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Tramandaí e a Despedida dos Pais - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Tramandaí e a Despedida dos Pais

Brasil, Rio Grande Do Sul, Tramandaí, Porto Alegre

Depois de 15 dias viajando juntos pelo Uruguai e Rio Grande do Sul, despedida do Joca e da Ixa, os pais do Rodrigo, no aeroporto de Porto Alegre, capital do estado

Depois de 15 dias viajando juntos pelo Uruguai e Rio Grande do Sul, despedida do Joca e da Ixa, os pais do Rodrigo, no aeroporto de Porto Alegre, capital do estado


Depois da visita ao Parque Nacional da Lagoa do Peixe e do almoço, já no final da tarde, no Balneário Mostardense, seguimos viagem para o norte rumo aos balneários mais conhecidos e frequentados do litoral gaúcho. Já não tínhamos mais esperanças de chegar antes de escurecer. O belo entardecer foi quando passamos na Lagoa dos Barros, pouco antes de Osorio e, logo depois, as luzes de Tramandaí já estavam acesas e nos mostrando o caminho a seguir.



Para nós, que moramos no Paraná e em São Paulo, as praias do Rio Grande do Sul são apenas uma referência de nome. Dificilmente alguém sai desses estados mais ao norte para vir visitar o litoral gaúcho, a não ser que tenha parentes ou amigos daqui. Além da distância, se o que queremos é praia, estamos muito bem servidos no litoral de São Paulo ou Rio. Se temos animação para ir mais longe, aí o destino serão as praias de Santa Catarina, Bahia ou algum outro estado nordestino. Pelo que ouvimos falar, elas (praias do sul) simplesmente não valem o esforço, considerando a longa distância e que há praias muito mais bonitas no litoral catarinense, bem mais próximo de nós. Se a questão for conviver com gaúchas (tão famosas por sua beleza), aí mesmo é que ficamos em Santa Catarina, pois é justamente a juventude gaúcha a que mais frequenta o litoral do estado vizinho.

Alguns dos balneários mais conhecidos e disputados da costa do Rio Grande do Sul

Alguns dos balneários mais conhecidos e disputados da costa do Rio Grande do Sul


Mas conhecemos os nomes. Tramandaí, Xangri-Lá, Atlântida, Capão da Canoa, etc... Agora que viemos ainda mais do sul e elas não estão tão longe, seria uma ótima oportunidade de dar uma olhada. Como meus pais tinham passagem marcada para o dia 27 (hoje!), tínhamos apenas um dia para nossas explorações desses famosos balneários. Sem tempo para ver tudo, a solução era escolher um deles, quase como uma amostra. Depois, quando passarmos pela capital e retomarmos nosso caminho para o norte, vamos reservar também um tempo para conhecer Torres, a única praia diferente do estado, fugindo daquele estilo “praião infinito”, com falésias e outras formações rochosas perto do mar. Confesso que essa é a única que sempre quis conhecer, aconselhado por amigos gaúchos. Daqui a alguns dias... Agora, tínhamos mesmo de escolher algum dos balneários mais próximos.

O movimentado Balneário de Tramandaí visto de cima, entre o mar e a lagoa e rio de mesmo nome, no litoral do Rio Grande do Sul (foto da internet)

O movimentado Balneário de Tramandaí visto de cima, entre o mar e a lagoa e rio de mesmo nome, no litoral do Rio Grande do Sul (foto da internet)


Pois bem, pelo avançado da hora, ficamos justo no primeiro deles, Tramandaí. Apesar do escuro, a primeira impressão foi boa, as luzes da cidade refletidas nas águas da lagoa formada pelo rio Tramandaí. Depois, caímos dentro da cidade e sua avenida principal. Tentamos achar algum hotel em frente à praia e nada. Acabamos por nos render e voltamos àquela avenida movimentada e cheia de hotéis e nos instalamos. Cansados, foi só o tempo de jantarmos e fomos dormir.

O Balneário de Tramandaí num dia ensolarado da temporada, no litoral do Rio Grande do Sul (foto da internet)

O Balneário de Tramandaí num dia ensolarado da temporada, no litoral do Rio Grande do Sul (foto da internet)


