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Um Dia em Asunción - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Um Dia em Asunción

Paraguai, Asunción

O Panteão dos Heróis, em Asunción - Paraguai

O Panteão dos Heróis, em Asunción - Paraguai


Hoje foi nosso primeiro dia de verdade em Asunción. Ontem, só estivemos no aeroporto e de lá viemos direto para o hotel, que fica longe do centro, num distrito de classe média alta. Quando aqui chegamos começou a chover e não parou mais. O máximo que fizemos foi assistir parte do jogo da semifinal no lobby do hotel, vendo o sufoco que os paraguaios passaram contra a Venezuela, tanto os jogadores como os torcedores aqui do nosso lado. Depois, nos pênaltis, a coisa virou. E a cidade explodiu em rojões, mesmo no meio da chuva insistente.

A sede do governo, em Asunción - Paraguai

A sede do governo, em Asunción - Paraguai


Na manhã de hoje São Pedro nos deu uma folga e o céu azul apareceu, junto com um frio gostoso, daquele que esquenta no sol. Ideal para caminhar pelo cidade! Assim, fomos de Fiona para o centro e achamos uma vaguinha perfeita para ela, bem em frente ao prédio da Comisaría de Policia, na praça da catedral. Melhor impossível! Deixamos ela lá, bem segura, e fomos bater perna...

Favela à beira do rio Paraguay, em Asunción - Paraguai

Favela à beira do rio Paraguay, em Asunción - Paraguai


Passamos pelos grandes prédios públicos da cidade, como a própria catedral, o Cabildo (sede da antiga administração espanhola), o palácio do governo (em obras) e o imponente Palácio Legislativo, todos bem próximos à orla do rio Paraguay. Entre os prédios e o rio, uma pequena área ocupada por favelas, ali, bem ao lado do centro do poder. Um ótimo lembrete das enormes diferenças sociais que existem por aqui, mais claras do que nunca na capital Asunción.

O imponente Palácio Legislativo, em Asunción - Paraguai

O imponente Palácio Legislativo, em Asunción - Paraguai


Do outro lado do rio, a Argentina. Deve ser por isso que, por um bom tempo no século XIX, os argentinos ainda consideravam o Paraguai como uma província rebelde. Bom, resta aos hermanos torcer pela antiga "província rebelde" na final da Copa América, hehehe.

ônibus circulando pelas ruas de Asunción - Paraguai

ônibus circulando pelas ruas de Asunción - Paraguai


Também estivemos no Panteão dos Heróis, onde estão os restos mortais do Solano Lopez, o ditador paraguaio que achou que poderia vencer Brasil e Argentina, juntos, numa mesma guerra e acabou conduzindo seu país para uma verdadeira catástrofe. A Guerra do Paraguai sempre foi um assunto que me interessou e agora, andando pelo país, ela não me sai da cabeça. Cresci numa época em que a onda revisionista da história, com matiz de esquerda, estava no ápice. Falava-se que a guerra tinha sido arquitetada pela Inglaterra, a potência imperialista da época, usando Brasil e Argentina como massa de manobra para destruir o Paraguai, potência emergente que estaria se industrializando, tornando-se independente economicamente falando. Análise maniqueísta e simplória: os ingleses eram os maus, os paraguaios os bonzinhos e nós, os bobos da história. Ao final, os bonzinhos saíram destruídos e os bobos completamente endividados e dependentes da Inglaterra, que se deu bem duplamente na história.

