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Chegamos à Nicarágua! - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Chegamos à Nicarágua!

Nicarágua, San Juan Del Sur

Surfistas aproveitam o belo fim de tarde em praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Surfistas aproveitam o belo fim de tarde em praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


A Nicarágua, de certa forma, fez parte da minha infância e formação. Ainda com nove anos de idade, começava a assistir com um pouco mais de atenção o Jornal Nacional. Notícias de economia ainda não me interessavam, mas o noticiário internacional, principalmente o de guerra, esse sim já era um ímã para minha imaginação.

Painel em casa na cidade de San Juan del Sur, na Nicarágua

Painel em casa na cidade de San Juan del Sur, na Nicarágua


Pois bem, o ano era 1979 e a sangrenta e odiosa ditadura da dinastia Somoza vivia seus extertores. Desde a década de 30 que pai e filhos governavam o pequeno país da América Central com mãos de ferro, saqueando as finanças da nação e deixando seus habitantes na penúria. A guerrilha sandinista, agora com o apoio das correntes de centro cansadas de tentar apear o ditador por vias pacíficas, ameaçava tomar conta do país. O que ainda segurava o tirano era o apoio financeiro americano. Aí, veio o golpe de morte: um jornalista americano da rede de TV ABC foi assassinado à sangue frio, na frente das câmeras, com um tiro na cabeça, desferido por um soldado do regime. A imagem dele se ajoelhando e depois deitando em um posto de controle da Guarda Nacional para, covardemente, levar o tiro fatal, tudo filmado secretamente pelo seu cinegrafista, correu o mundo. No Brasil, a voz grave do Cid Moreira narrou o fato enquanto a imagem era passada e repassada em câmara lenta, para nunca mais sair da memória da jovem criança que assistia o Jornal Nacional. Nos EUA, seu efeito foi muito mais devastador (para o governo Somoza!). A opinião pública passou a odiá-lo e não havia mais quem o defendesse. Poucos meses depois, caía o seu governo, com 40 anos de atraso. Exilou-se no Paraguai de Strossner para, poucos anos depois, ser morto com um tiro de bazuca num atentado feito por agentes sandinistas e organizado pela KGB. Poucas lágrimas foram derrubadas...

Rua de  San Juan del Sur, na Nicarágua

Rua de San Juan del Sur, na Nicarágua


Os sandinistas assumiram o poder do país num governo de coalizão, mas a paz não durou muito. Com a saída das correntes de centro da aliança e a chegada ao poder nos EUA dos republicanos de Reagan, obcecados em vencer a Guerra Fria (o que, eventualmente, conseguiram!), uma nova guerrilha passou a operar no país. Durante toda a década de 80, os "Contras", operando desde Honduras e Costa Rica e financiados pelos EUA, combateram o governo sandinista, apoiado por Cuba e URSS. A paz só chegou na década de 90, com o fim da URSS e da Guerra Fria e de eleições que tiraram os sandinistas do poder. Pouco mais de 10 anos mais tarde eles voltaram, agora chavistas e dessa vez por vias democráticas, e daí não sairam mais, depois de reformar a constituição para possibilitar reeleições repetidas.

Igreja decorada para o natal em San Juan del Sur, na Nicarágua

Igreja decorada para o natal em San Juan del Sur, na Nicarágua


Essa imagem de um país em guerra de certa forma marcou e ainda marca a Nicarágua. Com isso, o turismo se afastou e é nítida essa diferença quando se cruza o país vindo da popular Costa Rica. Mas, para quem gosta de algo mais autêntico e também cheio de belezas, o país é o destino perfeito. Belas praias, vulcões imponentes, povo hospitaleiro, sensação de segurança, preços módicos e menos turistas. Era a América Central que estávamos procurando!

Praia do centro de San Juan del Sur, na Nicarágua

Praia do centro de San Juan del Sur, na Nicarágua


A passagem pela fronteira em Peñas Blancas, na rodovia panamericana, foi bem tranquila. Por enquanto ainda não experimentamos aquele "caos" que dizem ser as fronteiras aqui do centro da América. Mas ainda não podemos cantar vitória, claro! Pela frente, Honduras e El Salvador ainda nos esperam...

