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As Sete Taças - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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As Sete Taças

Chile, Radal Siete Tazas

Ssalto La Leona, um dos mais belos no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Ssalto La Leona, um dos mais belos no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Acampados no parque Radal Siete Tazas, dormimos embalados ao som de grilos e acordamos com o canto dos pássaros. Ao longe, havia também o som de pessoas desmontando suas barracas e preparando-se para partir. O feriado de segunda, que prolongou o final de semana, trouxe muita gente para cá. Mas a maioria já estava partindo quando chegamos no final do dia e tivemos toda a liberdade para encontrar um lugar para a nossa barraca. Pela manhã, já um dia normal de trabalho aqui no Chile, os últimos poucos vizinhos partiam com pressa e tristeza. Enquanto isso, muito tranquilamente, a gente armava a mesa para o nosso café da manhã.

Florestas e montanhas do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Florestas e montanhas do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Com o fim do feriado, estávamos quase sozinhos no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Com o fim do feriado, estávamos quase sozinhos no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


O parque é famoso pelas cachoeiras e piscinas naturais criadas pelo Rio Claro ao longo de um estreito canyon. Mas não é só isso. Há muita mata com árvores centenárias e uma fauna que inclui até o pudú, o menor cervo do mundo e de quem já falei quando passamos em Chiloé (post aqui). Mas são mesmo as águas claríssimas do Rio Claro a principal atração. Nós pagamos oito dólares por pessoa para entrar no parque e pretendíamos aproveitá-lo ao máximo. Mas não sem um bom café da manhã!

A Ana prepara nosso café da manhã em nosso acampamento no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

A Ana prepara nosso café da manhã em nosso acampamento no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Um raro momento da Ana usando óculos, para deixar os olhos descansarem das lentes de contato, no nosso acampamento no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Um raro momento da Ana usando óculos, para deixar os olhos descansarem das lentes de contato, no nosso acampamento no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Nossa barraca estava armada ao lado de uma dessas mesas de piquenique e logo nossos pães, queijos e frutas já estavam espalhados por ali, assim como o fogareiro para esquentar água para fazer chá. Quem pilotava era a Ana. Mas não a Ana de todos os dias, com suas lentes de contato. Hoje ela usava óculos, uma das raras vezes nesses 1000dias ou desde que a conheço, há oito anos. Aconselhada pela oftalmologista, ela está dando um descanso à vista e guardar as lentes por alguns dias foi a primeira providência.

Um imponente coigue no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Um imponente coigue no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Um belo exemplar de coigue, árvore bastente comum nos bosques do sul do Chile (no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile)

Um belo exemplar de coigue, árvore bastente comum nos bosques do sul do Chile (no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile)


Ainda não tínhamos decidido se ficaríamos uma noite a mais por aqui, mas acho que já desconfiávamos. Tanto que deixamos a barraca armada quando fomos fazer nossos passeios. Tínhamos gostado tanto da noite por aqui que, se o Rio Claro fosse mesmo essas coisas, iríamos ficar. Faz muito tempo que não vamos a cachoeiras onde se pode nadar e eu, como bom mineiro, já não aguentava de saudades. Se é este o lugar, vamos aproveitar!

Olha só o tipo da lagarta, no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile. Será que é venenosa?

Olha só o tipo da lagarta, no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile. Será que é venenosa?


Rio que corta o Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile e que forma diversas piscinas (as taças!)

Rio que corta o Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile e que forma diversas piscinas (as taças!)


Mas o primeiro passeio nada teve a ver com o rio. Fomos atrás de uma das maiores árvores do parque, um coigue multi-centenário com uns 50 metros de altura e outros tanto de diâmetro. Essa é uma árvore relativamente comum nessa parte do Chile e é usual bosques onde elas se misturam com as araucárias araucanas, a espécie prima da araucária do Paraná. O que não é usual é um coigue desse tamanho e por isso há uma trilha só para visitá-lo.