A mais antiga estação de trem do continente, em Asunción - Paraguai

A mais antiga estação de trem do continente, em Asunción - Paraguai


Essa versão vinha para substituir outra, que aprendi ainda na infância, em que o Duque da Caxias e o Conde D'Eu eram glorificados enquanto os paraguaios e Solano Lopez eram pintados como bandidos sem piedade. Pois é... duas versões típicas da época, ainda em plena Guerra Fria. É claro que os fatos são muito mais complexos que as duas versões pretendiam relatar e o que aconteceu, na verdade, foi uma situação que fugiu em muito do controle dos protagonistas, que imaginavam, à princípio, outros "caminhos" para a história. Solano, que foi quem iniciou a guerra, invadindo o Brasil e, alguns meses depois, a Argentina, achava que teria aliados na própria Argentina e também no Uruguai. Se deu mal, não soube reconhecer o erro de avaliação e levou seu país a um martírio do qual não se recuperaria durante o próximo século. Argentina e principalmente o Brasil imaginavam uma guerra rápida, mas acabaram se afundando em dívidas para sustentar uma guerra longa e impopular, que só terminaria com uma verdadeira canificina. E a Inglaterra fez o que ainda fazem os capitalistas de hoje: emprestou dnheiro, à juros, a quem lhe batesse às portas com as devidas garantias.

População indígena em paraça de Asunción - Paraguai

População indígena em paraça de Asunción - Paraguai


Chega de guerra e voltemos à paz! O Paraguai do pré-guerra realmente era um país mais desenvolvido socialmente que seus vizinhos, com baixos índices de analfabetismo e com redes pioneiras no continente de telégrafo e de trens. Aqui está a primeira estação de trens da América do Sul e um dos prédios mais belos da capital! Fica próximo à tradicional Faculdade de Direito e também do Café Literário, nossa última parada no tour que fizemos ao longo da tarde por lugares para comer e beber, entre um prédio histórico e outro.

Deliciosos pães em padaria alemã, em Asunción - Paraguai

Deliciosos pães em padaria alemã, em Asunción - Paraguai


O tour gastronômico começou pelo café do Centro Cultural, que oferece uma bela vista para o palácio do Governo e o rio Paraguay. Seguramos a fome e seguimos para uma deliciosa padaria alemã, a Michael Bock, onde compramos um típico pão preto, daqueles bem massudos, para nos alimentar na nossa passagem pelo Chaco. É surpreendente a influência alemã aqui no Paraguai, fruto da imigração no século passado. Não fazia idéia! Vivendo e aprendendo ou, no meu caso, viajando e aprendendo!

A deliciosa e tradicional confeitaria Bolsi, no centro de Asunción - Paraguai

A deliciosa e tradicional confeitaria Bolsi, no centro de Asunción - Paraguai


O local do nosso almoço foi a tradicional Confiteria Bolsi, super charmosa, bem perto do Panteão dos Heróis. Ali comemos muito bem e ainda pudemos admirar a classe média da cidade transitando pelo local, para tomar um chá ou uma cerveja. Finalmente, a última parada da tarde foi no tal Café Literário, que citei logo acima. Tinha esperança de achar um bom livro sobre a Guerra do Paraguai, para ler enquanto bebericava uma última Pilsen, mas só achei um sobre a Guerra do Chaco, lutada contra a Bolívia na década de 30. Guerra completamente ignorada nas nossas aulas de história, mas não nas deles. Primeiro, porque ganharam e segundo, porque nela morreram mais de 80 mil pessoas dois dois países. Tudo pela promessa de um petróleo que nunca foi encontrado...

No Café Literário, em Asunción - Paraguai

No Café Literário, em Asunción - Paraguai


De volta ao hotel, banho tomado, ainda tivemos forças para conhecer a night de Asunción. Através do Couch Surfing, a Ana conseguiu umas indicações de lugares para irmos, todos relativamente próximos do nosso hotel, indo de carro. Vários bares se concentram no Paseo Carmelita e para lá seguimos. Acabamos optando por algo bem típico paraguaio: um pub irlandês onde se apresentava uma banda cover do The Cure, hehehe. Tudo bem, não muito "típico", mas estava cheio de jovens rockeiros paraguaios e foi muito legal! No fim, acabamos encontrando e socializando foi com um casal de brasileiros mesmo, estudantes de mestrado aqui em Asunción. Aliás, isso foi outra coisa que aprendi (e me surpreendi!) por aqui, nessa viagem: os mestrados na cidade atraem cada vez mais brasileiros! O grande diferencial é a agenda dos cursos, pois eles são dados intensivamente durante as férias do Brasil. Assim, os estudantes conseguem continuar trabalhando em seus empregos e, nas férias, descolam um mestrado. Inclusive, muitos dos currículos são montados exatamente para atrairem brasileiros. Um belo nicho que eles descobriram e estão se dando muito bem!

