0 Avenida Beira-mar, Sistema Solar e a Ponte - Blog do Rodrigo - 1000 dias

Avenida Beira-mar, Sistema Solar e a Ponte - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Avenida Beira-mar, Sistema Solar e a Ponte

Brasil, Santa Catarina, Florianópolis

Ponte Hercilio Luz, antiga ligação da ilha com o continente, em Florianópolis, Santa Catarina

Ponte Hercilio Luz, antiga ligação da ilha com o continente, em Florianópolis, Santa Catarina


Todas as outras diversas vezes que eu e a Ana estivemos em Florianópolis antes dos 1000dias, sempre ficamos hospedados longe do centro da cidade. Seja em Canasvieiras, Barra da Lagoa, Campeche ou Matadeiro, nossa relação com a Av. Beira-mar ou com a região central era de passagem. Passávamos por lá quando chegávamos à ilha e passávamos por lá quando deixávamos a ilha. Quando muito, algum bar ou balada na Beira-mar, já há muito tempo. Florianópolis, para nós, era suas praias e distritos.

Visitando Florianópolis, a capital de Santa Catarina

Visitando Florianópolis, a capital de Santa Catarina


Avenida Beira-mar norte, em Florianópolis, Santa Catarina

Avenida Beira-mar norte, em Florianópolis, Santa Catarina


Mas dessa vez foi diferente. Nós ficamos hospedados no apartamento do tio Walter, a um quarteirão da Av. Beira-mar norte. Fazíamos compras na padaria da esquina, caminhávamos até uma simpática pracinha mais adiante para ir ao banco ou ao correio, esticávamos nossas pernas na pista de corridas da avenida, aproveitando a vista grandiosa e fechando as narinas para o cheiro horrível que existe em alguns pontos por ali.

Observando o estreito de mar que separa a ilha do continente, em Florianópolis, Santa Catarina

Observando o estreito de mar que separa a ilha do continente, em Florianópolis, Santa Catarina


Pescador no mar tranquilo em frente a Av. Beira-mar norte, em Florianópolis, Santa Catarina

Pescador no mar tranquilo em frente a Av. Beira-mar norte, em Florianópolis, Santa Catarina


Aliás, correr na avenida se tornou quase uma rotina para mim. Na direção sul, seguia até o ponto onde se pode admirar a ponte Hercílio Luz em todo o seu esplendor. Para o norte, “corria” pelo sistema solar. Como assim? Alguém teve a ótima ideia de espalhar pela avenida placas informativas sobre cada um dos planetas do nosso sistema solar. O interessante é que as placas foram colocadas respeitando proporcionalmente a distância desses planetas ao sol. Na escala da Av. Beira-mar Norte, cada 1 milhão de quilômetros na vastidão do espaço cósmico representa apenas um mísero metro. Assim, a partir da placa representando o sol, são apenas 57 metros até Mercúrio, o primeiro planeta, outros 51 metros até Vênus e mais 41 metros para chegar até a nossa Terra.

Pista de ciclismo e de corrida na Av. Beira-mar norte, em Florianópolis, Santa Catarina

Pista de ciclismo e de corrida na Av. Beira-mar norte, em Florianópolis, Santa Catarina


Correndo em um dos cartões postais de Florianópolis

Correndo em um dos cartões postais de Florianópolis


Marte está pertinho daí, mais uma corridinha de 77 metros. Desse jeito, parece que o sistema solar vai acabar rapidinho. Ledo engano! É agora que as distâncias começam a aumentar. Para Júpiter, são mais 550 metros e, a partir daí, outros 650 metros até Saturno. Quanto mais nos afastamos do sol, mais vazio fica nosso sistema solar. Do sol a Saturno, eu já havia corrido quase 1,5 quilômetros. Para chegar a Netuno, passando por Urano, foram 4,5 quilômetros! Ainda estiquei mais um pouco, mas acabei desistindo de Plutão. Afinal, nem mais planeta de verdade ele é. Considerando o caminho de volta, foram 10 quilômetros de passeio pelo cosmo! 1000dias pelo Sistema Solar, é meu sonho! Quem sabe, daqui a umas duas encarnações... Só por curiosidade, se eu quisesse “correr” até a estrela mais próxima do sol, mesmo nessa escala da Av. Beira-mar onde Plutão está a 5,9 km de distância, eu teria de correr 40 mil km (uma volta inteira na Terra!) para chegar à Proxima Centauri. Desanimador!