Uma das muitas cachoeiras no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Uma das muitas cachoeiras no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Piscina natural iluminada pela luz da manhã no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Piscina natural iluminada pela luz da manhã no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Lá fomos nós e, além do coique, a gente também se impressionou com uma lagarta que parecia habitar em seu tronco. Cor verde-limão, pelos e mais pelos coma ponta bem úmida. Quase brilhava. Acho que era um aviso da natureza para que ninguém se arriscasse a comê-la ou mesmo tocá-la. Pelo menos a gente resolveu seguir nossos instintos e deixá-la em paz. Exceto por fotos, claro. Fotos não queimam (pelo menos, as digitais) e nem roubam a alma de lagartas, creio.

Chegando a uma das mais belas cachoeiras do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Chegando a uma das mais belas cachoeiras do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Ssalto La Leona, um dos mais belos no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Ssalto La Leona, um dos mais belos no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Depois do aperitivo, direto ao prato principal, o rio Claro. A trilha segue paralelo a ele e dá acesso a várias pequenas piscinas e cachoeiras. Difícil escolher em qual entrar. Mas já tínhamos decidido ir até o fim e, na volta, já conhecendo toda oferta disponível, aí sim escolher. Além disso, o sol ainda não estava alto e muitas das piscinas ainda estavam na sombra.

Aos poucos, o sol vai iluminando e esquentando a enorme piscina natural sob o Salto La Leona, no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Aos poucos, o sol vai iluminando e esquentando a enorme piscina natural sob o Salto La Leona, no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Banhando-se no Salto La Leona, no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Banhando-se no Salto La Leona, no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


As piscinas mais famosas são aquelas que dão nome ao parque, as “sete taças”. São sete piscinas naturais na sequência e muito próximas de si, cada uma em um nível diferente e unidas por pequenas quedas d’água. Uma verdadeira pintura, ainda mais com as águas verdes e transparentes do rio Claro. Mas as placas colocadas na trilha pediam que não se nadasse ali. Eram próprias para fotografias apenas. Não há acesso até elas, a não ser que se pule na mais alta e se venha descendo de piscina em piscina, por dentro d’água. Aparentemente, quem faz isso são remadores de caiaque mais experientes. Quem começa, tem de terminar, não há escapatória!

A Ana fica pequena ao lado do Salto La Leona, no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

A Ana fica pequena ao lado do Salto La Leona, no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Algumas das 'taças', as piscinas naturais no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Algumas das "taças", as piscinas naturais no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Com tantas outras piscinas abaixo e acima delas, não há porque quebrar a regra e nadar por ali. Tiramos nossas fotos e seguimos, a maior de todas as cachoeiras e piscinas ainda abaixo de nós. É o Salto La Leona, um pouco abaixo da última das “taças”, com mais de vinte metros de altura. Os caiaques têm de ficar espertos e, passada a última “taça”, voltar logo para a margem do rio, pois se continuarem, a queda vai ser um pouco demais para eles.

Algumas das 'taças', as piscinas naturais no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Algumas das "taças", as piscinas naturais no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Relaxando em uma das piscinas naturais do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Relaxando em uma das piscinas naturais do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Descemos um último barranco e chegamos à enorme piscina na base da La Leona. Que coisa mais linda! E que bom é quando a água do rio não dói de tão fria. Vimos muitas cachoeiras no sul do Chile e Argentina, mas definitivamente não eram “user-friendly”. Essas aqui, ao contrário, parecem nos chamar. E para lá fomos, nadar através da piscina que mais parecia um lago e chegar à base da cachoeira para uma boa ducha!

Saltando em uma das piscinas narurais do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Saltando em uma das piscinas narurais do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Saltando em uma das piscinas narurais do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Saltando em uma das piscinas narurais do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Uma ducha daquelas que lava a alma. Que delícia! Eu me sentia no sul de Minas, em algum lugar da Serra da Mantiqueira, do Cipó ou da Canastra. Ou então, em algumas das Chapadas, Diamantina, Veadeiros, Mesas, Guimarães. Na verdade, pela cor da água, bem verde, várias das opções acima já seriam eliminadas, pois a água nelas tende mais ao vermelho-negro do que verde. Com essa cor, lembro mesmo de alguns lugares na Mantiqueira e na Canastra.

