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Uma Aula de História

Nicarágua, León

Mural nas ruas de León, na Nicarágua

Mural nas ruas de León, na Nicarágua


Fundada em 1524 aos pés do vulcão Momotombo, à beira do Lago de Manágua, a cidade de León não demorou muito a mudar de "endereço", devido às seguidas tragédias naturais que a afligiram nas suas primeiras décadas de vida, de terremotos à erupções vulcânicas. Na sua nova posição mais segura e estável, a cidade foi elevada à capital provincial pelos espanhóis, logo se tornando um importante centro político, religioso e cultural. Enquanto o dinheiro e a "nobreza" estavam em Granada, os ideais estavam na fervilhante León. Não por acaso, enquanto a primeira era o berço do conservadorismo no país, León era o foco de ideias liberais e progressistas.

A bela cidade de León vista do alto do Museu dos Revolucionários, na Nicarágua

A bela cidade de León vista do alto do Museu dos Revolucionários, na Nicarágua


Essa tradição seguiu até o século XX, tanto no lado cultural, com o maior dos poetas nicaraguenses, Rubén Dario, até o político, com alguns dos acontecimentos mais importantes da história recente do país. Talvez o mais emblemático deles tenha sido perpetrado pelo jovem poeta e jornalista Rigoberto Pérez. Cansado da ditadura de vinte anos de Somoza, que tinha esmagado toda a oposição com sua mão de ferro, decidiu que era a hora de mudar. Numa festa para dignatários na cidade, o jovem Rigoberto se fantasiou de garçon e, num ataque suicida, acertou vários tiros com balas envenenadas no ditador. Somoza sobreviveu alguns dias, levado a um hospital na Cidade do Panamá, mas os médicos não puderam conter os efeitos do veneno e ele morreu em agonia. Já Rigoberto, foi morto ali mesmo, o corpo perfurado com mais de 50 balas. Hoje é um herói reverenciado no país, principalmente em León. Infelizmente, a ditadura somozista duraria outros 20 anos, agora nas mãos dos filhos do patriarca.

Ruínas de igreja em León, na Nicarágua

Ruínas de igreja em León, na Nicarágua


Quem ajudou a acabar de vez com a terrível dinastia foi novamente a cidade de León, uma das mais aguerridas durante a Revolução Sandinista no final dos anos 70. Ainda hoje a cidade guarda as memórias dessa luta, na forma de ruínas, museus e murais espalhados por toda a León. Nós fomos conhecer algumas dessas "memórias", culminando com uma visita no final da tarde ao Museu dos Revolucionários, com a chane de ser guiado por um ex-combatente das forças sandinistas.

A Fiona passa por uma 'obturação', na verdade uma soldagem do suporte do controle do guincho (em León, na Nicarágua)

A Fiona passa por uma "obturação", na verdade uma soldagem do suporte do controle do guincho (em León, na Nicarágua)


Mas antes disso fomos primeiro cuidar da nossa Fiona. Já há algum tempo que o suporte para o controle do guincho estava solto e só hoje tivemos tempo de ir atrás de alguém para fazer a solda necessária. Após rodar um pouco pela periferia da cidade encontramos o lugar. Agora, só está faltando um chaveiro para consertar a fechadura da capota! Outra coisa no conserto é o meu computador, que já não se comunica com discos externos ou modens, o que tem complicado bastante minha rotina de trabalho.

A Catedral de León, a maior da Nicarágua e de toda a América Central

A Catedral de León, a maior da Nicarágua e de toda a América Central


Interior da Catedral de León, na Nicarágua

Interior da Catedral de León, na Nicarágua


Cumprida a obrigação, passamos à diversão. Um passeio na praça e ruas do centro nos deu a chance de observar as construções históricas pouco conservadas, mas em charmosa decadência. Destaque para a enorme Catedral, bem no meio do "parque" central, que é como os nicaraguenses chamam as praças por aqui.

Mural no Museu dos Revolucionários, em León, na Nicarágua

Mural no Museu dos Revolucionários, em León, na Nicarágua


Finalmente, fomos ao Museu dos Revolucionários. Ali sempre estão antigos guerrilheiros ou combatente das forças sandinistas, hoje já beirando os sessenta anos. São eles que nos acompanham na visita ao museu, nos contando histórias, explicando fotografias e recortes de jornal e nos dando uma visão de quem não só viveu aquela época, mas ajudou a mudar aquela dura realidade. É estranho ver e conversar com esses simpáticos velhinhos que, não faz muito tempo, com armas em mão ajudaram a derrubar uma das mais violentas ditaduras do continente. Nessa luta, mataram, perderam amigos, foram torturados e baleados. Um mundo que nos parece tão distante mas que, conversando com eles, está ali, do outro lado dos olhos que nos olham.

Mural de fotos no Museu dos Revolucionários, em León, na Nicarágua

Mural de fotos no Museu dos Revolucionários, em León, na Nicarágua


Amanhã, ainda empolgados com essa atmosfera revolucionária, vamos visitar uma terrível prisão da época somozista que foi um dos últimos bastiões da Guarda Nacional a cair na cidade. Hoje virou museu. Em seguida, vamos ao vulcão Cerro Negro, o mais ativo do país e um dos mais novos das américas, com apenas 150 anos de idade. Um verdadeiro bebê-vulcão! Com o problema no computador, a ida para Somoto e de lá para Honduras e El salvador ficou adiada em um dia.

Conversando com o ex-guerrilheiro Frank no telhado no Museu dos Revolucionários, em León, na Nicarágua

Conversando com o ex-guerrilheiro Frank no telhado no Museu dos Revolucionários, em León, na Nicarágua

Nicarágua, León,

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A História Revolucionária

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