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De Stromness Para Grytviken - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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De Stromness Para Grytviken

Geórgia Do Sul, Stromness, Grytviken

O Dave traz mais passageiros de volta ao Sea Spirit, depois de visita a Stromness, na Geórgia do Sul

O Dave traz mais passageiros de volta ao Sea Spirit, depois de visita a Stromness, na Geórgia do Sul


Se alguém me dissesse, um mês atrás, que estava viajando de Stromness para Grytviken, eu iria imaginar que essa pessoa deveria estar em algum recanto da Dinamarca, Suécia ou Noruega, mas jamais na América do Sul! Pois é, vivendo e aprendendo... E olha que eu não estaria tão errado assim. Sim, os dois lugares ficam sim na América do Sul, mais precisamente, na pequena ilha chamada Geórgia do Sul. Uma ilha que pertence aos ingleses, mas que, na prática, foi colonizada por noruegueses! Bingo! Daí esses nomes nórdicos...

A antiga estação baleeira de Stromness, na Geórgia do Sul

A antiga estação baleeira de Stromness, na Geórgia do Sul


O Dave traz mais passageiros de volta ao Sea Spirit, depois de visita a Stromness, na Geórgia do Sul

O Dave traz mais passageiros de volta ao Sea Spirit, depois de visita a Stromness, na Geórgia do Sul


Nas primeiras décadas do séc. XX, o governo inglês vendeu licenças a várias companhias norueguesas para se instalarem na ilha e praticarem a pesca e processamento de baleias e focas. Essa foi a primeira ocupação efetiva dessa pequena ilha quase perdida no Atlântico Sul e, desde então, nomes noruegueses são comuns por lá, mesmo depois que as estações baleeiras foram fechadas em meados do século. E hoje, após repetir parte do caminho por terra de Shackleton até Stromness, nós embarcamos no Sea Spirit rumo a Grytviken, a “capital” da Geórgia do Sul.

Guindaste do Sea Spirit recolhe um zodiac no deck, em Stromness, na Geórgia do Sul

Guindaste do Sea Spirit recolhe um zodiac no deck, em Stromness, na Geórgia do Sul


A água gelada e azul da baía de Stromness, na Geórgia do Sul

A água gelada e azul da baía de Stromness, na Geórgia do Sul


O tempo havia estado fechado durante toda a manhã, enquanto fazíamos nossa caminhada. Mas na hora de embarcarmos no Sea Spirit, já em Stromness, o sol apareceu, assim como o céu azul. Quase sem vento, as águas da baía de Stromness estavam paradas, formando um grande espelho natural que só era desmanchado pelo vaivém dos zodiacs que transportavam os passageiros de terra firme para o navio.

O Bart limpa suas botas antes de entrar no Sea Spirit, em Stromness, na Geórgia do Sul

O Bart limpa suas botas antes de entrar no Sea Spirit, em Stromness, na Geórgia do Sul


Limpando os pés antes de entrar no Sea Spirit, em Grytviken, na Geórgia do Sul

Limpando os pés antes de entrar no Sea Spirit, em Grytviken, na Geórgia do Sul


Ao chegar no Sea Spirit, a rotina de sempre. Enquanto limpávamos e desinfetávamos nossas botas para poder entrar no interior do Sea Spirit, os marinheiros já nossos amigos se ocupavam em “guardar” os zodiacs no deck do navio. Faça frio, faça vento, faça neve, lá estão eles fazendo seu trabalho, sempre com a ajuda do guindaste do barco.

Os marinheiros do Sea Spirit que sempre nos auxiliam a entrar e sair dos zodiacs, em Stromness, na Geórgia do Sul

Os marinheiros do Sea Spirit que sempre nos auxiliam a entrar e sair dos zodiacs, em Stromness, na Geórgia do Sul


Navegando por um estreito canal perto de Stromness, na Geórgia do Sul

Navegando por um estreito canal perto de Stromness, na Geórgia do Sul


O Sea Spirit começou sua curta viagem de hoje e o almoço já estava servido para os famintos passageiros. Aproveitando o dia lindo que agora fazia, aproveitamos para comer do lado de fora, lá no deck superior, com direito à linda paisagem da ilha à nossa frente. Com o tempo limpo, quem apareceu o longe foi o Mount Paget, montanha mais alta da Geórgia do Sul. Com 2.935 metros de altura, realmente é uma montanha imponente, considerando que nós estávamos ao nível do mar. É como se fossem quatro Corcovados, um em cima do outro. Foi escalado pela primeira vez em 1964, por uma equipe militar britânica. É uma escalada técnica, com muito gelo e neve no caminho.

As mais altas montanhas da Geórgia do Sul, como o Mount Paget, na região de Stromness

As mais altas montanhas da Geórgia do Sul, como o Mount Paget, na região de Stromness


As mais altas montanhas da Geórgia do Sul, como o Mount Paget, na região de Stromness

As mais altas montanhas da Geórgia do Sul, como o Mount Paget, na região de Stromness


Depois do almoço e do Mount Paget ficar para trás, chegamos a baía de Grytviken, um punhado de casas espremidas entre o mar e montanhas majestosas. Essa é a tal “capital” da ilha, onde vivem poucas dezenas de pessoas de forma permanente e muitos pesquisadores durante o verão e primavera. Um pouco mais ao fundo, na mesma baía, as ruínas da antiga estação baleeira. Foi para lá que seguimos.

