0 Corumbá, o Trem e o Forte - Blog do Rodrigo - 1000 dias

Corumbá, o Trem e o Forte - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Corumbá, o Trem e o Forte

Brasil, Mato Grosso Do Sul, Corumbá

Visita ao forte da família, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Visita ao forte da família, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


A cidade de Corumbá, no extremo oeste do Mato Grosso do Sul, é considerada uma das principais portas para o Pantanal. Mas é o fato de estar na fronteira com a Bolívia que a faz mais conhecida entre jovens e estudantes que estão fazendo o seu primeiro mochilão pelas Américas: a popular viagem por terra até Machu Picchu. Alguns desses viajantes preferem voar até La Paz e daí começar sua odisseia, mas assim perdem uma das mais duras e “aventurescas” partes da viagem que é justamente o celebrado “trem da morte”, que liga Quijarro à Santa Cruz de la Sierra. Quijarro é vizinha de Corumbá, do outro lado da fronteira.

A bela orla de Corumbá, no Mato Grosso do Sul

A bela orla de Corumbá, no Mato Grosso do Sul


O rio Paraguai, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

O rio Paraguai, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Mas a história e a fama de Corumbá são muito mais antigas que o turismo à Machu Picchu ou ao Pantanal. A cidade foi fundada no final do séc. XVIII, ainda quando espanhóis e portugueses disputavam a área. A região era estratégica justamente pelo acesso a toda a bacia do Pantanal e pelo excelente porto nas margens do rio Paraguai. Por fim, conforme previa o Tratado de Madrid, foram mesmo os portugueses que consolidaram sua presença por lá.

Equipe de TV portuguesa filma em antigo prédio em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Equipe de TV portuguesa filma em antigo prédio em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


O maior desafio à soberania veio quase um século mais tarde, quando a cidade foi ocupada por tropas paraguaias, assim permanecendo durante boa parte da guerra. Foi o território brasileiro que mais tempo esteve sob domínio estrangeiro. Mas ao final, com a quase aniquilação da nação vizinha, Corumbá voltou a ser brasileira e sua importância não parou mais de crescer, até o auge no final do século.

Casario centenário em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Casario centenário em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Corumbá tornou-se o principal porto fluvial da América Latina e um dos mais importantes do mundo. Navios de grande calado subiam o rio Paraguai até a cidade, para onde traziam mercadorias a serem distribuídas até Cáceres e Cuiabá. Levavam de volta a produção agrícola e parte da borracha produzida na Amazônia. A forte movimentação econômica trouxe riqueza para a cidade, o que ainda pode ser observado no casario centenário na orla de Corumbá, assim como na sua parte alta. Mas a chegada da linha ferroviária e o declínio do ciclo da borracha tiraram o vigor do porto e da cidade, o fim dos anos dourados de Cuiabá.

Restaurante na estrada, em Miranda, onde deixamos o carro do Chico e encontramos caravana de viajantes, no caminho para Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Restaurante na estrada, em Miranda, onde deixamos o carro do Chico e encontramos caravana de viajantes, no caminho para Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Bom, por essa mesma linha de trem passaram gerações de aventureiros de primeira viagem em busca da fronteira da Bolívia, o trem da morte e do caminho para La Paz, o Titicaca e Machu Picchu. A saudosa linha de trem saía de Bauru, em São Paulo, passava por Campo Grande e seguia para Corumbá. Eu estive entre os felizardos dessa viagem, nos seus últimos anos de funcionamento, em 1990. A gente passava boa parte da viagem no vagão-restaurante, tomando cerveja gelada e observando o paisagem pelas grandes janelas. Um espetáculo! Depois, já meio ressaqueados, íamos dormir na cabina para já acordar em Campo Grande. Mais uma esticada, chegávamos ao Pantanal, cruzávamos a grande ponte sobre o rio Paraguai e chegávamos à Corumbá. Doces memórias e total indignação com o inexplicável descaso dos nossos governos com o transporte ferroviário de passageiros no país. Essa, como tantas outras linhas de trem, foi cancelada ainda naquela década.

Cruzando o rio Paraguai, a caminho de Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Cruzando o rio Paraguai, a caminho de Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Levando o Chico na carona, a caminho de Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Levando o Chico na carona, a caminho de Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Enfim, não consegui ver muito da cidade daquela vez. Na nossa pressa para continuarmos a viagem, logo pegamos um táxi para a fronteira, 12 km distante dali. Só para descobrir que os carimbos no passaporte tinham de ser feitos no centro da cidade. Assim, foram mais duas corridas de táxi para conseguirmos, enfim, entrar na Bolívia, na horrorosa Quijarro daqueles anos. Parece que hoje melhorou um pouco. Enfim, era esse o meu conhecimento visual de Corumbá: da janela do trem e do táxi. A saudade e admiração pela linha de trem Bauru-Corumbá já começaram no dia seguinte, quando enfrentamos as 17 horas de trem da morte até Santa Cruz. Mas isso já é outra história...

