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Blog do Rodrigo - 1000 dias

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A Maior de Todas

Brasil, Paraná, Prudentópolis, Foz do Iguaçu

O Salto São Francisco, em Prudentópolis - PR, com quase 200 metros de altura

O Salto São Francisco, em Prudentópolis - PR, com quase 200 metros de altura


O programa hoje foi já sair de mala e cuia do hotel em Prudentópolis, logo pela manhã, seguir até a mais alta cachoeira da região sul do país, o imponente Salto São Francisco e, de lá, pegar a estrada até o outro lado do estado, na cidade fronteiriça de Foz do Iguaçu.

Mas, ainda na cidade, a primeira tarefa foi passar numa loja de fotografias para imprimir algumas que tínhamos tirado ontem, lá da família dona da propriedade onde fica o Salto São Sebastião. Promessa feita pela Ana, promessa cumprida pela Ana! Eles ficaram muitíssimo felizes ontem, quando a Ana disse que faria isso, e vão ficar mais ainda quando receberem o presente!

À caminho do Salto São Francisco, que aparece ao fundo (em Prudentópolis - PR)

À caminho do Salto São Francisco, que aparece ao fundo (em Prudentópolis - PR)


Feito isso, enfrentamos os cinquenta quilômetros de estrada de terra que ligam a cidade ao Salto São Francisco. Estrada belíssima, por sinal, que segue no topo de uma crista de morro dando uma ampla visão da região, inclusive do próprio Salto, que já é possível ver de longe, no meio das montanhas. Também... duzentos metros de queda, dá para ver beeeem de longe mesmo, hehehe.

Com a mãe no Salto São Francisco, em Prudentópolis - PR

Com a mãe no Salto São Francisco, em Prudentópolis - PR


O único trecho pior de estrada é a longa subida final. Para carros mais baixos é preciso paciência. Lá encima, um parque municipal que fica bem na fronteira de três municípios: Prudentópolis, Turvo e Guarapuava. Entrada gratuita, deixamos o carro num estacionamento e seguimos à pé por uma trilha muito bem cuidada por uns 400 metros, até chegar à beira de um enorme penhasco. Deste ponto se tem a mais bela visão dessa cachoeira maravilhosa. São exatos 196 metros de queda até um grande lago lá embaixo, que visto de tão alto parece pequenininho.

Final da queda de 200 metros do Salto São Francisco, em Prudentópolis - PR

Final da queda de 200 metros do Salto São Francisco, em Prudentópolis - PR


A trilha agora segue na beira da encosta, ou melhor, da própria parede que forma o canyon de onde despenca a cachoeira. A vista é incrível, não só da própria cachoeira, como das paredes do canyon e das montanhas ao longe. Cenário grandioso, coisa de cinema.

Essas tranquilas águas estão prestes a despencar por 200 metros! (em Prudentópolis - PR)

Essas tranquilas águas estão prestes a despencar por 200 metros! (em Prudentópolis - PR)


Ficamos ali aproveitando por um bom tempo aquela visão magnífica até que era hora de ir embora. Afinal, tínhamos mais 400 km pela frente, cruzando todo o estado até Foz do Iguaçu, já ao lado do Paraguai e da Argentina. Estrada simples, mas bem conservada, muitos caminhões e pedágios também. Enfim, com paciência fomos seguindo e, um pouco antes das nove estávamos chegando.

Fotografando o Salto São Francisco, em Prudentópolis - PR

Fotografando o Salto São Francisco, em Prudentópolis - PR


Em plena época de férias, a cidade e seus muitos hotéis estão bastante concorridos. Procura aqui, procura ali, acabamos encontrando o Lanville, onde ficaremos pelos próximos dias. O que não falta é o que fazer por aqui: parques, Itaipu, Paraguai, Argentina, etc... Depois de um jantar à base de picanha, ao lado do hotel, decidimos pelo menos a programação de amanhã: compras em Ciudad de Leste, no Paraguai. Vai ser a minha primeira vez nesse nosso vizinho sulamericano e rival nas quartas de final da Copa América. Para quem já viajou tanto mundo afora, já não era sem tempo!

Visitando o imponente Salto São Francisco, em Prudentópolis - PR

Visitando o imponente Salto São Francisco, em Prudentópolis - PR

Brasil, Paraná, Prudentópolis, Foz do Iguaçu, cachoeira, Salto São Francisco

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Caraça, Com 30 Anos de Atraso

Brasil, Minas Gerais, Caraça

Santuário do Caraça - MG visto do Cruzeiro

Santuário do Caraça - MG visto do Cruzeiro


Quem dorme no Caraça acorda nas alturas. Em sentido literal e figurado. Foi assim que acordamos, eu e a Ana. Depois, fortalecidos pelo café da manhã comunitário, quisemos aproveitar o belo dia que fazia. Conversamos com um guia local e decidimos caminhar até a cachoeira que encantou D. Pedro II há 125 anos, a Cachoeira Cascatão.

Parte de baixo da Cascatona, no Caraça - MG

Parte de baixo da Cascatona, no Caraça - MG


Uma saudável caminhada de seis quilômetros até a tal cachoeira e ao oratório que fica um pouco mais adiante. Nossa Senhora deve estar feliz naquele local, aproveitando a vista das montanhas e a proximidade das águas! Por falar em aproveitar, foi o que nós fizemos. As águas frias do Caraça não nos assustaram e a gente passou um tempo nadando no poço, escalando a cachoeira e curtindo aquele local maravilhoso. Como bem disse nosso último imperador em visita ao local "a beleza desse local pitoresco é inesquecível!".

Oratório próximo à Cascatona, no Caraça - MG

Oratório próximo à Cascatona, no Caraça - MG


No caminho de volta, feito às pressas para não perdermos o almoço que se encerraria às 14:00, ainda deu tempo para "escalaminharmos" até o alto do Cruzeiro, de onde temos belíssimas vistas do Santuário do Caraça.

Vitrais no Interior da Igreja do Santuário do Caraça - MG

Vitrais no Interior da Igreja do Santuário do Caraça - MG


Santuário do Caraça, este foi o melhor colégio do Brasil ao longo de boa parte do séc. XIX e início do séc XX. Por ele passaram dois futuros presidentes, dezoito governadores e inúmeros deputados e senadores, além de importantes figuras eclesiásticas. Aqui os meninos ficavam em regime de internato, com de rigorosa disciplina, tendo uma educação de inspiração humanista. Transitando entre os quartos, refeitório e igreja, e mesmo nas trilhas, fiquei imaginando como seria a vida cotidiana dessas crianças aqui, entre 190 e 100 anos atrás.

Interior do museu do Santuário do Caraça - MG

Interior do museu do Santuário do Caraça - MG


Passear pelo museu do Santuário nos ajuda a imaginar como era essa rotina. E nos conta também como foram as visitas de D.Pedro I, em 1831 e de D. Pedro II, pouco mais de 50 anos depois. É possível ler extratos do diário de D. Pedro II relatando seus momentos no Santuário e suas impressões em detalhes, o que torna tudo bem mais real, mais perto de nós. Para mim foi especialmente interessante quando ele comenta sobre a visita de seu pai, 50 anos antes.

Alto do Calvário, no Santuário do Caraça - MG

Alto do Calvário, no Santuário do Caraça - MG


Nosso velho imperador teve de esperar 50 anos para vir aqui. Um pouco mais do que eu. Em 1980 minha mãe esteve aqui em visita, junto com meu irmão mais novo. Na época, morávamos em BH, a estrada de acesso ao Caraça tinha poucos anos, inaugurada por Aureliano Chaves, e o passeio de ida e volta já podia ser feito no mesmo dia. Eu fui convidado e esnobei o passeio. Só vi as fotos e o relato. Ao longo dos anos, o meu arrependimento de não ter ido só foi aumentando. Hoje, estando aqui, neste lugar maravilhoso, 30 anos depois, acho que a vontade de voltar no tempo e fazer aquele passeio só aumentaram...

Parte de cima da Cascatona, no Caraça - MG

Parte de cima da Cascatona, no Caraça - MG

Brasil, Minas Gerais, Caraça,

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Au Coeur de L'Amérique Française

Canadá, Quebec

Rua movimentada no centro histórico de Quebec, no Canadá

Rua movimentada no centro histórico de Quebec, no Canadá


Geralmente, imaginamos o nosso continente americano colonizado por portugueses (Brasil), ingleses (EUA e Canadá) e espanhóis (os outros países, da Argentina até o México). Franceses e holandeses seriam apenas “curiosidades históricas”. Na verdade, essa denominação deveria ser dada a suecos e dinamarqueses, que também estiveram por aqui (quem acompanhou nossa passagem por St. Barth e Ilhas Viirgens Americanas sabe disso!), enquanto holandeses e franceses, esses sim, tiveram uma participação bem importante na formação do nosso continente. Os primeiros, em várias ilhas do Caribe, além de uma importante passagem pelo Nordeste do Brasil e na criação da cidade de Nova York, e os últimos, também no Caribe e em boa parte da América do Norte.

Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá

Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá


Pois é, os gauleses tem uma rica participação na história, não só do Canadá, mas também dos Estados Unidos. Foram os seus exploradores os primeiros a se aventurar pelo interior do continente, chegando aos Grandes Lagos, navegando pelo Mississipi e cruzando as Montanhas Rochosas. Fundaram importantes cidades como Quebec e Montreal, no Canadá, Chicago e New Orleans, nos Estados Unidos e até hoje o francês é a língua falada por milhões de habitantes da América do Norte, especialmente no leste do Canadá.

Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá

Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá


Depois do primeiro ímpeto exploratório no início do séc XVI, o que trouxe os franceses ao Canadá 100 anos mais tarde foi o lucrativo comércio de peles, principalmente de castor A demanda europeia por chapéus gerava tanta riqueza que foi capaz de sustentar a vinda de milhares de famílias para o novo continente., estabelecidas na região ao sul da província de Quebec, principalmente na cidade de mesmo nome.

Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá

Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá


Mas o comércio de peles era tão lucrativo que atraiu as ambições de outra nação: a Inglaterra. Um pouco depois dos franceses, eram os ingleses que chegavam, proclamando-se também senhores daquelas novas terras. Enquanto a rivalidade e disputa entre as duas nações europeias aumentavam, os franceses foram fazendo uma rede de alianças com as populações indígenas locais. E foram esses índios que ensinaram a seus aliados os caminhos e rotas do novo continente. Não demorou muito para que os franceses chegassem aos Grandes Lagos, quase um oceano de água doce em pleno coração do continente. Dos lagos, chegaram ao Mississipi e, descendo o rio, atravessaram a região central dos Estados Unidos, chegando ao Golfo do México. No caminho, foram fundando entrepostos comerciais e fortes que deram origem às cidades de Detroit, Chicago, St. Louis e New Orleans.

Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá

Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá


Mais ao norte, as disputas com os ingleses culminaram com a Guerra dos 7 Anos, vencida pela Inglaterra em 1763. A batalha lutada ao lado dos muros da cidade de Quebec, nas “Plains of Abraham”, em 1759, definiu os rumos da guerra, do continente e, quiçá, do mundo. Foi tão sangrenta e decisiva que os comandantes dos dois exércitos morreram na luta. A suada vitória inglesa, consolidada no Tratado de Paris em 1764, fez com que a França reconhecesse a soberania inglesa em todo o Canadá. Em troca, pôde manter a posse de Guadalupe, no Caribe. Na época, a ilha era mais importante para os planos coloniais franceses do que o Canadá...

A guarda da Citadela de Quebec, no Canadá

A guarda da Citadela de Quebec, no Canadá


Os ingleses colocaram em prática, então, o seu plano de suprimir a cultura francesa da região. Católicos (franceses eram católicos e ingleses, anglicanos) eram proibidos de ocupar cargos públicos, a imigração de franceses para fora do Canadá era incentivada (e às vezes, forçada) e o uso da língua, reprimido. Essas medidas tiveram o efeito contrário ao desejado, a comunidade francófona se unindo ainda mais na defesa de sua cultura e modo de vida. Foi nessa hora que acontecimentos mais ao sul do continente fizeram os ingleses mudar sua política.

Pessoas fantasiadas caminham pelo centro de Quebeq, no Canadá

Pessoas fantasiadas caminham pelo centro de Quebeq, no Canadá


Era a Guerra de Independência das 13 colônias. Cientes de que a confusão chegaria até lá, os ingleses trataram de ganhar a simpatia dos habitantes franceses, revogando a política de supressão da sua cultura. Estavam certos! Não demorou muito para que revolucionários americanos ocupassem Montreal e tentassem o mesmo em Quebec. Mas, para sua surpresa, os franceses ainda se sentiam menos simpáticos a eles do que aos ingleses. Nem a lábia de Benjamim Franklin, nem o fato dos exércitos da própria França lutarem ao lado dos revolucionários americanos comoveram os franco-canadenses. Eles não se juntaram à revolução, repeliram os americanos em Quebec e os expulsaram de Montreal, com a ajuda dos exércitos ingleses que chegaram à região.

O interessante Museu da América Francesa, num seminário em Quebeq, no Canadá

O interessante Museu da América Francesa, num seminário em Quebeq, no Canadá


Bom, ao final da guerra, os Estados Unidos eram um país livre e o Canadá permanecia inglês, agora com a população reforçada por milhares de realistas (fiéis ao rei) que emigraram das colônias rebeldes. Enquanto isso, ao oeste do Mississipi, a região conhecida como Louisiana permanecia uma colônia francesa. Essa região era muito maior que o atual estado da Louisiana, no sul dos Estados Unidos. Ela se estendia do Mississipi até as Montanhas Rochosas, e da fronteira do Canadá até o golfo do México. Com exceção das cidades ao longo do rio e na costa do Golfo, era povoada basicamente por povos indígenas, que desconheciam seu status de “súditos do rei da França”. Na verdade, de Napoleão, que era quem mandava na França naquela época.

O interessante Museu da América Francesa, num seminário em Quebeq, no Canadá

O interessante Museu da América Francesa, num seminário em Quebeq, no Canadá


Mas Napoleão, após ter seu exército derrotado pela febre amarela no Haiti e, com isso, ver cair por terra seus sonhos de um império colonial na América, achou por bem vender suas posses da Louisiana para os Estados Unidos. Além de precisar de dinheiro para sustentar suas guerras contra os ingleses, ele não via possibilidade de defender suas vastas e despopuladas terras na América do Norte contra as futuras ameaças. Foi assim que cidades francesas como New Orleans e St. Louis passaram a ser americanas.

O muro que cerca o centro histórico de Quebec, no Canadá

O muro que cerca o centro histórico de Quebec, no Canadá


Uma outra guerra, que este ano completa 200 anos, ainda marcaria a relação de americanos e canadenses. Vou falar mais sobre ela quando passar em Toronto, mas o fato é que ela serviu de vez para criar um sentido de “identidade canadense”, ajudando a cimentar os laços entre dois povos para a criação de uma só nação. Enquanto isso, na poderosa nação que se formava no sul, foram “guias franceses” que ensinaram aos americanos os tortuosos caminhos que levavam do Mississipi à Califórnia e ao Pacífico, principalmente as secretas passagens pelas Montanhas Rochosas. A ligação com o oeste da América continuava forte entre os franco-canadenses até a época da grande corrida do ouro, na metade do século XIX. Entre os primeiros imigrantes, estavam aqueles de língua francesa e, no auge do boom, Los Angeles e San Francisco tinham 20% de sua população falando francês, além de prefeitos oriundos da província de Quebec. Também para a região da Nova Inglaterra eles migraram (o nome Vermont vem do francês “Verdes Montes”) e apenas no estado do Maine, na virada dos séc XIX para o XX, mais de 100 jornais e revistas eram editados na língua francesa.

Altar da Catedarl Holy Trinity, em Quebec, no Canadá

Altar da Catedarl Holy Trinity, em Quebec, no Canadá


Já no Canadá, a relação entre os habitantes de língua inglesa e francesa sempre teve seus altos e baixos. A política atual, de valorização de culturas diferentes, é relativamente recente e os francófonos sempre reclamaram de uma certa perseguição. Mesmo bem recentemente, falava-se e defendia-se abertamente a separação da província e a criação de um novo país. Por duas vezes foram realizados referendos, o último deles em 1995, perguntando à população sobre o desejo de um país independente. Uma diferença menor que 1% manteve o país unido. Felizmente, desde então as novas gerações tem tido outras preocupações enquanto o país se preocupa cada vez mais em valorizar suas diferenças culturais. Aprendeu que, com isso, só tem a ganhar, a começar pelo turismo, nacional e internacional.

O famoso Chateau Frontenac, um dos mais fotografados hoteis do mundo, em Quebec, no Canadá

O famoso Chateau Frontenac, um dos mais fotografados hoteis do mundo, em Quebec, no Canadá


Nós, por exemplo, estamos maravilhados com a cultura que encontramos por aqui, desde estilos arquitetônicos até a culinária saborosa, passando pela música, vestuário e, enfim, todo um modo de vida característico. E a cidade de Quebec, ou Ville de Quebec, é o melhor exemplo disso, o centro irradiador da cultura francesa na América, a prova viva de que nós, americanos, também sabemos fazer queijo e vinho, falar francês e fazer biquinho. É uma delícia se sentir em Paris estando no nosso continente. Depois da verdadeira aula que tivemos no Museu da América Francesa e das refeições deliciosas que estamos tendo na cidade, só podemos dizer, am alto e bom francês: “Vivre L’Amérique Française!”

