0 Icebergs, Fiordes e Geleiras - Blog do Rodrigo - 1000 dias

Icebergs, Fiordes e Geleiras - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Icebergs, Fiordes e Geleiras

Geórgia Do Sul, Drygalski Fjord

Um belo iceberg proveniente das gigantescas plataformas de gelo da Antártida cruza nosso caminho na entrada do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Um belo iceberg proveniente das gigantescas plataformas de gelo da Antártida cruza nosso caminho na entrada do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


A tarde de hoje foi a nossa última nas costas da Geórgia do Sul, essa incrível ilha perdida no meio das imensidões geladas do Atlântico meridional. Depois de tantos desembarques ao longo da costa norte da ilha, agora foi a vez de ficarmos admirando a paisagem de dentro do conforto do Sea Spirit, enquanto o barco percorria toda a extensão do Drygalski Fjord, o maior fiorde da Geórgia do Sul.

Nosso roteiro e pontos de parada na Geórgia do Sul

Nosso roteiro e pontos de parada na Geórgia do Sul


Navegando no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Navegando no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Navegando por entre as montanhas e geleiras do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Navegando por entre as montanhas e geleiras do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Fiordes são formações geológicas deixadas para trás pelas grandes geleiras das épocas glaciais. Esses enormes e poderosos rios de gelo abriram caminho por entre as montanhas, formando vales profundos em forma de “U” na sua rota para o mar. Naquela época, com tanta água na forma de gelo no norte, sul e grandes montanhas do planeta, o nível dos oceanos era bem mais baixo do que é hoje. Com o clima se aquecendo, as geleiras foram derretendo e o nível dos mares subindo, passando a ocupar os enormes vales formados pelos rios de gelo que retrocediam. Essas formações são muito comuns nas costas do Noruega, Groelândia, Islândia e Chile, mas também são encontradas em menor número no Canadá, Dinamarca, Alaska, Nova Zelândia e aqui, na pequena Geórgia do Sul. O Drygalski é o maior deles, um estreito e comprido braço de mar ladeado por altas montanhas, penhascos e inúmeras geleiras reminiscentes daquela antiga e gigantesca geleira que abriu caminho por entre essas montanhas na última era glacial. O cenário é simplesmente grandioso e espetacular.

O primeiro iceberg tabular, vindo diretamente da Antártida, a gente nunca esquece! (pouco antes de entramos no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul)

O primeiro iceberg tabular, vindo diretamente da Antártida, a gente nunca esquece! (pouco antes de entramos no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul)


Os passageiros do Sea Spirit correm a fotografar os primeiros icebergs da nossa viagem, pouco antes de entrarmos no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Os passageiros do Sea Spirit correm a fotografar os primeiros icebergs da nossa viagem, pouco antes de entrarmos no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Mas antes de entramos nesse fiorde, tivemos um outro encontro não menos emocionante. Pela primeira vez nessa viagem, encontramos os gigantescos icebergs vindos diretamente das grandes plataformas de gelo da Antártida. São os chamados icebergs “tabulares”, em formato de mesa, com centenas de metros de lado formando um grande platô no seu topo. Eles são diferentes (e muito maiores!) do que qualquer outro iceberg que já tenhamos visto, aqui na Geórgia do Sul e mesmo ao redor da Groelândia, por onde também viajamos nesses 1000dias.

Avistando os primeiros grandes icebergs da viagem, pouco antes de entrar no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Avistando os primeiros grandes icebergs da viagem, pouco antes de entrar no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Blocos de gelo provenientes das geleiras do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Blocos de gelo provenientes das geleiras do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Blocos de gelo se soltam das geleiras aqui da Geórgia do Sul (e também na Islândia, Groelândia e Alaska) formando pequenos icebergs que já conhecíamos. Claro, alguns deles são bem grandes também e um deles chegou mesmo a afundar o Titanic. Mas tamanho é relativo e o que nos parecia grande antes, agora, comparado a esses colossais icebergs tabulares, viraram pequenos “cubos de gelo”. Aqueles tem um formato mais quebrado, pontiagudo. Esses, vindos diretamente da Antártida, são mais quadrados. Os maiores, formados quando um grande pedaço de plataforma de gelo se rompe, chegam a ter o tamanho de estados como Alagoas e Sergipe. Enfim, são mesmo colossais. Assim que se desprendem do gelo continental, as correntes marinhas os levam lentamente para o norte. Aos poucos, vão derretendo e se partindo em icebergs menores. Existe uma linha imaginária no Atlântico Sul (na verdade, ao redor de todo o continente antártico) que marca o ponto máximo aonde essas enormes massas de gelo chegam antes de derreter completamente. A Geórgia do Sul se encontra dentro dos limites dessa linha imaginária e por isso já começamos a vê-los por aqui enquanto as Falkland situam-se ao norte dessa linha.