Os primos Junqueira chegam ao Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Os primos Junqueira chegam ao Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Visitando o Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Visitando o Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


De volta aos dias de hoje, não estávamos mais de trem, mas de carro. Carro não, de Fiona, hehehe! Saímos ontem pela manhã de Campo Grande, rumo ao oeste (veja o mapa no post anterior). Na metade do caminho, em Miranda, outra importante ponto de acesso às belezas do Pantanal, paramos em um restaurante de estrada e os simpáticos donos ofereceram o lugar para deixarmos o carro do Chico até que voltássemos, dois dias depois. Como teremos de passar por aqui novamente, no nosso caminho para Bonito, achamos melhor seguir em um só carro. Menos combustível e mais tempo juntos, fazia todo o sentido! Para completar, um pouco antes de partirmos do restaurante, apareceu uma caravana de jipes com simpáticos casais rumo à Machu Picchu. Ao verem a Fiona e saber de suas e nossas aventuras, fizeram muita festa para nós, um estímulo para que continuassem sua própria viagem. Foi joia!

Vista do rio Paraguai, do alto do Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Vista do rio Paraguai, do alto do Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Bom, e nós continuamos a nossa, adentrando a área do Pantanal, atravessando o rio Paraguai e chegando à cidade no fim da tarde. Antes mesmo de acharmos um hotel, aproveitando a última hora em que ainda estaria aberto, seguimos ao Forte Junqueira, uma das atrações da cidade. Com esse nome, para mim, é uma das atrações do continente e do universo, hehehe! O forte foi um dos construídos depois da guerra do Paraguai, para impedir novas invasões, e seu nome é homenagem a um dos ministros de estado daquela época. Quem diria que eu já tive primo ministro, hein?

Vista do rio Paraguai, do alto do Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Vista do rio Paraguai, do alto do Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Quartel onde se localiza o antigo Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Quartel onde se localiza o antigo Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Para mim e para o Chico, orgulhosos Junqueiras, era uma visita obrigatória! O forte da família, ficamos até meio corujas, hehehe. Mas, brincadeiras a parte, a visita é bem interessante, principalmente pela vista que o local oferece do rio Paraguai e da infinita planície pantaneira à nossa frente. O forte fica dentro de um destacamento do exército e um simpático militar nos acompanha o tempo todo, dando explicações sobre a história do próprio forte, mas também sobre o destacamento militar e a atuação do exército na região. Foi bem legal!

Fim de tarde no Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Fim de tarde no Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Depois do forte, aí sim fomos procurar um hotel. Devidamente instalados, fomos conhecer a night da cidade, que fica na orla do rio. Boa parte de Corumbá está na parte alta da cidade, ruas amplas e arborizadas, praças enormes ladeadas de prédios históricos. Mas é na parte baixa que está o casario mais bonito e colorido, resquício dos tempos de glória do maior porto fluvial de sua época. É aí que estão bares e restaurantes e onde fomos tomar uma cerveja bem gelada e nos informar sobre possíveis passeios de barco pela região.

Caminhando pela movimentada night de Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Caminhando pela movimentada night de Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Com o Chico, tomando uma cerveja gelada na night de Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Com o Chico, tomando uma cerveja gelada na night de Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Tomamos nossa cerveja e decidimos não fazer o passeio nos barcos grandes, turísticos demais para o nosso gosto, além de não adentrarem muito o Pantanal. Decidimos, ao contrário, voltar de carro até a ponte sobre o rio Paraguai e, aí mesmo, encontrar uma voadeira que nos levasse para um passeio no rio. E assim foi, hoje de manhã; depois de mais uma sessão de fotos na bonita orla da cidade, fomos atrás da nossa voadeira para iniciarmos nossas explorações do Pantanal Sul. Amanhã, tem mais, quando vamos percorrer a estrada-parque. Enfim, tem muito de Pantanal pela frente!

Barcos que transitam pelo rio Paraguai, vistos do Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Barcos que transitam pelo rio Paraguai, vistos do Forte Junqueira, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul

Brasil, Mato Grosso Do Sul, Corumbá, história, Pantanal, Miranda

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