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Conhecendo o Cotopaxi - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Conhecendo o Cotopaxi

Equador, Quito, Baños, Cotopaxi

O vulcão Cotopaxi, o mais alto do mundo em atividade, no Equador

O vulcão Cotopaxi, o mais alto do mundo em atividade, no Equador


A manhã de hoje foi dedicada às burocracias finais do nosso live aboard em Galápagos e à definição das nossas "escaladas" nos vulcões Cotopaxi e Chimborazo. Preenchemos e entregamos a papelada do live aboard, que começa dia 25 e se estenderá por oito dias e sete noites. Depois, teremos mais dois dias em Galápagos e retornamos para Quito no dia 04 de Outubro. O Rafa e a Laura voltam para o Brasil no dia seguinte e nós, depois de fazermos a revisão da Fiona dos 60 mil km, partimos para a Colômbia.

Carregando a Fiona com a bagagem de quatro pessoas, em Quito - Equador

Carregando a Fiona com a bagagem de quatro pessoas, em Quito - Equador


Quanto às escaladas, vamos fazer os vulcões devidamente acompanhados de guias. Escolhemos uma das mais conhecidas agências de Quito, a Gulliver, e hoje passei uma hora por lá definindo como e quando serão as escaladas. O Equador possui o mais alto vulcão em atividade do mundo, o Cotopaxi, com 5.890 metros e também o mais alto já extinto, o Chimborazo, com pouco mais de 6.300 metros. Nos dois casos, a escalada dura dois dias. Como não temos tempo para fazer os dois, resolvemos nos dividir! A Ana, a Laura e o Rafa vão tentar o Cotopaxi enquanto eu vou me arriscar no Chimborazo. Nos dois casos, a escalada envolve um bom trecho de subida em neve e gelo e é preciso usar grampões, roupas adequadas e até uma picareta. A Gulliver fornece tudo isso para nós. Ela possui uma mesma base de operações para as duas montanhas e dormiremos todos lá no dia 22. No dia 23, cada grupo seguirá para o seu vulcão, indo dormir em refúgios na montanha em altitudes próximas dos 5 mil metros. Na madrugada seguinte, do dia 24, partimos cada qual para o seu cume, que devem ser atingidos quando o sol estiver nascendo. Aí descemos, reencontramo-nos todos na base de operações e voltamos para Quito.

Estrada coberta de granizo no parque Cotopaxi, no Equador

Estrada coberta de granizo no parque Cotopaxi, no Equador


Enfrentando o granizo na estrada de acesso ao Cotopaxi, o Equador

Enfrentando o granizo na estrada de acesso ao Cotopaxi, o Equador


Definidos os vulcões, agora precisávamos de um plano de aclimatação à altitude para o Rafa e para a Laura. Eu e a Ana já nos consideramos aclimatados, apesar da semana passada ao nível do mar desde Trujillo, no Peru. Assim, resolvemos seguir diretamente para o vulcão Cotopaxi, no nosso caminho para o sul do Equador. Ali é possível chegar de carro até os 4.550 metros e, de lá, caminhar até o refúgio construído um pouco acima dos 4.800 metros de altitude.

Laguna no Parque Cotopaxi, no Equador

Laguna no Parque Cotopaxi, no Equador


A Ana, a Laura e o Rafa subindo para o refúgio no vulcão Cotopaxi, no Equador

A Ana, a Laura e o Rafa subindo para o refúgio no vulcão Cotopaxi, no Equador


Nosso único problema era chegar até lá antes que o parque fechasse para entradas, às três da tarde. Nem é tão longe, mas o difícil é conseguir sair da capital, Quito, com seu trânsito super amarrado. Com paciência, enfrentando todos os desvios, já que a Panamericana está em obras de ampliação, conseguimos sair da grande cidade e chegamos finalmente à estrada. De lá para o Cotopaxi foi rapidinho e chegamos à portaria do parque 15 minutos antes do prazo. O tempo tem estado meio chuvoso nesses dias e hoje não foi diferente. Não só o vulcão estava escondido como, naquela altitude, ao invés de água, tivemos gelo caindo do céu. A primeira chuva de granizo da Fiona, bem na entrada do parque nacional! Foi lindo!

