como a palma da mão! Vale a pena dar uma olhada no Blog dela Mochilando por Aí onde ela dá várias dicas próprias de quem viveu por quase 3 meses nesse paraíso caribenho colombiano. O plano inicial era ficarmos em Fresh Water Bay, porém no restaurante conhecemos Betito, um personagem da ilha que além de ser um pescador sub de mão cheia e barqueiro para passeios ao redor da ilha, possui uma pousada em frente ao Cayo Cangrejo. Papo vai, papo vem, decidimos ir até lá e conferir. Muito bem instalados com uma das melhores vistas da ilha, resolvemos ficar por ali mesmo e de moto sairíamos explorar as suas principais atrações.

Cayo Cangrejo


Cayo Cangrejo, pequena ilha ao lado de Providencia, no caribe colombiano

Cayo Cangrejo, pequena ilha ao lado de Providencia, no caribe colombiano


Uma pequena ilha rodeada por águas rasas perfeitas para um snorkel, fica a uns 600m da costa de Providência. Nós planejamos sair a nado ou a caiaque para conhecer o pequeno cayo e provar os drinks vendidos no bar por uma das filhas de Betito, porém a nossa programação intensa não nos deixou e tivemos que nos contentar com a bela vista que tínhamos da nossa janela e do píer em frente a nossa pousada.

Isla Santa Catalina


Chegando à ilha de Santa Catalina, na Colômbia

Chegando à ilha de Santa Catalina, na Colômbia


A pequena Isla Santa Catalina está há 5 minutos do centro de Santa Isabel, conectada à ilha principal por uma ponte colorida onde os locais pescam ao lado das arraias xitas à luz do luar e dos postes de luz. Do outro lado um passeio à beira mar nos leva à trilha do Morro do Forte, com canhões que defenderam a ilha de piratas ingleses, e as mais belas vistas do canal que separa as duas ilhas.

Ponte que liga as ilhas de Providencia e Santa Catalina, na Colômbia

Ponte que liga as ilhas de Providencia e Santa Catalina, na Colômbia


Garotos pescam sob a ponte que liga Providencia à Santa Catalina, na Colômbia

Garotos pescam sob a ponte que liga Providencia à Santa Catalina, na Colômbia


Continuando por esta trilha passamos pela pequena Fort Beach e seguimos o caminho onde o Morgan, o pirata, escondeu seus tesouros e deixou histórias misteriosas para as gerações vindouras. A natureza gravou sua passagem pela ilha, a Morgan´s Head é o ponto final da trilha e das nossas explorações por Santa Catalina. A cabeça do pirata indica um dos maiores tesouros da ilha, que não são os baús de ouro escondidos por Morgan, mas uma pequena baía de águas azuis turquesa, rodeada por coqueiros, perfeita para um banho refrescante depois da caminhada.

Antigo canhão que defendia Isla Santa Catalina do ataque de piratas, no caribe colombiano

Antigo canhão que defendia Isla Santa Catalina do ataque de piratas, no caribe colombiano


Refrescando-se no mar paradisíaco da Isla Santa Catalina, no caribe colombiano

Refrescando-se no mar paradisíaco da Isla Santa Catalina, no caribe colombiano


Lá conhecemos o casal argentino que vive em Bogotá, Osmar e Ana, que tiraram um final de semana para conhecer o Caribe colombiano. Simpatia pura! Espero encontra-los em Mar del Plata ainda nessas andanças pela América.

Correndo na orla de Isla Santa Catalina, no caribe colombiano

Correndo na orla de Isla Santa Catalina, no caribe colombiano



Mergulho


Nadando com tubarões em Providencia, ilha colombiana no Caribe

Nadando com tubarões em Providencia, ilha colombiana no Caribe


Um dos melhores mergulhos do Caribe sul, a ilha de Providencia te garante encontros com tubarões, arraias, tartarugas, grandes peixes e um cenário maravilhoso, repleto de corais e peixinhos coloridos neste grande aquário natural que é o Mar do Caribe. A Felipe Diving foi a operadora que contratamos, eles tem bons equipamentos, um barco simples mas rápido e garantem os melhores pontos de mergulho da ilha. (Preço: em torno de 100 dólares para uma saída com dois tanques). Confira mais fotos e detalhes dos nossos mergulhos neste post.

Preparando-se para mergulhar em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe

Preparando-se para mergulhar em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe



Trekking


Auto-retrato no alto do Morro do Pico, ponto mais alto de Providencia, ilha colombiana no Caribe

Auto-retrato no alto do Morro do Pico, ponto mais alto de Providencia, ilha colombiana no Caribe


O Morro do Pico (400m) é o ponto mais alto da ilha. Enquanto eu mergulhava o Rodrigo foi conferir as paisagens, lagartixas azuis e uma das vistas mais impressionantes de Providencia. A trilha tem seu início no sul da ilha e leva em torno de duas horas ida e volta. Confira no post no Blog do Rodrigo a aventura completa.

O belíssimo lagarto Azul, muito comum na trilha para o Morro do Pico, ponto mais alto de Providencia, ilha colombiana no Caribe

O belíssimo lagarto Azul, muito comum na trilha para o Morro do Pico, ponto mais alto de Providencia, ilha colombiana no Caribe



Gastronomia


Banquete de frutos do mar em restaurante em Providencia, ilha colombiana no Caribe

Banquete de frutos do mar em restaurante em Providencia, ilha colombiana no Caribe


Providencia possui uma culinária baseada no seu bem mais precioso, o mar. Os frutos do mar são frescos e deliciosos! Um restaurante imperdível na ilha é o Divino Niño, que prepara lagostas, peixes frescos na brasa e camarões, conchas, lulas e polvo com um tempero delicioso, à beira do mar. O prato misto completo é grande o suficiente para duas pessoas e inclui ainda tostones, feitos com banana e o tradicional arroz de coco.

Depois do mergulho, esbaldando-se com um peixe em Providencia, ilha colombiana no Caribe

Depois do mergulho, esbaldando-se com um peixe em Providencia, ilha colombiana no Caribe


A carne de iguana também faz parte da culinária tradicional. Detalhe, a época de caça para os nativos é justamente antes do período de desova, já que as ovas são uma iguaria apreciada por eles. Mas obviamente este é o mesmo motivo pelo qual a carne de iguana se tornou uma raridade nas cozinhas da ilha.

