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A Longa Volta Prá Casa - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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A Longa Volta Prá Casa

Bolívia, Coroico, Riberalta

Uma infinita reta de terra na ibterminável estrada que liga a Bolívia à Rondônia, no Brasil

Uma infinita reta de terra na ibterminável estrada que liga a Bolívia à Rondônia, no Brasil


Depois da rápida visita à Coroico na manhã do dia 18, iniciamos a longa viagem de quase 1000 km até a fronteira com o Brasil, atravessando todo o norte da Bolívia. Estávamos tranquilos, pois a pior parte já tinha ficado para trás, a famosa Carretera de la Muerte, que desce os Andes de La Paz à Coroico. No nosso caminho, a popular Rurrenrabaque, no coração da Amazônia boliviana e um centro turístico cada vez mais reconhecido. Era ali que queríamos chegar ao final do primeiro dia e, conforme for, passar o outro dia explorando a região. Depois, uma esticada até a fronteira. Se desse tudo certo, no mesmo dia já chegaríamos à Porto Velho.


Nosso caminho cruzando o norte da Bolívia rumo ao Brasil. Saímos de Coroico (A), nos Yungas e fomos dormir na pequena Yucumo (B), numa das piores estradas desses 1000dias. Na manhã seguinte, passamos pela turística Rurrenrabaque (C), coração da amazônia boliviana e conseguimos chegar à Riberalta (D), cada vez mais parecido com o Brasil. Finalmente, na manhã de hoje, seguimos para Guayaramerín (E) e cruzamos o rio para voltar à Rondônia e ao Brasil!

É, esses eram os planos... Faltava combinar com a realidade. Para começar, quem disse que a estrada mais perigosa do mundo é a Carretera de la Muerte? Que nada! Essa aí, até que foi tranquila, agora que já não tem quase nenhum trânsito. A estrada perigosa começava, na verdade, depois de Coroico, a verdadeira Carretera de la Muerte!

A pequena cidade de Yucumo, onde dormimos nossa primeira noite na longa rota para cruzar o norte da Bolívia até Rondônia, no Brasil

A pequena cidade de Yucumo, onde dormimos nossa primeira noite na longa rota para cruzar o norte da Bolívia até Rondônia, no Brasil


A pequena cidade de Yucumo, onde dormimos nossa primeira noite na longa rota para cruzar o norte da Bolívia até Rondônia, no Brasil

A pequena cidade de Yucumo, onde dormimos nossa primeira noite na longa rota para cruzar o norte da Bolívia até Rondônia, no Brasil


Como já disse num post passado, a Carretera de La muerte “oficial” desce do altiplano a pouco mais de 4.500 metros de altura até Coroico, a 1.700 metros. Para chegar às alturas amazônicas, onde está todo o norte do país, precisaríamos descer outros mil e poucos metros. Novamente, mais precipícios e curvas fechadas. Mas agora, numa pista bem movimentada!

A pequena cidade de Yucumo, onde dormimos nossa primeira noite na longa rota para cruzar o norte da Bolívia até Rondônia, no Brasil

A pequena cidade de Yucumo, onde dormimos nossa primeira noite na longa rota para cruzar o norte da Bolívia até Rondônia, no Brasil


Esse trecho de estrada está em construção. Ainda quase todo de terra, com o tráfego normal de carros, ônibus e caminhões e, soma-se a isso, as dezenas de veículos pesados que participam da obra. Em meio a toda a poeira levantada por esses gigantes, temos de nos esgueirar pelos desvios provisórios em uma pista que mal cabe um carro, quanto mais dois. E sempre com os precipícios ao nosso lado. Tudo bem que eles, agora, só tem 100 metros de altura e não mais os 300 que tinham no trecho entre La Paz e Coroico, mas tenho certeza que escorregar em qualquer um deles “machuca” igual.

Boiada atravessa estrada antes de chegarmos a popular Rurrenrabaque, na amazônia boliviana

Boiada atravessa estrada antes de chegarmos a popular Rurrenrabaque, na amazônia boliviana


Rurrenrabaque, na orla de um rio amazônico e paraíso do ecoturismo boliviano

Rurrenrabaque, na orla de um rio amazônico e paraíso do ecoturismo boliviano


Para ficar ainda mais “emocionante”, aqui também vale a regra da mão inglesa e somos nós, os carros que estão descendo, que estão sempre ao lado dos precipícios. E a gente tem de se apertar e se equilibrar por lá, para dar espaço aos que sobem. Uma aventura poeirenta! Muita calma nessa hora! E assim, devagarzinho, fomos seguindo...

Um verdadeiro jardim de ipês na longa estrada que corta o norte da Bolívia

Um verdadeiro jardim de ipês na longa estrada que corta o norte da Bolívia


Por fim, o trânsito pesado ficou para trás, mas nossos planos de viagem também. Já estava escuro quando chegamos à pequena Yucumo, ainda bem longe da almejada Rurrenrabaque e não pestanejamos em dormir aí mesmo. Seria nossa última chance em muitas horas de estrada, já no escuro. E não parecia uma boa ideia continuar a viagem no escuro por aquelas bandas...

Nosso primeiro encontro com um Tuiuiu, ainda em terras bolivianas, a caminho do norte do país

Nosso primeiro encontro com um Tuiuiu, ainda em terras bolivianas, a caminho do norte do país


Uma cegonha voa sobre nós na longa estrada que corta o norte da Bolívia

Uma cegonha voa sobre nós na longa estrada que corta o norte da Bolívia


Então, dito e feito, na minúscula cidade dormimos. Ontem, com as montanhas definitivamente para trás, a estrada melhorou um pouco. Pelo menos, nada de tráfego ou de precipícios. Mas as costelas de vaca continuavam, o que não nos deixava acelerar. A paisagem mudou também, uma infinita planície. Estávamos na Amazônia boliviana, enfim, e logo chegamos à Rurrenrabaque.

