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Pico Paraná - Blog da Ana - 1000 dias

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Pico Paraná

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Tudo pronto para subir o Pico Paraná - PR

Tudo pronto para subir o Pico Paraná - PR


Depois de muitos anos de espera, finalmente vamos ao Pico Paraná! Engraçado como este lugar ficou encalacrado na minha agenda. Desde os tempos de escoteira tento planejar, mas nunca deu certo. Ou era por que o clima não estava ajudando, ou por que não tinha companhia... Depois que conheci o Rodrigo nos prometemos que iríamos e acabou virando ponto obrigatório no roteiro dos 1000dias. Começamos a viagem pelo litoral e Caribe, assim que voltamos o PP era o nosso primeiro ponto, esperamos a chuva e o frio passarem e nada... Tudo bem, fica para a volta, quando a Luiza nascer. Chegamos à Curitiba ver a Luluzinha no dia 10/07, foi pisarmos na cidade e o tempo fechou. Esperamos novamente quase uma semana a frente fria ir embora para irmos ao pico e adivinhem? NADA! Nossa próxima e última chance seria esta, quando retornamos à cidade de origem para um casamento. Foram umas três semanas de estiagem das bravas no país inteiro, umidade do ar a 12%, um calor dos diabos! Pensamos “Agora vai!” e mais uma vez o PP se mostrava relutante a aceitar-nos sobre ele. O tempo virou no domingo, chegou uma frente fria e chuva. Esperamos alguns dias, acreditando nos malditos garotos do tempo, que sempre erram! A previsão é que o tempo melhoraria ao decorrer da semana, mas BASTA! Não podemos mais esperar. Está resolvido, de hoje não passa!

No alto do Morro do Esquenta, na trilha do Pico Paraná - PR

No alto do Morro do Esquenta, na trilha do Pico Paraná - PR


Chegamos na quinta-feira na Fazenda Pico Paraná, a porta de entrada para a trilha mais curta até o Pico. Estávamos empolgadíssimos, pois finalmente iríamos riscar esta pendência do nosso roteiro. Eu posso dizer que estava ainda mais, pois faz pelo menos uns 14 anos que eu quero fazer este programa. Anotamos as últimas dicas do Dilson e começamos a trilha. Eu estava preparada para sete ou até 8 horas de caminhada, embora tenhamos nos programado para fazer em menos tempo. Começamos a subida em torno das 11h30, já na subida do esquenta começou a garoar. Não desanimamos, cobrimos nossa mochila e continuamos felizes, pois a garoa refresca e facilita a subida. Passamos pelos campos de altitude e chegamos à primeira bifurcação, já bem sinalizada pelo último mutirão que foi feito no PP. Caratuva à esquerda, PP à direita. Caminhamos em um bom ritmo, até por que a chuva só aumentava e precisávamos nos esquentar. Eu fui abrindo caminho na vegetação e fiquei com as botas completamente encharcadas. Fiquei passada, pois estas botas deveriam ser impermeáveis e o Rodrigo estava achando que eu estava fazendo drama, depois que ele assumiu a dianteira da trilha foi que ele entendeu do que eu estava falando.

Bosque 'assombrado' na trilha do Pico Paraná - PR

Bosque "assombrado" na trilha do Pico Paraná - PR


Eis que se inicia um longo trecho de trilha de mata fechada e com muitas raízes travando o ritmo de caminhada. Falei para o Rodrigo para colocarmos os nossos anoraks, mas o Ro sempre otimista achava que a chuva ia parar e que seria perda de tempo. Já não tinha como marcar os nossos tempos na trilha e parar para fotografar, de tanta chuva. Sobe morro e desce morro, passamos o acampamento um e logo avistamos, no meio da neblina, a pirambeira que teríamos que escalar. Eu não queria acreditar! A parede de rocha é totalmente inclinada, no início subimos na unha e a maior parte utilizando os benditos degraus fixados nas pedras. Se eles não existissem só seria possível subir com equipamentos de escalada técnica e olhe lá, porque nem via aberta você encontra. Chuva que Deus mandava e nós subindo contra a corrente, nas pedras a água formava uma pequena e longa cachoeira, tudo completamente escorregadio. Isso sem mencionar o meu medo de altura, que só aparece nessas horas... Salto até de pára-quedas, mas subir rocha sem corda, confiando apenas nos meus joelhos podres, é complicado! O Rodrigo teve a maior paciência do mundo, foi o parceiro, amigo, marido e companheiro perfeito, pois eu estava à beira de um ataque de nervos. Frio, a ponto dos dedos ficarem duros, completamente encharcada, andando há horas sem parar nem para comer nem descansar e percebendo que teríamos que montar a barraca na chuva e isso tudo sem perder a esportiva. Caraca que PERRENGUE!