Preparando o almoço em restaurante em Providencia, ilha colombiana no Caribe

Preparando o almoço em restaurante em Providencia, ilha colombiana no Caribe



Onde Ficar?

Acompanhando as cores do nascer-do-sol da janela do nosso quarto em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe

Acompanhando as cores do nascer-do-sol da janela do nosso quarto em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe


Repetindo a prática de indicar os lugares que gostamos, fica aqui a dica de hospedagem na ilha de Providência. O Betito é um local figurassa, super agilizado, pescador submarino de coração e pai de 8 filhos, duas delas que acabaram de sair da faculdade e o ajudam a gerenciar a pousada.

O quarto do nosso hotel em Providencia, ilha colombiana no Caribe

O quarto do nosso hotel em Providencia, ilha colombiana no Caribe


O Betito´s Place fica em frente ao Cayo Cangrejo, no alto do monte com uma vista lindíssima para o mar e as suas 7 cores. Logo em frente está o Deep Blue Hotel Resort que além de uma cozinha de nível internacional (e de preços intergaláticos), possui um píer e internet que pudemos usar sem problemas. Ele organiza também um passeio em lancha para o Cayo Cangrejo e outros cayos próximos para snorkel e avistamento de aves, ou ainda empresta o caiaque para você exercitar os braços atravessando o canal.

Como chegar?

Sala de embarque em San Andrés para quem viaja para Providencia,  ilhas colombianas no Caribe

Sala de embarque em San Andrés para quem viaja para Providencia, ilhas colombianas no Caribe


Para chegar a Providência existem duas maneiras: avião ou catamarã. O avião parte do aeroporto de San Andrés e dura apenas 15 minutos, custando em torno de 150 dólares ida e volta por pessoa. O catamarã da companhia El Sensation sai para a ilha três vezes por semana, terças, quintas e sábados e custa 69 mil pesos colombianos ida e volta. A viagem de ida dura 3h30 a 4h, o barco é confortável e tem ar condicionado (gelado, leve um casaquinho). Agora, para quem tem facilidade de enjoar é bom ir preparado, pois serão 3 horas de mar torturante! O mar aberto é geralmente bem agitado e o barco não para um minuto! Eu passei muito mal mesmo tomando um remédio para enjôo, acho que foi uma das piores viagens de barco da minha vida. A volta já é mais tranquila e dura apenas 2h, pois vamos a favor da maré e do vento.

Despedida do nosso querido anfitrião em Providencia, já no barco que nos levaria de volta à San Andrés, na Colômbia

Despedida do nosso querido anfitrião em Providencia, já no barco que nos levaria de volta à San Andrés, na Colômbia

Colômbia, Providencia, Caribe, Cayo Cangrejo, ilha, San Andres y Providencia

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Prudentópolis

Brasil, Paraná, Curitiba, Prudentópolis

Observando o canyon abaixo do Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR

Observando o canyon abaixo do Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR


A terra das cachoeiras gigantes, Prudentópolis é um destino pouco conhecido mesmo dentre os paranaenses. Muitas vezes viajamos mais de mil quilômetros até a Serra do Cipó ou Chapada Diamantina para vermos cachoeiras desta magnitude, sendo que há apenas 200 km de Curitiba encontramos um punhado delas.

Olha a força da água no Salto São João, em Prudentópolis - PR

Olha a força da água no Salto São João, em Prudentópolis - PR


A primeira é o Salto Barão do Rio Branco, formado pelo Rio dos Patos, possui um mirante e acesso à parte baixa por uma escadaria de 496 degraus. É a mais “urbanizada” delas, pois ali foi construída uma PCH – Pequena Central Hidrelétrica, que gera parte da energia utilizada pela cidade. Mesmo com as modificações humanas, o cânion do Rio dos Patos e a cortina d´água formam um cenário sensacional.

O enorme Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR

O enorme Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR


Após uma breve passada na cidade para o check in no hotel e almoço, fomos conhecer a Igreja de São Josafat, de 1928. Já as missas são realizadas em ucraniano. O padre está viajando, não pudemos vê-la por dentro, mas só o passeio pelo seu jardim e os arredores do prédio já são inspiradores.

Igreja São Josafat, em Prudentópolis - PR

Igreja São Josafat, em Prudentópolis - PR


Envolvidos por este clima, pegamos a Fiona e escolhemos nosso próximo destino, o Salto São João. Formada pelo rio de mesmo nome o Salto São João possui 84 m de altura. Passando a sua entrada há um ponto fácil de vê-la por inteiro. Não é exatamente um mirante, mas é o suficiente para ganhar ânimo para a caminhada dentro da propriedade.

Mirante do magnífico Salto São João, em Prudentópolis - PR

Mirante do magnífico Salto São João, em Prudentópolis - PR


É cobrada entrada de apenas 3 reais, pela manutenção da trilha e banheiros e uma caminhada de 30’ nos leva ao topo da cachoeira. A pedra exatamente sobre a cachoeira parece ter sido colocada à dedo ali como mirante. A força da água sob os nossos pés é energizante, um ótimo ponto para meditação, defronte ao cânion e sobre as águas cristalinas do Rio São João.

Área rural de Prudentópolis - PR

Área rural de Prudentópolis - PR


Como devem ter percebido, o acesso às cachoeiras, embora de terra, são estradas boas e de fácil localização. As trilhas também são um convite à pessoas de qualquer idade esticarem suas pernas em um passeio em meio à mata verde de araucárias. Assim, rapidinho chegamos na propriedade de Dona Luiza e Seu Demétrio, onde ficam as cachoeiras de São Sebastião e Mlot. Ambas caem no mesmo poço, e só podem ser avistadas juntas lá debaixo. A trilha íngreme e escorregadia dura em torno de 1h30 ida e volta. Enquanto Rodrigo descia para tirar umas fotos, eu e minha mãe ficamos em cima, de onde vimos a São Sebastião e chegamos no topo da Mlot e pudemos avistar o poço. Enquanto aguardávamos o Rodrigo assuntamos com a família que ali vive, Dona Luiza, de origem polonesa, Seu Demétrio, seu tio e mais três filhos.

O Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR

O Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR


A região foi colonizada principalmente por ucranianos e algumas famílias polonesas. Engraçado que o Seu Demétrio logo disse “sou brasileiro, ué!”, quando a esposa confirmava se sua origem ucraniana. “Se todos que vieram para cá são poloneses ou ucranianos, quem que é brasileiro então?”.

O Demétrio e a Luiza, na sua propriedade, no Salto São Sebastião. em Prudentópolis - PR

O Demétrio e a Luiza, na sua propriedade, no Salto São Sebastião. em Prudentópolis - PR


Concordo em gênero, número e grau, Seu Demétrio! O Brasil é formado por todas estas nações, que aqui chegaram buscando uma vida melhor. Alguns escravizados, outros expulsos de seus países e outros poucos empreendedores corajosos que sabiam bem aonde estariam se metendo. Foi essa mistura que deu o povo brasileiro, diferente no norte, nordeste, sul e centro-oeste principalmente pela cor, mas não pela história de trabalho e luta. (Opa, votem em mim! Rsrsrs!!!)

Galinha preparada para o frio, em Prudentópolis - PR

Galinha preparada para o frio, em Prudentópolis - PR


Comemos todos os tipos de laranja que encontramos no pomar de Dona Luiza, cenário bucólico, com galináceos de todos os tipos, até nipônicos. Tiramos algumas fotos da família que se emocionou e acabaram ganhando de presente porta-retratos com as fotos de família e mais algumas de lembrança. É um pedacinho do 1000dias ficando ali em Prudentópolis.

A família proprietária da área do Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR

A família proprietária da área do Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR

Brasil, Paraná, Curitiba, Prudentópolis, Salto Barão do Rio Branco, Salto São João, Salto São Sebastião

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Caribe Americano

Estados Unidos, Flórida, Miami, Key Largo, Key West

Pôr-do-Sol em Key West

Pôr-do-Sol em Key West



Hoje o Rodrigo me derrubou da cama para irmos logo cedo para Key Largo. Precisávamos chegar lá até as 7.30am para conseguirmos sair no barco de mergulho que iria até um dos pontos que planejamos, o Naufrágio Duane.

Naufrágio Duane

Naufrágio Duane

Naufrágio Duane

Naufrágio Duane



Duane é um navio da marinha americana que foi afundado em 1987 para servir como recife artificial na costa da Flórida. Ele possui 100m de comprimento e está a 36m de profundidade. Como ele fica mais distante, em uma área desprotegida de recifes, é normal ter uma corrente muito forte, que se não cuidar pode te levar direto para Miami! Vários decks e portas foram deixados abertos propositalmente para os mergulhadores poderem explorar. Foi numa dessas portas que o Rodrigo encontrou um mero gigante! Ele mora ali no navio, segundo o Marcos, dive master ½ brasileiro, ½ americano que estava na operação hoje. Vimos diversas barracudas, amberjacks, frades e outros, além dos diversos tipos de esponjas que se formam no navio. Achei engraçado que o instrutor responsável pelo barco falou no briefing para termos cuidado porque, além da strong current, nós íamos encontrar a lot of “portugueses”. Aí fiquei eu pensando... Será que ele está falando de nós!?! Mas fiquei na minha, é claro... Só depois, andando na praia em Key West é que vimos uma placa “Attention! Be carefull! Portuguese in the water!” Hahaha! Tem um tipo de água viva conhecida aqui como portuguese! Now I see! E o mais engraçado foi que o Ro também tinha ficado com essa dúvida, mas também não falou nada!

Logo depois do Duane, fomos até Canyon Reefs, uns recifes a apenas 6m de profundidade para fazer o segundo mergulho. Foi gostoso, parecia um aquário... Vários peixinhos, corais e esponjas, muitos peixes papagaios e alguns nudibrânquios. A navegação foi rápida, não por que o mar estava tranqüilo ou por que os pontos eram próximos à costa, mas principalmente por que a lancha era suuuper rápida, uma maravilha. Mesmo assim eu mareei, fiquei malzona... Amanhã terei que tomar um dramin para aproveitar mais o mergulho. Chegamos novamente à Ocean Divers perto de meio-dia, almoçamos e fomos rumo à Key West, conhecer a mais badalada das Keys.

Key West é uma atração turística impressionante! Chegamos pelo lado mais tranqüilo da Ilha, paramos em uma praia bem sossegada, tomamos uma cervejinha e ficamos ouvindo um som delicioso de dois malucos-beleza, no restaurante à beira-mar. Depois, já no final da tarde, o Ro teve uma grande sacada... “vamos ver o pôr-do-sol no lado mais oeste de Key West!” E lá fomos nós, realmente ali o pôr-do-sol deve ser especial, pensei. Saímos pela cidade procurando o melhor lugar para assisti-lo. Passamos por um pequeno porto com um barco da guarda costeira e outro mais antigo em exposição e vimos que poderíamos ir ainda mais a oeste encontrar um lugarzinho especial para este momento. Quanto mais andávamos mais lotada a cidade ficava, e pior, quando chegamos ao que achávamos ser o melhor ponto para ver o pôr-do-sol, adivinha? Todos tiveram a mesma grande sacada! Não tinha lugar onde estacionar e o sol se pondo... Procuramos por tudo, até que resolvemos pagar os US$ 15,00 no estacionamento “Sunset Park” e seguir o sol. Chegando lá, parecia quase o festival do sol poente! Um pelo píer, com bar e mesas, um palco com um negão cantando jazz, clássicos como “I fell good” e todos aplaudiram quando o sol se pôs. Não foi nada do que eu esperava, mas foi uma bela surpresa. A cidade foi preparada para o turismo, gift shops e pubs por todos os lugares, praça com shows de artistas independentes e feirinha hippie. Enfim tiramos o atraso de ontem! Voltamos à Key Largo, pois amanhã vamos sair para outros dois mergulhos, Spigel Grove, aí vamos nós!