Um delicioso mergulho em uma das piscinas naturais do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Um delicioso mergulho em uma das piscinas naturais do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Massagem em uma jaccuzzi natural no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Massagem em uma jaccuzzi natural no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Ficamos mais de uma hora por aí, alternando mergulhos com um pouco de sol nas margens da piscina. Outras pessoas chegaram. O sol se levantou e iluminou toda a área, que ficava cada vez mais bela. Difícil mesmo foi sar daí, mas outras piscinas nos esperavam rio acima.

Final de tarde, relaxando no restaurante do camping no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Final de tarde, relaxando no restaurante do camping no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Área de camping e restaurante no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Área de camping e restaurante no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


E foi para lá que seguimos, o mesmo caminho da vinda. Passamos outra vez pelas sete taças, agora bem mais iluminadas. E um pouco acima delas, mais piscinas próprias para banho. Não só para banho, mas para saltos do alto da pedra. Fazia tempo que não fazíamos isso. Tinha até esquecido do quão gostoso que é. Impossível resistir! Depois, ficamos numa área que formava uma espécie de jacuzzi natural, na base de uma pequena cachoeira. Éramos nós e outro grupo de dois casais chilenos. Todos felizes da vida.

Deliciosa cerveja no final de tarde no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Deliciosa cerveja no final de tarde no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


um sadio mergulho na nossa segunda manhã no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

um sadio mergulho na nossa segunda manhã no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Agora, final da tarde, voltamos para o camping. Há uma lanchonete ali com as mesas espalhadas em uma grande área gramada. Aí estamos cercados de florestas e montanhas em tarde de sol e céu azul. Hora e local mais perfeito para saborear uma cerveja gelada seria difícil de imaginar. Então, vamos a ela, saboreando cada gole, cada minuto, cada sabor, cada raio de luz, cada som que nos chega aos ouvidos, cada aroma que nos toma os sentidos. Perfeito!

A Ana cria coragem para o primeiro mergulho da manhã no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

A Ana cria coragem para o primeiro mergulho da manhã no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Na manhã do 2o dia, mergulho em uma das piscinas naturais do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Na manhã do 2o dia, mergulho em uma das piscinas naturais do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


A noite chega e já estamos acomodados na barraca, depois de um jantar cozinhado rapidamente e uma garrafa de bom vinho nacional para nos embalar o sono. Não há mais barracas por ali e as Siete Tazas nos pertence. Que sábia decisão ter ficado mais uma noite!

Nadando em um canyon no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Nadando em um canyon no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Mergulho matinal no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Mergulho matinal no Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile


Hoje cedo, hora de partir. Mas antes disso, mais um mergulho nas piscinas. O sol ainda não as ilumina, o frio gostoso da madrugada ainda está lá. Mas basta duas ou três braçadas naquela água e já esquecemos disso. Estamos renovados. Renovadíssimos. Depois desses dias entre cachoeiras, já sabemos para onde ir. Vamos para a praia. A nossa despedida do Oceano Pacífico nesses 100dias...

Agradecendo aos céus a beleza do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Agradecendo aos céus a beleza do Parque Nacional Radal Siete Tazas, no centro-sul do Chile

Chile, Radal Siete Tazas, trilha, cachoeira, Parque, La Leona

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Comentários (2)

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  • 31/03/2015 | 23:53 por Su

    Que lugar incrível! Eu nunca tinha ouvido falar deste lugar.
    Ja pesquisei bastante, sigo relatos de viagem de vários viajantes, mas nunca tinha visto.
    Muito legal o trabalho de divulgaçao de vocês, que foge do sempre habitual.
    Parabéns pelo projeto!

    Resposta:
    Oi Su

    Obrigado pelo elogio!!!

    Como viajamos de carro, temos tempo e meios de explorar os lugares por onde viajamos. Além disso, conversamos bastante com as pessoas do país e eles tem sempre ótimas dicas para dar, que fogem do lugar-comum. Sete Taças, por exemplo, é muito conhecida entre chilenos, mas não tem projeção internacional. Os gringos não sabem o que stão perdendo, hehehe


    Um abraço

  • 31/03/2015 | 22:01 por mabel

    Que lugar lindo!!!!Impossível ficar pouco.

    Resposta:
    Oi Mabel!

    Exatamente! Impossível ficar pouco!

    Abs

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