Banda cover do The Cure, em pub irlandes no Paseo Carmelita, em Asunción - Paraguai

Banda cover do The Cure, em pub irlandes no Paseo Carmelita, em Asunción - Paraguai


Voltamos para o hotel depois das duas, músicas do rock dark inglês da segunda metade da década de 80 na cabeça e muitos planos para amanhâ, quando deixamos a capital para trás e iniciamos nossa jornada de quase 800 km até a fronteira com a Bolívia, atravessando todo o Chaco paraguaio. Muita coisa pela frente... É assim que gostamos!

O Kilkenny, pub irlandes, estava lotado! (no Paseo Carmelita, em Asunción - Paraguai)

O Kilkenny, pub irlandes, estava lotado! (no Paseo Carmelita, em Asunción - Paraguai)

Paraguai, Asunción,

Veja todas as fotos do dia!

Diz aí se você gostou, diz!

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Pelo Chaco Paraguaio

Blog da Ana Máximas de bar, em pub irlandes no Paseo Carmelita, em Asunción - Paraguai

Paseo Carmelita

Comentários (13)

Participe da nossa viagem, comente!
  • 19/04/2016 | 16:50 por Fidelis A C Paula

    conhece alguma agencia de city Tours em assunção?

  • 24/03/2016 | 18:29 por Fidelis A

    vc indica alguma empresa q faz passeios city tur?

  • 24/03/2016 | 18:27 por Fidelis A

    vc indica alguma empresa q faz passeios city tur?

  • 29/04/2014 | 10:56 por Francisco Claudino

    Rodrigo, eu fui até Asuncion com a mesma idéia sua, queria ver com meus próprios olhos, e descobri que toda aquela conversa fiada que nos ensinaram na escola era simplesmente mentira, um revisionismo de esquerda tacanho, por isso temos que viajar, para ver com nossos olhos e não nos deixar enganar pelos "contadores de estórias".

    Resposta:
    Oi Francisco

    Concordo plenamente!

    Um abraço

  • 17/02/2014 | 15:26 por paulo roberto de oliveira

    Obrigado sobrinhos pelas dicas, estarei indo a Assunção passar 15 dias por conta do mestrado, como vcs citaram na época, então dei uma olhada no roteiro que fizeram e vou aproveitar algumas sugestões. Beijos

    Resposta:
    Olá Paulo

    Espero que as sugestões tenham valido a pena!!! Nós gostamos muito de nossos dias em Assunção, conhecendo um Paraguai diferente daquele que aparece na TV.

    Um abraço

  • 24/08/2013 | 09:55 por Vivian

    Gostaria de voltar a Assuncíon, morei lá quando era criança, e estou procurando pontos turísticos para que meu marido me acompanhe (sem reclamar muito).Gostei da forma como apresentaram essa cidade que tanto amo. Obrigada!

    Resposta:
    Oi Vívian


    Legal que vc tenha gostado. Nós ficamos surpreendidos com a cidade e adoramos a região em que ficamos!

    Espero que possa voltar para lá em breve!

    Um abs

  • 09/10/2011 | 07:46 por Norberto

    Que dia legal! Só faltou ir até Luque, ver a "grandiosa" sede da Conmebol. O livro mais vendido sobre a guerra é o A Guerra Do Paraguai - Editora Ática- Júlio José Chiavenato - na 13ª edição.

    Resposta:
    Oi Norberto
    Passamos ao lado da "grandiosa" sede da Conmebol sim, quando fomos ao aeroporto. Não sei se é mesmo "grandiosa", mas grande é, hehehe!
    O livro da Guerra do Paraguai está na minha lista de livros para ler. Depois da viagem, claro!
    Abs

  • 24/07/2011 | 08:38 por Luciana- Piauí

    Ana e Rodrigo, após ler seus escritos sobre o Paraguai fiquei com mais vontade de entender a Guerra que destruiu o país. Os relatos são sempre ricos de conhecimentos históricos. O vídeo ficou muito "arretado", adorei quando a guia falou em guarany. Muito rico essa viagem!
    Sugestão: por que vcs não lançam um livro?
    Estou ansiosa para ver os próximos relatos.