Show de fogos animam mais uma noite de verão em Quebec, no Canadá

Show de fogos animam mais uma noite de verão em Quebec, no Canadá

Canadá, Quebec, história

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Caminhando nos Lençóis

Brasil, Maranhão, Atins

Bela paisagem vista do alto da duna em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Bela paisagem vista do alto da duna em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Hoje foi dia de botar o pé na areia. Na areia das ruas, das praias e das dunas. Decidimos ir caminhando até o famoso "Camarão da Luzia", o restaurante mais famoso de todos os Lençóis Maranhenses. Com toda a justiça! Ele fica a cerca de sete quilômetros aqui do Rancho do Buna, cortando caminho por dentro, seguindo por enormes descampados e pelas dunas ao invés de dar uma volta bem maior seguindo pela "confusa" praia que as vezes é de rio, as vezes é de lago, as vezes é de mar.

Cruzando igarapé em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Cruzando igarapé em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


A maioria das pessoas vai para lá de carro e até de cavalos, combinando o almoço com outros passeios. Sempre com guias. Mas nós estávamos mais naquele clima de aventura, de descobrir caminhos. Afinal, mesmo em um lugar com litoral tão "complicado", sabíamos que o restaurante era próximo da praia. Não poderia ser tão difícil assim encontrá-lo, apesar de termos sido advertidos de que era. Sei...

Com o Edu e a Mel, em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Com o Edu e a Mel, em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Além de dispensarmos guias e cavalos, convidamos o outro casal que estava na pousada para nos acompanhar, o Edu e a Mel, super recém chegados de São Paulo. Imagina o contraste: estavam ontem na maior metrópole do país e hoje caminhavam por essas vastidões vazias.

Chegando ao alto da duna, vista dos campos, lagoa e mar ao fundo, em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Chegando ao alto da duna, vista dos campos, lagoa e mar ao fundo, em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Fomos seguindo a indicação da Mônica, a gerente da nossa pousada, cortando o descampado pelas ruas de areia bem fofa, o barulho do mar ao longe e as dunas no horizonte. De novo, a incrível vastidão do local nos deixou meio desorientados, não na direção a seguir, mas no local e nas distâncias até os pontos de referência. Acabamos seguindo até a praia, num local onde há uma enorme lagoa que deixa o mar de verdade a quilômetros de distância. Aí, decidimos entrar terra adentro novamente, em direção às grandes dunas que se destacavam sobre os descampados alagados. Do alto dos seus pouco mais de 30 metros de altura, finalmente pudemos ter uma visão mais ampla da região e "entender" sua geografia entrecortada, águas para todos os lados.

Caminhando sobre as dunas em direção ao Restaurante da Luzia, no Canto do Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Caminhando sobre as dunas em direção ao Restaurante da Luzia, no Canto do Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Lá do alto, a gente consegue ver a foz do rio Preguiças que, no seu encontro com o mar, vai formando lagoas. Também a maré baixa "faz" as suas lagoas, que acabam se misturando com as lagoas do rio. O resultado é que o mar verdadeiro fica a quilômetros de distância "mar adentro". Estranho, né? Não é à toa que, lá de baixo, sem conseguir observar tudo, a gente fique bem perdido.

Grupo caminha pelas dunas para o Poço das Pedras, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Grupo caminha pelas dunas para o Poço das Pedras, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Enfim, finalmente com o mapa no visual, fomos seguindo pelo alto das dunas até a altura do restaurante e lá cruzamos novamente o descampado alagado até o restaurante. Pouco mais de uma hora de caminhada para atravessar toda essa paisagem de outro mundo. No restaurante, fomos recebidos por uma esfuziante Luzia, mulher de personalidade forte e interessantíssima, cuja conversa e companhia, por si só, já valem o esforço da caminhada.

Cruzando a Ponta do Mangue em direção ao Poço das Pedras, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Cruzando a Ponta do Mangue em direção ao Poço das Pedras, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Ela logo nos disse que, com uma hora de caminhada através das dunas, chegaríamos ao Poço das Pedras, uma piscina de águas azuis no meio das dunas. Até então, desconhecíamos totalmente esse lugar. Ela falou tão bem que a gente se animou. Encomendamos os pratos e seguimos, agora sim guiados, dunas adentro. Mas, antes disso, para uma re-energizada, ela nos serviu um churrasco de camarão.

Refrescando-se no delicioso Poço das Pedras, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Refrescando-se no delicioso Poço das Pedras, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Hmmmmmmmmmm!!!!! Que coisa mais deliciosa! É algo realmente divino. Para quem gosta de camarão, vai ficar hipnotizado. Para quem não gosta, vai aprender a gostar! Uma carne tenra, suculenta e, preparado desse jeito, com um gosto de churrasco. Esse "aperitivo" foi mais do que um estímulo para que enfrentássemos essa caminhada extra que não tínhamos planejado.

Refrescando-se no delicioso Poço das Pedras, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Refrescando-se no delicioso Poço das Pedras, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Atravessamos o pequeno povoado da Ponta do Mangue e, mais uns 30 minutos, chegamos neste pequeno poço de água corrente que formava até uma pequena queda d'água. Um oásis no meio da areia, água bem refrescante. Foi nossa primeira experiência de caminhar no meio dos lençóis, um enorme campo de dunas a se perder de vista. É bem interessante caminhar entre dunas, a paisagem mudando aos poucos, passando vagarosamente pelos nossos olhos e, ao mesmo tempo, tudo parecendo mais ou menos igual: dunas, dunas e alguns charcos entre elas. Aos poucos, prestando bastante atenção, vamos aprendendo a nos orientar. Mas a presença do guia "ajuda" bastante, hehehe.

Na volta é mais fácil, seguindo nossos próprios rastros. E nossas pegadas nos levaram diretamente para o restaurante da Luzia, onde vários pratos de camarão e peixe nos aguardavam. Grelhado, acebolado, strogonoff... um banquete! A gente se deliciava com a comida e com a conversa com a sábia Luzia. Tão bom que prometemos retornar amanhã, quando formos para a Lagoa Verde.

Com a Luzia em seu restaurante, no Canto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Com a Luzia em seu restaurante, no Canto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Saímos de lá já com as últimas luzes do dia. Caminhando sobre as dunas, tomamos um belo banho de chuva, desses para lavar a alma. Eu e a Ana já estamos ficando acostumados com isso, heheheh. Depois, já no escuro, foi seguir os rastros das Toyotas através dos campos alagados.

Cerveja merecida com a Mel e o Edu,, depois da longa caminhada na região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Cerveja merecida com a Mel e o Edu,, depois da longa caminhada na região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Chegando em Atins, fomos fazendo pit-stops nos bares, uma cerveja ali, uma cachaça aqui. Num dos bares, encontrei outros turistas e, junto com eles, negociamos um bom preço com um dono de Toyota para seguirmos para a Lagoa Verde amanhã. Com programa garantido, muitas lembranças da caminhada e embalados pela cerveja, dormimos pesadamente, tranquilos e felizes! A única preocupação era não perder o horário do passeio de amanhã!

O Vovô do Violão mostra sua arte em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

O Vovô do Violão mostra sua arte em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Brasil, Maranhão, Atins, Praia, trilha, Dunas, Lençóis Maranhenses, Poço das Pedras, Camarão da Luzia, deserto

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Do San Martín à Ilha do Mel

Brasil, Paraná, Curitiba, Ilha do Mel, Argentina, Buenos Aires, Bariloche

A Ana, sempre feliz por chegar à Ilha do Mel, no litoral do Paraná

A Ana, sempre feliz por chegar à Ilha do Mel, no litoral do Paraná


No dia 4 de manhã, anteontem, acordamos cedinho lá no refúgio San Martín, ao lado do lago Jakob, no meio das montanhas andinas da região de Bariloche. Tínhamos caminhado mais de 20 km no dia anterior, mas uma boa noite de sono nos deixou prontos para outro dia cheio. Ainda mais quando saímos do quarto e demos de cara com a natureza exuberante que nos cercava, ar puríssimo e gelado da manhã nos deixando ainda mais despertos.

Atravessando bosque no caminho de volta do refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina

Atravessando bosque no caminho de volta do refúgio San Martín, região de Bariloche, na Argentina


Bebendo água do rio na volta do refúgio Jakob, região de Bariloche, na Argentina

Bebendo água do rio na volta do refúgio Jakob, região de Bariloche, na Argentina


Logo arrumamos e devoramos nosso café da manhã, deixando nossas mochilas mais leves. Ótima notícia, pois aqueles mesmos 18 km que percorremos ontem para chegar até aqui em 5 horas, hoje teríamos de enfrentar novamente, só que agora em muito menos tempo. Para nos ajudar, além de mochilas mais leves, estávamos indo para baixo! Além disso, já conhecíamos o caminho. A corrida era porque nossa amiga Rowan estava com voo marcado para o começo da tarde, lá no aeroporto de Bariloche. Então, sem mais delongas, pé na trilha!