Bar na praia, em Key West

Bar na praia, em Key West

Porto em Key West

Porto em Key West

Porto em Key West

Porto em Key West

Pôr-do-Sol em Key West

Pôr-do-Sol em Key West

Pôr-do-Sol em Key West

Pôr-do-Sol em Key West

Estados Unidos, Flórida, Miami, Key Largo, Key West, Mergulho, Praia

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Tungurahua e seus Mirantes

Equador, Baños

A Casa del Arbol, em Baños, no Equador

A Casa del Arbol, em Baños, no Equador


Baños está a apenas 1.826m de altura, situada em um vale verde, com cascatas e águas termais, aos pés do vulcão super ativo, Tungurahua, com 5.016m. Assim uma das principais atividades é conhecer os seus mirantes, com visuais de tirar o fôlego até nos dias mais nublados.

Escondido entre as nuvens, o Tungurahua, o vulcão ativo de Baños, no Equador

Escondido entre as nuvens, o Tungurahua, o vulcão ativo de Baños, no Equador


O Tungurahua, também conhecido como “el gigante negro”, está ativo desde 1999 e é um dos vulcões mais fácil de se escalar no país. Algumas agências de turismo até oferecem o trekking, porém a informação oficial que recebemos em nossa pousada é que a trilha está fechada desde sua ultima grande erupção em 2006. O site turístico da cidade de Baños possui informações completas sobre a cidade, suas atividades e informes atualizados sobre a atividade vulcânica na região.

Mapa estilizado de Baños, no Equador, com o vulcão Tungurahua ao fundo

Mapa estilizado de Baños, no Equador, com o vulcão Tungurahua ao fundo


A nossa primeira parada foi o mirante do Luna Rutun, um Adventure Spa maravilhoso que oferece trekkings na região, seguidos de tratamentos especiais com uma vista maravilhosa da cidade de Baños. Suas piscinas de águas quentes são aquecidas artificialmente, porém a água possui as mesmas qualidades terapêuticas que as águas dos banhos municipais, garantiu o gerente.

Com o Rafa no Café del Cielo, em Baños, no Equador

Com o Rafa no Café del Cielo, em Baños, no Equador


Eles oferecem um pacote para quem não está hospedado que dá acesso às piscinas e jacuzzis e inclui ainda um almoço ou jantar no Café del Cielo, restaurante delicioso com vista panorâmica. Lá vimos uma das fotos mais lindas do Tungurahua expelindo lava, tirada dali mesmo em junho/julho de 2010.

Café del Cielo, em Baños, no Equador

Café del Cielo, em Baños, no Equador


Seguimos mais alguns quilômetros morro acima e chegamos ao mirante da Casa del Árbol. Seu Carlitos é o dono do terreno, oferece uma área de camping com infra-estrutura simples e aluga a casa da árvore para quem quiser se hospedar com vista para o vulcão. A melhor época para acampar ali é quando o vulcão está ativo e as noites são enfeitadas por lavas e pedras expelidas do vulcão, como fogos de artifício, segundo ele um show à parte.

O Carlos mostrando as propriedades magnéticas das cinzas vulcânicas em Baños, no Equador

O Carlos mostrando as propriedades magnéticas das cinzas vulcânicas em Baños, no Equador


Ele vive um uma casa simples e tem as suas portas sempre abertas para os turistas mais curiosos. Presta um serviço ao país cedendo a estrutura, barracas e todo o suporte para os vulcanólogos e geólogos que acompanham a atividade do Tungurahua. “Faço isso por amor à pátria, pois o governo não me paga nem um centavo”, nos conta ele. Em sua casa tem uma pequena coleção de materiais sobre o gigante, pedras e cinzas vulcânicas, cartazes e materiais de medição e se questionado dá uma pequena aula sobre a região, passando o conhecimento adquirido nos mais de 10 anos de convivência com os pesquisadores que passam por aqui.

O Carlos, o guardião do vulcão, nos mostra os diversos tipos de cinzas do Tungurahua, em Baños, no Equador

O Carlos, o guardião do vulcão, nos mostra os diversos tipos de cinzas do Tungurahua, em Baños, no Equador


A Casa del Árbol é um dos melhores mirantes para o vulcão, esperamos por mais de meia hora mas, coberto pelas nuvens, o Tungurahua não deu o ar da graça. Graça mesmo tem o balanço colocado estrategicamente à beira de um barranco. Se a corda arrebenta ali, caímos uns 6m de altura e rolamos mais uns 50m despenhadeiro abaixo! Emocionante!

Divertindo-se em balanço à beira de precipício, na Casa del Arbol, em Baños, no Equador

Divertindo-se em balanço à beira de precipício, na Casa del Arbol, em Baños, no Equador


Enquanto explorávamos os mirantes de Baños, Laura continuava se recuperando na clínica do Dr. Zumbana. Voltou a comer e até assistiu alguns filmes. Aproveitamos a melhora para raptá-la da clínica por algumas horas e a levamos para o Café del Cielo ver a cidade de cima e quem sabe até tomar um banho quente. Chegando lá o tempo fechou e a chuva acabou inviabilizando a melhor parte do passeio. Eu e o Ro acabamos entrando na água com chuva e tudo, mas ela não podia abusar. Diego, funcionário do hotel, nos fez companhia super interessado pela viagem! Acho que conseguimos picar mais um! Rsrs!

Com o super atencioso Diego em delicioso banho de água quente ao ar livre em noite chuvosa e fria no Cafe del Cielo, em Baños - Equador

Com o super atencioso Diego em delicioso banho de água quente ao ar livre em noite chuvosa e fria no Cafe del Cielo, em Baños - Equador


Depois de dois dias enfurnada em uma clínica, Laura precisava dar uma desanuviada... A propósito, as nuvens deram alguns segundo de trégua pelo menos para que ela acreditasse que ali, abaixo daquela neblina, existia uma cidade.

Equador, Baños, Ecuador, Luna Rutun, Tungurahua, vulcão

Veja todas as fotos do dia!

A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

Dia de Fúria

México, Cidade do México, Jamaica, Montego Bay

Entre México e Jamaica, escala no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos

Entre México e Jamaica, escala no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos


Um dia aparentemente tranquilo, cansativo, mas tínhamos tudo organizado. Passagens da Cidade do México – Miami – Jamaica emitidas e hotel em Montego Bay reservado. Seria um dia longo, começamos o nosso caminho as 7h30 da manhã, pois aguardávamos um belo engarrafamento para o aeroporto. Para a nossa surpresa o transito fluiu e chegamos lá em apenas 40 minutos.

