0 Manaus, o Perrengue e os Jipeiros - Blog do Rodrigo - 1000 dias

Manaus, o Perrengue e os Jipeiros - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Manaus, o Perrengue e os Jipeiros

Brasil, Amazonas, Manaus

O famoso Teatro Amazonas. Estamos mesmo de volta a Manaus, a capital do estado

O famoso Teatro Amazonas. Estamos mesmo de volta a Manaus, a capital do estado


Acordamos hoje já na encruzilhada dos rios Negro e Solimões que, juntos, formam o gigantesco Amazonas. O barco fez a curva por aqui, subiu um pouco o rio Negro e aportou em Manaus. Ainda era madrugada e nós passamos mais umas duas horas nas nossas redes, esperando o dia clarear de vez. Finalmente, recolhemos nossas coisas, dobramos as redes e descemos para terra firme. Estávamos de volta ao porto de Manaus, depois de 26 meses!

Dormindo no barco até que amanhecesse em Manaus, no Amazonas

Dormindo no barco até que amanhecesse em Manaus, no Amazonas


Chegada a Manaus, no Amazonas

Chegada a Manaus, no Amazonas


Logo numa primeira vista, ainda lá no porto, já deu para ver que coisas importantes aconteceram por aqui nesse período. Para começar, a gigantesca ponte que atravessa o Rio Negro está pronta. Da outra vez, ainda não havia sido inaugurada. Cedinho, com a luz do sol batendo em cheio, estava bem bonita. Não resistimos a umas fotos! A outra era a famosa placa que marca a altura de todas as cheias anuais do Rio Negro. Lá estava a marcação da cheia de 2012, recorde absoluto! Não estava aqui da outra vez, pois ainda era 2011...

Chegada a Manaus, no Amazonas. Ao fundo, a enorme ponte que cruza o Rio Negro

Chegada a Manaus, no Amazonas. Ao fundo, a enorme ponte que cruza o Rio Negro


Quadro com a marca das cheias do rio, no porto de Manaus, no Amazonas. O recorde foi quebrado em 2012!

Quadro com a marca das cheias do rio, no porto de Manaus, no Amazonas. O recorde foi quebrado em 2012!


Saímos do porto e a nossa primeira missão era resgatar a Fiona, lá no estacionamento do aeroporto. Com tempo de sobra e querendo economizar alguns reais, tratamos de nos informar qual ônibus nos levaria até lá. Como hoje é domingo, são menos ônibus circulando e o que vai ao aeroporto é bem raro. Acabamos pegando um que nos deixaria nas imediações. Não demorou muito e lá estávamos nós. Mas, “imediações” é modo de falar, pois ele nos deixou a dois quilômetros do lugar...

Prédio histórico em Manaus, no Amazonas

Prédio histórico em Manaus, no Amazonas


Para quem acha que nossa viagem é só alegria, aqui vai a história de um perrengue. Lá estávamos nós parados num ponto de ônibus no fim do mundo, sem muita esperança de que passasse algum logo por ali. Resolvi fazer um pouco de exercício e deixei a Ana por lá, com as malas, e fui correndo para o aeroporto. Mesmo de papete e sol quente na cabeça, não demoro mais de 15 minutos para fazer essa distância, os pouco mais de 2 quilômetros. Dito e feito: bem suado, passo pela nossa querida Fiona no estacionamento, verifico que ela está em ordem e vou pagar a fatura para tirá-la de lá. Primeira surpresa: só aceitam pagamento em dinheiro. Meus cem reais na carteira não são suficientes para a semana que ela ficou lá...

O famoso Teatro Amazonas. Estamos mesmo de volta a Manaus, a capital do estado

O famoso Teatro Amazonas. Estamos mesmo de volta a Manaus, a capital do estado


Vou aos caixas eletrônicos e, segunda surpresa, a porcaria do Itaú está fora do ar. Os outros três caixas por lá não aceitam meu cartão e nem o cartão de crédito. Procuro uma bendita loja no aeroporto que possa trocar dinheiro pelo cartão de crédito. Todos os funcionários dizem que, infelizmente, seus chefes não permitem. Não tem remédio, tenho de pegar um táxi e ir buscar a Ana que a essa altura, já deve estar bem preocupada com a demora.