Dezenas de cegonhas ao longo da estrada entre Rurrenrabaque e Riberalta, no norte da Bolívia

Dezenas de cegonhas ao longo da estrada entre Rurrenrabaque e Riberalta, no norte da Bolívia


Dezenas de cegonhas ao longo da estrada entre Rurrenrabaque e Riberalta, no norte da Bolívia

Dezenas de cegonhas ao longo da estrada entre Rurrenrabaque e Riberalta, no norte da Bolívia


Aí tomamos nosso café da manhã e fomos passear na orla do rio. Na cidade, várias agências organizam tours para observação da vida selvagem. Mas como já tínhamos estado nos lhanos da Venezuela, na amazônia brasileira e ainda vamos ao Pantanal, resolvemos pular essa. A vontade de seguir caminho era maior. Ainda mais agora que vimos as condições da estrada e percebemos que a viagem tomaria mais tempo. Então, pé na estrada novamente!

Um belo fim de tarde antes de chegarmos à Riberalta, onde passamos nossa segunda noite na longa rota entre Coroico, na Bolívia,  e a fronteira com o Brasil

Um belo fim de tarde antes de chegarmos à Riberalta, onde passamos nossa segunda noite na longa rota entre Coroico, na Bolívia, e a fronteira com o Brasil


O próximo longo trecho foi até a cidade de Riberalta, onde passamos a segunda noite. A boa surpresa foi que a estrada melhorou bastante uma hora depois de deixarmos Rurrenrabaque e passou a render muito mais. Com isso, tudo ficou mais “bonito”, hehehe. Mas a mudança não foi apenas psicológica não! Atravessamos uma espécie de pequeno pantanal e observamos centenas de pássaros. Entre eles, o nosso primeiro Tuiuiu! Tenho certeza que veremos centenas deles no Pantanal, mas o primeiro foi aqui, na Bolívia! Muito legal! Enorme, o mais pesado pássaro que é capaz de voar. Perto dele, até as cegonhas ficam pequenas!

A simpática igreja de Riberalta, no norte da Bolívia

A simpática igreja de Riberalta, no norte da Bolívia


Praça principal de Riberalta, na Bolívia, Cada vez mais parecido com o Brasil, um pouco mais ao norte

Praça principal de Riberalta, na Bolívia, Cada vez mais parecido com o Brasil, um pouco mais ao norte


Riberalta é uma cidade bem simpática, já bem maior que Yucumo, onde dormimos na noite anterior. Aqui, o clima e o visual são cada vez mais brasileiros, a praça, as sorveterias, o rio, as pessoas. Mas continuam a falar castelhano, hehehe.

Caminhando por passarela na orla do rio que passa por Riberalta, no norte da Bolívia

Caminhando por passarela na orla do rio que passa por Riberalta, no norte da Bolívia


O rio amazônico que passa por Riberalta, no norte da Bolívia

O rio amazônico que passa por Riberalta, no norte da Bolívia


Hoje cedo, ainda fomos passear na orla do rio para, no meio da manhã, percorrer os últimos 90 quilômetros até a fronteira. Asfaltados! O primeiro asfalto que vimos desde que saímos de La Paz! Chegamos a Guayaramerín, esperamos passar o horário de almoço e fomos fazer as burocracias de imigração e alfândega.

Um dos inúmeros pedágios espalhados pelas estradas bolivianas. Temos sempre de descer do carro e ir pagar em uma casinha ao lado da estrada. Esse aí foi entre Riberalta e Guayaramerin, no norte do país

Um dos inúmeros pedágios espalhados pelas estradas bolivianas. Temos sempre de descer do carro e ir pagar em uma casinha ao lado da estrada. Esse aí foi entre Riberalta e Guayaramerin, no norte do país


Por fim, faltava apenas encontrar uma balsa para atravessar o rio. Existe o serviço, mas faltam clientes. Com sorte, quando há mais carros ou caminhões, fica mais barato. Mas hoje, só tínhamos nós e tivemos de pagar o preço cheio, 300 bolivianos, pouco menos de 50 dólares. Meia hora de travessia e, durante o caminho, até nos ajudaram a encher o tanque da Fiona com o diesel que trazíamos em um galão.

Guayaramerin, na fronteira da Bolívia com o Brasil

Guayaramerin, na fronteira da Bolívia com o Brasil


Cruzando o rio entre Bolívia e Rondônia, no Brasil

Cruzando o rio entre Bolívia e Rondônia, no Brasil


Ali na nossa frente, aparecia a cidade de Guajara-Mirim. Estávamos de volta à Rondônia e ao Brasil. Fim da correria dos últimos dias? Nada disso, apenas a metade do caminho! Agora, outra longa estrada nos espera. Seguimos para o sul do Mato Grosso, onde várias atrações nos aguardam. São mais 1.500 km de estradas, duas noites no caminho. Pelo menos, agora é tudo asfaltado...

Chegando à Guajará-Mirim, em Rondônia.

Chegando à Guajará-Mirim, em Rondônia.

Bolívia, Coroico, Riberalta, Bichos, Estrada, Yucumo, Rurrenrabaque, Guayaramerin

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