Maravilhosa bromélia na trilha do Pico Paraná - PR

Maravilhosa bromélia na trilha do Pico Paraná - PR


Quase não acreditei quando o Ro disse que havíamos chegado ao acampamento dois. Nosso plano inicial era montarmos a barraca, deixarmos a mochila e seguirmos ao cume ver o sol se pôr. Porém, contudo, entretanto, todavia, isso agora não fazia sentido algum! Eu já vinha planejando a estratégia de montagem da barraca na chuva. O Ro disse “aqui só sigo as suas ordens, o que tenho que fazer?”. Fomos super rápidos, em 10 minutos ela estava armada e o mais importante: seca. Depois de nos secarmos capotamos de cansaço dentro dos nossos sacos de dormir quentinhos... Quer dizer o meu estava seco e quentinho, o do Ro nem tanto... Depois de já ter sofrido disso no Monte Roraima em 2007 ainda não aprendeu, ficou com quase todas as roupas e o sleeping molhados. Bem feito, acha que eu é que sou fresca de colocar tudo em sacos plásticos, mas pelo menos eu estava sequinha e quentinha!

Cozinhando macarrão dentro da barraca, no acampamento 2, no Pico Paraná - PR

Cozinhando macarrão dentro da barraca, no acampamento 2, no Pico Paraná - PR


Horas de sono depois, acordamos e resolvemos preparar o nosso jantar, já era meia-noite, mas pelo menos nos ajudava a passar o tempo e o desconforto. Preparei a minha especialidade, macarrão ao molho gorgonzola e tomamos um vinho delicioso chamado “Los Haroldos”, em homenagem ao primo alpinista. Foi perfeito, embalamos no sono dos justos, rezando para que a chuva parasse.

O PP dificultou ao máximo a nossa subida, valorizou o passe e quis deixar marcada a sua passagem por estes nossos 1000dias!

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Blog do Rodrigo O Pico Paraná, com sol, que a gente não viu! - PR

Finalmente, Rumo ao Pico Paraná

Comentários (4)

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  • 18/09/2010 | 23:36 por Luis

    Então aquele ratinho visitou a barraca de vcs? E eu que tive que enrolar minha mulher sobre o bichano? Se ela soubesse que era um rato (mesmo do mato) teria descido à noite!!! O bicho quase escalou a barraca.

    Resposta:
    Putz, visitou, furou e comeu o queijo! Cara de pau! A sorte é que só vi pela manhã, não sabemos exatamente que horas ele atacou, mas só pensava que ele era limpinho, "rato do mato não deve fazer muito mal..." pq descer aquela montanha a noite e na chuva? tem que ser muuuuito guerreira!

  • 18/09/2010 | 21:23 por MAURO JOSE DA SILVA

    ANA , SEM DUVIDA, EU ACHO Q ESTA PASSAGEM PELO PICO E TODA ESSA CONPLICAÇÃO ATMOSFERICA DEIXOU ESTA HISTORIA COM UMA LEMBRANÇA MARAVILHOSA...FORA sua lembrança de ESCOTEIRA. BOA SORTE..

    Resposta:
    Foi mesmo Mauro, o PP quis marcar presença nos 1000dias. Foi muito perrengue mas depois é ótimo, pois temos histórias ainda mais emocionantes para contar! rsrsrs! Obrigaduuu! Bjs

  • 16/09/2010 | 08:06 por Valéria

    Vcs tiveram muita sorte em não se meterem numa enrascada subindo um montanha desses com um tempo desses. Só subo com expectativa de tempo bom e, sempre, sempre, sempre, mesmo com sol, embalo tudo em sacos ziploc. É uma questão de segurança. Ah!! Suas botas são de goretex? Estas são impermeáveis mas se chover forte na trilha acaba escorrendo água dentro delas. Neste caso, o ideal é usar tb polainas p/chuva.
    Boas aventuras pra ti.

    Resposta:
    Pois é Valéria, nem me fale! Eu não queria subir com chuva, mas fomos praticamente obrigados. As botas são ótimas, de goretex mas eu ainda não comprei as polainas... a cada passo que eu dava com a bota encharcada eu pensava nas malditas polainas! rsrsrs! Vou passar a sua dica do ziploc para o Rodrigo, eu tento ensinar a ele isso há uns 4 anos, mas ele não me escuta, quem sabe escute você. =) Essa foi uma que aprendi nos tempos de escoteira e nunca mais larguei, parece até mania de velha, pq mesmo qdo não vou para a montanha coloco tudo em sacos, mas td bem, é uma mania saudável!

    Obrigada pela companhia!
    Bjs
    Ana

  • 15/09/2010 | 01:21 por Luis

    Que perrengue heim!
    Eu e minha mulher subimos o PP em maio. Subida ótima, armamos a barraca no 2. Na madrugada começou a chover e não parou mais. Descemos junto com a cachoeira. Deixei minha barraca desarmada e guardada dentro do abrigo de pedra como apoio para as pessoas e falei para o Dilson. Ela ainda está por lá?

    Resposta:
    Foi perrengue forte! mas não sei o que é pior, chuva na subida ou na descida! rsrsrs! Sobre a barraca, infelizmentene nem todo montanhista tem o mesmo bom coração que você... só vimos uma piscina dentro da casa de pedra. Td bem que não explorei muito a piscina, esquecemos o equipamento de mergulho, mas mesmo assim acho que a teria encontrado! rsrsrs. Bjos =)

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