A maré de sorte parecia estar bem, Deus ajuda quem cedo madruga, pensei! Era apenas fazer o check in e esperar 4 horas pelo horário do vôo, certo? Errado! Depois de uma longa fila no check in da Aeroméxico, o atendente não conseguia encontrar as nossas reservas, será possível? Elas foram todas feitas online pelo Rodrigo, tínhamos os códigos e tudo. Eis que notamos um pequeno e quase insignificante número “02”, que quando usado na configuração de data (exemplo, 26/02/12), significa o mês para o qual foi comprada a passagem! SIIIMMM, o Rodrigo tinha errado a data de emissão do bilhete e tínhamos toda uma viagem agendada, hotéis, passagens para o nosso “island hopping” pela Jamaica, Caiman e Cuba, com nada menos que o bilhete de “ida” comprado para daqui um mês!!!

Trabalhando no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, na escala entre o México e Jamaica

Trabalhando no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, na escala entre o México e Jamaica


A esta altura a Aeroméxico não podia mais alterar os bilhetes, que eram operados pela American Airlines. Corremos para o busão que nos levou do Terminal 2 para o Terminal 1 até o fim do imenso corredor onde estava o balcão desta companhia. Novamente estávamos presos a uma longa fila de check in, sem nenhuma outra opção para agilizar a antecipação do vôo. A única saída era nos dividirmos, eu ficaria na fila e Rodrigo tentaria fazer a alteração pelo atendimento ao cliente da AA, do telefone público.

Foram quase duas horas de espera, duas horas intermináveis e inacreditáveis, pois eu nunca vi a American Airlines tão ineficiente na minha vida. Finalmente pudemos explicar a situação ao atendente, desistir da ligação que em duas horas tampouco tinha conseguido resolver o problema. O atendente me diz, “vale mais a pena vocês comprarem uma passagem nova do que alterar a que já possuem”. Eram 175 dólares de multa por pessoa para alterar a passagem, além da diferença de tarifa, que no total dariam 8.000 pesos por pessoa! O equivalente a uma passagem Brasil – NY ou Paris, um absurdo!

Trabalhando no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, na escala entre o México e a Jamaica

Trabalhando no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, na escala entre o México e a Jamaica


Negociamos, era impossível que um vôo saindo dali 2 horas ainda tivesse uma tarifa surreal como esta. Fizemos o cara fuçar cada opção, passagem e tarifa naquele sistema e finalmente ele nos deu uma algo mais plausível, pagar um total de 4.000 pesos para os dois e embarcar no vôo das 11h (uma hora mais cedo que o nosso), para Miami. Fechado! Ele emitiu todos os bilhetes, boarding passes prioritários e só falou “Corram!!!”
Conseguimos pegar o vôo no final do embarque e o dia cinzento que parecia perdido, começava a clarear e mostrar que no final, tudo dá certo. Só tínhamos que lidar com aquela ressaca pós-cagada, que resultou em uma facada no budget previsto.

Ok, não há de ser nada... Chegamos à Miami, comemos, trabalhamos e até fizemos uma compra, já programada e essencial para a viagem. Uma câmera fotográfica básica, digital, já que a nossa Nikon e a nossa Sony back up foram para a assistência técnica. Nikon para uma limpeza e correção de dois erros e a Sony já está na sua terceira UTI, beirando o seu leito de morte. Tivemos bastante tempo, das 14h às 20h, para explorar o aeroporto e caminhar aqueles longos corredores, para ao menos fazer algum exercício.

Os infinitos corredores do aeroporto de Miami, nos Estados Unidos

Os infinitos corredores do aeroporto de Miami, nos Estados Unidos


Eram quase 22h quando chegamos à Montego Bay cada vez mais próximos de um sonho antigo, conhecer a Jamaica! Fomos direto para o hotel, tudo o que nós precisávamos era descansar e recarregar as energias para começar a explorar o país. Chegando lá adivinhem? A reserva não existia! Buscamos, mostramos o número da reserva feita pela internet, através do Trip Advidor e Hotel.info e o hotel simplesmente não estava sabendo de nada!
Para piorar a situação, este é o final de semana do segundo maior festival de música em Montego Bay, quiçá em toda a Jamaica: o “Jamaica Jazz and Blues Festival”. Todos os hotéis estavam lotados, pois hoje começou o festival e pessoas de todos os cantos do país, do Caribe e do mundo estão aqui para ver os shows!

Totalmente desacreditada e com uma das piores enxaquecas da minha vida, depois de 30 minutos em pé na recepção tentando encontrar e comprovar a reserva e o pagamento do quarto de hotel, eu só pedi para a moça... Encontre um quarto e depois vemos como resolver esse problema. Ela fuçou, fuçou no sistema e encontrou um último quarto livre, nos instalou, depois de oferecer um Fruit Punch como welcome drink.

Daqui em diante não me perguntem mais nada... Deitei na cama completamente devastada, pedi ao Rodrigo um remédio e capotei! Dia de fúria em que tudo dá errado, mas no final, com paciência e dinheiro, tudo se resolve.

México, Cidade do México, Jamaica, Montego Bay, Aeroporto, Transporte

Veja mais posts sobre Aeroporto

Veja todas as fotos do dia!

Diz aí se você gostou, diz!

La Mauricie e Mont Tremblant

Canadá, Parc National de La Mauricie, Parc National du Mont-Tremblant

Os lagos e magníficas paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Os lagos e magníficas paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Muitos de nós ouvimos falar de Quebéc e achamos que é apenas aquela cidade francesa do Canadá. Nos meus estudos de geografia eu já havia descoberto que não, mas não tinha ideia da grandeza e beleza natural de uma das maiores províncias canadenses.

Os lagos e magníficas paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Os lagos e magníficas paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Parc National de la Mauricie está localizado à noroeste da cidade de Quebéc e compreende 546 km2 de montanhas e lagos, antes cobertas por um imenso glaciar, que no verão se tornam um paraíso para atividades como trekkings, camping, ciclismo, canoismo e pesca. Se você não quer fazer nada disso, o parque ainda é um ótimo escape de final de semana para respirar ar puro, pegar uma prainha na beira dos vários lagos e ter belas vistas dos variados mirantes ao longo da estrada que atravessa o parque.

