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Finalmente, Rumo ao Pico Paraná - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Finalmente, Rumo ao Pico Paraná

Brasil, Paraná, Curitiba, Pico Paraná

O Pico Paraná, com sol, que a gente não viu! - PR

O Pico Paraná, com sol, que a gente não viu! - PR


Dia 8, em Curitiba, foi o tradicional dia dos últimos acertos e despedidas. Fomos comprar alguns equipamentos de camping e trocar algumas roupas no Palladium, de lá para a casa da Dani dar mais um beijo nela e curtir a pequena Luiza uma última vez e, em seguida, jantar com o Mário, pai da Ana. De volta para casa, um último beijo na Dona Odila, vó da Ana, que não acordaria à tempo no dia seguinte.

Hoje cedinho, após nos despedirmos da Patrícia, a Ana foi ao Detran e eu ao Comultran (até rimou!) resolver nossas pendências. Ainda pegamos a máquina Sony, que há mais de um mês nos esperava na CM Vídeo, um último abraço na Joce, que sempre nos prepara almoços deliciosos, e na Diana, a cadela mais doce do mundo. Finalmente, pé na estada!!! Finalmente, rumo ao Pico Paraná!!!

Tudo pronto para subir o Pico Paraná - PR

Tudo pronto para subir o Pico Paraná - PR


Faz muito tempo que a gente está tentando subir essa montanha, a mais alta do Paraná e de toda a região sul do país, com cerca de 1.870 metros de altura. Na verdade, a Ana já quer ir lá desde os tempos de escoteira, há mais de 15 anos. Eu o subi uma vez, com um primo, há uns 5 anos. Mas, no nosso projeto 1000dias, ele sempre esteve lá, como um dos objetivos. Deveria ter sido logo no início, mas o frio e a chuva não deixaram e ele ficou para trás. Depois, quando voltamos à Curitiba no nascimento da Luiza, ele era prioridade na nossa programação. Que nada! Novamente, frio e chuva nos impediram de vir para cá. Agora, nessa nossa última vinda em Curitiba por um bom tempo, estávamos decididos e subi-lo de uma vez por todas. O tempo esteve excelente nas últimas duas semanas, perfeito para a escalada. E não é que foi chegarmos em Curitiba que o tempo virou?!? Desistimos de ir na segunda, na terça, na quarta... Hoje, quinta, de partida para o norte, era a última chance. A previsão de tempo era melhor que nos dias anteriores. Resolvemos tentar de qualquer maneira!

No alto do Morro do Esquenta, na trilha do Pico Paraná - PR

No alto do Morro do Esquenta, na trilha do Pico Paraná - PR


Viemos de Fiona até a Fazenda Pico Paraná, a cerca de 5 km da BR-116, onde fomos recebidos pelo simpático e falante Dilson. Fizemos a última arrumação nas mochilas e roupas, barracas, sacos de dormir e comida devidamente guardados e partimos rumo ao acampamento 2, já mais próximo do cume. Nossa idéia era chegar lá, armar a barraca e dar uma corrida ao cume ver o pôr-do-sol. Depois, voltar no lusco-fusco para a barraca e, no dia seguinte, descer direto para a base.

Esse era o plano. Agora, a realidade: logo no alto do primeiro obstáculo, o Morro do Esquenta, quase uma hora de subida já na saída da fazenda, o tempo fechou, começou a chover e não se via mais nada. Eram as boas vindas do Pico Paraná. Colocamos nossos protetores de mochila e seguimos em frente. Nada nos impediria de ir até o pico! Se ele é teimoso, nós também somos! Teimosos, e pouco inteligentes. Lembramos dos protetores de mochila, mas não dos nossos (jaquetas de goretex). A Ana até que falou, mas eu disse que não iríamos precisar, que o tempo logo iria melhorar. É meu otimismo irracional, herança do meu pai. O pior é que elas estavam na mochila...

Pequena cachoeira na trilha do Pico Paraná - PR

Pequena cachoeira na trilha do Pico Paraná - PR


Assim, indevidamente paramentados, logo estávamos encharcados. A pobre Ana muito mais do que eu, pois ela ía na frente, "secando" a vegetação para mim. Já no início, reclamava da bota molhada. E eu, atrás, com a bota seca, pensava que ela exagerava. Atravessamos a longa floresta com a trilha completamente repleta de raízes, o que torna o ritmo bem travado. Água para beber era o que não faltava. Só não podíamos parar muito tempo, se não o frio da roupa molhada ficava muito forte. Perto do acampamento 1, antes da pirambeira que nos leva ao Pico Paraná de verdade, resolvi liderar o caminho, para puxar o passo. Bastou um minuto na liderança para minhas meias ensoparem na vegetação e levarem toda essa água diretamente para dentro das botas, antes secas. Foi aí que vi que a Ana não estava exagerando nada. Na chuva, belas botas de goretex, se não tiverem a companhia de polainas ou calças cumpridas por cima do cano da bota, de nada adiantam. Agora, éramos os dois completamente encharcados. E a chuva e o frio só aumentavam. Era o Pico do Paraná se vendendo caro.