O refúgio no vulcão Cotopaxi, no Equador

O refúgio no vulcão Cotopaxi, no Equador


Refúgio do Cotopaxi, a mais de 4.800 metros de altitude, no Equador

Refúgio do Cotopaxi, a mais de 4.800 metros de altitude, no Equador


O granizo passou e pudemos seguir até o estacionamento, passando antes por uma bela laguna ainda abaixo dos 4 mil metros. Lá no estacionamento, devidamente vestidos para enfrentar o frio e a neve fina que caía (já estamos ficando acostumados com a neve, hehehe), iniciamos nossa ascensão de 300 metros até o refúgio. A trilha é sobre terra solta, bem mais cansativo que no El istí, em Arequipa, mas devagarzinho eu cheguei lá encima. Tirei fotos dos companheiros que subiam atrás e aí, por alguns momentos, as nuvens abriram e o majestoso vulcão deu o ar da sua graça. Lindo e imponente! O Rafa chegou um pouco depois e, mais abaixo, a Ana e a Laura.

Dentro do confortável refúgio do vulcão Cotopaxi, no Equador

Dentro do confortável refúgio do vulcão Cotopaxi, no Equador


No refúgio do vulcão Cotopaxi, a mais de 4.800 metros de altitude, no Equador

No refúgio do vulcão Cotopaxi, a mais de 4.800 metros de altitude, no Equador


Passamos um tempo no refúgio, o mesmo que eles vão passar a noite antes do ataque final ao cume. Umas vinte pessoas estavam ali, se preparando para a escalada na madrugada de amanhã. Mas a gente não. Só tomamos um chá e começamos a descer, antes que o parque fechasse suas portas também para saída. Para baixo todo santo ajuda e rapidamente estávamos de volta à Fiona. Um lobo nos espreitava, enfrentando o frio e a altitude em busca de comida. Ao invés disso, ganhou algumas fotos!

Descendo o vulcão Cotopaxi sob forte neblina, no Equador

Descendo o vulcão Cotopaxi sob forte neblina, no Equador


Descendo o refúgio do Cotopaxi, no Equador

Descendo o refúgio do Cotopaxi, no Equador


Completada a tarefa de aclimatação, seguimos para a cidade de Baños, aos pés do mais ativo vulcão do Equador, o Tungurahua. Várias pequenas erupções nos últimos anos, incluindo algumas maiores de 2006 e 2007. Mas tem estado meio calmo ultimamente. Chegamos aqui já no escuro, intalamo-nos no Hostal Santa Cruz e fomos jantar. A cidade é uma meca do eco-turismo aqui no Equador, oferecendo programas de trekking, rafting, canyoning e por aí vai. Muitas cachoeiras, a proximidade da floresta amazônica e de um vulcão ativo possibilita os mais variados programas. Mas, como o próprio nome diz, o mais tradicional são os banhos em águas termais e terapêuticas.

Um lobo nos observa, a 4.500 metros de altitude, no Cotopaxi, no Equador

Um lobo nos observa, a 4.500 metros de altitude, no Cotopaxi, no Equador


Isso tudo fica para amanhã, quando teremos de fazer nossas escolhas. Não temos muito tempo, já que ainda queremos seguir até Cuenca, bem mais ao sul. Agora de noite a Laura começou a se sentir mal. Esperamos que ela melhore para que amanhã tenhamos um dia intenso por aqui. Precisamos estar todos em forma até o dia 23!

Observando as nuvens do estacionamento do Cotopaxi, no Equador

Observando as nuvens do estacionamento do Cotopaxi, no Equador

Equador, Quito, Baños, Cotopaxi, trilha, vulcão

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Comentários (2)

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  • 21/09/2011 | 22:35 por Laura

    Gente, a subida até o refúgio do Cotopaxi foi meu record absoluto de altitude (por hora...). Show!

    Resposta:
    Parabéns por ter chegado lá!
    Quase sem nenhuma aclimatização, foi uma bela de uma conquista! O prêmio foi o Cotopaxi ter aparecido, lindo e imponente, por entre as nuvens
    Como vc mesmo disse, show!

  • 21/09/2011 | 18:30 por Marcelo Carneiro

    A foto da Fiona com as nuvens escuras ficou foto de filme.

    Resposta:
    Essa foto realmente ficou MUITO boa!
    A Toyota não sabe o que está perdendo...
    Abs

    P.S Quem tirou a foto foi a Laura!

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