    Resposta:
    Olá Luciana
    Que bom que vc gostou do post. Tento sempre dar um pouco de informações históricas também.
    A fala em Guarany realmente ficou muito legal A Gabriela, nossa guia, foi excelente. Muito jóia mesmo.
    O livro deve vir sim, mas depois da viagem, quando pudermos sentar e descansar um pouco
    Abs

  • 24/07/2011 | 08:37 por Luciana- Piauí

    Ana e Rodrigo, após ler seus escritos sobre o Paraguai fiquei com mais vontade de entender a Guerra que destruiu o país. Os relatos são sempre ricos de conhecimentos históricos. O vídeo ficou muito "arretado", adorei quando a guia falou em guarany. Muito rico essa viagem!
    Sugestão: por que vcs não lançam um livro?
    Estou ansiosa para ver os próximos relatos.

    Resposta:
    Oi Luciana

    Nós queremos fazer um livro sim, mas só depois da viagem, claro. Histórias e fotos não vão faltar...

    Nós adoramos nossa passagem pelo país, muito maior e complexo do que a imagem simplista que temos de lá, O povo, então, é fantástico!

    Abs

  • 24/07/2011 | 01:51 por amilton pedroso de aguiar

    Olá, sempre com lindas fotos, há um ano atras eu pernotei na pousada, lá na Barra do Ribeira (Iguape Juréia) e a dona ficou muito contente quando falei que conhecias vcs, abraço TOM, da juréia Peruíbe

    Resposta:
    Olá Tom
    Tudo bem? Como vai a maravilhosa Juréia, da qual guardamos tantas boas memórias? Certamente é um lugar que retornaremos depois dos 1000dias
    Abs

  • 23/07/2011 | 20:14 por Lurdes-Lajeado-RS

    Olá Ana e Rodrigo adorei que vc realmente olhou elas por mim..... e adorei a história descrita pelo Rodrigo e as fotos lindas dos lugares onde fomos tb e a padaria parece com as da Àustria ,então uma boa viagem ,vamos ficar aqui torcendo e acompanhando cada detalhe pk não passeamos pelas bandas de lá.um abração Lurdes e Marcos

    Resposta:
    Olá Lurdes
    Falando em flores, coloquei um post pensando em vc, lá em Filadelfia. Vc viu?
    A padaria e a confiteria em Asunción são maravilhosas!
    Abs

  • 23/07/2011 | 18:04 por Ronaldo


    Rodrigo, você realmente é um caçador da essencia dos nativos por onde passa. Parabéns. Estive em Assuncion em novembro/2010 (de motocicleta)foi bom rever alguns lugares que passei. Os ônibus urbanos também me chamou a atenção. No Chaco até Poso colorado, só se encontra Polo para comer e Pomelo de bebida.

    Resposta:
    Olá Ronaldo

    Realmente, tentamos ir além dos clichês e chavões e conhecer as pessoas e lugares de verdade. Às vezes, conseguimos!
    A viagem pelo Chaco também foi muito enriquecedora. Gostamos da nossa estadia em Filadelfia e no Parque Ten Agripino Enciso.

    Um grande abraço

    P.S Pollo bom mesmo, comemos em Monteagudo, na Bolíiva

  • 23/07/2011 | 11:40 por Dona Helen

    Bela reportagem sobre Assunção!Vou tentar mudar
    minhas memórias.Hoje li um artigo no Estadão, do
    Milton Hatoum, sobre Caiena,a qual me fez lembrar
    da sua.Tente ler,você vai gostar.
    Bjs. Mm

    Resposta:
    Olá, Dona Helen!
    Ficamos sem internet por uns dias, o site em reforma e isso tudo atrasou as respostas aos comentários...
    Tivemos uma ótima experiência em Asunción, como mostram os textos e fotos.
    Vou tentar achar essa artigo sobre Caiena
    Beijos daqui de Potosi, a mais de 4 mil metros de altitude!

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