A vistosa parede de gelo de um iceberg que flutua a frente do Sea Spirit, pouco antes de entrarmos no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

A vistosa parede de gelo de um iceberg que flutua a frente do Sea Spirit, pouco antes de entrarmos no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


A paisagem geleda e montanhosa do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

A paisagem geleda e montanhosa do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Navegando no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Navegando no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


O que vimos hoje foi o mesmo que viram os primeiros navegadores e exploradores dessa região há poucos séculos atrás. Ao se depararem com esses enormes icebergs, logo concluíram que só poderiam vir de alguma enorme massa de terra mais ao sul. Muito provavelmente, um novo continente! Por isso, muito antes de qualquer pessoa ver a Antártida com seus próprios olhos, a existência do continente já era conhecida (ou deduzida...). Com pistas desse tamanho, não é de se admirar! E olha que passaram-se mais de dois séculos entre os primeiros encontros com os icebergs tabulares e o momento em que, finalmente, alguém encontrou a verdadeira “terra firme” do último continente.

Uma das muitas geleiras ao longo do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Uma das muitas geleiras ao longo do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Mais uma das geleiras do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Mais uma das geleiras do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Geleiras e montanhas do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Geleiras e montanhas do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Enfim, muitos icebergs tabulares e a história da exploração da Antártida nos esperam nos próximos dias. Hoje foi só para abrir o apetite! A atração principal dessa tarde foi mesmo a navegação pelo Drygalki Fjord. Logo na entrada do fiorde, um zodiac levou para terra firme dois dos nossos guias enquanto nós continuávamos nossa navegação. Os guias foram fazer um trabalho científico de observação de animais em uma baía mais isolada. É uma espécie de favor que fazem aos pesquisadores dessa ilha, algo muito comum entre cientistas e as companhias de turismo, unindo o útil ao agradável. Na volta, após irmos até o fim do fiorde e voltarmos, recolhemos eles de volta, já com seus preciosos dados para serem enviados às bases científicas aqui da Geórgia do Sul.

Uma imponente geleira do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Uma imponente geleira do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Blocos de gelo se desprendem de geleira no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Blocos de gelo se desprendem de geleira no Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Uma das inúmeras geleiras ao longo do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Uma das inúmeras geleiras ao longo do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Quanto a nós, navegamos tranquilamente por esse fotogênico braço de mar. A quantidade de pequenas geleiras no seu entorno realmente impressiona. Digo “pequenas” só porque estou comparando-as com a geleira inicial, aquela que deu origem ao fiorde por onde hoje navegamos. Porque, se esquecermos do tamanho colossal desta, essas outras que vimos hoje também são enormes. Descem das altíssimas montanhas ao fundo trazendo consigo milhões de toneladas de gelo e rocha arrancada das montanhas. Isso mesmo, ainda hoje essas geleiras continuam a abrir caminho e formar novos vales, moldando a geologia do local.

Observando o final do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Observando o final do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Admirando a beleza grandiosa do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Admirando a beleza grandiosa do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Navegando por entre as montanhas e geleiras do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Navegando por entre as montanhas e geleiras do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


O fiorde não é largo e o Sea Spirit está sempre próximo dos penhascos e geleiras, ora de um lado do antigo vale, ora do outro. Cada geleira, cada visão, cada cenário mais impressionante que o anterior. Por fim, chegamos ao fim do fiorde, o ponto para onde retrocedeu a antiga geleira formadora de toda essa maravilha. Ainda hoje, ela continua bem maior do que as geleiras laterais, suas antigas “afluentes”. Aí o Sea Spirit para, faz meia volta, nos dá um tempo para nossas fotos e momentos de admiração e veneração e inicia o longo caminho de retorno.

Com a Kim na piscina de água quente do Sea Spirit, deixando a gelada Gold Harbour, na Geórgia do Sul

Com a Kim na piscina de água quente do Sea Spirit, deixando a gelada Gold Harbour, na Geórgia do Sul


Com a Kin e o Brian na piscina de água quente do Sea Spirit, deixando para trás a gelada Gold Harbour, na Geórgia do Sul

Com a Kin e o Brian na piscina de água quente do Sea Spirit, deixando para trás a gelada Gold Harbour, na Geórgia do Sul


No caminho de volta, aproveitamos para admirar a paisagem de “outro ângulo”: de dentro da nossa piscina de água quente! A situação era quase surreal: circundados por montanhas geladas e cachoeiras de gelo que despencavam de dezenas de metros sobre uma mar com águas de 2 graus de temperatura, lá estávamos nós em nossos trajes de banho e ao ar livre, mais felizes do que nunca, uma lata de cerveja em uma mão e uma máquina fotográfica em outra. A tática era ficarmos até o pescoço dentro da água quente e alternar corridas ao convés gelado para tirarmos fotos, com mergulhos de cabeça para reaquecermos nossas faces geladas. Foi uma delícia, assistida pelos incrédulos velhinhos que formam a maioria dos nossos colegas de viagem. Enfim, quem está na chuva é para se molhar e lá estávamos nós, mais molhados do que nunca. Uma despedida à altura dos dias inesquecíveis que passamos nessa fantástica ilha chamada Geórgia do Sul!

Aproveitando a piscina de água quente no convés do Sea Spirit enquanto navegamos nos ares gelados do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Aproveitando a piscina de água quente no convés do Sea Spirit enquanto navegamos nos ares gelados do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul


Aproveitando a piscina de água quente no convés do Sea Spirit enquanto navegamos nos ares gelados do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Aproveitando a piscina de água quente no convés do Sea Spirit enquanto navegamos nos ares gelados do Drygalski Fjord, na Geórgia do Sul

Geórgia Do Sul, Drygalski Fjord, Fiorde, Iceberg, geleira, Sea Spirit

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