Tempos movimentados no Brasil! (em Manaus, no Amazonas)

Tempos movimentados no Brasil! (em Manaus, no Amazonas)


Pois é, estava mesmo. Agora, pelo menos, estamos os dois juntos. Os dois juntos e sem dinheiro. O táxi tem de nos levar até a cidade, onde há caixas eletrônicos que funcionam. Aí, retiramos o bendito dinheiro e voltamos para o aeroporto. Resultado da brincadeira do táxi, corrida pelo preço oficial da tabela, ida e volta para a cidade: 108 reais. E não tem choro ou gritaria que resolva. Preço padrão, sem chance de negociação, já que não depende do motorista, mas da empresa. Mas nos oferecem uma vantagem: podemos pagar com cartão! A vontade, é claro, é mandar enfiar o cartão, com todo o respeito, naquele lugar. No balcão do estacionamento, agora com dinheiro, a vontade é a mesma também. E no balcão de reclamações da Infraero, uma vez mais. Ali, deixamos a sugestão de que, quem sabe, para a Copa do Mundo, não seria uma boa ideia que cartões de crédito e débito fossem aceitos num aeroporto que vai receber gente do mundo inteiro...

Delicioso café da manhã tradicional em feira de Manaus, no Amazonas

Delicioso café da manhã tradicional em feira de Manaus, no Amazonas


Enfim, perrengues acontecem. Até mesmo numa viagem dos sonhos. O ar condicionado da Fiona nos ajuda a esfriar a cabeça e voltamos ao centro da cidade, para encontrar um hotel. Encontramos um delicioso, um boutique hotel a uma quadra da praça onde está o Teatro Amazonas. Um achado, e com ótimo preço. Da outra vez que estivemos em Manaus, ela ainda não havia sido inaugurado (outra coisa que mudou!) e, dessa vez, viemos direto para cá! Muito bem instalados e já relaxados, pudemos ir aproveitar essa bela cidade.

Deliciosa tapioca com tacumá e queijo coalho, em Manaus, no Amazonas

Deliciosa tapioca com tacumá e queijo coalho, em Manaus, no Amazonas


Deliciosa tapioca com tacumá e queijo coalho, em Manaus, no Amazonas

Deliciosa tapioca com tacumá e queijo coalho, em Manaus, no Amazonas


Começamos com um passeio pela praça e ao redor do famosos teatro e seguimos para a feirinha tradicional de domingo. Especial para comer um típico café da manhã amazonense: tapioca com queijo coalho e Tucumã, uma fruta local. Uma delícia! Tão boa que mereceu repeteco! Acompanhado de suco de fruta fresca, era como se começássemos o dia novamente, agora com o pé direito.

Café da manhã na feira, em Manaus, no Amazonas

Café da manhã na feira, em Manaus, no Amazonas


Depois de mais umas voltas caminhando, entramos em contato com o Claudionor, do jipe clube da cidade. Quem tinha nos passado o contato dele foi o Ricardo, lá de Boa Vista, Roraima. Queríamos encontrar com ele para falar das condições da estrada que liga Manaus a Porto Velho, considerada uma das piores do Brasil. Nós queremos (e vamos!) ir para a Rondônia, mas como chegar lá com a Fiona tem sido nossa maior preocupação nessas últimas semanas, já que o caminho e as rotas são uma incógnita.

Propaganda dos benefícios do guaraná, em feira em Manaus, no Amazonas

Propaganda dos benefícios do guaraná, em feira em Manaus, no Amazonas


Em teoria, existe uma estrada. Até o início da década de 80, passava até ônibus por lá. Mas a estrada acabou, virou coisa de jipeiro. Tentamos a todo custo descobrir o estado atual dela pela internet, mas as informações são muito desencontradas. Sem essa estrada, a alternativa é botar a Fiona numa balsa e subir o Rio Madeira. Mas todo o processo pode demorar até 10 dias! Não temos todo esse tempo, já que temos encontro marcado com um amigo em Cusco, que é nosso próximo destino depois de Rondônia, via Acre. Outra alternativa é levar a Fiona até Santarém, seguir até Cuiabá na péssima estrada que liga as duas cidades e seguir para Porto Velho. Uma volta dos diabos! Enfim, temos mesmo é de enfrentar e passar por essa misteriosa estrada que segue diretamente para Porto Velho, aqui de Manaus. Por isso, queríamos falar com os jipeiros daqui.

