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No Teto da América Central - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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No Teto da América Central

Guatemala, Quetzaltenango

Com o nosso guia Carlos no ponto mais alto da América Central, o cume do vulcão Tajumulco, a mais de 4.200 metros de altitude, na Guatemala

Com o nosso guia Carlos no ponto mais alto da América Central, o cume do vulcão Tajumulco, a mais de 4.200 metros de altitude, na Guatemala


Com quase meia hora de atraso, mas ainda antes das cinco da madrugada, o nosso guia chegou ao hotel em Xela. Alguns minutos depois já estávamos todos a bordo a Fiona rumo à fronteira mexicana, perto da qual se localiza o vulcão Tajumulco que, com seus 4.220 metros, é o ponto mais alto da América Central.

Início da caminhada ao cume do vulcão Tajumulco, ponto mais alto da Guatemala e de toda a América Central

Início da caminhada ao cume do vulcão Tajumulco, ponto mais alto da Guatemala e de toda a América Central


Foram necessários apenas poucos minutos de conversa e convivência com o Carlos, nome do nosso guia, para que a má impressão causada pelo atraso sumisse, sendo substituída pela amizade a admiração. Papo engraçadíssimo, conversa inteligente e muita informação, combinação ideal para um guia.

O vulcão Tacaná, na fronteira de Guatemala e México, visto do vulcão Tajumulco, ponto mais alto da Guatemala

O vulcão Tacaná, na fronteira de Guatemala e México, visto do vulcão Tajumulco, ponto mais alto da Guatemala


Apesar da distância de apenas 75 km, as curvas e os benditos túmulos nos fizeram demorar quase duas horas para chegarmos ao pé da montanha. Lá, a Fiona fez o seu papel e nos levou duzentos metros verticais acima do ponto onde ficam os carros “normais” e, com isso, economizamos quase uma hora de caminhada na ida (e outra meia hora na volta) em estrada poeirenta. A nossa caminhada começava, portanto, dos 3.400 metros.

Aproximando-se do Tajumulco, a mais alta montanha da América Central, na Guatemala

Aproximando-se do Tajumulco, a mais alta montanha da América Central, na Guatemala


A esta hora o dia já tinha raiado e estava lindo. Na verdade, ainda na estrada ele havia amanhecido nublado, deixando-me um pouco preocupado. Mas o Carlos logo disse: “Vamos estar acima delas, não se preocupe!”. Dito e feito, ali no começo da caminhada a vista era sublime, montanhas e pinheiros para todos os lados, uma névoa nas partes mais baixas do vale fazendo tudo ficar ainda mais encantado. Ao longe a figura do vulcão Tacaná, este sim justo na fronteira entre a Guatemala e o México, a América do Norte logo ali, o continente que nos levará até o Alaska.

A névoa e os pinheiros se combinam em paisagens fantásticas durante o trekking ao cume do Tajumulco, ponto mais alto da América Central, na Guatemala

A névoa e os pinheiros se combinam em paisagens fantásticas durante o trekking ao cume do Tajumulco, ponto mais alto da América Central, na Guatemala


Mas antes disso, o nosso negócio hoje era chegar no teto de outro continente, a América Central. O cume do Tajumulco parecia bem perto, pelo menos aos nossos olhos. A trilha para se chegar até lá não poderia ser mais agradável, uma das mais gostosas que já fizemos nesses 1000dias. Vamos subindo devagar, cortando campos e florestas de pinheiros, alternado trechos mais planos com outros mais íngremes, quase sempre na sombra, mas com muita vista. Essa é a vantagem da floresta de pinheiros, que é muito mais aberta que as florestas tropicais, permitindo que se veja muito mais longe.

Trilha ao cume do Tajumulco, na Guatemala

Trilha ao cume do Tajumulco, na Guatemala


O Carlos foi nos mostrando os melhores pontos para fotos, tirando ele mesmo várias delas e, ao mesmo tempo, conversando sobre a Guatemala e sobre a nossa viagem. Quase sem percebermos, já estávamos na parte final da subida, finalmente nas rochas do vulcão. O Tajumulco andou soltando alguma fumacinha nessas últimas centenas de anos, mas nenhuma erupção comprovada, pelo menos na informação da Wikipedia.

Admirando a paisagem montanhosa na subida ao cume do Tajumulco, na Guatemala

Admirando a paisagem montanhosa na subida ao cume do Tajumulco, na Guatemala


Mas não na informação do Carlos, que disse que a cratera do vulcão teria sido criada na última erupção, no final do século XIX. Essa aí ele não viu, só ouviu falar. Mas, em compensação, estava presente ali durante outro fato histórico, a maior nevasca que se tem notícia no cume da montanha. Foi nas vésperas do natal de 2010 e atraiu até pessoas de outros países centro-americanos para lá, todos atrás da neve, algo raríssimo na América Central. Pois é, o carlos com mais dois turistas estava acampado no cume na noite da nevasca e até se emocionou ao contar como foi. Quase um metro de neve em alguns pontos, por quase uma semana fez a alegria de centenas e centenas de pessoas que acudiram à montanha.