Tramandaí é uma cidade grande. No inverno, sua população é de pouco mais de 40 mil habitantes, mas esse número chega a 250 mil na temporada, quando os porto-alegrenses vêm ocupar seus apartamentos na cidade. Basta dar uma olhada nas fotos da praia durante os dias de sol do verão. Mas não há prédios altos na orla. Ficam mais atrás, na avenida onde nos hospedamos e na ponta da península formada no encontro de mar, rio e lagoa. Aliás, há um fato histórico muito importante nessa lagoa. Foi aqui que chegaram os barcos trazidos por Giuseppe Garibaldi na Guerra dos Farrapos. A curiosidade é que eles não chegaram pela água, mas por terra! As tropas republicanas dominavam todo o interior do estado, mas as forças imperiais controlavam o litoral e cidades como Porto Alegre e Rio Grande. Para que a revolução triunfasse, era muito importante desenvolver uma marinha. Garibaldi ficou a cargo disso e um estaleiro começou a construir barcos na Lagoa dos Patos. O problema é que o governo de Dom Pedro II controlava a saída dessa lagoa para o mar. A engenhosa solução encontrada, destinada a tomar de surpresa o exército e marinha imperial, foi trazer por terra os barcos, um percurso de 100 km da Lagoa dos Patos até o rio Tramandaí. Foram usados centenas de bois e a jornada foi épica, atrapalhada pelo mal tempo. Mas o esforço quase heroico dos revolucionários teve sucesso e dois lanchões, o Seival e o Farroupilha, chegaram até aqui. Já no mar, a nascente marinha gaúcha ajudou no cerco e tomada de Laguna, a cidade de maior importância histórica no sul do país naqueles tempos, localizada na vizinha Santa Catarina. Foi o auge da Revolução Farroupilha. As forças imperiais contra-atacaram, retomaram Laguna e, por fim, a província rebelde também se rendeu. Mas esse episódio da viagem por terra dos barcos nunca mais foi esquecido, um dos grandes feitos militares daquele início conturbado da nossa história como nação independente.

O tradicional condomínio Quebra-mar, na orla de Tramandaí, com 268 apartamentos e mais de 1.000 veranistas. Arquitetura (???) dos anos 60 (foto da internet)

O tradicional condomínio Quebra-mar, na orla de Tramandaí, com 268 apartamentos e mais de 1.000 veranistas. Arquitetura (???) dos anos 60 (foto da internet)


Ontem, o dia amanheceu chuvoso. Desistimos de ir caminhar na praia e decidimos passear de carro mesmo. A praia é exatamente do estilo dessa outras que temos conhecido no estado. Bem longa e ampla, mar aberto. A diferença é que esta está totalmente urbanizada, ao contrário daquelas vastas extensões entre a Lagoa Mirim e o mar e entre a Lagoa dos Patos e o mar. Mas se esquecermos dos prédios e construções, é muito parecido sim. Pode ser gostoso, mas não dá para comparar coma beleza das praias catarinenses ou do litoral norte de São Paulo, com a Serra do Mar praticamente entrando no oceano. Enfim, o tempo também não ajudava. Ficamos impressionados com o tamanho e esquisitice de um prédio em frente ao mar, arquitetura típica dos antigos países comunistas. Um prédio com três andares, 268 apartamentos, mais de 500 janelas e que ocupa todo um quarteirão. No verão, tem uma população superior a 1.000 habitantes! Prontamente, ficamos com saudade do vazio da Praia do Forte, em frente à Lagoa do Peixe, que percorremos ontem.

Em dia chuvoso, a cidade de TRamandaí vista de Imbé, do outro lado do canal, no litoral do Rio Grande do Sul

Em dia chuvoso, a cidade de TRamandaí vista de Imbé, do outro lado do canal, no litoral do Rio Grande do Sul


Em dia chuvoso, a cidade de TRamandaí vista de Imbé, do outro lado do canal, no litoral do Rio Grande do Sul

Em dia chuvoso, a cidade de TRamandaí vista de Imbé, do outro lado do canal, no litoral do Rio Grande do Sul


Enfim, já com a bagagem no carro, resolvemos dar uma olhada nos outros balneários. Cruzamos o canal e chegamos a Imbé. Aliás, ótimo ângulo para fotografar Tramandaí. Fugimos da avenida movimentada e fomos para a orla. Uma barraca de cerveja com o meu nome foi motivo de parada para fotos, mesmo com chuva. É sempre gostoso e massageia o ego ver nosso nome em letras garrafais, hehehe. Seguimos vagarosamente pela orla, cheia de quebra-molas. Nossa ideia era ir até Xangri-Lá. Mas uns poucos quilômetros por ali e decidimos que estávamos vendo mais do mesmo. Se ainda estivesse fazendo sol, vá lá. Mas naquele clima, concordamos que o melhor seria seguir mesmo para a capital. Já tinha dado para perceber porque as praias de Santa Catarina fazem tanto sucesso entre os gaúchos.