Jantas com integrantes do jipe clube de Manus, no Amazonas

Jantas com integrantes do jipe clube de Manus, no Amazonas


O Claudionor nos atendeu super bem, fez festa ao telefone e logo organizou um encontro numa pizzaria, não só conosco mas com vários outros integrantes do jipe clube. De noite, veio nos encontrar no hotel e fomos seguindo ele até o restaurante. Foi um encontro joia, muita gente, muitas perguntas, muitas histórias. Todo mundo querendo saber da nossa viagem e nós querendo saber da bendita estrada. Alguns dos jipeiros já tinham feito ele por inteiro e nos deram todas as dicas. Melhor, disseram que passaríamos com certeza! Tiramos um baita peso da cabeça e finalmente ficamos seguros do caminho a seguir.

Caloroso encontro  com integrantes do jipe clube de Manus, no Amazonas

Caloroso encontro com integrantes do jipe clube de Manus, no Amazonas


Enfim, o dia que começou meio complicado terminou em pizza e festa, a Fiona o centro das atenções. Muito obrigado a todos os novos amigos de Manaus. Pela pizza e pelas dicas. BR-319, aí vamos nós! Três dias de aventura em plena selva amazônica, mas levamos comida para uma semana, just in case... Se não dermos notícias em cinco dias, nossos amigos daqui se comunicam com o jipe clube de Porto Velho e organizam um resgate, uns saindo daqui, outros de lá e nos encontram em algum lugar. Vamos que vamos!

Com o Claudionor, do jipe clube de Manaus, no Amazonas

Com o Claudionor, do jipe clube de Manaus, no Amazonas

Brasil, Amazonas, Manaus,

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Encontros na Estrada

Blog da Ana Chegada a Manaus, no Amazonas. Ao fundo, a enorme ponte que cruza o Rio Negro

Perrengue, Tapioca e Jeep Club!

Comentários (3)

Participe da nossa viagem, comente!
  • 11/08/2013 | 17:35 por Cynthia

    Oi Rodrigo. Desque que descobri vocês na internet, em busca de informações para uma pequena viagem no meu estado de Minas Gerais, me tornei seguidora de vocês pelo site. Acompanho vocês com um prazer enorme. Fico lendo os relatos do início da viagem, mesmo sem pensar em viajar para tantos países. Eu viajo na viagem de vocês. Leio vocês pelo prazer de conhecer mais sobre outros países ou simplesmente pelo interesse de saber como foi a viagem nestes três anos. Gosto muito dos relatos da Ana. Espero que um dia publiquem um livro ou tenham algum programa de TV sobre viagens. Parabéns pela coragem e determinação. Que esta aventura continue maravilhosa.

    Resposta:
    Olá Cynthia

    Nossa... muito joia ler isso... ficamos até emocionados!

    Essa viagem passou a fazer muito mais sentido para nós quando passamos a reparti-la com outras pessoas, para que viajassem conosco. Seu comentário mostra que estamos no caminho correto!

    Que joia que vc tb lê os posts antigos. Tem muita história ali, de todos os países que já visitamos. Certamente a viagem continuará maravilhosa, pois ainda temos um bom pedaço do continente para viajar. Vamos até a Patagônia ainda.

    Um abraço e obrigado mais uma vez pelo seu comentário!

    P.S Eu tb sou fã dos textos da Ana!!!

  • 09/08/2013 | 14:25 por mabel

    Manaus mudou muito!!!!!!!!Se vocês viram a diferença em doia anos, imagine eu, que estive lá em 1991,acho que a única coisa que não mudou foi o encontro das águas do Rio Negro e Solimões.......inesquecível........

    Resposta:
    Oi Mabel

    Pois é, as coisas mudam muito mais rápido do que podemos imaginar!

    Quanto ao Encontro das Águas, vamos lá conferir e te falamos, ok?

    Um abs

  • 09/08/2013 | 10:00 por Rubens Werdesheim

    Realmente a coragem dos dois impressiona.Aguardamos o relato da epopéia.Que tudo continue dando certo por aí !

    Resposta:
    Oi Rubens

    Coragem não, é só uma curiosidade de conhecer lugares novos, misturada com uma pequena e sadia irresponsabilidade!

    Um grande abraço

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