Cumprimentando o nosso guia Carlos no ponto mais alto da América Central, o cume do vulcão Tajumulco, a mais de 4.200 metros de altitude, na Guatemala

Cumprimentando o nosso guia Carlos no ponto mais alto da América Central, o cume do vulcão Tajumulco, a mais de 4.200 metros de altitude, na Guatemala


Bom, a gente também se emocionou, mas foi com o dia maravilhoso que nos foi presenteado e pelas vistas fantásticas que tivemos durante a subida e lá de cima também. O México ali pertinho, o Oceano Pacífico ao longe, as nuvens que subiam para tomar o pico, as árvores escondidas pela névoa, a cratera do vulcão aos nossos pés, o ar puríssimo que respirávamos e toda a América Central abaixo de nós, tudo isso junto foi simplesmente inesquecível. Que maravilhosa maneira de nos despedirmos dessa simpática parte da América que divide o norte do sul!

Caminhando na crista do vulcão Tajumulco, a mais de 4.200 metros de altitude, na Guatemala

Caminhando na crista do vulcão Tajumulco, a mais de 4.200 metros de altitude, na Guatemala


Ficamos lá encima curtido a vista por uma meia hora. Depois, demos a volta na cratera e descemos até o fundo dela, um lugar em que até seria possível jogar futebol, se tirassem as pedras do campo. Aliás, que legal seria, jogar futebol numa cratera de vulcão a 4.200 metros de altitude.

Entrevistando o nosso guia Carlos no ponto mais alto da América Central, o cume do vulcão Tajumulco, a mais de 4.200 metros de altitude, na Guatemala

Entrevistando o nosso guia Carlos no ponto mais alto da América Central, o cume do vulcão Tajumulco, a mais de 4.200 metros de altitude, na Guatemala


Cratera do vulcão Tajumulco, na Guatemala

Cratera do vulcão Tajumulco, na Guatemala


Por falar em altitude, não tivemos nenhum problema na subida, mas na descida a Ana teve um pouco de dor de cabeça. Enquanto isso, o Carlos recolheu todo um saco de lixo de sujeira de plásticos deixada lá nas festas de fim de ano. Infelizmente, a mentalidade ainda é porca entre os que frequentam essa belíssima montanha. O Carlos ajudou, mas seriam necessários mais um cem sacos de lixo para tirar todas as pets lá de cima. Que tristeza...

O Carlos carrega saco com lixo coletado na trilha do Tajumulco, na Guatemala

O Carlos carrega saco com lixo coletado na trilha do Tajumulco, na Guatemala


Por fim, um último presente dos céus, quando acabávamos de descer uma forte neblina tomou conta de tudo, mudando a paisagem completamente. Para nós que já tínhamos visto tudo, foi só uma nova maneira de ver aquela floresta mágica, agora com ares assombrados.

Muita neblina na descida do vulcão Tajumulco, na Guatemala

Muita neblina na descida do vulcão Tajumulco, na Guatemala


Tajumulco, do fundo do coração, muito obrigado pelo dia que nos deu! A celebração da chegada ao teto da América central e ao fim de mais uma etapa da viagem foi no delicioso Royal Paris, em Quetzaltenango. Infelizmente, sem fotos, mas a comida (francesa, claro!) estava ótima!

O belo visual durante a subida do vulcão Tajumulco, região de Quetzaltenango, na Guatemala

O belo visual durante a subida do vulcão Tajumulco, região de Quetzaltenango, na Guatemala

Guatemala, Quetzaltenango, trilha, vulcão, Xela, Tajumulco

Veja todas as fotos do dia!

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Problemas na Fronteira

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Tajumulco, o topo da Centroamerica!

Comentários (1)

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  • 14/01/2012 | 19:13 por Guto Junqueira

    Fala, Ro! Aqui de Santiago, na companhia do Haroldo, depois de termos subido o maior vulcao do mundo, o mais alto ponto do Chile e o segundo mais alto da America da Sul, o Ojos del Salado, enviamos a vc e a Ana um parabens pela bela ascensao da mais alta montanha da America Central, tao bem descrita e mostrada no post acima. Em breve colocarei em meu blog o relato da subida do Ojos - alcancamos a cratera, foi durissimo pois faltou aclimatacao. Viagem nota 10, retornamos na segunda-feira ao Brasil, grande abraco, Guto

    Resposta:
    Parabéns!!!

    Pensei muito em vocês enquanto estava subindo o Tajumulco! Agora, mais do que nunca, aguardamos o relato e as fotos da conquista. Será que eu e a Ana conseguimos, quando passarmos por aí em Fev-Mar do ano que vem?


    Abraços para vc e o Haroldo e feliz viagem de volta. E veja se escreve logo o seu post!!!

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