Lendo informações sobre o processo de formação da maravilhosa paisagem no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Lendo informações sobre o processo de formação da maravilhosa paisagem no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Praia em um dos lagos do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Praia em um dos lagos do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


No centro de visitantes os park rangers são super atenciosos e nos ajudaram a montar o itinerário perfeito para o tempo que tínhamos e as atividades que queríamos fazer. Como tínhamos apenas um dia, nosso roteiro pelo parque mesclou paradas nos principais mirantes, trilhas curtas de meia hora, lagos, praias, rios e até a trilha do Lac Solitaire, com 5,5km que fizemos em pouco mais de 2 horas.

Início de trilha no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Início de trilha no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Chegando ao belíssimo Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Chegando ao belíssimo Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


As montanhas da região de Mauricie foram suavemente esculpidas durante a retração do imenso glaciar que cobria esta parte do Canadá, formando vales, cachoeiras e lagos maravilhosos, das mais diferentes tonalidades.

Painel informativo sobre o processo de formação das paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá, durante a última era glacial

Painel informativo sobre o processo de formação das paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá, durante a última era glacial


O Lac Solitaire, que chega a ficar congelado no inverno, foi uma parada perfeita para um banho em suas águas transparentes. O tempo não estava aberto, mas a temperatura foi ideal para a caminhada e um dia bem tranquilo e prazeroso.

Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Delicioso banho no Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Delicioso banho no Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Sem tempo a perder, seguimos até a cidade de Rawdon, onde passamos a noite, recarregamos as baterias e seguimos para um dos parques mais conhecidos de Quebéc, o Mont Tremblant.

Placa de boasvindas na entrada do Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá

Placa de boasvindas na entrada do Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá


Famoso por ser uma das maiores áreas de esqui, a apenas 60 km de Montreal, o Mont Tremblant também recebe turistas durante o verão. Localizado no sul dos Laurentians, o parque protege uma área de 1.510 km2 de montanhas, florestas, 6 diferentes rios e mais de 400 lagos que são o habitat de mais de 45 espécies de mamíferos, além de pássaros, peixes, anfíbios e répteis.

No meio do caminho, tinha uma cobra! (no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá)

No meio do caminho, tinha uma cobra! (no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá)


O pato interesseiro que tentou ficar nosso piquenique

O pato interesseiro que tentou ficar nosso piquenique


É o primeiro parque nacional do Canadá e foi criado em 1985 pela união de vários clubes de caça que viram o hobbie ameaçado pela atividade massiva das madeireiras. Hoje a caça é proibida na área do parque e um encontro com um urso pode ser uma boa surpresa.

visitando cachoeira no Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá

visitando cachoeira no Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá


Rio cheio de corredeiras no Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá

Rio cheio de corredeiras no Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá


Nós ficamos localizados no Setor Le Diable e o roteiro incluiu o Chute du Diable e Chute Croches, duas trilhas fáceis e curtas para ver duas belas cachoeiras. A terceira trilha, La Corniche são 3,4km morro acima para uma vista sensacional do vale glacial do Lac Monroe e de toda a cordilheira verde do Mont Tremblant. É, essa paisagem deve ficar bem diferente no inverno!

A magnífica vista do Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá, vista do alto de uma das trilhas mais populares

A magnífica vista do Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá, vista do alto de uma das trilhas mais populares


Foram dois dias intensos de contato com a natureza neste tour pelas grandes cidades do leste canadense. Um rápido e super indicado detour passando por pequenas estradas que entrecortam a colcha de retalhos que é o interior agrícola da província de Quebéc.

Algumas folhas se adiantam e já tem a cor do Outono, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Algumas folhas se adiantam e já tem a cor do Outono, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Canadá, Parc National de La Mauricie, Parc National du Mont-Tremblant, cachoeira, Le Mauricie, Mont Tremblant, Natureza, parque nacional, Quebec, Trekking

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Riozinho Acolhedor

Brasil, Maranhão, Alto Parnaíba

Dedo de prosa com o Jaime e o Nilvan, que nos receberam tão bem na comunidade de Riozinho, região de Alto Parnaíba - MA

Dedo de prosa com o Jaime e o Nilvan, que nos receberam tão bem na comunidade de Riozinho, região de Alto Parnaíba - MA


Alto Parnaíba é a última cidade aonde o asfalto chega no sul do Maranhão. Região de produção agrícola intensa, soja, algodão e milho. É também uma das principais regiões responsáveis pela contaminação das nascentes do rio Parnaíba por agrotóxicos que também ocorre nos arredores baianos do Parque Nacional Nascentes do Parnaíba. Formado recentemente (2002), possui uma área de aproximadamente 730 mil hectares, abrangendo 4 estados brasileiros, o extremo sul do Maranhão e Piauí, norte do Tocantins e noroeste da Bahia. Os acessos mais conhecidos estão do lado piauiense pelas cidades de Gilbués e Barreiras do Piauí a sede do parque funciona em Correntes.

Igreja em Alto Parnaíba - MA

Igreja em Alto Parnaíba - MA


Estudando as possíveis rotas entre a Chapada das Mesas e o Jalapão, descobrimos que há uma estrada que cruza este parque, então, por que não unir o útil ao agradável? A estrada está bem marcada no Guia Rodoviário 4 Rodas, o que não garante nada, mas já é um bom começo. Nosso GPS também conseguia calcular uma rota por uma estrada muito semelhante à do mapa consultado, então vamos ver no que dá. Lá em Alto Parnaíba as informações que recebemos não foram das melhores, Seu Zé Batista era o único que conhecia um pouco melhor a região e no início ainda não estava nos indicando seguir por este caminho. “Não quero falar para vocês e depois vocês vão e ficam perdidos”, disse ele. Não tinha muita escolha, nós íamos por ali mesmo, então ele nos deu a dica: “peguem a estrada para Lizarda, quando chegar na comunidade de Morrinhos virem à esquerda em direção à Vila de Bonfim. Lá no Bonfim tentem achar a Dona Conceição, ela tem filhos estudando em São Félix e pode encontrar alguém que queria ir para lá e possa seguir com vocês no carro.”