Praia Marseille em San Juan del Sur, na Nicarágua

Praia Marseille em San Juan del Sur, na Nicarágua


Saímos de lá já no escuro, afinal tínhamos começado o dia fazendo trekking para o Rio Sereno, ainda na Costa Rica (post anterior) e só saímos do Parque Nacional Tenorio depois da uma da tarde. A luz do dia tem acabado antes das 17:30 e isso promete piorar, já que estamos indo mais para o norte e o inverno vem chegando. Enfim, mais uma vez, entramos num país já no escuro, assim como tinha sido na Costa Rica. Esperemos que isso não se torne um padrão! Felizmente, a primeira parada era logo ali, pouco mais de meia hora de estrada.

Praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


Estou falando da cidade costeira (Oceano Pacífico) de San Juan del Sur. É a mais concorrida região de praias da Nicarágua, principamente por mochileiros e surfistas do mundo todo. Achamos um hotel bem gostoso, fomos passear na praça com sua igreja já decorada para o natal e comemos uma pizza num restaurante italiano.

Nadando na praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Nadando na praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


Hoje pela manhã deu para ver melhor a cidade. Bem pacata, ruas tranquilas e simpáticas, dezenas de opções de hospedagem, algumas absolutamente lotadas de mochileiros. A praia do centro é uma baía de águas calmas repleta de pequenos barcos. Mas as praias mais procuradas ficam mais ao norte, 10 km de estradas de terra até lá. Os mochileiros e surfistas lotam camionetes e taxis para chegar até lá, mas nós temos a nossa amiga Fiona para nos levar.

Passeando na bela praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Passeando na bela praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


As praias de Marsella e Madeira são muito bonitas, grandes formações rochosas ao fundo e faixas de areia boas para caminhar na maré baixa. Já na maré alta, aí sim as ondas aparecem e, com elas, legiões de surfistas, boa parte deles ainda em fase de aprendizagem. Em frente à praia, o arquétipo mais bem acabado de um hostal para surfistas, dezenas de pranchas penduradas em sua varanda e saindo por suas janelas. O hostal é muito concorrido e os que não conseguem vaga ali tem de se resignar em ficar no centro mesmo e repartir um taxi diariamente para lá.

Observando os surfistas no fim de tarde em praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Observando os surfistas no fim de tarde em praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


A gente já ficou bem feliz foi em tomar uma cerveja por lá e admirar o fim de tarde na praia, nós e uma galera de surfistas e houlies. Clima descontraído total, sensação de paz e boa vida pairando pelo ar. Impossível imaginar que esse país já passou por tantas guerras...

Fim de tarde em Praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Fim de tarde em Praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


Bom, tínhamos experimentado duas das grandes atrações da cidade: suas praias e esse clima de surf town. Faltava a terceira, as suas tartarugas. Uma praia um pouco ao sul de San juan del Sur atrai milhares e milhares de tartarugas na época de desova. Justo agora! É um programa noturno e para lá iremos hoje bem de noite. A desova de tartarugas nos escapou no Brasil, na Guiana Francesa e em alguma ilha caribenha. Mas não nos escapará aqui, na Nicarágua!

A Fiona também vai `praia em em San Juan del Sur, na Nicarágua

A Fiona também vai `praia em em San Juan del Sur, na Nicarágua

Nicarágua, San Juan Del Sur, Praia, Costa Rica, Peñas Blancas

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O Magnífico Rio Celeste

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A Explosão de Vida

Blog da Ana Tartaruga recém nascida caminha para o mar na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Tartarugas Palasmas

Comentários (1)

Participe da nossa viagem, comente!
  • 29/07/2015 | 18:27 por Rodrigo

    Olá Rodrigo, Vi seu Blog e me identifiquei bastante com sua aventura. Ja rodei com minha esposa boa parte da America do Sul (Colômbia, Peru, Venezuela, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolivia e Chile e na America Central o Panamá).
    Estamos em duvida sobre onde irmos no final do ano nessa região. Poderia nos dar alguma sugestão? Teremos dez dias para essa viagem

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