Atravessando rio no retorno do refúgio Jakob, região de Bariloche, na Argentina

Atravessando rio no retorno do refúgio Jakob, região de Bariloche, na Argentina


Iniciamos o caminho, mas logo paramos na pedra sobre o lago de onde temos uma vista privilegiada do Jakob e do refúgio. Lindo! Com certeza saímos com o desejo de voltar. Na próxima vez, daqui seguiremos adiante, rumo ao próximo refúgio. É possível fazer um circuito por essas montanhas, três ou quatro dias sempre com paradas em refúgios ou campings. Mas, aparentemente, o mais bonito é mesmo esse aqui.. Bom, depois da despedida, pernas, para que te quero! Passamos rapidamente pela cachoeira onde ontem passamos mais de meia hora e descemos quase correndo a encosta íngreme que é a parte mais dura do caminho de vinda.

Tempo para rearrumar a mochila no retorno do refúgio Jakob, região de Bariloche, na Argentina

Tempo para rearrumar a mochila no retorno do refúgio Jakob, região de Bariloche, na Argentina


Depois, passamos pelo bosque onde almoçamos ontem e, sempre acelerados, chegamos mais perto do rio. Aí sim fizemos uma parada, a única da caminhada de hoje. Pausa para beber água e refrescar nossas faces e nucas na água gelada, além de encher nossas garrafas d’água. Mais uma maçã no estômago, menos peso na mochila, nossas últimas fotos e a próxima parada já foi na Fiona. Tempo total do percurso: 3 horas e 15 minutos!

Descanso ao lado do rio na trilha de volta do Refúgio San Martín, no lago Jakob, na região de Bariloche, na Argentina

Descanso ao lado do rio na trilha de volta do Refúgio San Martín, no lago Jakob, na região de Bariloche, na Argentina


Descanso e lanche ao lado do rio na trilha de volta do Refúgio San Martín, no lago Jakob, na região de Bariloche, na Argentina

Descanso e lanche ao lado do rio na trilha de volta do Refúgio San Martín, no lago Jakob, na região de Bariloche, na Argentina


Agora, já a bordo da nossa fiel companheira, seguimos para o centro da cidade. Antes de seguirmos para o aeroporto ainda deu tempo de passar no hostel que a Rowan tinha ficado dias atrás e tomar um banho pagando uma pequena taxa. O nosso voo era só de noite, mas fomos levá-la até lá com a ideia de voltar para a cidade depois. Mas eis que, ao chegar lá, conseguimos antecipar nosso voo e como já estávamos com a bagagem no carro, só tivemos que nos apressar para re-arrumar nossas malas. Muita coisa ficaria aqui e apenas um mínimo seguiria conosco. Em poucos dias estaremos de volta e, enquanto isso, a Fiona vai ficar no estacionamento do aeroporto com o resto da nossa bagagem. Foi uma correria danada, mas conseguimos embarcar para chegar em Buenos Aires muito antes do planejado.

Nossa rota aérea, voando no dia 4 de tarde entre Bariloche e Buenos Aires, e no dia 5, entre a capital argentina e Curitiba, no Paraná

Nossa rota aérea, voando no dia 4 de tarde entre Bariloche e Buenos Aires, e no dia 5, entre a capital argentina e Curitiba, no Paraná


Já tínhamos comprado essas passagens antes mesmo da nossa viagem à Antártida. Estamos voltando para o Brasil para irmos a um casamento na Ilha do Mel. Viagem bem rápida para logo retomarmos os 1000dias. Naquela época, pouco mais de um mês atrás, calculamos que estaríamos em Bariloche, então compramos a passagem daí para Curitiba, com pernoite em Buenos Aires. Na volta para a Argentina, não precisaremos dormir na metrópole portenha, seguindo no mesmo dia para Bariloche. Enfim, já deixamos também reservado uma noite num hostel da cidade e o transporte para o distante aeroporto de Ezeiza.

No aeroporto internacional de Buenos Aires, esperando a hora de embarque para Curitiba, rumo ao casamento dos padrinhos na Ilha do Mel

No aeroporto internacional de Buenos Aires, esperando a hora de embarque para Curitiba, rumo ao casamento dos padrinhos na Ilha do Mel


No aeroporto internacional de Buenos Aires, esperando a hora de embarque para Curitiba, rumo ao casamento dos padrinhos na Ilha do Mel

No aeroporto internacional de Buenos Aires, esperando a hora de embarque para Curitiba, rumo ao casamento dos padrinhos na Ilha do Mel


Chegamos à Buenos Aires perto das 6 da tarde e ainda reencontramos por uma última vez a Rowan. Depois de tantas despedidas, parece que essa foi a última. Vai deixar saudades, essa energética escocesa! Daí, um táxi para o albergue. O Aeroparque, aeroporto regional de Buenos Aires, está do lado do centro, super mão na roda. Em poucos minutos estávamos instalados novamente num quarto com dois beliches, mas ocupado apenas por nós.

Já encontramos vários outros convidados do casamento na barca para a Ilha do Mel, no litoral do Paraná

Já encontramos vários outros convidados do casamento na barca para a Ilha do Mel, no litoral do Paraná


A família da Laura (a noiva!) veio no mesmo barco que a gente para a Ilha do Mel, no litoral do Paraná

A família da Laura (a noiva!) veio no mesmo barco que a gente para a Ilha do Mel, no litoral do Paraná


Dia 5, ontem, despertamos cedo, tomamos nosso café e seguimos de metrô até o hotel de onde sairia o transporte para Ezeiza. Por coincidência, quase ao lado do hotel em que ficamos na véspera da saída à Antártida. Deu uma saudade! Bom, deixamos a saudade para trás e fomos para o aeroporto de onde embarcamos para Curitiba. Voo tranquilo, pelo menos até os minutos finais, onde tivemos de enfrentar muito vento e fortes chuvas. O avião tremia muito, justo no momento de aproximação do aeroporto. Deu aquele frio na barriga. Bem que a estatística diz de 80% dos acidentes ocorrem a 15 minutos de casa. A gente que foi até o Alaska e Patagônia, só faltava se estatelar justo em Curitiba! Mas não foi dessa vez... ufa!!!

A Ana e sua mãe na barca para a Ilha do Mel, no litoral do Paraná

A Ana e sua mãe na barca para a Ilha do Mel, no litoral do Paraná


Do aeroporto para o centro da cidade no eficiente transporte público. O problema foi daí para casa, pois todos os táxis tinham sumido. Aparentemente, a tal chuva que tinha nos assustado lá encima foi ainda mais forte aqui embaixo. Todos os táxis foram se esconder em casa enquanto árvores caídas interrompiam ruas. Só nos restou caminhar, carregando nossa bagagem. Com dois terços do caminho para trás, apareceu finalmente um táxi! Enfim, lar, doce lar! Mais tarde chegava o pai da Ana e juntos fomos jantar. É sempre bom voltarmos a nossa cidade!

Chegando na nossa querida Ilha do Mel, no litoral do Paraná

Chegando na nossa querida Ilha do Mel, no litoral do Paraná


Chegando à Ilha do Mel, no litoral do Paraná

Chegando à Ilha do Mel, no litoral do Paraná


Hoje de manhã a Ana foi o cabelereiro, já nos preparativos para o casamento. E eu fui ao banco comprar o máximo de dólares possível. Não para o casamento, mas para nossa volta à Argentina. A economia do país de Cristina Kirchner vai de mal a pior, cheia de imperfeições e regulações esdrúxulas. Uma das consequências é que o dólar no câmbio negro, que lá eles chamam de “blue”, aquele que compramos ou vendemos nas ruas, tem uma taxa muito melhor que o câmbio oficial, que é a taxa que obtemos quando pagamos coisas no cartão ou sacamos do caixa automático. Resumindo, é mil vezes melhor viajar com dólares no bolso e trocar por lá do que usar o cartão. Os preços simplesmente caem pela metade! E como ainda vamos passar um bom tempo por lá, o negócio é levar dólares em cash. Um dos dois únicos países nesses 1000dias onde ocorre essa situação. O outro é a Venezuela. Qualquer semelhança certamente não é mera coincidência!