Um dos trechos de escada na rocha no Pico Paraná - PR

Um dos trechos de escada na rocha no Pico Paraná - PR


Passamos pelo acampamento 1 e enfrentamos bravamente a pirambeira em direção ao acampamento 2. De tão íngrime, em dois trechos é preciso escadas pregadas na rocha para subir. A corrente de água no sentido contrário, fazendo tudo bem mais escorregadio, e o frio e cansaço do nosso corpo tornou essa subida ainda mais difícil. A Ana precisou dar uns gritos para melhorar e aliviar a tensão da subida pelos grampos, na beira de um precipício. Momentos duros e inesquecíveis. Para mim, mesmo com o frio e toda a paisagem coberta por nuvens, foi de uma beleza ímpar.

Vencida a subida, chegamos ao local do acampamento. Aí, foi aquela função de encontrar a grama menos molhada e armar a barraca na chuva mesmo, o mais rápido possível para que ela não se molhasse. Nessa hora, só obedecia à Ana, que conhece os segredos da barraca. Pouco tempo depois, estávamos os dois protegidos dentro dela, tentando secar a barraca por dentro e também nossos corpos. Tirar a roupa molhada foi um verdadeiro prazer. Colocar outra seca, mais ainda. Ouvir o barulho da chuva na barraca enquanto estávamos num ambiente seco, foi o clímax!

Bosque 'assombrado' na trilha do Pico Paraná - PR

Bosque "assombrado" na trilha do Pico Paraná - PR


Bem, aí, outra surpresa "agradradável" para mim. A velha mochila de mais de 20 anos de estrada e o protetor surrado muito maior que a mochila não deram conta do recado e muitas coisas minhas tinham molhado. Só sobraram secas uma calça, uma camisa e um casaco. Meias, cuecas e até o saco de dormir estavam molhados. Que beleza...

Nossa sorte foi que o Pico Paraná nos enviou chuva, mas não enviou vento e nem estava tão frio (uns 7 graus, fora da barraca). Passei um pouco de frio, sem meias e com sleeping meio úmido, mas foi para aprender a não ser mané, como disse a Ana, por não ter colocado tudo dentro de sacos plásticos, como ela sabidamente faz.

Para completar o perrengue, o local do acampamento não era dos mais confortáveis, com o solo bem irregular sob nós. Mas o cansaço venceu rapidamente o frio e o desconforto. Apagamos logo ao escurecer. Quatro horas depois, o desconforto e a fome nos acordaram. Seria uma longa noite. Pelo menos, a chuva tinha parado! Para matar a fome e o tempo, levantamos e a Ana preparou um belo macarrão com molho de gorgonzola. Uma delícia, principalmente depois de todo o longo tempo de preparo, com nosso fogareiro fraquinho. Cozinhamos dentro da barraca mesmo. Tudo acompanhado de uma garrafa de vinho que eu carreguei lá para cima. Foram os momentos mais gostosos do dia!

Cozinhando macarrão dentro da barraca, no acampamento 2, no Pico Paraná - PR

Cozinhando macarrão dentro da barraca, no acampamento 2, no Pico Paraná - PR


Ao todo, foram umas três horas de função. Estávamos prontos para mais três horas de sono. Será o sono dos justos. Amanhã, o cume nos espera!

Brasil, Paraná, Curitiba, Pico Paraná,

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Comentários (1)

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  • 11/09/2010 | 22:15 por Paulinha Ribas

    ahahahahah, dei várias risadas c/ este post!

    Subi o PP 2x e adoraria subir uma terceira desde que fora da chuva!Se eu tivesse no seu lugar odiaria cada passo... rs rs
    Ainda bem q vc é calmo e faz o jogo do contente!

    Sabe o q faltou p/ vc? Treinamento escoteiro, que a Ana tem d sobra! hehe
    São alguns macetes q fazem toda a diferença!

    Me passa seu e-mail p/ eu mandar as fotos do casório.

    Bjos aos 2!

    Resposta:
    Ei Paulinha
    O que faltou para mim foi uma previsão meteorológica mais acurada!!!
    Mas, subir com chuva também tem seus encantos, sabia?
    Então, meu e-mail é rodrigo@1000dias.com
    bjs

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