Passando pelo planeta Marte na Avenida Beira-mar Norte, em Florianópolis, capital de Santa Catarina (foto da internet)

Passando pelo planeta Marte na Avenida Beira-mar Norte, em Florianópolis, capital de Santa Catarina (foto da internet)


Passando pelo planeta Urano na Avenida Beira-mar Norte, em Florianópolis, capital de Santa Catarina (foto da internet)

Passando pelo planeta Urano na Avenida Beira-mar Norte, em Florianópolis, capital de Santa Catarina (foto da internet)


Mas, deixando de lado o sistema solar e voltando a Terra e a Florianópolis, foi nessas corridinhas, mas para a direção sul, que tivemos a melhor visão da ponte ícone da cidade, a Hercílio Luz. Talvez o cartão postal mais conhecido da cidade (a disputa com a Lagoa da Conceição é duríssima!), essa ponte foi construída na década de 20 por obra e graça do antigo governador que acabou por dar nome à obra. Já está desativada há 3 décadas, mas continua em pé e é o símbolo dessa cidade.

Mapa mostrando a ponte Hercílio Luz e a Avenida Beira-mar norte, com a localização das placas informativas sobre cada planeta do nosso sistema solar (em Florianópolis, capital de Santa Catarina)

Mapa mostrando a ponte Hercílio Luz e a Avenida Beira-mar norte, com a localização das placas informativas sobre cada planeta do nosso sistema solar (em Florianópolis, capital de Santa Catarina)


Até a sua construção, a ligação com o continente era feita por balsas, num serviço de péssima qualidade que atazanava a vida dos moradores de Florianópolis. Essa dificuldade de acesso era um dos principais argumentos daqueles que queriam que Florianópolis perdesse o posto de capital do estado. Mas o governador Hercílio Luz teimava e não queria mudar de endereço. Sua cartada final foi contratar com uma empresa americana, a preço de ouro, a construção da ponte. O valor da obra equivalia a dois orçamentos anuais da cidade de 40 mil habitantes. Foram quase quatro anos de muitas brigas políticas, bancos que quebraram, rediscussões de dívidas e valores, até que a ponte de 820 metros de comprimento e 75 metros de altura (trinta deles sobre o nível do mar) ficasse pronta.

Mirante de observação da ponte Hercilio Luz, em Florianópolis, Santa Catarina

Mirante de observação da ponte Hercilio Luz, em Florianópolis, Santa Catarina


A ponte que liga Florianópolis ao continente e ao interior do estado de Santa Catarina

A ponte que liga Florianópolis ao continente e ao interior do estado de Santa Catarina


O governador não viveu para ver terminada a sua obra. Foi homenageado com o nome da ponte. Originalmente, o nome seria Ponte Independência, tal era o sofrimento e sentimento de impotência que se tinha com o serviço de balsas. Com o crescimento da cidade e o aumento explosivo do tráfego, a ponte começou a apresentar o perigo de desabamento. No início da década de 80 foi construída uma ponte muito mais moderna e segura (embora bem menos charmosa!), aposentando a Hercílio Luz, para alívio dos moradores. Mas a sua imagem já estava de tal modo incorporada à alma da cidade que ninguém pensou em destruí-la. Ao contrário, existe sim um projeto de reformá-la e torná-la apta ao trânsito novamente. Como tudo no Brasil, essas obras atrasaram, o preço aumentou e, por enquanto, a Hercílio Luz continua apenas servindo para fotos. Mas para quem tem de cruzar da ilha para o continente todos os dias e perde horas valiosas nos congestionamentos diários, a reinauguração da Hercílio Luz até mereceria o ato de “renomeá-la” com o nome original: Independência.

Vista do mirante de observação, a famosa ponte Hercilio Luz, que liga Florianópolis ao continente, em Santa Catarina

Vista do mirante de observação, a famosa ponte Hercilio Luz, que liga Florianópolis ao continente, em Santa Catarina

Brasil, Santa Catarina, Florianópolis, Arquitetura, história, Ponte Hercílio Luz

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