Que belo nome de barraca! (em Imbé, próximo a TRamandaí, no litoral do Rio Grande do Sul)

Que belo nome de barraca! (em Imbé, próximo a TRamandaí, no litoral do Rio Grande do Sul)


O caminho para Porto Alegre é rápido, a pista dupla da famosa “free-way”. Quando eu olhava os mapas rodoviários do Brasil no início da década de 80, eram muito poucas as estradas de pista dupla no país. Quase todas em São Paulo. Imigrantes, Anchieta, Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco e Trabalhadores, eu me orgulhava de conhecer todas! A única rodovia interestadual de pista dupla era a Dutra, entre Rio e São Paulo. E, fora essas, as únicas que apareciam no meu mapa e que não estavam em São Paulo eram a rodovia Curitiba-Paranaguá e a Free-way, aqui no sul. Eram as que faltavam na minha “coleção” de adolescente. A de Curitiba, conheci em 1989. Faltava só mesmo a free-way e tiveram de passar outros longos 25 anos para eu finalmente completar a lista. Só que, felizmente para o Brasil, a lista hoje de estradas duplas é muito maior e, esperamos todos, cresça muito mais!

Deixando os pais no aeroporto de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul

Deixando os pais no aeroporto de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul


Depois de 15 dias viajando juntos pelo Uruguai e Rio Grande do Sul, a Ana se despede de seus sogros,o Joca e a Ixa, no aeroporto de Porto Alegre, capital do estado

Depois de 15 dias viajando juntos pelo Uruguai e Rio Grande do Sul, a Ana se despede de seus sogros,o Joca e a Ixa, no aeroporto de Porto Alegre, capital do estado


Em Porto Alegre, resolvemos nos instalar em um hotel perto do aeroporto. Minha mãe não gosta de “aventura” na hora de embarcar e o voo sairia logo pela manhã. Assim, nada como já estar pertinho. Como todos já conhecemos de outras viagens a capital do Rio Grande do Sul, resolvemos tirar a tarde de folga. Depois deles partirem, aí sim vamos, eu e a Ana, procurar nossos amigos na cidade e rodar um pouco por Porto Alegre, revendo, relembrando, fotografando e, certamente, conhecendo novos lugares. Mas ontem, fomos simplesmente ao shopping. Queríamos um bom cinema para descansarmos das viagens reais e mergulharmos nas viagens virtuais, no tempo e no espaço. Fomos para a 2ª Guerra Mundial, na Alemanha, ajudar militares americanos a encontrar obras de arte roubadas e escondidas pelos nazistas. Delícia de filme. Como também foi delicioso o jantar, um autêntico churrasco gaúcho, a melhor carne do Brasil.

Depois de 15 dias viajando juntos pelo Uruguai e Rio Grande do Sul, despedida do Joca e da Ixa, os pais do Rodrigo, no aeroporto de Porto Alegre, capital do estado

Depois de 15 dias viajando juntos pelo Uruguai e Rio Grande do Sul, despedida do Joca e da Ixa, os pais do Rodrigo, no aeroporto de Porto Alegre, capital do estado


Depois de 15 dias viajando juntos pelo Uruguai e Rio Grande do Sul, despedida do Joca e da Ixa, os pais do Rodrigo, no aeroporto de Porto Alegre, capital do estado

Depois de 15 dias viajando juntos pelo Uruguai e Rio Grande do Sul, despedida do Joca e da Ixa, os pais do Rodrigo, no aeroporto de Porto Alegre, capital do estado


Finalmente, hoje pela manhã, chegou a hora da despedida. Depois de mais de 1.500 km de estrada e quinze dias viajando juntos na Fiona, meus queridos pais retornam para casa. Estiveram conosco por boa parte do Uruguai e também por todo o litoral gaúcho, do Chuí a Tramandaí. Experiência enriquecedora, para o filho e para a nora. Já fazia anos que eles nos “deviam” essa visita. Antes tarde do que nunca, hehehe! Convivência deliciosa e harmoniosa, conversas e rizadas compartidas, cumplicidade crescente, intimidade. Vão deixar saudades, esses dois, o Seu Gustavo e a Dona Nilza ou, mais popularmente, o Joca e a Ixa.


Percurso aproximado dos últimos 15 dias de viagem, entre Uruguai e Rio Grande do Sul, muito bem acompanhados de meus queridos pais. Todos confortavelmente acomodados na Fiona. Infelizmente o GoogleMaps não sabe que é possível viajar pela Praia do Cassino/Hermenegildo. Além disso, só podemos marcar 10 pontos, e foram mais do que isso. Enfim, faltam os detalhes, mas a rota é aproximadamente esta

Brasil, Rio Grande Do Sul, Tramandaí, Porto Alegre, Praia, Arquitetura, história, Estrada

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