Plantação de algodão, na estrada para Lizarda, região de Alto Parnaíba - MA

Plantação de algodão, na estrada para Lizarda, região de Alto Parnaíba - MA


OK! Pegamos a estrada, passamos por plantações de soja e algodão e aos poucos o cerrado começa a dominar a paisagem. A estrada é um areal puro, logo encontramos um Fiat Strada sentado na areia. Ele atolou e estava tentando sair dali há mais de uma hora, sem sucesso. A Fiona entrou em ação, amarramos uma corda e o tiramos do buraco, literalmente. Era tanta areia que na ré todo o pára-choque dianteiro ficou preso e acabou sendo arrancado, com farol e tudo! Bom começo, já vimos que a estrada será uma aventura!

Momento em que o Fiat Strada perde toda a frente, presa na areia (na região de Alto Parnaíba - MA)

Momento em que o Fiat Strada perde toda a frente, presa na areia (na região de Alto Parnaíba - MA)


Seguimos viagem e logo encontramos uma saída à esquerda, por onde o GPS nos indicava. Foi a maior furada, era apenas um desvio que já estava em desuso, tamanhas as crateras formadas pela erosão. Já estávamos ali, não teve outro jeito, tivemos que passar. Puxamos a pá e as pranchas de alumínio para calçar o carro e depois de uns 15 minutos pelejando conseguimos passar. Chegamos à Bonfim e vimos os carros dos nossos amigos que tínhamos ajudado a desatolar, decidimos parar para dar uma assuntada. Foi a sorte, pois dali o GPS novamente nos mandava para a estrada errada e desativada. Pegamos as novas coordenadas e fomos rumo à Bonfim.

A estreita e longa estrada de areia corta o cerrado no sul do Maranhão, região de Alto Parnaíba - MA

A estreita e longa estrada de areia corta o cerrado no sul do Maranhão, região de Alto Parnaíba - MA


Chegando na comunidade paramos na casa onde mora Pablo, ao lado da escola, perguntamos como estava a estrada para São Félix e ele disse que parecia haver apenas uma ladeira meio complicada, mas era só seguir em frente. Lindo, foi o que fizemos, seguindo o GPS sempre que havia algum desvio ou bifurcação, certo? ERRADO! Foi aí que tudo começou. Após a ladeira havia uma bifurcação, seguimos pelo GPS à esquerda. Descemos um morrinho e chegamos a uma fazenda que acabara de ser cercada. Isso para mim até era bom sinal, civilização à vista. Esta fazenda já está na área do parque, porém ainda sem indenização, continua trabalhando. Cercas novas e inclusive uma nova estrada beirando a propriedade para poder fechar a estrada antiga que passava por dentro das terras. Essa picada nova passa por meio de uma mata, cheia de tocos e ainda pouco batida, até que chega a uma casinha em um lugarejo conhecido como o Ponto dos Bons (leia-se “pontdusbão”). Lá conversamos com a moradora, uma senhorinha que nos explicou: “xiii, vocês passaram da estrada para São Félix, aqui é a estrada para Porto Alegre, chega lá também, mas é muito mais longe. Voltem, subam o morrinho e peguem um atalho à esquerda logo que chegar no topo.” Eram 15h, ainda tínhamos um tempo de luz, mas já estávamos começando a ficar meio impacientes. Voltamos, pegamos o atalho e cruzamos um chapadão por uma estrada praticamente inexistente, abrindo caminho com a Fiona direto e reto em direção a uma serra chapada. Víamos que ali já havia sido uma fazenda, volta e meia encontrávamos uns paus de cerca, mas nada além. Descemos em direção a um baixio e eis que vemos ao longe uma outra estrada, alegria, encontramos!

Fiona enfrenta estrada de areia no P.N das Nascentes do Parnaíba, no extremo sul do Maranhão

Fiona enfrenta estrada de areia no P.N das Nascentes do Parnaíba, no extremo sul do Maranhão


Chegamos a uma porteira fechada, passamos e pegamos à esquerda, pois sabíamos que era a direção, já sem rota de GPS, seguimos na direção mais provável. Atravessamos uma ponte e chegamos a outro obstáculo na pista, uma erosão braba. A esta altura já eram umas 16h, não tínhamos certeza se era o caminho correto, acabamos decidindo voltar, pegar a estrada beirando a porteira e ver onde ia dar. Desconfiávamos que esta era a estrada que deveríamos ter pego lá atrás e logo depois, bingo! Chegamos à bifurcação, era ela mesma, confirmamos que estávamos no caminho certo. Porém já não tínhamos tempo hábil para continuar a viagem, decidimos voltar e procurar algum lugar para dormirmos em Bonfim.

O quintal da 'nossa casa', com porcos, vacas e galinhas, na comunidade de Riozinho, região de Alto Parnaíba - MA

O quintal da "nossa casa", com porcos, vacas e galinhas, na comunidade de Riozinho, região de Alto Parnaíba - MA


Chegamos às primeiras casas num lugarejo conhecido como Riozinho, colado em Bonfim, e o Nilvan nos recebeu. Engraçado que na vinda tinha uma casinha linda de adobe com palha que eu havia até parado para fotografar. Ele nos viu parando, imaginou que queríamos informação, mas como não o vimos seguimos adiante.

Casa na comunidade de Riozinho. AInda não sabíamos que era exatamente ali que iríamos dormir! (região de Alto Parnaíba - MA)

Casa na comunidade de Riozinho. AInda não sabíamos que era exatamente ali que iríamos dormir! (região de Alto Parnaíba - MA)


Contamos a nossa história para Nilvan e ele não titubeou, abriu as portas da casa de Martílio, seu irmão que estava de viagem, a casa que eu havia fotografado. Como é bom chegar em algum lugar. Já estávamos há quase 8h na estrada, nos perdendo e nos achando, mas sem conseguir seguir adiante. Tudo que eu precisava era de um banho! O riozinho corre nos fundos do sítio, fomos até lá e lavamos a alma! Não tínhamos muita comida, mas algumas bolachinhas iam ajudar a tapear a fome. O importante é que tínhamos um lugar para dormir.