Navegando ao lado das mais altas montanhas da Geórgia do Sul, entre Stromness e Grytviken

Navegando ao lado das mais altas montanhas da Geórgia do Sul, entre Stromness e Grytviken


Aproveitando o sol para almoçar ao ar livre no deck do Sea Spirit, saindo de Stromness, na Geórgia do Sul

Aproveitando o sol para almoçar ao ar livre no deck do Sea Spirit, saindo de Stromness, na Geórgia do Sul


O primeiro programa foi visitarmos o cemitério para prestar nossas homenagens ao mais ilustre “hóspede” do local, Sir Ernest Shackleton. Vou falar disso no próximo post. Depois do cemitério, fomos caminhar pelas ruínas e alguns poucos prédios restaurados ou conservados.

Chegando a Grytviken, na Geórgia do Sul

Chegando a Grytviken, na Geórgia do Sul


Tarde de sol em Grytviken, na Geórgia do Sul

Tarde de sol em Grytviken, na Geórgia do Sul


Entre eles, destaca-se a bela igreja que já é centenária. Carl Larsen, o fundador do posto baleeiro mandou fazê-la lá na Noruega e trazê-la para cá. Imaginou que um pouco de religiosidade serviria para aplacar os ânimos de tantos homens vivendo juntos por tanto tempo em espaço tão pequeno e longe de suas mulheres e famílias. Eram poucos os que tinham o privilégio de trazer suas esposas e filhos para cá. Então, trouxeram a igreja que é o principal cartão postal da cidade.

A bela igreja construída pelos noruegueses em Grytviken, na Geórgia do Sul (foto de Brian Myers)

A bela igreja construída pelos noruegueses em Grytviken, na Geórgia do Sul (foto de Brian Myers)


Visitando a igreja norueguesa em Grytviken, na Geórgia do Sul

Visitando a igreja norueguesa em Grytviken, na Geórgia do Sul


A bela igreja construída por baleeiros noruegueses em Grytviken, na Geórgia do Sul

A bela igreja construída por baleeiros noruegueses em Grytviken, na Geórgia do Sul


Além da igreja, um pequeno museu e correio, que só abre quando chegam os navios com turistas. Receber uma correspondência da Geórgia do Sul não é para qualquer um! O museu conta a história e mostra artefatos da exploração baleeira da ilha e da breve ocupação argentina durante a Guerra das Malvinas. Mesmo para quem não admira a caça de baleias, é sempre interessante ver as fotos terríveis e ficar certo que aquilo realmente acontecia.

Interior da igreja norueguesa em Grytviken, na Geórgia do Sul

Interior da igreja norueguesa em Grytviken, na Geórgia do Sul


O museu e o correio de Grytviken, na Geórgia do Sul

O museu e o correio de Grytviken, na Geórgia do Sul


Felizmente, não acontece mais e hoje a paz reinava nesse lado esquecido do mundo. Elefantes-marinho dormiam na praia, pinguins passeavam ao lado de um antigo barco baleeiro encalhado, turistas caminhavam entre ruínas de uma antiga fábrica e a tarde se punha sobre um oceano de águas azuis. Era a hora de voltarmos a bordo porque o dia de amanhã também será longo, com direito a mais desembarques, caiaque, pinguins e elefantes. Sem contar o jantar com um prato especial: rena assada. Isso mesmo... renas, daquelas que puxam o carro do Papai Noel. Assunto para os próximos post, depois de falar da epopeia de Shackleton.

O sol de fim de tarde esquenta o Sea Spirit ao lado de Grytviken, na Geórgia do Sul

O sol de fim de tarde esquenta o Sea Spirit ao lado de Grytviken, na Geórgia do Sul

Geórgia Do Sul, Stromness, Grytviken, Montanha, Arquitetura, Sea Spirit

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Elefantes Tranquilos, Lobos Bravios e Pinguins Sem Frio

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Comentários (3)

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  • 18/07/2014 | 18:06 por mabel

    Muito lindo!!!!!!!! Esta é uma viagem que poucos podem fazer, por isso vou aproveitando a de vocês.

    Abraços

    Resposta:
    Oi Mabel

    Dessa vez, ao invés de viajar conosco na Fiona, está todo mundo viajando no Sea Spirit! É bom que cabe mais gente, hehehe

    Um beijo

  • 18/07/2014 | 15:22 por Dona Helen

    Concordo com a Flora .
    Esta semana saiu uma reportagem no Estadão sobre esta região
    que não chega aos pés das que você descreve sempre rica em detalhes e aspectos.Principalmente a política , histórica e atual.
    São regiões tão lindas ,de difícil acesso ,e que precisam de serem lembradas que existem e como vivem !Bjs Mm

    Resposta:
    Ola Mama

    Como sempre, muito feliz em ver elogios seus!

    Será que o Estadão não quer me contratar?

    Beijos e saudades

  • 17/07/2014 | 21:56 por Flora

    Simplesmente amando este relato da Antartida. Quase todos os dias bato ponto aqui para viajar junto. Que riquesa de detalhes, impressionante...

    Resposta:
    Oi Flora

    Legal que vc esteja gostando!

    Eu também estou adorando escrever. É quase como viajar por lá de novo!

    Um abs

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