O Rafa (o noivo!) veio buscar a avó da Laura de limusine, na chegada à Ilha do Mel, no litoral do Paraná

O Rafa (o noivo!) veio buscar a avó da Laura de limusine, na chegada à Ilha do Mel, no litoral do Paraná


A vó da Laura (a noiva) já instalada em sua limusine na Ilha do Mel, no litoral do Paraná

A vó da Laura (a noiva) já instalada em sua limusine na Ilha do Mel, no litoral do Paraná


Enfim, a Ana de visual novo e eu com dólares no bolso, estava na hora de seguirmos para a nossa amada Ilha do Mel. Fomos com a Patrícia, mãe da Ana, que é médica da Laura (a noiva!) e também foi convidada para o casamento. Quando chegamos ao píer em Pontal do Sul, onde se pega o barco para a Ilha do Mel, tivemos aquela sensação maravilhosa de estar voltando para um dos nossos locais prediletos no planeta. Afinal, foi aí que ficamos pela primeira vez, foi o local que escolhemos para nos casar e foi onde começamos os nossos 1000dias. Difícil imaginar algum lugar mais importante na nossa história. E impossível não nos emocionar a cada vez que retornamos!

Nossa charmosa casinha na Ilha do Mel, no litoral do Paraná (a casa foi emprestada por uma amiga da Patricia, mãe da Ana)

Nossa charmosa casinha na Ilha do Mel, no litoral do Paraná (a casa foi emprestada por uma amiga da Patricia, mãe da Ana)


No barco já encontramos diversos convidados para o casamento de amanhã. Entre eles a avó da Laura, uma fofa, e também o irmão dela, o Beto, com a namorada. Assim, já vamos sentindo o clima da cerimônia da qual seremos padrinhos amanhã. Na chegada à Ilha, lá estava o noivo, o Rafael, trazendo a “limusine” para buscar a vó da Laura. Na Ilha não há carros nem qualquer veículo motorizado, apenas bicicletas e carrinhos de mão. Esses últimos são mais usados para transportar carga pelas trilhas da ilha. Mas tem um carrinho de mão especial, até com poltrona e amortecedor, perfeito para levar pessoas. O mesmo que eu levava a Ana numa vez que ela machucou o pé e não podia mais andar. Nele o Rafa colocou a vó da Laura, a tal limusine, e se mandou correndo para a pousada. E nós seguimos para uma casinha bem simpática que uma amiga da Patrícia emprestou para ela. Para nos sentirmos ainda mais em casa nessa ilha que é a nossa casa. Só para ficar ainda um pouco mais emotivo: amanhã, o casamento será exatamente no mesmo lugar e no mesmo horário que casamos eu e a Ana, 5 anos e 7 meses atrás. Como diria o chato do Galvão: “Haaaaaja coração!”.

Sentados no mesmo banco do primeiro beijo, 7 anos, 5 meses e 2 semanas antes, na sempre amada Ilha do Mel, no litoral do Paraná

Sentados no mesmo banco do primeiro beijo, 7 anos, 5 meses e 2 semanas antes, na sempre amada Ilha do Mel, no litoral do Paraná

Brasil, Paraná, Curitiba, Ilha do Mel, Argentina, Buenos Aires, Bariloche, trilha, Parque, Patagônia

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A Pequena San Martín

Argentina, San Martín de Los Andes

Chegando à charmosa San Martín de Los Andes, na Argentina

Chegando à charmosa San Martín de Los Andes, na Argentina


Quem conheceu a Bariloche de três ou quatro décadas atrás costuma dizer que parecia a San Martín de Los Andes de hoje. Ambas estão defronte a um grande lago e cercadas de montanhas que se cobrem de branco no inverno. Ambas com vocação para o turismo, uma ainda ostenta a calma e a tranquilidade que a outra já perdeu. Foi nessa San Martín, a Bariloche de outrora, que chegamos ontem no final da tarde.

Torre do relógio em San Martín de Los Andes, na Argentina

Torre do relógio em San Martín de Los Andes, na Argentina


Luz de fim de tarde filtrada por árvores floridas em San Martín de Los Andes, na Argentina

Luz de fim de tarde filtrada por árvores floridas em San Martín de Los Andes, na Argentina


Delicioso jantar com vinho em San Martín de Los Andes, na Argentina

Delicioso jantar com vinho em San Martín de Los Andes, na Argentina


San Martín tem ruas largas e arborizadas e ainda não cresceu o suficiente para se estender sobre as montanhas que a cercam, como ocorreu com Bariloche. Pode ser percorrida tranquilamente a pé, desde a sua bela orla no lago Lacar até a praça central, também chamada de Centro Cívico, como em Bariloche. Mas aqui, ao contrário da grande cidade, o turismo ferve no verão. Há também os esportes de inverno, com uma importante estação de esqui aqui perto, mas é a praia do lago, assim como os passeios de barco e pescaria que atraem mais as multidões de turistas, quase todos nacionais.

Fotografando estátua do General San Martín, em  em San Martín de Los Andes, na Argentina

Fotografando estátua do General San Martín, em em San Martín de Los Andes, na Argentina


Estátua do libertador San Martín, na praça central de San Martín de Los Andes, na Argentina

Estátua do libertador San Martín, na praça central de San Martín de Los Andes, na Argentina


O ápice da temporada se dá no verão, em janeiro, e hoje a cidade ainda estava bem tranquila. Nós chegamos no final da tarde de ontem e logo encontramos uma pousada para ficar. Eu resolvi descansar um pouco por ali, surfar na internet, enquanto as meninas, sempre com muito mais pique, aproveitaram ainda a luz do dia para um happy-hour no passeio em frente à praia. Sem muito movimento, mas agradável o suficiente para uma cerveja gelada com vista para o lago.

Muito sol na praia de San Martín de Los Andes, na Argentina

Muito sol na praia de San Martín de Los Andes, na Argentina


Pessoas caminham no promenade da orla de San Martín de Los Andes, na Argentina

Pessoas caminham no promenade da orla de San Martín de Los Andes, na Argentina


De noite saímos todos para jantar em uma churrascaria, indicação de um funcionário da nossa pousada. Ótima ideia, carne de primeira acompanhada de tango ao vivo, música e dança. Some-se a isso um bom vinho e não poderíamos nos sentir mais na Argentina.

Admirando a praia e o lago Lacar, em San Martín de Los Andes, na Argentina

Admirando a praia e o lago Lacar, em San Martín de Los Andes, na Argentina


O pier de San Martín de Los Andes, na Argentina

O pier de San Martín de Los Andes, na Argentina


Hoje de manhã o primeiro compromisso foi ir ao centro de informações sobre montanhas. Um pouco ao norte daqui está o vulcão Lanin, talvez a mais popular montanha entre os montanhistas argentinos. É ele que dá nome ao enorme Parque Nacional do qual conhecemos uma pequena parte ontem e continuaremos a ver hoje. Mas é uma trilha demorada e trabalhosa, fora do nossa rota. Estamos indo para o sul e eles também nos deram boas dicas de lá. A ideia é subirmos hoje o Cerro Falkner, com 2.200 metros de altitude, e dormirmos acampados em praia do lago abaixo, que tem o mesmo nome da montanha.

Selfie em San Martín de Los Andes, na Argentina

Selfie em San Martín de Los Andes, na Argentina


Com a Rowan em San Martín de Los Andes, na Argentina

Com a Rowan em San Martín de Los Andes, na Argentina


Conseguidas as informações, fomos passear mais uma vez (na verdade, era a minha primeira vez!) na orla do Lacar. O dia estava ensolarado e algumas pessoas tomavam sol na praia, mas poucos se arriscavam a entrar nas águas geladas do lago. O píer estava bem movimentado, alguns veleiros e barcos de passeio ancorados. No passeio da orla, alguns cafés com mesas na calçada e a tentação de ficarmos ali, de bobeira, deixando a vida passar.

Com a Rowan em San Martín de Los Andes, na Argentina

Com a Rowan em San Martín de Los Andes, na Argentina


O lago Lacar e os Andes ao fundo, em San Martín de Los Andes, na Argentina

O lago Lacar e os Andes ao fundo, em San Martín de Los Andes, na Argentina


Mas reunimos forças e partimos para mais um dia de explorações. Ainda paramos algumas vezes ao longo do Lacar para tirar umas fotos e admirar a paisagem grandiosa, as montanhas nevadas dos Andes no fundo e as águas azuis do lago ainda mais azuis num dia lindo como hoje. Nossa rota agora era a famosa “Ruta de Los Siete Lagos” e o Lacar era apenas o primeiro deles. Mas não veríamos todos eles hoje, pois só iremos até o Falkner, o terceiro ou quarto da lista.

Admirando a beleza no entorno de San Martín de Los Andes, na Argentina

Admirando a beleza no entorno de San Martín de Los Andes, na Argentina

Argentina, San Martín de Los Andes, Lago, Patagônia

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Um Dia em Jampa

Brasil, Paraíba, João Pessoa

Água de coco depois do cooper, na praia de Cabo Branco, em João Pessoa - PB

Água de coco depois do cooper, na praia de Cabo Branco, em João Pessoa - PB


João Pessoa é a terceira mais antiga capital do Brasil, tendo "nascido" em finais do séc XVI. Mas o seu nome é bem mais recente, homenagem a um famoso político local, presidente (governador) do estado, assassinado em 1930. Embora essa morte tenha sido muito bem usada politicamente pelo grupo de Vargas para se iniciar a revolução de 30, afinal João Pessoa era o candidato à vice em sua chapa, o asassinato do político paraibano estava muito mais ligado à questões de honra do que propriamente políticas. Essa história está muito bem retratada no famoso filme de Tisuka Yamasaki, "Paraíba Mulher Macho", do início da década de 80. João Pessoa era retratado por Walmor Chagas, sempre com seus eternos cabelos brancos.

Praia de Manaíra, em João Pessoa - PB

Praia de Manaíra, em João Pessoa - PB


João Pessoa havia mandado a polícia invadir escritórios de vários adversários políticos, teoricamente a procura de armas que seriam usadas num golpe de estado. No escritório de um advogado, ao invés de armas a polícia encontrou a correspondência íntima e amorosa do advogado e sua "namorada", uma poetisa famosa da época, que com suas idéias de "vanguarda" (até o voto feminino, ela defendia!), já escandalizava a conservadora sociedade paraibana. João Pessoa mandou publicar essas cartas na imprensa, o que deixou os amantes meio "expostos" em suas intimidades. Pouco depois, o advogado acertou suas contas com João Pessoa em uma confeitaria em Recife: dois tiros à queima roupa. A trágica história não acaba aí, claro. Ele foi preso e, poucos meses depois, assassinado junto com um parente seu, que nada tinha a ver com a história, na prisão. A polícia alegou que fora suicídio. Quem se suicidou de verdade, alguns dias depois, foi a poetisa, que havia se mudado para Recife para poder estar sempre visitando o seu amor. E toda essa trágica história acabou por ajudar bastante a levar Vargas para o poder. Mas o destino também acabaria por levar esse. Suicídio também. Shakespeare deveria ter nascido na Paraíba...

Belo visual da piscina de nosso hotel em João Pessoa - PB

Belo visual da piscina de nosso hotel em João Pessoa - PB


Pois bem, no calor do assassinato, a cidade de Parahyba mudou seu nome para João Pessoa. Ela já tinha uma longa tradição de homenagear pessoas com seus nomes. Chamou-se Felipeia, em homenagem ao rei espanhol (pois é, pouca gente se lembra, mas o Brasil já foi espanhol, na época que Portugal e Espanha eram um só reino) e chamou-se Frederikstadt, em homenagem ao manda-chuva holandês, na época de domínio deste país. Hoje, há movimentos na capital para se mudar novamente o seu nome, por meio de plebiscito. Não faltam nomes candidatos...

O famoso hotel Tropical Tambaú, em João Pessoa - PB

O famoso hotel Tropical Tambaú, em João Pessoa - PB


Apesar se hoje a cidade estar voltada para o mar, isso é fato recente. Ela nasceu na beira do rio, subiu o morro e lá ficou, quase a 8 km das praias. Ainda na década de 70, terrenos nas praias de Cabo Branco e Tambaú eram uma pechincha. Morar na praia era "pobre". Para os visionários da época que resolveram fazer um pequeno investimento, o futuro (hoje) lhes sorriu. De qualquer maneira, toda a parte histórica da cidade encontra-se no centro, bem distante da orla.

A belíssima Igreja de São Francisco, em João Pessoa - PB

A belíssima Igreja de São Francisco, em João Pessoa - PB


Foram "essas João Pessoas" que eu e a Ana conhecemos hoje. Primeiro, a da orla. Sol de rachar, caminhamos e corremos por Manaíra, Tambaú e Cabo Branco, três das principais praias da cidade, onde estão a maioria dos hotéis, inclusive o nosso, que fica bem em frente ao mais tradicional hotel da cidade, o Tropical Tambaú, que esse ano faz 40 anos de idade! Apesar disso, sua arquitetura continua impressionando, uma espécie de disco voador gigante, camuflado por grama, pousado bem na ponta de Tambaú. Ainda na orla, observamos atentos o local do show da noite, de Margareth Menezes.

Igreja São José, em João Pessoa - PB

Igreja São José, em João Pessoa - PB


De tarde fomos ao centro dar uma olhada na "lagoa" e nos prédios históricos. O mais belo deles é a Igreja de São Francisco, parte integrante do Convento de Santo Antônio. Um show de arquitetura barroca, patrimônio cultural brasileiro. A Igreja, hoje, é muito concorrida para casamentos mais chiques, enquanto boa parte do convento foi transformada em espaço cultural.

Um raro Cristo barroco com os pés separados, na Igreja São Francisco, em João Pessoa - PB

Um raro Cristo barroco com os pés separados, na Igreja São Francisco, em João Pessoa - PB


Por falar em cultura, de noite fomos ao movimentado show. Praia cheia e animada. O show faz parte de uma rica programação para o mês de Janeiro. Amanhã, por exemplo, lá estará Gabriel, o Pensador. Mas nós ficamos mesmo interessados é no show de fechamento, em fins de Janeiro: Mano Chao. Infelizmente, estaremos longe. Quem estava bem por perto era o secretário de cultura da cidade, que até deu uma canja no show de sua amiga. É o também cantor Chico Cezar. Foi jóia vê-los cantar, juntos, "Mama África".

Show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB

Show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB


No show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB

No show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB


Enfim, foi um dia cheio em Felipéia, Parahyba ou João Pessoa. Ou John People, como nós gostamos de falar (tem até um bar com esse nome!). Ou, melhor ainda, em "Jampa", que é o apelido usado por seus prórpios moradores. Se temos "Sampa" no sudeste, temos "Jampa" no nordeste.

Chapéu típico de festas maranhenses exposto em galeria do convento São Francisco, em João Pessoa - PB

Chapéu típico de festas maranhenses exposto em galeria do convento São Francisco, em João Pessoa - PB

Brasil, Paraíba, João Pessoa,

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Planos Praianos e o carnaval de Laguna

Brasil, Santa Catarina, Laguna

Carnaval de rua em Laguna, no sul de Santa Catarina

Carnaval de rua em Laguna, no sul de Santa Catarina


Dia 6 pela manhã. Aproveitamos a manhã ensolarada ainda no Farol de Santa Marta para tirar mais umas fotos e partimos para a estrada. É o início da nossa jornada pelo litoral de Santa Catarina, de sul ao norte, das praias do Farol às praias de São Chico, já quase na fronteira com o Paraná. Serão mais de suas semanas explorando e curtindo um dos mais belos trechos da costa brasileira e que tanto atrai turistas, nacionais e internacionais. Ainda estamos no verão, mas com o fim do carnaval e recomeço das aulas, acho que é a melhor época possível para se viajar por aqui. Um pouco de sorte e planejamento nos colocou na hora certa, no lugar certo, hehehe!



Temos muitas paradas planejadas ao longo da rota. A começar por Laguna, a poucos quilômetros daqui, cidade famosa por sua história, arquitetura e carnaval. A partir daí, são as belas praias que serão nossa prioridade. Praia do Rosa em Imbituba e Ferrugem em Garopaba. Apesar de estarem em municípios distintos, são praticamente vizinhas e podemos caminhar de uma à outra. Foram ícones da minha geração, a maior concentração de mulheres bonitas por metro quadrado durante a década de 90. Em seguida, Guarda do Embaú, famosa por suas ondas e também pela beleza do encontro do rio com o mar.



Depois da Guarda, a capital do estado, Florianópolis, também conhecida como a “Ilha da Magia”. Quem somos nós para duvidar? Será a última capital, a última que resta no país onde ainda não passamos nesses 1000dias. Seguindo para o norte, a maravilhosa península de Porto Belo, Bombas e Bombinhas. Alguns quilômetros adiante e o movimentado Balneário de Camboriú. Finalmente, as águas tranquilas de São Francisco do Sul, carinhosamente conhecida como São Chico. Praias para ninguém botar defeito!

Um belo fim de tarde enquanto aguardamos a balsa enttre o Farol de Santa Marta e Laguna, no sul de Santa Catarina

Um belo fim de tarde enquanto aguardamos a balsa enttre o Farol de Santa Marta e Laguna, no sul de Santa Catarina


Pois é, um bom final de viagem se avizinha. E toda grande jornada começa com um primeiro passo. Para nós, esse primeiro passo é ir para Laguna, aqui bem pertinho. Tão perto que, na verdade, já havíamos ido até lá algumas noites atrás. Fomos conhecer um dos grandes atrativos da cidade: o carnaval. Na verdade, o carnaval de rua da cidade é, muito provavelmente, o melhor e mais animado de todo o estado. Já era assim quando estive aqui vinte anos atrás, mas aumentou ainda mais nesses últimos tempos.

Admirando o fim de tarde durante a travessia de balsa entre o Farol de Santa Marta e Laguna, no sul Santa Catarina, a caminho das festas de carnaval

Admirando o fim de tarde durante a travessia de balsa entre o Farol de Santa Marta e Laguna, no sul Santa Catarina, a caminho das festas de carnaval


Para quem está no Farol de Santa Marta, as atrações já começam pelo próprio caminho. Ainda mais se for feito ao entardecer, como foi nosso caso. Nem achamos chato ficar esperando a balsa, pois o céu avermelhado e as luzes refletidas na lagoa formaram um espetáculo que nos impediu perceber o tempo passar.

Admirando o fim de tarde durante a travessia de balsa entre o Farol de Santa Marta e Laguna, no sul Santa Catarina, a caminho das festas de carnaval

Admirando o fim de tarde durante a travessia de balsa entre o Farol de Santa Marta e Laguna, no sul Santa Catarina, a caminho das festas de carnaval


Depois, já na cidade, fomos diretamente para a beira do mar. Na verdade, o centro da cidade está voltado para a lagoa. Laguna se espreme entre o Oceano Atlântico e a lagoa do Imaruí. É próximo da orla lacustre que a cidade respira história com seu casario colonial e museus. Mas deixamos para conhecer essa parte da cidade com a ajuda da luz do sol. De noite, o que fazia mesmo sentido era seguir para a festa, principal atrativo de turistas nos dias de hoje.

Em Laguna, preparando-se para um dos mais agitados carnavais de Santa Catarina

Em Laguna, preparando-se para um dos mais agitados carnavais de Santa Catarina


A festa estava movimentada sim, mas o melhor dos desfiles e agitação havia sido na noite anterior. Mesmo assim, com a ajuda de alguns “capetas”, nos divertimos bastante. Gente bonita e gente feia, jovens e velhos, homens e mulheres, ricos e pobres, loiros e negros, todo mundo se divertindo democraticamente, como preza todo bom carnaval. Poderíamos estar no nordeste, em São Paulo, no Rio em Minas. Carnavais de rua se parecem. No caso, estávamos em Laguna. Nosso primeiro carnaval de verdade desde que iniciamos os 1000dias. Para nos sentirmos cada vez mais no Brasil, cada vez mais perto de casa. Voltamos de madrugada para o Farol saciados, mas com vontade de ver a histórica Laguna de dia. Era só questão de esperar mais alguns dias. Esse dia chegou...

Carnaval de rua em Laguna, no sul de Santa Catarina

Carnaval de rua em Laguna, no sul de Santa Catarina

Brasil, Santa Catarina, Laguna,

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Entre Praias, Macacos e Preguiças

Costa Rica, Manuel Antonio

Macacos descansam um pouco no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Macacos descansam um pouco no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Logo pela manhã, já estávamos prontos para o dia de caminhada no parque Manuel Antonio, a pouco mais de um quilômetro do nosso hotel. Mas antes disso, ainda fomos dar mais uma olhada na praia em frente. Ontem, quando chegamos, já era fim de tarde e a praia estava movimentada, todos querendo aproveitar o fantástico entardecer. Hoje a praia ainda estava bem vazia, praiona cercada de muito verde, evidência que estamos em um país tropical. Aliás, isso iria ficar ainda mais claro durante nossas explorações do parque.

Bem cedo, em praia de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Bem cedo, em praia de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


No caminho até o parque, vários guias com seus tripés à tiracolo. Junto com os tripés, uma luneta, ferramenta fundamental para quem quer observar a variada fauna de Manuel Antonio, geralmente posicionada lá no alto das árvores, longe do alcance dos nossos destreinados olhos. Quer dizer, os nossos podem ser, mas os dos guias, não! Conseguem ver de longe, mesmo que escondidos na densa folhagem das árvores, os pássaros, mamíferos e répteis que atraem tanta gente para esse parque. Assim que localizam algum animal, calmamente montam seus tripés e lunetas e convidam seus turistas a observar o macaco, a preguiça ou o pássaro colorido que encontraram.

Muitos pássaros no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Muitos pássaros no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Nós, dispostos a caminhar em nosso próprio ritmo e fazendo nosso próprio caminho, entramos sem guia. Não tínhamos a luneta, mas contávamos com a objetiva da nossa Nikon. E para localizar os animais, bastava olhar para onde os guias de outros grupos estivessem olhando. Um plano bom e barato, nos pareceu!

Mapa de trilhas do pequeno Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Mapa de trilhas do pequeno Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Caminhando no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Caminhando no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


E assim foi. Seguimos diretamente para o ponto mais alto do parque, um mirante para se observar a costa entrecortada e algumas das mais belas praias do país. Para chegar até lá, caminho no meio da mata, morro acima, oportunidade para se observar a fauna. Bom, a gente ouviu muito barulho suspeito no alto das árvores, pássaros e macacos, mas não vimos nada. Pelo menos até aqui, os olhos treinados dos guias fizeram falta...

Percorrendo trilha costeira no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Percorrendo trilha costeira no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


O belo litoral do Parque Nacional de Manuel Antonio, na costa do Oceano Pacífico, na Costa Rica

O belo litoral do Parque Nacional de Manuel Antonio, na costa do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Pelo menos lá do alto, para admirar a paisagem, nossos olhos eram treinados o suficiente! Ficamos com ainda mais vontade de chegar naquelas praias. E para chegar até lá, muita mata e mais oportunidades de encontrar a fauna que tanto “gritava”, mas teimava em se esconder...

Macacos caçam carrapatos no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Macacos caçam carrapatos no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Macacos descansam um pouco no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Macacos descansam um pouco no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Pois é, dessa vez foi diferente! Cruzamos logo com um bando de macacos em uma árvore mais baixa e foi fácil localizá-los e tirar muitas fotos. Ficaram ali, ora posando, ora caçando carrapatos uns nos outros. Gestos incrivelmente humanos, desde o olhar até o movimento dos dedos. Observando esses bichos de perto, em seu próprio habitat, é difícil entender como a humanidade demorou tanto tempo em perceber que temos um antepassado comum. Olhando esses macacos, eu diria que esse antepassado não está tão longe assim...

Uma das pequenas praias do Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Uma das pequenas praias do Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


A belíssima praia que dá nome ao Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

A belíssima praia que dá nome ao Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Depois do encontro com os macacos, com os quais haveríamos de cruzar muitas outras vezes ainda no dia de hoje, às praias! Fomos primeiro às “gemelas” (gêmeas), duas praias bem pequenas escondidas no meio da vegetação. Sensação total de estarmos no litoral norte de Sâo Paulo, em algum lugar perdido entre Ubatuba e Parati. Vegetação semelhante, areia parecida, mar idêntico! Muito legal! Dali mesmo, observamos a praia mais famosa do parque. Aliás, aquela que dá nome ao parque: Manuel Antonio! Mais longa, areia bem clara, um espetáculo! Corremos para lá antes que chegassem muitos turistas e aí nos refestelamos por mais de uma hora. A água estava uma delícia, a mesma temperatura de Ubatuba novamente.

A belíssima praia que dá nome ao Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

A belíssima praia que dá nome ao Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Dia de muito sol no belo Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Dia de muito sol no belo Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Felizmente, o governo da Costa Rica teve o bom senso de criar esse parque no início da década de 70. Senão, com certeza essa praia maravilhosa estaria nas mãos de algum condomínio ou megaresort. Mas não, protegida pelo parque, a praia continua virgem como sempre. Nadando em suas águas e olhando para a costa, nenhum sinal da civilização. Apenas árvores, as areias brancas e os poucos turistas que haviam ali chegado. Uma trilha percorre toda a praia, mas está muito bem escondida pelas árvores. A sensação é mesmo de total natureza!

Parece Ubatuba, mas é o Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Parece Ubatuba, mas é o Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Falando nela, ainda tínhamos explorações a fazer. Na ponta de Manuel Antonio há uma península que já foi ilha, agora unida ao continente por uma língua de terra. Uma trilha dá a volta nessa península e oferece vários pontos de observação, da mata e da costa. Foi indo para lá que localizamos (nossos olhos foram ficando treinados!) um bicho-preguiça em um galhos não tão alto. Na verdade, a mais próxima que já tínhamos visto aqui na Costa Rica. Ela estava ali, naquela sua pressa característica, alimentando-se de folhas e pendurada com suas fortes garras dando-lhe segurança.

Típica pose de bicho-preguiça no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Típica pose de bicho-preguiça no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Encontro com uma preguiçosa bicho-preguiça mascarada no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Encontro com uma preguiçosa bicho-preguiça mascarada no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Depois de muitas fotos, fomos dar a volta na tal península e, quando voltamos, fomos procurar nossa “amiga” novamente. Ela estava ainda mais baixa, oportunidade incrível de observação, mesmo para aqueles sem poderosas lunetas. A calma que esse bicho inspira é incrível! Parece que o relógio para de andar. Stress para quê? Aliás, fiquei imaginando se os ativos macacos, de vez enquanto, não tentam encher o saco de uma preguiça... Como será esse encontro? As duas espécies vivem nas árvores desse parque tão pequeno, hão de se encontrar várias vezes! Enquanto uma preguiça se move um metro, o macaco já foi lá do outro lado do parque e já voltou. É, deve ser engraçado ver os dois juntos. Não tivemos essa sorte, pelo menos, não na mesma árvore...

Chegamos pertinho de um bicho-preguiça no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Chegamos pertinho de um bicho-preguiça no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Observando de perto um bicho-preguiça no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Observando de perto um bicho-preguiça no Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Bom, depois de quase termos contatos imediatos do3o grau com a preguiça, seguimos para a saída do parque. O último obstáculo era passar por um rio frequentado por jacarés, mas não tivemos a sorte (ou azar) de ver nenhum. Do lado de lá do rio, já estávamos naquela nossa praia velha conhecida, a mesma do entardecer de ontem e da manhã de hoje. Depois de tantas horas de explorações e muito calor, fomos matar a sede com “pipas”. É assim que os costarriquenhos chamam água de coco e, mesmo com esse nome diferente, o gosto é o mesmo. Revitalizante!

O último obstáculo da trilha que atravessa o Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

O último obstáculo da trilha que atravessa o Parque Nacional de Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Depois da trilha, uma água de coco para refrescar, em Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica

Depois da trilha, uma água de coco para refrescar, em Manuel Antonio, no litoral do Oceano Pacífico, na Costa Rica


Para mim, Manuel Antonio foi uma bela surpresa. Achei que iria gostar, mas as expectativas não eram tão grandes assim. Cada vez mais, o lema turístico do país faz sentido: Pura Vida! Que o digam os macacos e preguiças. A sensação de ter estado em Ubatuba, litoral que tanto gosto, também foi muito legal. E ainda tem mais pela frente. Afinal, daqui seguimos, ainda hoje, para a Península de Osa, nosso principal objetivo nessa segunda passagem pelo país. Para lá, as expectativas são grandes. Vamos ver como vai ser o resultado...

Chegando à misteriosa Península de Osa, no sul da Costa Rica

Chegando à misteriosa Península de Osa, no sul da Costa Rica

Costa Rica, Manuel Antonio, Praia, trilha, Parque, Bichos

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Forbidden Plateau

Canadá, Campbell River, Tofino

Trilha cheia de maravilhosos lagos no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Trilha cheia de maravilhosos lagos no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


“Forbidden Plateau”! Aí está um belo nome, que parece saído de um filme do Indiana Jones ou do Conan, o Bárbaro. Mas é um lugar de verdade, a parte alta, ou platô, do Strathcona Provincial Park, no coração de Vancouver Island. Ontem nós já tínhamos ido na parte baixa do parque e hoje foi a vez de conhecer essa outra parte, com um nome tão pomposo.


Nosso circuito em Vancouver Island até agora, incluindo os dois passeios no Strathcona Park

Saímos de mala e cuia do nosso hotel em Campbell River, rumo à entrada do parque que nos levaria ao Forbidden Plateau. Nossa ideia era passar o dia por lá e, já no fim de tarde, seguir viagem para o sul, seguindo tão longe quanto pudéssemos, no caminho para Tofino, onde ficaremos por alguns dias. Tofino é o principal pico de surfistas no Canadá. Além de praias e ondas, também é famosa pela suas matas com árvores centenárias, além de estreitos canais, baías e fiordes perfeitos para a prática de caiaque.

O mapa das trilhas no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

O mapa das trilhas no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


Cada lago é um novo cartão postal, no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Cada lago é um novo cartão postal, no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


Mas antes de chegar lá, ainda tínhamos um local proibido para explorar. O Forbidden Plateau é o local mais alto da ilha, onde estão diversas montanhas ideais para a prática de esqui. O mais importante resort para prática desse esporte está lá, no Mount Washington. Mas nessa época do ano a neve ainda não chegou e é a caminhada que passa a ser a principal atividade da área. Sem neve e com diversos lagos alpinos, o Forbidden Plateau, todo entrecruzado de trilhas, é o paraíso dos trekkers.

Pássaros nos acompanham no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Pássaros nos acompanham no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


Numa segunda-feira normal de outubro, o tempo seria chuvoso e não haveria alma-viva no parque. Só que hoje era feriado, o dia de Thanksgiving aqui no Canadá. Além disso, o tempo estava radiante, um dos mais belos dias dos últimos meses. Assim, quando chegamos lá encima, no estacionamento em frente à entrada principal do Forbidden Plateau, eram mais de cem carros. Todo mundo querendo aproveitar essa colher de chá de São Pedro. Nós fomos diretamente ao centro de visitantes, que só estava aberto por causa do sol e do feriado. A simpática park ranger nos mostrou um mapa, nos apontou as trilhas e disse que éramos abençoados de termos pego aquele dia lá encima.

No fundo, o Mt Washington e suas pistas de esqui (ainda sem neve!), visto do Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

No fundo, o Mt Washington e suas pistas de esqui (ainda sem neve!), visto do Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


Cada lago é um novo cartão postal, no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Cada lago é um novo cartão postal, no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


São realmente dezenas e dezenas de quilômetros de trilhas ou rotas pelo parque. Aquelas mais perto do estacionamento estavam cheias. Impressionante a quantidade de idosos aproveitando o ar puro da montanha. Todos numa forma danada! Um estímulo para que cheguemos lá com essa força toda, hehehe! Além da terceira idade, quem estava lá em grande número eram os cachorros. Outra coisa que nos deixou muito bem impressionados: não vimos um mísero cocô de cachorro nas trilhas. Tudo devidamente “cuidado” pelos seus respectivos donos. É o que eu chamo de senso de responsabilidade primeiromundística!

Um verdadeiro jardim ao longo das trilhas do Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Um verdadeiro jardim ao longo das trilhas do Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


Nós planejamos fazer o maior caminho possível nas cinco horas que tínhamos com luz do dia. Um looping passando por diversos lagos e florestas. Uma paisagem absolutamente maravilhosa, principalmente nessa época do ano, com as cores de Outono adornando as árvores, a relva, as campinas e todo o parque. Em alguns lugares, nem parecia de verdade!

Cada lago é um novo cartão postal, no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Cada lago é um novo cartão postal, no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


Aqui, tenho de, mais uma vez, prestar minhas homenagens aos lagos canadenses. Quando penso que já vi de tudo, basta chegar ao Forbidden Plateau para aprender que não, que há ainda muita beleza para ser descoberta e admirada! Não sei se era o céu azul, se eram as cores vermelhas da relva, o verde da mata, o esmeralda das águas, mas realmente, os lagos daqui estavam especiais. E falar isso depois de ver tantos outros lagos maravilhosos nesse país, é porque verdadeiramente estavam!

Cores de Outono no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Cores de Outono no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


Trilha cheia de maravilhosos lagos no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Trilha cheia de maravilhosos lagos no Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


Quase vinte quilômetros se foram, primeiro disputando espaço com outros felizardos, depois completamente a sós com a minha amada esposa, algumas dezenas de fotografias e muitos e muitos momentos de contemplação e estupefação. Ficamos com uma vontade danada de ter trazido nossa barraca para ter dormido ao lado de um desses lagos maravilhosos, nos locais preparados para camping, mas não viemos preparados. E olha que aqui nem urso tem! Quando muito, uma marmota ou um esquilo. Nada potencialmente antropófago. Pois é, mas um programa que ficará para a próxima vinda ao Canadá. Difícil vai ser ter um outro dia como esse, nesse lugar que tanto chove.

Admirando um dos muitos lagos do Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Admirando um dos muitos lagos do Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


Pausa para descanso em um dos muitos lagos do Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Pausa para descanso em um dos muitos lagos do Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá


Por falar nisso, era hora de seguir viagem. Seguir até Tofino, quem sabe. Queríamos aproveitar esses raros momentos de céu azul nessa famosa cidade praiana. A West Coast do Canadá é “carinhosamente” chamada de “Wet Coast”. Dá para imaginar porque... Então, mandei o cansaço às favas e seguimos até lá, onde chegamos pouco depois das oito da noite, Assim, já acordamos aqui para poder aproveitar o dia de amanhã. Pelo caminho ficaram algumas atrações, como a Cathedral Cove, com as maiores e mais antigas árvores da ilha. Mas teremos de passar por lá novamente, no nosso caminho para Victoria. Tenho certeza que as árvores que já estão lá há centenas de anos poderão esperar mais dois ou três dias. Já o escasso sol, esse acho que não podemos nos dar ao luxo de fazer esperar...

caminhada pelos lagos do Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

caminhada pelos lagos do Forbidden Plateau, a parte alta do Strathcona Provincial Park, em Vancouver Island, oeste do Canadá

Canadá, Campbell River, Tofino, trilha, Parque, British Columbia, Strathcona

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