Com o Jaime, qie nos recebeu na comunidade de Riozinho, região de Alto Parnaíba - MA

Com o Jaime, qie nos recebeu na comunidade de Riozinho, região de Alto Parnaíba - MA


Resgatamos uma pinga que havíamos comprado em Brejões na Chapada Diamantina, era o melhor que tínhamos para oferecer pela acolhida. Um dedinho de pinga e muuuitos dedinhos de prosa, ele nos convidou para comer um delicioso arroz com abóbora que estava preparando. Logo chegou seu irmão mais velho, Jaime, que conhecia bem dos caminhos na região. Passamos a noite assuntando, conversando sobre a região, política, o Luz para Todos que não chegou e os caminhos da nossa viagem no dia seguinte.

Dedo de prosa com o Jaime e o Nilvan, que nos receberam tão bem na comunidade de Riozinho, região de Alto Parnaíba - MA

Dedo de prosa com o Jaime e o Nilvan, que nos receberam tão bem na comunidade de Riozinho, região de Alto Parnaíba - MA


Eles têm uma vida simples, morando nesse sítio o rio é a fonte de água de beber, de banhar e de lavar. Plantam abóbora, milho e arroz que pode ficar estocado para os próximos 3 anos, e tem alguns gados da irmandade. São 11 irmãos, alguns vivem por aqui e outros já mudaram para a cidade, Alto Parnaíba ou São Félix. Quando matam um gado dividem a carne entre os irmãos, como não tem luz, salgam e guardam para comer uma vez por mês. Tudo muito simples, mas muito digno, feito com muito trabalho e muito carinho. A lua iluminava a noite quase como um sol no meio do cerrado. Nos recolhemos aos nossos aposentos para uma merecida noite de descanso.

Hora de se recolher na 'nossa' casa, na comunidade de Riozinho, região de Alto Parnaíba - MA

Hora de se recolher na "nossa" casa, na comunidade de Riozinho, região de Alto Parnaíba - MA

Brasil, Maranhão, Alto Parnaíba, 4 x 4, Bonfim, Lizarda, Nascentes do Parnaíba, off road, parque nacional, Riozinho

Veja todas as fotos do dia!

Comentar não custa nada, clica aí vai!

USVI e as 11mil virgens

Ilhas Virgens Americanas, St Thomas - Charlotte Amalie, St John - Cruz Bay

Caminhada de Cruz Bay até Caneel Bay - USVI

Caminhada de Cruz Bay até Caneel Bay - USVI


United States Virgin Islands, ou como os americanos adoram fazer siglas de tudo, USVI. Essas ilhas foram descobertas também por Cristóvão Colombo (ele fez a limpa aqui no Caribe), e batizadas por ele Santa Úrsula e as 11 mil virgens. Durante poucos anos ficou sobre os auspícios dos espanhóis até que a grande guerra entre Inglaterra e Espanha no século XVI enfraqueceu o império espanhol fazendo com que abrissem a guarda de alguns territórios. A partir daí este território começou a ser ocupado por diversas nacionalidades, aqui, principalmente os dinamarqueses. As USVIs pertenceram à Dinamarca até a 1ª Guerra Mundial, quando os Estados Unidos, preocupados com o avanço das tropas alemãs sobre a Dinamarca, acabaram comprando estas terras por 25 milhões de dólares em ouro.

Caminhada de Cruz Bay até Caneel Bay - USVI

Caminhada de Cruz Bay até Caneel Bay - USVI


Hoje saímos cedo de Fajardo a caminho de San Juan para pegar o vôo para USVI. No aeroporto fiquei feliz quando vi que estávamos na fila dos vôos internacionais, pois uma preocupação constante é o nosso peso extra para todo esse equipamento de mergulho que estamos carregando. Mas não teve jeito, como falamos Porto Rico não é exatamente um território americano, mas também não é um país completamente independente. USVI passa por uma situação parecida, como pertence ao commonwealth americano estávamos em um vôo nacional e tivemos que pagar US$ 120,00 para a bagagem, 25 para cada bagagem e mais 35 para a segunda peça. Nunca vi incluírem apenas a bagagem de mão no custo da passagem... coisa de americanos. Aposto que alguém reclamou na justiça o direito de pagar menos se nunca levava bagagem alguma, e a companhia aérea nunca deve ter repassado este “desconto” para o consumidor. Capitalismo podre.

Caneel Bay, USVI

Caneel Bay, USVI


Chegando à Saint Thomas já pegamos um táxi comunitário em direção à Red Hook, porto mais próximo de Cruz Bay, em St John, onde estamos hospedados. Fomos tentar aproveitar o pouco tempo que havia nos restado, explorando a vila de Cruz Bay e algumas praias dentro do Parque Nacional das Ilhas Virgens. Pegamos uma trilha deliciosa, cheia e cactos, pássaros e ermitões. Apara chegarmos às praias caminhamos em torno de 30 minutos (1,6km) por uma trilha que nos levou direto para as praias conhecidas como Solomon Beach, Honey Moon Beach e Caneel Bay. As duas primeiras maravilhosas, super preservadas, árvores nativas, água transparente, ótima para snorkeling. A terceira, Caneel Bay é uma pequena baía ocupada por um resort, pequeno se comparado com os que vimos nas Bahamas e TCIs, mas grande o suficiente para ter um pequeno campo de golf, praia e marina próprias. Experimentamos uma cerveja local, Virgin Island Pale Ale, escolhida no cardápio pelo Rodrigo, quando provei foi que vimos que ela era “mango natural flavored”! Pô, cerveja com gosto de manga? Essa eu nunca tinha visto! Quando provei o garçom percebeu a surpresa/decepção e acabou nos servindo “na faixa” a versão summer da mesma marca, mostrando que os virgin islanders também sabem fazer cerveja de verdade.

Cerveja com Gosto de Manga - USVI

Cerveja com Gosto de Manga - USVI


A recente colonização americana já tem suas marcas, mas percebemos a cultura da ilha completamente misturada. Muitos negros trazidos pelos dinamarqueses para o plantio de cana e imigrantes das ilhas próximas de origem espanhola. Contudo não encontramos ainda nenhuma marca dos quase quatro séculos de influência dinamarquesa, mas ainda temos mais dois dias para descobrir!

Caneel Bay, USVI

Caneel Bay, USVI

Ilhas Virgens Americanas, St Thomas - Charlotte Amalie, St John - Cruz Bay, Praia, trilha, USVI

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Página 1 de 113
Blog da Ana Blog da Rodrigo Vídeos Esportes Soy Loco A Viagem Parceiros Contato

2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet